Questões de Concurso Público PC-CE 2012 para Inspetor de Polícia, Civil
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Verifica-se, desde o início do primeiro parágrafo, a estratégia retórica de defender o argumento de que o Estado nacional está obsoleto, de modo que o argumento contrário, exposto no segundo parágrafo, pareça mais consistente.
Segundo o cientista político Phillipe Schmitter, a expansão geral dos Estados nacionais no continente europeu deve-se a aspectos singulares das diversas economias europeias.
De acordo com o texto, os Estados nacionais, apesar de alguns reveses, têm ampliado poderes em diversas partes do mundo.
Deduz-se do texto que tanto as condições modernas de desenvolvimento da Europa quanto o subdesenvolvimento de alguns outros continentes são variáveis que podem afetar a soberania política absoluta de Estados nacionais.
O raciocínio que se desenvolve do trecho “Ao longo desse mesmo período recente, os Estados regularam cada vez mais as esferas privadas íntimas do ciclo de vida e da família” (L.28-30) para o trecho “A regulamentação estatal das relações entre homens e mulheres, da violência familiar, do cuidado com os filhos, do aborto e de hábitos pessoais que costumavam ser considerados particulares, como o fumo, continua a crescer” (L.30-34) parte de aspectos gerais para particulares.
No trecho “É verdade que a CE vem desenvolvendo novas formas políticas” (L.21-22), o emprego da forma verbal singular “É” justifica-se pelo fato de essa forma verbal não ter sujeito explícito.
Os substantivos “velhice” (L.1) e “tese” (L.11) estão empregados no texto de forma indefinida e com sentido genérico.
Não haveria prejuízo para o sentido do texto se a forma verbal “dizem” (L.2) fosse substituída por dizemos
Na linha 3, a expressão “pelas redes transnacionais de poder” indica o agente da ação verbal de ultrapassar.
Na linha 6, “isso” refere-se ao fato de alguns dizerem que a soberania dos Estados nacionais, desde 1945, foi suplantada por redes transnacionais de poder.
Na linha 12, a locução verbal “vem fragmentando-se” expressa um processo que se desenvolve gradualmente no tempo.
Na linha 12, “Ali” tem como referente “sociedade moderna” (L.9-10).
O conector “embora” (L.16) introduz um conteúdo que, mesmo sendo contrário à proposição contida no trecho “seu progresso para além do Estado nacional tem uma pertinência mais genérica” (L.16-17), não a invalida.
O conector “pois” (L.18) introduz ideia de consequência no trecho em que ocorre
O trecho “Ao longo desse mesmo período recente” (L.28-29) retoma, por coesão, a expressão “nos últimos 25 anos” (L.25-26), cuja referência temporal exata depende de informações extratextuais, tais como a data de publicação do texto
No primeiro parágrafo, a ideia de “velhice do Estado nacional” (L.1-2) é refutada pelas expressões “morte efetiva” (L.12-13) e “aposentadoria oportuna” (L.14).
De acordo com o texto, a relação que caracteriza o Estado-nação, baseada em povo, território e governo, fundamenta-se em pressupostos ilusórios acerca da realidade das nações
Infere-se do texto que tanto a solidez quanto a fragilidade de impérios devem-se à sua administração do poder sobre grupos socioculturalmente diferentes.
Deduz-se do contraste que se estabelece, no texto, entre Estado-nação e império que este constitui a opção de organização política mais adequada para a superação da instabilidade desencadeada pelos problemas econômicos da contemporaneidade.
Porém, estudando-se os impérios, antigos ou recentes, permite-se que seja acessado as raízes do mundo contemporâneo, e aprofundado, pela nossa compreensão, os modos como está organizado o poder político.