Questões de Concurso Público CPRM 2013 para Técnico de Geociências - Mineração
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A porosidade primária refere-se ao volume, à geometria e à distribuição de poros que o agregado sedimentar apresenta no momento da deposição.
As rochas sedimentares apresentam baixas resistências mecânicas e, muitas vezes, são friáveis, devido à maior coesão dos minerais constituintes.
As rochas a partir das quais se originam as rochas metamórficas são chamadas saprólitos.
Constitui reação metamórfica com desidratação a reação do argilomineral caolinita com quartzo para formar mica branca pirofilita.
Estima-se que, no metamorfismo, a pressão varie de 200 MPa a 1.000 MPa e que a temperatura atinja até 800 ºC, a partir da qual ocorrerá a fusão da rocha
A definição precisa de éons, era, épocas e idades só pode ser obtida com precisão, em termos de idade, por meio dos princípios de radioatividade e sua aplicação para obtenção de idades absolutas. Os isótopos possuem número atômico (Z) diferente e massa atômica (A) igual e são utilizados para a obtenção de idades precisas em rochas ígneas, sedimentares e metamórficas.
A classificação cronoestratigráfica é a parte da estratigrafia que estuda a idade dos estratos e suas relações geocronológicas, cujos termos são equivalentes aos termos geocronológicos eonteam, eratema, série, andar e crono.
As leis básicas da estratigrafia, propostas por Nicolau Steno e James Hutton, atualmente utilizadas em levantamentos geológicos, fundamentam-se nos princípios da horizontalidade original, superposição de camadas, continuidade lateral, das relações de corte e das inclusões.
O tempo geológico é dividido nos éons Hadiano (4,6-4,0 Ga), Arqueano (4,0-2,5 Ga), Proterozoico (2,5-0,54 Ga) e Fanerozoico (0,54 Ga ao presente). O Proterozoico e o Fanerozoico são éons com presença de organismos unicelulares ou pluricelulares constituídos por células dotadas de núcleo, denominados eucariotas.
Microfósseis foraminíferos são excelentes fósseis-guias, pois apresentam alto potencial de preservação, abundância em todos os ambientes geológicos e rápida taxa de evolução.
Riftes intercontinentais mesozoicos apresentam similaridades com a porção rifte das bacias de margens passivo-mesocenozoicas. Destes, o sistema de rifte intracontinental Recôncavo-Tucano-Jatobá apresenta espessura significativa, com mais de 500 m de sedimentos terciários.
Na bacia do Parnaíba, há ocorrência de magmatismo básico do Jurássico (Fm. Mosquito) e Cretáceo (Fm. Sardinha), que registram os processos de separação dos continentes América do Sul e África e América do Sul e América do Norte, respectivamente.
Uma das hipóteses para a falta de sal e a ocorrência de reservatórios de óleo e gás natural na bacia de Pelotas está relacionada à formação dos altos de Rio Grande (Brasil) e de Walvis (África), que isolaram as bacias de Santos, Campos e Espírito Santo da bacia de Pelotas, proporcionando condições para que a deposição de sedimentos, nas fases rifte e transicional, ocorresse em águas mais frias que as que circulavam restritamente nas bacias ao norte
Unidades litoestratigráficas correspondem a 1,8% do território brasileiro e são representadas por arqueanas em que os greenstone belts (cinturões de xistos verdes) são exclusivos para este éon no Brasil.
O cráton Amazonas e o São Francisco são as áreas cratônicas expostas de maior continuidade no Brasil, configuradas ao final do período Brasiliano, que apresentam, em termos gerais, núcleos arqueanos e faixas móveis paleoproterozoicas e mesoproterozoicas.
As faixas móveis brasilianas, que estão em posição intercrátons no Brasil, são representadas pelas províncias Borborema, Mantiqueira e Tocantins, as quais têm equivalentes (ou são contínuas) na plataforma continental e no continente africano, apresentando conexões físicas nítidas entre si.
Estrias ao longo de um plano de falha são indicativas da direção do movimento de falha, que pode ser normal, inverso ou direcional. No entanto, para se definir o sentido de movimentação da falha, é necessário encontrar outro indicador de movimento como os ressaltos (steps) ou uma camada guia.
Considerando a presença de estrato cruzado com inversão estratigráfica em um afloramento e gradação inversa em outro afloramento, é correto afirmar que o conjunto de rochas foi necessariamente invertido estratigraficamente.
Dobras ocorrem em diversas escalas e podem ser classificadas em sinclinais e anticlinais, sendo comum a ocorrência de dobras menores (parasitas) que, pela sua geometria, permitem identificar a estrutura dobrada maior. A figura abaixo apresenta duas dobras maiores com a identificação da geometria das dobras parasitas, nas quais a camada cinza define o dobramento regional, o que permite inferir que a dobra maior à esquerda (I) é um sinclinal, e, à direita (II), um anticlinal.
Na figura abaixo, é apresentada a foliação em um milonito gnáissico quartzo-feldspático, com direção norte-sul e mergulho vertical. No plano de foliação, pode-se visualizar a lineação mineral de estiramento, ao passo que, no plano superior (perpendicular à foliação e paralelamente à lineação mineral), ocorrem porfiroclastos (minerais de feldspatos deformados pela milonitização), que indicam transporte de massa para o sul.