Questões de Concurso Público Prefeitura de Aracaju - SE 2024 para Professor - Disciplina: Língua Portuguesa

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Q3131276 Linguística

        As abordagens da linguagem do ponto de vista filosófico, estrutural, funcional e até discursivo conservam, de alguma forma, o gesto de Saussure ao considerar na linguagem uma dualidade fundamental: língua/fala, código/mensagem, competência/performance, língua/discurso. Se contestam o objeto da linguística colocado por Saussure, nunca o fazem de uma maneira radical. Mesmo quando buscam, no objeto da linguística, a parte marginalizada por Saussure, a linguagem continua a ser concebida como uma entidade de duas faces: uma formal, constituída pelo “núcleo duro” da língua e uma outra parte por meio da qual a linguagem se relaciona com o mundo pela ação dos falantes.


        Essa dualidade da linguagem foi, contudo, duramente contestada pelo filósofo soviético Bakhtin, já no final da década de 20. A oposição que Bakhtin faz a Saussure é radical, se levarmos em conta que a linguagem, para esse filósofo, não se divide em duas instâncias. A enunciação, “a verdadeira substância da língua”, é, para Bakhtin, a síntese do processo da linguagem, o conceito-chave para se entender os processos linguísticos.


        Bakhtin afasta-se de Saussure ao ver a língua como algo concreto, fruto da manifestação interindividual, valorizando assim, a manifestação concreta da língua e não o sistema abstrato de formas. E essa manifestação é eminentemente social.


        Segundo Bakhtin, o que de fato existe é o processo linguístico, sendo a enunciação o motor da língua: “a língua vive e evolui historicamente na comunicação verbal concreta, não no sistema linguístico abstrato das formas da língua nem no psiquismo individual dos falantes”.


Sílvia Helena Barbi Cardoso. Discurso e ensino. 2 ed. Belo Horizonte:

Autêntica/ FALE-UFMG, 2005. p. 24-25. (com adaptações). 



A partir das ideias veiculadas no texto precedente, julgue o item que se segue, relativo às concepções de língua, linguagem e interação.


É correto concluir que o texto tem como principal interlocutor os falantes de língua portuguesa, pois a temática nele abordada é o idioma nacional. 


Alternativas
Q3131277 Linguística

        As abordagens da linguagem do ponto de vista filosófico, estrutural, funcional e até discursivo conservam, de alguma forma, o gesto de Saussure ao considerar na linguagem uma dualidade fundamental: língua/fala, código/mensagem, competência/performance, língua/discurso. Se contestam o objeto da linguística colocado por Saussure, nunca o fazem de uma maneira radical. Mesmo quando buscam, no objeto da linguística, a parte marginalizada por Saussure, a linguagem continua a ser concebida como uma entidade de duas faces: uma formal, constituída pelo “núcleo duro” da língua e uma outra parte por meio da qual a linguagem se relaciona com o mundo pela ação dos falantes.


        Essa dualidade da linguagem foi, contudo, duramente contestada pelo filósofo soviético Bakhtin, já no final da década de 20. A oposição que Bakhtin faz a Saussure é radical, se levarmos em conta que a linguagem, para esse filósofo, não se divide em duas instâncias. A enunciação, “a verdadeira substância da língua”, é, para Bakhtin, a síntese do processo da linguagem, o conceito-chave para se entender os processos linguísticos.


        Bakhtin afasta-se de Saussure ao ver a língua como algo concreto, fruto da manifestação interindividual, valorizando assim, a manifestação concreta da língua e não o sistema abstrato de formas. E essa manifestação é eminentemente social.


        Segundo Bakhtin, o que de fato existe é o processo linguístico, sendo a enunciação o motor da língua: “a língua vive e evolui historicamente na comunicação verbal concreta, não no sistema linguístico abstrato das formas da língua nem no psiquismo individual dos falantes”.


Sílvia Helena Barbi Cardoso. Discurso e ensino. 2 ed. Belo Horizonte:

Autêntica/ FALE-UFMG, 2005. p. 24-25. (com adaptações). 



A partir das ideias veiculadas no texto precedente, julgue o item que se segue, relativo às concepções de língua, linguagem e interação.


No texto, as afirmações de que a dualidade da linguagem foi “duramente contestada por Bakhtin” e de que a “oposição que Bakhtin faz a Saussure é radical” comprovam a intenção da autora em criticar os estudos saussurianos da linguagem. 

Alternativas
Q3131278 Linguística

        As abordagens da linguagem do ponto de vista filosófico, estrutural, funcional e até discursivo conservam, de alguma forma, o gesto de Saussure ao considerar na linguagem uma dualidade fundamental: língua/fala, código/mensagem, competência/performance, língua/discurso. Se contestam o objeto da linguística colocado por Saussure, nunca o fazem de uma maneira radical. Mesmo quando buscam, no objeto da linguística, a parte marginalizada por Saussure, a linguagem continua a ser concebida como uma entidade de duas faces: uma formal, constituída pelo “núcleo duro” da língua e uma outra parte por meio da qual a linguagem se relaciona com o mundo pela ação dos falantes.


