Questões de Concurso Público Instituto Rio Branco 2014 para Diplomata - Prova 1
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As formas verbais “imagina” (l.1), “atribuir” (l.4) e “servir” (l.8) foram utilizadas como verbos transitivos indiretos.
No trecho “Principalmente porque elabora uma linguagem que fala de perto ao nosso modo de ser mais natural” (l.12-14), o autor indica que a crônica e a linguagem falada é a que consegue a mais perfeita comunicação literária.
No trecho “certa profundidade de significado e certo acabamento de forma” (l.16-17), o adjetivo “certo” e sua forma flexionada no feminino foram utilizados com o sentido exato, preciso, correto.
Há elementos no texto que permitem deduzir que, segundo o autor, a crônica será um gênero maior quando o Prêmio Nobel for concedido a um cronista.
De acordo com o autor, os poetas do desbunde consideravam que os poetas experimentais e João Cabral de Melo Neto compunham uma nova vertente de reação ao Modernismo, liderada por escritores como Coelho Neto e Olavo Bilac.
Conforme o texto, a poesia do desbunde caracterizou-se pela glorificação do ego, pelo culto à juventude e pela crítica ao valor do trabalho na sociedade.
Segundo o autor, a poesia do desbunde atualizou propostas do Modernismo, muito embora as obras não tivessem a mesma grandeza do movimento artístico dos anos 20.
A poesia do desbunde, valendo-se de “instrumentos domésticos” (l.10), inspirou-se em retórica antimilitarista e de crítica ao regime político que marcou o ideário modernista.
Fialho de Almeida e Ramalho Ortigão são os “dois grandes críticos” (l.9) que não demonstraram nem complacência nem conservadorismo em relação à necessidade de recuperar aspectos da língua e da literatura de Portugal.
O autor do texto manifesta incondicional apoio à tese de José Lins do Rego sobre Fialho de Almeida, como evidencia a expressão “em ensaio admirável” (l.1).
Depreende-se do texto que Eça de Queirós reagiu radicalmente contra o francesismo, Ramalho Ortigão estava farto do republicanismo (l.16-19) e nenhum dos dois, na opinião de Gilberto Freyre, demonstrou ser inflexivelmente telúrico.
Para o autor, Portugal não participara integralmente dos resultados trazidos pela Revolução Industrial e pela “civilização carbonífera” (l.23), ou seja, civilização fundamentada na violência das lutas operárias.
Em língua portuguesa, as expressões “estar entre aspas” e “viver entre parênteses” equivalem-se, pois ambas significam um estado de suspensão ou de espera diante de acontecimentos.
A autora do texto estabelece forte oposição entre “ser” e “não- ser”, optando pelo último, uma vez que “ser” poderia aproximá-la de uma forma aparente e mentirosa para a qual não se encontra preparada.
A sentença “Eu era a imagem do que não era” (l.15) expressa um paradoxo ou oximoro.
Entre as funções das aspas, está a de salientar o sentido figurado de uma expressão, isolando na frase o termo desejado. Clarice Lispector se vale desse recurso ao explicar que sempre conservou “uma aspa à esquerda e outra à direita de mim” (l.4), além de se declarar satisfeita em projetar “Essa imagem de mim entre aspas” (l.14).
Em “aposto no oposto de meu sim” (v.14), a função da palavra “aposto”, tal como se lê no verso, é especificar ou explicar um elemento do texto.
O autor estabelece uma oposição entre “linha flexível” (v.8) e “linha anônima” (v.13) para demonstrar que a autoria do poema é indeterminada ou questionável.
Para reforçar as noções do combate contra si mesmo e da consciência de “um murmúrio clandestino” (v.9), o autor evita a utilização de rimas.
No verso “num Antônio antônimo de mim” (v.16), o poeta explora o fato de que tanto “Antônio” quanto “antônimo” compartilham a mesma raiz etimológica, que indica oposição, como em antissemita e antialérgico.