Questões de Concurso Público EBSERH 2018 para Enfermeiro - Gestão da Qualidade em Saúde
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A organização do trabalho e o gerenciamento no setor saúde, especialmente no ambiente hospitalar, sofre, até hoje, forte influência do modelo taylorista/fordista, da administração clássica e do modelo burocrático.
No século XIX, o modelo proposto por Florence Nightingale institui a divisão entre o trabalho intelectual e o manual e a hierarquização no trabalho da enfermagem, o que já foi superado nos tempos atuais.
Nos modelos de gestão emergentes, destacam-se a ênfase no “como fazer”, a divisão do trabalho em tarefas e a excessiva preocupação com manuais de procedimentos, rotinas, normas, escalas diárias de distribuição de tarefas e fragmentação da assistência.
No debate atual acerca da necessidade de mudança na gestão e na organização do trabalho, na enfermagem, destacam-se contribuições teóricas e práticas que envolvem a defesa e a implementação de cuidados integrais e gestão participativa.
Nas organizações de saúde da atualidade, são necessárias transformações na estrutura informal, tornando-a uma organização verticalizada dos níveis hierárquicos, mais flexível e menos centralizadora.
A recuperação da história da organização e a sua inserção no contexto político e social devem ser investigadas no desvelamento da cultura organizacional e, consequentemente, do modelo de gestão, porém a avaliação dos programas de treinamento dos novos membros, por ser padronizada, não transparece a cultura.
Na gestão em saúde, vêm ganhando força as redes de atenção à saúde (RAS), caracterizadas como arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que, integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam a integralidade do cuidado.
No planejamento estratégico, na saúde, o conhecimento da realidade dá-se por meio do diagnóstico científico, em que o sujeito que planeja é único e situa-se fora e acima da realidade.
Na gestão estratégica, há permanente exercício de diálogo e reflexão a respeito dos problemas que incidem em dada realidade, com vistas a prever situações e alternativas, antecipar possibilidades de decisão e preparar estratégias para a obtenção de governabilidade sobre esses.
Nos últimos anos, tem sido reconhecido o processo de planejamento estratégico na gestão do SUS, cuja implementação requer habilidades de comunicação e envolvimento de todos os atores.
A definição dos nós críticos (causa do problema) e a construção da árvore explicativa do problema (operações e demandas de operação) ocorrem no momento tático-operacional de um planejamento estratégico situacional (PES).
O momento estratégico é o mais complexo do PES, pois exige informações como a posição dos atores frente às operações e a avaliação do tempo, dos recursos necessários e da governabilidade dos atores, como forma de viabilizar o planejamento, além do uso de ferramentas de negociação e de gerenciamento de conflitos.
Quanto ao gerenciamento de materiais, cabe ao enfermeiro, entre outras funções, determinar o material necessário, definir as especificações, estabelecer o quantitativo e analisar a qualidade do material.
Na distribuição de materiais, é facultado ao profissional seguir o sistema de complementação da previsão, o sistema de unidades móveis e o sistema baseado em ordens de produção.
A distribuição de medicamentos por dose unitária é a que melhor atende aos requisitos por colocar à disposição do paciente o medicamento prescrito, na dosagem e na formulação corretas e na hora certa para sua administração, e os pedidos de medicamentos, nesse caso, devem considerar a prescrição médica para o período de 24 horas.
Devido ao custo de manutenção de estoques elevados, pode-se utilizar a curva ABC, desenvolvida por Pareto, para classificar materiais, cuja construção exige o levantamento de todos os materiais e itens que atingem o custo anual acumulado próximo a 50% do seu total, os quais devem ser classificados como grupo C.
Nas definições donabedianas de qualidade em serviços de saúde, prevalece a relação risco/benefício, e é avaliada a atenção à saúde considerando-se o cuidado técnico, a relação interpessoal e as amenidades. Nos sistemas de avaliação, prevalece o uso da tríade clássica e funcionalista, embasada em recursos, informações e pessoas.
Em 2001, o Ministério da Saúde brasileiro reconheceu a Joint Commission International como instituição competente e autorizada a operacionalizar o desenvolvimento do processo de acreditação hospitalar no país.
No Brasil, uma das estratégias importantes para o estímulo do controle e a garantia de qualidade em serviços de saúde foi o lançamento, em 2013, do programa nacional de segurança do paciente (PNSP).
Desde 2013, os serviços de saúde, públicos ou privados, devem constituir os núcleos de segurança do paciente (NSP), com o objetivo de implantar ações para a promoção da segurança do paciente e a melhoria da qualidade nos serviços de saúde, regulamentados pela RDC n.º 36.