Questões de Concurso Público IPEA 2008 para Técnico de Planejamento e Pesquisa - Macroeconomia e Tópicos de Desenvolvimento Econômico
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De acordo com a interpretação pós-keynesiana do livro A Teoria Geral do Juro, do Emprego e da Moeda, de Keynes, o desemprego surge como decorrência de rigidez encontrada no sistema preços.
Para os economistas keynesianos, uma alta taxa de juros decorre da insuficiência de poupança dos agentes, para uma dada demanda por investimentos.
Na interpretação keynesiana do funcionamento de uma economia, não há equilíbrio nos mercados.
Para Keynes, a remoção da rigidez de preços no mercado de trabalho e de produto não levaria ao pleno emprego.
Para Minsky, a probabilidade de uma grande recessão no período do pós-guerra seria menor, pois os mercados teriam aprendido com as lições da crise de 1929 os problemas da alavancagem financeira.
Nos modelos velhos e novos keynesianos, a incerteza pode ser transformada em risco, não afetando fundamentalmente as decisões de investimento e alocação de porta-fólios.
No modelo IS-LM, o nível de renda depende da taxa de juros que é definida pelo Banco Central.
A escola novo-keynesiana procura explicar os resultados keynesianos — equilíbrio sem pleno emprego — a partir de imperfeições encontradas no funcionamento do mercado de trabalho.
Nos modelos novos-keynesianos, a moeda é neutra não afetando o nível de produção no longo prazo.
Para a interpretação do real business cycle (RBC), as flutuações do ciclo econômico devem ser evitadas, pois têm influência negativa na dinâmica de produtividade de longo prazo, uma vez que afetam as decisões de consumo e investimento.
Para os teóricos do RBC, o ciclo econômico decorre de oscilações na demanda agregada que acabam por resultar em oscilações no nível de produção e renda.
Para Nicholas Kaldor, que procura estender os princípios keynesianos de curto prazo para a análise de crescimento, o investimento é uma variável exógena no longo prazo.
No pensamento kaldoriano, um dos canais importantes de aumento de produtividade no longo prazo é a transferência de trabalhadores dos setores de subsistência para os setores formais da economia.
Na visão kaldoriana de longo prazo, dado um estoque de capital e de trabalho, o nível de produção é limitado pelo crescimento da produtividade, que é exógeno.
Os modelos de crescimento com restrição do balanço de pagamentos do tipo Thirlwall mostram que um dos limitantes para aumentos da renda no longo prazo é o tipo de estrutura produtiva de um país.
Na teoria neoclássica do crescimento, especialmente em sua versão de Solow, o que importa para um país crescer mais é o progresso tecnológico, que é uma variável fundamental dessa classe de modelos.
Nos modelos neoclássicos de crescimento endógeno, os retornos decrescentes de escala associados à acumulação de capital colocam a economia em uma dinâmica de convergência para um estado estacionário de longo prazo.
Segundo a escola estruturalista, a especialização em produção de commodities pode ser uma estratégia interessante para o desenvolvimento econômico de longo prazo, pois permite aos países pobres explorar suas vantagens comparativas.
O argumento da indústria infante, de F. List, de que um governo deve proteger algumas indústrias em seus estágios iniciais para que elas possam no longo prazo tentar competir em mercados mundiais mais sofisticados não encontra suporte nas teorias do comércio internacional, o que acaba tornando-o teoricamente frágil.
A teoria cepalina não depende fundamentalmente da lei da tendência declinante dos termos de troca nos países periféricos de renda mais baixa.