Luana, de 8 anos de idade, foi diagnosticada com câncer
há 20 dias. Os pais relatam que a criança, logo que soube, ficou
mais quieta, calada e isolada; mantém-se boa parte do tempo em
seu quarto e chora com frequência desde o início. Preocupada
com o tratamento, ela sempre faz o seguinte questionamento aos
pais ou mesmo ao médico responsável pelo caso: “Qual será o
próximo passo?” (sic). Pede que não lhe escondam nada. Diz ter
medo da morte. Há uma semana, em um dos momentos a sós
com os pais, ela declarou: “Sinto que sou um peso para vocês.
Tenho medo de nunca mais poder voltar à escola. Não entendo
por que isso aconteceu logo comigo. Queria só poder ter minha
vida de volta... sair desse hospital, ir para a escola, fazer meus
deveres, encontrar meus amigos e passear com minha família.
Tenho certeza de que vocês também pensavam em outras coisas
pra mim. Não é justo comigo nem com vocês” (sic).