Antônio, com 40 anos de idade, já passou por algumas
crises importantes e quatro internações. No auge da última crise,
há dois anos, chegou a quebrar tudo em casa, destruindo todos os
objetos que via pela frente. Segundo ele, “precisava destruir tudo.
Precisei começar pelos objetos que olhavam feio pra mim.
Depois, os que sobraram entraram na onda. Acabei logo com a
brincadeira… quebrei tudo” (sic). Em meio à crise, passou ainda
a queimar suas pernas e braços com a ponta do cigarro, alegando
que precisava acabar com os vermes que saíam de sua pele.
Passou dias sem comer, alegando que estavam querendo matá-lo
“aos poucos” (sic) para enviarem seus órgãos para uma
exposição mundial que ocorreria no Palácio de Buckingham, em
Londres, em homenagem ao centenário da Rainha.
A conduta adotada no momento da avaliação foi
intervenção medicamentosa e psicológica. Antônio ficou mais de
dois meses internado depois dessa crise.
De acordo com o caso clínico precedente e as contribuições da
psicopatologia, Antônio apresenta