Questões de Concurso Público SEED-PR 2021 para Professor - Filosofia

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Q1691098 Filosofia
Segundo a tradição erudita, a filosofia nasce com Tales e Anaximandro; no século XIX, buscaram-se suas origens mais remotas em lendários contatos com as culturas orientais, com o pensamento egípcio e indiano. Por essa via não foi possível comprovar coisa alguma, só se conseguiram estabelecer analogias e paralelismos.                                                                                           G. Colli. O nascimento da filosofia. Campinas: Editora Unicamp,   1992, p.9
Essa tradição erudita sinaliza o
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Q1691099 Filosofia
Pensando a physis, o filósofo pré-socrático pensa o ser, e a partir da physis pode então aceder a uma compreensão da totalidade do real: do cosmos, dos deuses e das coisas particulares, do homem e da verdade, do movimento e da mudança, do animado e do inanimado, do comportamento humano e da sabedoria, da política e da justiça. G. Borhein. Os filósofos pré-socráticos. São Paulo: Cultrix. 1998.
Essa característica leva as escolas pré-socráticas a serem também denominadas escolas de 
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Q1691100 Filosofia
Com Protágoras, não há mais physis, não há um ser idêntico que subjaz às aparências e que pode ser universalmente conhecido por todos através do pensamento. A medida ou a moderação, que toda a filosofia anterior havia colocado na própria physis, se transfere para o homem. As coisas são ou não são conforme os humanos as façam ser ou não ser, ou digam que elas são ou não...  Marilena Chauí. Introdução à história da filosofia 1.  São Paulo: Companhia das Letras   Protágoras é um pensador reconhecido como 
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Q1691101 Filosofia
Protágoras exemplifica na história da filosofia o período denominado
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Q1691102 Filosofia
As relações das filosofias de Sócrates e Platão com Protágoras caracterizam-se por
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Q1691103 Filosofia
— Não tens vergonha nenhuma, Sócrates, e interpreta as coisas de maneira a desvirtuares o meu argumento. — De modo algum, meu excelente amigo. Mas explica mais claramente o que queres dizer.
— Pelo visto não sabes – prosseguiu ele – que, dentre os Estados, há os que vivem sob o regime da monarquia, outros da democracia, e outros da aristocracia? — Como não havia de sabê-lo? — Ora, em cada Estado, não é o governo que detém a força? — Exatamente. — Certamente que cada governo estabelece as leis de acordo com sua conveniência: a democracia, leis democráticas; a monarquia, monárquicas; e os outros, da mesma maneira. Uma vez promulgadas essas leis, fazem saber que é justo para os governos aquilo que lhes convém, e castigam os transgressores, a título de que violaram a lei e cometeram uma injustiça. Aqui tens, meu excelente amigo, aquilo que eu quero dizer, ao afirmar que há um só modelo de justiça em todos os Estados – o que convém aos poderes constituídos. Ora estes é que detêm a força. De onde resulta, para quem pensar corretamente, que a justiça é a mesma em toda a parte: a conveniência do mais forte.
Platão. A República
Do embate entre Trasímaco e Sócrates é possível constatar que as teses de Trasímaco sobre a justiça
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Q1691104 Filosofia
A concepção política de Platão é basicamente
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Q1691105 Filosofia

Primeiro, então, se algo foi dito com acerto e detalhadamente pelos pensadores anteriores, passemos em revista a sua contribuição; depois, à luz das constituições que colecionamos, examinemos as instituições que preservam ou destroem as cidades, e as que preservam ou destroem as várias espécies de constituições, e as razões pelas quais umas cidades são bem administradas e outras, ao contrário, são mal administradas. Quando tivermos estudado convenientemente estes assuntos é mais provável que possamos ver de maneira mais abrangente qual das várias espécies de constituição é a melhor, e como cada constituição deve ser estruturada, e quais as leis e costumes que uma constituição deve incorporar para ser a melhor.

                                                                                                          Aristóteles. Ética a Nicômaco

Do conjunto da obra de Aristóteles, é correto afirmar que

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Q1691106 Filosofia
Ao comparar constituições, Aristóteles tem como objetivo
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Q1691107 Filosofia
Os silogismos categóricos são argumentos formados com enunciados categóricos. Todos os silogismos têm duas premissas e uma conclusão. Um silogismo só possui três termos distintos; sendo um termo médio e dois termos extremos. Nesse sentido, é correto afirmar que o termo médio ocorre
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Q1691108 Filosofia
Das coisas existentes, algumas são encargos nossos; outras não. São encargos nossos o juízo, o impulso, o desejo, a repulsa — em suma: tudo quanto seja ação nossa. Não são encargos nossos o corpo, as posses, a reputação, os cargos públicos — em suma: tudo quanto não seja ação nossa. Por natureza, as coisas que são encargos nossos são livres, desobstruídas, sem entraves. As que não são encargos nossos são débeis, escravas, obstruídas, de outrem. Lembra então que, se pensares livres as coisas escravas por natureza e tuas as de outrem, tu te farás entraves, tu te afligirás, tu te inquietarás, censurarás tanto os deuses como os homens. Mas se pensares teu unicamente o que é teu, e o que é de outrem, como o é, de outrem, ninguém jamais te constrangerá, ninguém te fará obstáculos, não censurarás ninguém, nem acusarás quem quer que seja, de modo algum agirás constrangido, ninguém te causará dano, não terás inimigos, pois não serás persuadido em relação a nada nocivo.
                                                            Internet:<www.devitastoica.com>. Tradução de Aldo Dinucci.
Ao tratar da distinção entre o que depende de nós e o que não depende de nós, o texto precedente apresenta princípios filosóficos do
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Q1691109 Filosofia
No filme Matrix, de 1999, o protagonista Neo descobre que aquilo que ele pensava ser a realidade é, na verdade, uma sofisticada simulação de computador cujo propósito é aprisionar as mentes dos seres humanos. Após alguns percalços, sob a orientação do personagem Morpheus, Neo é retirado do domínio das máquinas e passa a experienciar o mundo real.
Considerando-se essas informações, é correto afirmar que a referida obra, ao tratar da oposição entre o que é e o que equivocadamente se julga ser a realidade, aborda o dualismo filosófico entre
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Q1691110 Filosofia

