Texto CG2A1
Foi em 1975 que a Organização das Nações
Unidas (ONU) começou a celebrar o dia 8 de março como o Dia
Internacional das Mulheres, na busca por evidenciar a discussão
sobre a importância da igualdade de gênero, do combate à
violência e da garantia dos direitos de meninas e mulheres. Mas a
celebração tem suas origens no começo do século XX, em
manifestações ligadas aos direitos das mulheres trabalhadoras.
A data passou a ser definitivamente estabelecida a partir
do dia 8 de março de 1917, com a realização de uma
manifestação de operárias por pão e paz, na atual cidade de São
Petersburgo, na Rússia. Nove anos antes, em 8 de março de 1908,
já havia ocorrido um encontro massivo em Nova Iorque, nos
Estados Unidos da América (EUA), em defesa do sufrágio
universal, com a presença de um comitê feminino local para
apoiar o voto das mulheres.
No Brasil, as mulheres só passaram a exercer o direito ao
voto em 1932. As casadas, porém, só o puderam fazer em 1934, e
até 1962 elas só podiam trabalhar fora se o marido anuísse.
Atualmente, a presença das mulheres na educação
brasileira é forte. Hoje, as meninas apresentam, inclusive, maior
sucesso na trajetória escolar. Entre a população adulta com mais
de 25 anos de idade, 49,5% das mulheres e 45% dos homens
concluíram o ensino médio, de acordo com dados da PNAD
Contínua 2018. No ensino superior, elas compõem 55% das
matrículas de graduação. Na docência, esse fato se repete: elas
também são maioria.
Ainda assim, nem tudo é um mar de rosas. Conforme as
mulheres vão progredindo na carreira acadêmica, por exemplo,
esse cenário muda. No Brasil, apenas um em cada quatro
pesquisadores seniores são mulheres. A maternidade e a
desigualdade na divisão das tarefas domésticas são alguns dos
fatores que dificultam o equilíbrio entre a vida profissional e
pessoal das mulheres — mas não dos homens.
Internet:: <www.cenpec.org.br> (com adaptações).