Questões de Concurso Público FUB 2014 para Revisor de Textos
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Em resumo, os três elementos que o autor considera fundamentais à escrita literária são: a língua, o território do autor e a alteridade.
A concepção de linguagem e de atividade literária apresentada pelo autor compreende a abordagem da língua como fato individual/social e a visão da escrita como instrumento de interação entre os homens.
É uma característica fundamental do estilo do texto a rejeição proposital do rigor científico no trato da terminologia linguística especializada.
No quarto parágrafo, ao empregar a expressão “território essencial" (l.44), o autor retoma a ideia veiculada pela expressão “depósito de palavras" (l.6).
O texto apresenta um problema estrutural consistente na contradição entre as pessoas do discurso, observada no emprego da primeira pessoa do singular no primeiro parágrafo (“falo", “me refiro") e da primeira pessoa do plural (“ouviríamos", “nos ouvem") ao final, o que prejudica a defesa de suas ideias.
No trecho “Mesmo solitários, de olhos e ouvidos fechados, isolados na mais remota ilha do mais remoto oceano" (l.52-53), as vírgulas isolam expressão que não expressa informação nova, mas, sim, explicação do vocábulo “solitários".
Seria mantido o sentido original do texto caso se inserisse uma vírgula antes do pronome relativo no trecho “Esse espetáculo das vozes que falam sem parar no mundo em torno".
Na frase “A língua em que circula o escritor jamais é uma entidade unitária" (l.12-13), verifica-se relação de coordenação entre as formas verbais “circula" e “é", como evidencia a ausência de conjunção subordinativa ligando ambas as orações.
A expressão “Uma explicação" (l.14), que inicia o 4.° parágrafo do texto, exerce função coesiva, dado que prepara textualmente o desenvolvimento de ideias expressas no parágrafo anterior.
As expressões “Conclusão" (l.39) e “Em suma" (l.45) exercem a mesma função textual, a de preparar a apresentação de conclusões pessoais do autor acerca da importância da leitura de textos ficcionais.
Nos primeiros parágrafos, o autor do texto utiliza uma modalidade de discurso em que o receptor é incluído, buscando, assim, uma interlocução mais direta e empática com quem lê seu texto.
Segundo o autor, a capacidade de construção de situações e personagens ilógicos e irreais na literatura de ficção é decisiva na prevenção de psicopatologias graves.
O autor utiliza um estudo para confirmar sua opinião a respeito da importância da leitura de textos literários.
A ficção literária seria, de acordo com as conclusões da pesquisa aludidas no texto, eficaz para quem deseja construir uma perspectiva crítica dos assuntos do mundo cotidiano e aprimorar a fluência linguística.
O emprego das aspas na expressão “teoria da mente" (l.16 e l.26-27) indica que ela é utilizada de modo irônico, por meio do qual o autor procura sutilmente contestar as conclusões da pesquisa por ele apresentada.
Estruturalmente, o texto se organiza como uma reportagem científica em que o protagonismo concentra-se nos dados colhidos pelos autores da pesquisa, com a devida omissão da opinião do autor do artigo.
A resenhista credita a Velhos amigos o mérito de configurar-se como um conjunto de estórias capaz de despertar empatia e emoções nos leitores.
Percebe-se, tanto pelo vocabulário quanto pela tonalidade do discurso, que a autora da resenha deseja imprimir ao seu texto um estilo de base objetiva, procurando elidir laivos de emotividade ao comentar o conjunto de estórias.
Empregado no terceiro parágrafo do texto, o termo “as suas estórias" (l.16-17) estabelece relação textual reiterativa e progressiva com o título da obra, mencionado no título do texto e nos dois primeiros parágrafos.
As expressões “Desse modo" (l.16), “dessa maneira" (l.42) e “Dessa forma" (l.50) exercem equivalente função textual, pois reiteram elementos do texto.