        Essa dualidade da linguagem foi, contudo, duramente contestada pelo filósofo soviético Bakhtin, já no final da década de 20. A oposição que Bakhtin faz a Saussure é radical, se levarmos em conta que a linguagem, para esse filósofo, não se divide em duas instâncias. A enunciação, “a verdadeira substância da língua”, é, para Bakhtin, a síntese do processo da linguagem, o conceito-chave para se entender os processos linguísticos.


        Bakhtin afasta-se de Saussure ao ver a língua como algo concreto, fruto da manifestação interindividual, valorizando assim, a manifestação concreta da língua e não o sistema abstrato de formas. E essa manifestação é eminentemente social.


        Segundo Bakhtin, o que de fato existe é o processo linguístico, sendo a enunciação o motor da língua: “a língua vive e evolui historicamente na comunicação verbal concreta, não no sistema linguístico abstrato das formas da língua nem no psiquismo individual dos falantes”.


Sílvia Helena Barbi Cardoso. Discurso e ensino. 2 ed. Belo Horizonte:

Autêntica/ FALE-UFMG, 2005. p. 24-25. (com adaptações). 



A partir das ideias veiculadas no texto precedente, julgue o item que se segue, relativo às concepções de língua, linguagem e interação.


Ao mencionar a “parte marginalizada por Saussure”, a autora se refere às concepções linguísticas que não apresentam a distinção entre língua como sistema e língua como instrumento de interação. 

Alternativas
Q3131279 Linguística

        As abordagens da linguagem do ponto de vista filosófico, estrutural, funcional e até discursivo conservam, de alguma forma, o gesto de Saussure ao considerar na linguagem uma dualidade fundamental: língua/fala, código/mensagem, competência/performance, língua/discurso. Se contestam o objeto da linguística colocado por Saussure, nunca o fazem de uma maneira radical. Mesmo quando buscam, no objeto da linguística, a parte marginalizada por Saussure, a linguagem continua a ser concebida como uma entidade de duas faces: uma formal, constituída pelo “núcleo duro” da língua e uma outra parte por meio da qual a linguagem se relaciona com o mundo pela ação dos falantes.


        Essa dualidade da linguagem foi, contudo, duramente contestada pelo filósofo soviético Bakhtin, já no final da década de 20. A oposição que Bakhtin faz a Saussure é radical, se levarmos em conta que a linguagem, para esse filósofo, não se divide em duas instâncias. A enunciação, “a verdadeira substância da língua”, é, para Bakhtin, a síntese do processo da linguagem, o conceito-chave para se entender os processos linguísticos.


        Bakhtin afasta-se de Saussure ao ver a língua como algo concreto, fruto da manifestação interindividual, valorizando assim, a manifestação concreta da língua e não o sistema abstrato de formas. E essa manifestação é eminentemente social.


        Segundo Bakhtin, o que de fato existe é o processo linguístico, sendo a enunciação o motor da língua: “a língua vive e evolui historicamente na comunicação verbal concreta, não no sistema linguístico abstrato das formas da língua nem no psiquismo individual dos falantes”.


Sílvia Helena Barbi Cardoso. Discurso e ensino. 2 ed. Belo Horizonte:

Autêntica/ FALE-UFMG, 2005. p. 24-25. (com adaptações). 



A partir das ideias veiculadas no texto precedente, julgue o item que se segue, relativo às concepções de língua, linguagem e interação.


A dualidade entre língua e discurso está no fato de que, ao mesmo tempo em que a língua se constitui como um sistema, ela é passível de influências subjetivas, históricas e sociais, e o discurso, por sua vez, é o lugar em que essas influências se manifestam. 

Alternativas
Q3131280 Linguística

        As abordagens da linguagem do ponto de vista filosófico, estrutural, funcional e até discursivo conservam, de alguma forma, o gesto de Saussure ao considerar na linguagem uma dualidade fundamental: língua/fala, código/mensagem, competência/performance, língua/discurso. Se contestam o objeto da linguística colocado por Saussure, nunca o fazem de uma maneira radical. Mesmo quando buscam, no objeto da linguística, a parte marginalizada por Saussure, a linguagem continua a ser concebida como uma entidade de duas faces: uma formal, constituída pelo “núcleo duro” da língua e uma outra parte por meio da qual a linguagem se relaciona com o mundo pela ação dos falantes.


        Essa dualidade da linguagem foi, contudo, duramente contestada pelo filósofo soviético Bakhtin, já no final da década de 20. A oposição que Bakhtin faz a Saussure é radical, se levarmos em conta que a linguagem, para esse filósofo, não se divide em duas instâncias. A enunciação, “a verdadeira substância da língua”, é, para Bakhtin, a síntese do processo da linguagem, o conceito-chave para se entender os processos linguísticos.


        Bakhtin afasta-se de Saussure ao ver a língua como algo concreto, fruto da manifestação interindividual, valorizando assim, a manifestação concreta da língua e não o sistema abstrato de formas. E essa manifestação é eminentemente social.