A partir do século XIII, desenvolveu-se um cenário intelectual que adquiriria um caráter de notável unidade, sobretudo com os manuais de Toletus, de Rubio e dos conimbricenses. Trata-se, de acordo com Étienne Gilson, “daquele aristotelismo cristianizado e de método essencialmente dialético. (...) Na origem desse movimento de ideias está o ensino dos mestres da Faculdade de Artes, que não têm outra função fora comentar ou, como se dizia na época, ‘ler’ sucessivamente diante de seus alunos todos os tratados conhecidos de Aristóteles”.


O texto precedente aborda características

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Q1691111 Filosofia
Quanto à sua formulação lógica, o raciocínio “Todo homem é mortal. Sócrates é homem. Logo, Sócrates é mortal.” consiste em
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Q1691112 Filosofia
No seu livro Introdução à filosofia ocidental, o professor Antony Flew diz que filosofia consiste em argumentos “sempre, do início ao fim” e, como não há argumentos no pensamento oriental (ou conforme ele pensa), por consequência não existe filosofia no pensamento oriental. De modo similar, refere-se à tradição filosófica africana. Contudo, quando ele diz que sem argumentação e clarificação não há filosofia, tecnicamente falando, ele identifica filosofia com uma argumentação tipicamente ocidental. Em outras palavras, ele quer dizer que, se a atividade reflexiva não estiver baseada na argumentação e clarificação típicas do pensamento ocidental (recomendado pela tradição analítica anglo-saxã), ela não é filosofia. Em primeiro lugar, a essência da filosofia não é o argumento, mas a reflexão, o que faz com que não tomemos a argumentação tipicamente ocidental como padrão para a filosofia. Em qualquer lugar existe reflexão acerca das questões fundamentais sobre o ser humano e o mundo (seja qual for a forma de reflexão empreendida), isto é, filosofia.
Joseph I. Omoregbe. Filosofia Africana: Ontem e Hoje.  Internet:<www.filosofiaafricana.weebly.com> (com adaptações).
A partir da crítica apresentada no texto anterior, de Joseph Omoregbe, infere-se que, para esse autor, 
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Q1691113 Filosofia
Segundo algumas das principais teorias políticas dos séculos XVII e XVIII, contrato social consiste em uma concepção que busca explicar
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Q1691114 Filosofia
O conceito de estado de natureza tem a função de explicar a situação pré-social na qual os indivíduos existem isoladamente. Para Hobbes, ele é um estado de guerra permanente dos indivíduos entre si, no qual reina o medo da morte violenta. Nele, a única lei que existe é a da força do mais forte. Para Rousseau, ao contrário, o estado de natureza não é de guerra e medo, mas de felicidade e inocência. Nele, as pessoas se comunicam por gritos, gestos e música, e vivem do que a natureza fornece. Esse estado, entretanto, chega ao fim quando surge a primeira cerca, ou seja, quando surge a propriedade privada. A partir de então, nesse estado de sociedade, passa a prevalecer a guerra de todos contra todos.
                Marilena Chauí. Iniciação à Filosofia [Manual do Professor]. p. 504 (com adaptações).
Considerando-se as informações do texto precedente e aspectos a ele relacionados, é correto concluir que
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Q1691115 Filosofia
Um dos princípios básicos do existencialismo, tal como proposto por Jean-Paul Sartre no ensaio O existencialismo é um humanismo, é o de que
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Q1691116 Filosofia
Após a proclamação da República no Brasil, a filosofia positivista se tornou a principal concepção filosófica difundida nos meios intelectuais do país. Com relação a esse assunto, é correto afirmar que o positivismo consiste na doutrina para a qual o conhecimento objetivo da realidade
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Q1691117 Filosofia
Muitos imaginaram repúblicas e principados que jamais foram vistos e que nem se soube se existiram na verdade, porque há tamanha distância entre como se vive e como se deveria viver que aquele que abandona o que se faz por aquilo que se deveria fazer aprende antes a arruinar-se que a preservar-se. Eis por que é necessário a um príncipe que quiser manter-se, aprender a poder não ser bom e a valer-se ou não disso segundo a necessidade.
                                             Nicolau Maquiavel. O Príncipe. Ed. Martins Fontes (com adaptações).
Considerando-se o texto precedente, é correto afirmar que Maquiavel recomenda ao príncipe, isto é, ao governante, que este
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Respostas
1: E
2: A
3: B
4: D
5: D
6: D
7: C
8: C
9: X
10: C
11: C
12: E
13: C
14: B
15: B
16: A
17: A
18: D
19: D
20: C