Questões de Concurso Público SESAU-AL 2021 para Médico - Especialidade: Oftalmologia
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O vírus da imunodeficiência humana (HIV) danifica o sistema imunológico dos infectados, tornando-os suscetíveis a infecções oportunistas. Embora o advento da terapia antirretroviral combinada (TARVc) tenha resultado em declínio na incidência de algumas infecções intraoculares, como retinite por citomegalovírus (CMV), a incidência de sífilis ocular permanece alta. Em relação à coinfecção HIV e sífilis, julgue o item que se segue.
A uveíte sifilítica pode estar associada à neurossífilis e, uma
vez que suas características clínicas ativas são consideradas
uma expressão da sífilis secundária ou neurológica, as
manifestações devem ser tratadas de acordo com os mesmos
regimes de neurossífilis dos pacientes não infectados pelo
HIV.
Os corticosteroides sistêmicos são benéficos na neurossífilis e seu papel na sífilis ocular está bem estabelecido, porém devem ser evitados no tratamento de complicações que ameaçam a visão, como edema macular, devido ao risco de reação de Jarisch-Harxheimer, que pode piorar o prognóstico visual.
A avaliação sorológica dos títulos dos testes não treponêmicos não deve ser realizada para avaliar a resposta ao tratamento em pacientes com HIV, visto que indivíduos tratados com a terapia padrão não atingem o declínio do título não treponêmico, mesmo após o tratamento, e sua persistência não indica falha terapêutica.
O prognóstico da acuidade visual em pacientes HIV+ com manifestações da sífilis ocular é desfavorável mesmo após tratamento adequado, e as recorrências são frequentes, apesar do uso da TARVc, que não demonstrou melhorar o resultado visual em pacientes com HIV coinfectados com sífilis.
A concentração de proteínas no líquor é um parâmetro mais sensível do que a contagem de células para avaliar a eficácia do tratamento, uma vez que a sua normalização é mais provável em comparação com a pleocitose liquórica e com a reatividade do VDRL. Se a concentração de proteínas não diminuir após seis meses nem normalizar após dois anos, os pacientes devem ser tratados novamente.