        Segundo Bakhtin, o que de fato existe é o processo linguístico, sendo a enunciação o motor da língua: “a língua vive e evolui historicamente na comunicação verbal concreta, não no sistema linguístico abstrato das formas da língua nem no psiquismo individual dos falantes”.


Sílvia Helena Barbi Cardoso. Discurso e ensino. 2 ed. Belo Horizonte:

Autêntica/ FALE-UFMG, 2005. p. 24-25. (com adaptações). 



A partir das ideias veiculadas no texto precedente, julgue o item que se segue, relativo às concepções de língua, linguagem e interação.


Segundo a concepção adotada oficialmente no ensino de língua portuguesa no Brasil, a língua é fruto do processo interativo, como propõe Bakhtin.

Alternativas
Q3131283 Linguística

        Art. 1.º Fica proibido o uso indiscriminado de celulares e outros dispositivos eletrônicos pelos alunos nas unidades de ensino da rede pública municipal, estadual, federal e privada em todo o território nacional, exceto para os casos de pessoas com necessidades especiais, tais como autistas, entre outras.


        Parágrafo Único. Os professores e órgãos fiscalizadores e responsáveis pela educação nacional, estadual, municipal e as instituições educacionais deverão regulamentar o possível uso desses equipamentos quando necessário, através de portaria interna, versando sobre: quando, como e em quais locais e atividades deverão ser utilizados.


Brasil. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei n.º 246/2024 (em tramitação).

Internet: <camara.leg.br> (com adaptações).


Considerando as ideias e o estilo do texto precedente, bem como as concepções de linguagem, língua e interação, julgue o item a seguir. 

De acordo com a concepção enunciativo-discursiva da linguagem, é correto afirmar que, mesmo em textos normativos, como o apresentado, o sentido só se completa no processo de interlocução.
Alternativas
Q3131284 Linguística

        Art. 1.º Fica proibido o uso indiscriminado de celulares e outros dispositivos eletrônicos pelos alunos nas unidades de ensino da rede pública municipal, estadual, federal e privada em todo o território nacional, exceto para os casos de pessoas com necessidades especiais, tais como autistas, entre outras.


        Parágrafo Único. Os professores e órgãos fiscalizadores e responsáveis pela educação nacional, estadual, municipal e as instituições educacionais deverão regulamentar o possível uso desses equipamentos quando necessário, através de portaria interna, versando sobre: quando, como e em quais locais e atividades deverão ser utilizados.


Brasil. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei n.º 246/2024 (em tramitação).

Internet: <camara.leg.br> (com adaptações).


Considerando as ideias e o estilo do texto precedente, bem como as concepções de linguagem, língua e interação, julgue o item a seguir. 

No texto, um dos recursos linguísticos que evidenciam a intencionalidade do discurso é o emprego do modo verbal imperativo.
Alternativas
Q3131298 Linguística

Canção para os fonemas da alegria


                               Thiago de Mello


Peço licença para algumas coisas.

Primeiramente para desfraldar

este canto de amor publicamente. 


Sucede que só sei dizer amor

quando reparto o ramo azul de estrelas

que em meu peito floresce de menino.


Peço licença para soletrar,

no alfabeto do sol pernambucano,

a palavra ti-jo-lo, por exemplo, 


e poder ver que dentro dela vivem

paredes, aconchegos e janelas,

e descobrir que todos os fonemas 


são mágicos sinais que vão se abrindo

constelação de girassóis gerando

em círculos de amor que de repente

estalam como flor no chão da casa. 


Às vezes nem há casa: é só o chão.

Mas sobre o chão quem reina agora é um homem

diferente, que acaba de nascer: 


porque unindo pedaços de palavras

aos poucos vai unindo argila e orvalho,

tristeza e pão, cambão e beija-flor,


e acaba por unir

a própria vida no seu peito partida e repartida

quando afinal descobre num clarão 


que o mundo é seu também, que o seu trabalho

não é a pena que paga por ser homem,

mas um modo de amar — e de ajudar 


o mundo a ser melhor. Peço licença

para avisar que, ao gosto de Jesus,

este homem renascido é um homem novo:


ele atravessa os campos espalhando

a boa-nova, e chama os companheiros

a pelejar no limpo, fronte a fronte, 


contra o bicho de quatrocentos anos,

mas cujo fel espesso não resiste

a quarenta horas de total ternura. 


Peço licença para terminar

soletrando a canção de rebeldia

que existe nos fonemas da alegria:


canção de amor geral que eu vi crescer

nos olhos do homem que aprendeu a ler. 


Thiago de Mello. Faz escuro mas eu canto. São Paulo: Global Editora, 2017. 

Julgue o item que se segue, relativo à análise linguística do poema precedente.


A primeira estrofe do poema é redigida na modalidade formal da língua e em conformidade com a norma culta. 



Alternativas
Respostas
1: E
2: E
3: E
4: C
5: C
6: C
7: E
8: C