Questões de Concurso Público Polícia Federal 2004 para Psicólogo Clínico
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O manejo do estresse pode ser entendido como um processo decisório, no qual o indivíduo altera, evita ou aceita o evento estressor.
Em situações ameaçadoras à integridade física, as respostas ao medo são acompanhadas de alterações fisiológicas promotoras da ação para o ataque ou a fuga.
Se, ao participar de uma missão perigosa, um policial demonstra entusiasmo, coragem e ousadia diante de determinada situação, então é correto afirmar que essa situação, independentemente das suas características, não é estressante para o referido policial.
Ao reagirem a estímulos adversos, os policiais reagem, em última análise, às suas próprias interpretações e avaliações desses estímulos.
O treinamento de policiais em técnicas de relaxamento é adequado como intervenção porque, durante esse procedimento, a taxa de metabolismo aumenta e favorece a absorção de catecolaminas derramadas na corrente sanguínea em situações de estresse.
Uma técnica útil para reconhecimento do estresse pelo próprio indivíduo é o monitoramento da tensão muscular, que pode ser ensinado por meio do relaxamento muscular progressivo de Jacobson.
O estado de alerta contínuo e a incapacidade para relaxar não são indicadores de estresse para policiais porque a tarefa que a eles compete requer esse tipo de comportamento.
A intervenção psicológica deve priorizar a remoção, do repertório do policial, do padrão comportamental chamado personalidade tipo A, porque esse padrão predispõe o organismo ao estresse.
A intervenção em grupo, para manejo do estresse entre policiais, é adequada porque, entre outras vantagens, permite a discussão e o aprendizado de novas estratégias de enfrentamento.
A atividade física é contra-indicada como técnica de manejo do estresse para policiais destacados para realizar atividades externas e perigosas, porque eles necessitam de repouso em vez de mais ação.
Com relação à situação hipotética acima, julgue o item seguir.
Os sintomas, no contexto relatado, sugerem que o paciente é
portador de transtorno do pânico com agorafobia.
Os sintomas, no contexto relatado, sugerem que o paciente está em surto esquizofrênico.
O paciente considerado, se ainda não abusa, está em risco de abuso de álcool e(ou) outras substâncias.
O relato do paciente permite concluir que ele sofre de apnéia do sono.
Esse paciente tem indicação para início imediato de psicoterapia e precisa ser encaminhado ao psiquiatra para avaliação da necessidade de uma terapia medicamentosa paralela à psicoterapia.
No caso considerado, a técnica de exposição e prevenção de respostas seria adequada para remover as lembranças recorrentes.
Uma possível técnica de intervenção para tratamento desse caso é o emparelhamento gradual e hierarquizado de cenas ansiogênicas com respostas de relaxamento.
O fato de o paciente em apreço ser policial traz implícitos pelo menos dois fatores de risco para suicídio. Isso, somado à verbalização de ter pensamentos recorrentes de autoextermínio, implica prioridade máxima para intervenção.
O policial considerado pode ter desenvolvido sua atual condição depois de uma experiência traumática específica ou depois de longo tempo de exposição a várias situações traumáticas.
Para o paciente descrito, a terapia familiar seria eticamente inadequada porque isso implicaria a exposição de suas fragilidades à família, fazendo que ele se sentisse ainda mais fraco.