Questões de Concurso Público SESAU-AL 2021 para Médico - Especialidade: Obstetrícia
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Confirmada a hemorragia pós-parto, é importante se determinar a causa, considerando-se o mnemônico dos quatro Ts: tônus, tecido, trauma e trombina.
Acretismo placentário pode causar HPP devido a retenção de tecidos, o que impede a contração uterina e o tônus ideal. A classificação do acretismo placentário baseia-se na profundidade de invasão da placenta em relação ao miométrio. A placenta percreta penetra o miométrio e, às vezes, pode inclusive ultrapassar a serosa do útero.
O ácido tranexâmico é um agente antifibrinolítico que reduz o sangramento e, segundo a recomendação da Organização Mundial de Saúde sobre o tratamento da HPP, ele deve ser utilizado apenas nos casos que tenham como causa distúrbios de coagulação.
Pré-eclampsia grave, embolia amniótica, sepse, descolamento prematuro de placenta (frequentemente associado ao uso de cocaína ou distúrbios hipertensivos) e retenção de óbito fetal são condições obstétricas que podem acarretar coagulação intravascular disseminada.
Sensibilidade dolorosa abdominal, palpação de partes fetais, parada das contrações uterinas, elevação da apresentação fetal, taquicardia materna e taquicardia fetal são sinais sugestivos de rotura uterina durante o trabalho de parto.
Com relação a esse caso clínico e a aspectos a ele pertinentes, julgue o item que se segue.
O sulfato de magnésio, medicação utilizada para o efeito de neuroproteção fetal e conhecida por reduzir a incidência de paralisia cerebral em recém-nascidos prematuros, apresenta efeito tocolítico, por atuar como antagonista do cálcio.
Com relação a esse caso clínico e a aspectos a ele pertinentes, julgue o item que se segue.
Como a paciente em questão não apresentou ruptura de membranas amnióticas, o uso de antibioticoterapia venosa não é indicado para ela.
Com relação a esse caso clínico e a aspectos a ele pertinentes, julgue o item que se segue.
A betametasona é um corticoide administrado via intramuscular com o objetivo de acelerar a maturação pulmonar fetal nas pacientes com trabalho de parto prematuro com menos de 34 semanas de gestação.
Ao toque vaginal, apresentou colo amolecido e impérvio. Tendo como referência o quadro clínico precedente, julgue o item a seguir.
No caso em questão, saber a tipagem sanguínea da paciente é irrelevante para a conduta, pois gestações molares não são geram problemas com relação à doença hemolítica gestacional.
Ao toque vaginal, apresentou colo amolecido e impérvio. Tendo como referência o quadro clínico precedente, julgue o item a seguir.
A principal hipótese diagnóstica do caso em tela é doença trofoblástica gestacional, já que se trata de um útero aumentado para a idade gestacional, sangramento do início da gestação e ausência de feto, além de hipertensão arterial.
Ao toque vaginal, apresentou colo amolecido e impérvio. Tendo como referência o quadro clínico precedente, julgue o item a seguir.
Caso uma ecografia obstétrica a paciente em tela evidenciasse um útero preenchido por material heterogêneo entremeado por áreas hipoecoicas e ausência de feto, estaria confirmada doença trofoblástica gestacional; nesse caso, o esvaziamento uterino é mandatório após algumas avaliações iniciais e cuidados específicos que devem ser tomados.
Considerando o caso precedente e tendo em vista os sangramentos de terceiro trimestre da gestação, julgue o item que se segue.
Caso a gestante esteja com sangramento vaginal vermelho vivo iniciado logo após uma amniotomia, sem hipertonia uterina, com sofrimento fetal associado, o diagnóstico é de rotura de seio marginal e o feto estará em risco importante.
Considerando o caso precedente e tendo em vista os sangramentos de terceiro trimestre da gestação, julgue o item que se segue.
Caso a referida gestante estivesse com um quadro de hipertonia uterina e sangramento não muito intenso, um diagnóstico provável seria o de descolamento prematuro de placenta. Nesses casos, a conduta adequada é a resolução da gestação da forma mais rápida possível, sendo indicada a cesariana.
Considerando o caso precedente e tendo em vista os sangramentos de terceiro trimestre da gestação, julgue o item que se segue.
Nas fases iniciais de um quadro de descolamento prematuro de placenta, pode ser observado o pulso paradoxal (de Boero), que consiste na frequência cardíaca normal da paciente, apesar de ocorrer uma perda sanguínea de vulto.
Considerando o caso precedente e tendo em vista os sangramentos de terceiro trimestre da gestação, julgue o item que se segue.
Quando o sangramento de terceiro trimestre é ocasionado por um descolamento prematuro de placenta, observa-se, em muitos casos, um útero edemaciado, arroxeado, o que pode se associar a uma atonia uterina; esse quadro anatomopatológico é chamado de útero de couvelaire ou apoplexia uteroplacentaria.
Por meio das manobras de Leopold, pode-se avaliar o posicionamento do feto em relação ao útero materno; elas são divididas em quatro tempos, em que avalia, respectivamente, a situação fetal, a posição fetal, a apresentação fetal e a insinuação fetal.
No primeiro tempo de Leopold, é feita a palpação da parte superior do abdome materno, determinando-se o fundo uterino e identificando-se o polo fetal presente ali: uma superfície esferoide, volumosa e amolecida indica a presença do polo cefálico.
Quanto à situação do feto, tem-se a classificação: longitudinal, córmica e transversal/oblíqua.
No quarto tempo da manobra de Leopold, na hipótese de um feto em apresentação córmica, o polo inferior se encontrará preenchido parcialmente, por uma superfície algo endurecida e pequena.
Ao se determinar a posição fetal, é identificado o melhor foco de ausculta do BCF.