Texto CG1A1-II
Para uma criança pequena, é muito mais difícil
racionalizar a emergência vivida em uma pandemia. Ela ainda
não tem os recursos cognitivos necessários para compreender
algo tão abstrato como o coronavírus. Ainda nos estágios iniciais
do desenvolvimento da afetividade e da inteligência, as crianças
se guiam pelas experiências, pelo que podem ver, ouvir, tocar,
cheirar, imaginar, imitar, dizer, brincar. Muito mais do que
atentar para os conceitos que explicam a situação excepcional,
elas se guiam pela observação de seus pais ou familiares: como
eles interagem entre si e com elas? Estão próximos e carinhosos?
Estão juntos, mas “distantes”, ansiosos, sem tempo para ficar
com elas?
Esse tipo de conduta dos pais é, por definição, particular.
O mesmo estímulo ou situação ambiental não provoca
necessariamente as mesmas reações em diferentes crianças ou até
em diferentes momentos de uma mesma criança, ou seja, a
resposta da criança a um estímulo do ambiente depende, em alto
grau, de sua condição cognitiva e emocional, e essa condição tem
a ver com os adultos que a cercam.
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(com adaptações).