Questões de Concurso Público TJ-AL 2012 para Analista Judiciário - Comunicação Social

Quando delibera com um interlocutor, o orador poderá simular uma situação de argumentação, mas deverá estar consciente de que não está diante de um auditório.

Ao escrever um livro, um autor não o faz como se estivesse se dirigindo a um auditório, pois não está na presença física de uma audiência nem em uma situação argumentativa.

A segurança do orador quanto à universalidade de seus argumentos e sua respectiva estruturação lógica dispensa-o do conhecimento prévio daqueles que compõem o auditório.

Ao se dirigir a um auditório universal, o orador o fará como se falasse para toda a humanidade ou, pelo menos, para todos os seres humanos adultos e normais.

Quando delibera consigo próprio, não há necessidade de o orador se preocupar com a eficácia dos seus argumentos, pois, de fato, não está diante de um auditório.

Persuadir ou convencer não será uma questão estratégica quando o orador estiver seguro de que o auditório em foco é composto, em sua maioria, por pessoas adultas, competentes e dotadas de razão.

Os estudiosos da retórica e da argumentação concordam que a situação ideal de fala é aquela em que o orador detém poder sobre um interlocutor que lhe é subordinado.

Em um contexto argumentativo composto por pessoas livres e dotadas de razão, é tácita a compreensão de que a um orador, a quem se concede a primazia da palavra, se concede também a validação do chamado argumento de autoridade ou, em outros termos, da fala competente.

Em um contexto de razão comunicativa e, portanto, de ética discursiva, o melhor argumento sempre prevalecerá sobre os demais argumentos, tidos como perdedores.

Para se dirigir a um público focal, com suas características peculiares, a melhor estratégia será a da argumentação persuasiva.