Questões de Concurso Público Instituto Rio Branco 2015 para Bolsa-prêmio de vocação para a Diplomacia - Objetiva
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A mineração, no século XVIII, conquanto centrada nos chamados sertões das Gerais, de Goiás e de Mato Grosso, consolidou o Nordeste como centro político-administrativo da colônia, com a capital mantida em Salvador para melhor controle do ouro exportado.
Entre os movimentos que lutaram pela emancipação da colônia, dois se destacaram por suas características distintas, ainda que irmanados pelo mesmo objetivo: a Conjuração Mineira (Inconfidência), essencialmente popular, e a Conjuração Baiana (Alfaiates), que uniu a elite local contra o domínio português.
A colonização do Brasil teve início efetivo com a produção açucareira, que contava com abundante mercado consumidor na Europa e que exigia, para sua implementação, disponibilidade de terras, capital e mão de obra.
Diferentemente do ocorrido nas colônias espanholas da América, o processo de independência do Brasil passou ao largo da conjuntura histórica europeia de princípios do século XIX, tendo ficado adstrito às circunstâncias da política interna da colônia.
Mais que gesto meramente simbólico, o grito do Ipiranga, proclamado a sete de setembro de 1822, anunciou o nascimento do Estado nacional brasileiro, que rompeu com as estruturas básicas sobre as quais se assentaram mais de três séculos de colonização estruturada no latifúndio, na monocultura e na escravidão.
A extinção do trabalho escravo no Brasil, ao final do Império, deve ser entendida como autêntica revolução social: a um só tempo, ela impulsionou a economia de mercado mediante a expansão do trabalho assalariado e incorporou os milhares de antigos escravos à plena cidadania.
Sob o Estado Novo de Getúlio Vargas, os direitos civis e políticos praticamente desapareceram, subjugados pelo caráter ditatorial do regime; todavia, foi nesse contexto que os direitos sociais ganharam relevância, especialmente com o advento de ampla legislação trabalhista.
Eleições fraudadas, voto a descoberto e reduzido número de eleitores, além do vasto domínio dos grupos oligárquicos em seus respectivos estados, de que o coronelismo foi símbolo, foram aspectos marcantes da primeira fase da experiência republicana brasileira, contra a qual se voltou a Revolução de 1930.
A redemocratização que o Brasil conheceu após a queda da ditadura getulista incorporou rapidamente ao universo político as massas populares que, egressas do campo, aumentavam exponencialmente a população urbana; provas disso foram a universalização do acesso ao ensino primário e a extensão do direito de voto aos analfabetos.
Até meados do século XX, a população brasileira era majoritariamente rural. Foi a partir da Era Vargas, e sob o impacto da Segunda Guerra Mundial, que o país efetivamente se industrializou e passou a experimentar rápido processo de urbanização.
A renúncia de Jânio Quadros mergulhou o país em grave crise política, com risco real de guerra civil, situação contornada com a solução política materializada na adoção de um parlamentarismo de ocasião, o que possibilitou a posse de João Goulart na Presidência da República com poderes limitados.
A coesão das forças militares, encabeçadas pelo Exército, explica a fácil vitória dos que se opunham ao reformismo de João Goulart, a despeito da falta de apoio de setores poderosos da sociedade civil, como o empresarial, o político e o religioso, aos protagonistas do golpe de 1964.
Em dezembro de 1968, o regime militar aprofundou radicalmente seu caráter ditatorial: a edição do AI-5 suspendeu as garantias individuais, atacou a imunidade parlamentar, cerceou o Poder Judiciário e superdimensionou o poderio do Poder Executivo.
Eleito pelo voto direto da população brasileira, Tancredo Neves assumiu a Presidência da República prometendo conduzir o país a um novo estágio de desenvolvimento, com a democracia e a plena cidadania; a morte, contudo, abreviou o fim de seu governo, completado pelo vice-presidente José Sarney.
Os primeiros anos de redemocratização, após 1985, foram marcados, no campo econômico, pela estabilidade e pelo controle da inflação; na política, a instabilidade adveio da ação guerrilheira, que se recusava a depor armas.