Questões de Concurso Público SPTrans 2019 para Estagiário - Ensino Médio
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Q1073931
Português
Texto associado
Crise de sensatez
É possível que o que vou dizer nesta crônica
espante o leitor como espantou a mim, ao pensá-lo. É que nunca o pensara antes, nem supunha
que tal pensamento me ocorresse um dia, a
sério. Foi o seguinte: pensei que é melhor ser
louco que sensato, como sou.
Refiro-me ao louco de fato, não estou usando
de metáfora, como quando se diz “Fulano é
loucão”. Nada disso, falo do cara que ouve vozes
e acredita que o porteiro do prédio sequestra
meninas, mata-as, cozinha-as em grandes
panelas que tem em sua casa e as come. Refiro-me ao sujeito que é pirado mesmo, necessitando
de internações e remédios. Doido varrido.
Mas por que isso, por que achar que ser
doido é melhor do que ser normal?
Simplesmente porque o doido inventa a
existência como lhe apraz, sem dar bola para o
que nós outros chamamos de realidade.
Não é só isso, porém, ou melhor, isso não é
o principal motivo de minha opção preferindo a
loucura à normalidade. A razão mesmo é que a
visão dita normal não explica a realidade,
irredutível a ela.
Por exemplo, alguém é capaz de dizer por
que existe o mundo em vez de nada? Ninguém
sabe a resposta a essa pergunta. E outra: houve
um tempo em que nada existia, antes de haver o
universo? É impossível imaginar um tempo em
que nada existia. Ou seja, a sensatez não explica
a existência e muito menos a não existência.
Veja bem, essas perguntas são feitas por
gente sensata, ou seja, quem as formula é quem
pretende reduzir a existência do mundo a
explicações objetivas e compreensíveis. Quem
não quer entender, não faz perguntas. Isto é, só
os sensatos as fazem; os loucos, não. Se fazem
algumas perguntas, são outras, insensatas, e as
respostas que encontram são mais loucas ainda.
Não consigo impedir que certas perguntas
me perturbem. Por exemplo, o sistema solar mais
próximo da Terra está a uma distância de 4,3
anos-luz, ou seja, a distância que a luz percorre à
velocidade de 300 mil quilômetros por segundo.
Como nenhuma nave pode viajar à velocidade da
luz, porque se desintegraria, viraria luz, jamais
algum habitante da Terra poderá chegar àquele
sistema solar. Mesmo que viajasse a 300 mil
quilômetros por hora, levaria séculos para chegar
lá. O que dizer dos sóis que estão a 1 milhão ou 2 milhões de anos-luz? Ou seja, o universo existe
apenas para ser contemplado por nós, de longe.
Mas é o de menos. Pensa só nisto: o nosso
sistema solar, com todos os planetas que o
constituem, e os satélites e tudo o mais, equivale
a 2% da massa total do Sol, que é uma estrela
de quinta grandeza; quer dizer, não é das
maiores.
Só na Via Láctea, há bilhões de outros sóis
e, no universo, há bilhões de galáxias
infinitamente maiores que a Via Láctea, com
bilhões e bilhões de sóis. Dá para entender isso?
Pode alguém achar que a mente humana é
capaz de explicar um troço como esse, que
excede toda e qualquer possibilidade de
abranger e compreender? Não resta dúvida de
que o universo, por suas incomensuráveis
dimensões, está para além da compreensão
humana. Concorda comigo ou não? Claro que
concorda. Se não concorda, o doido é você.
Mas, tudo bem, esqueça as galáxias e me
explica a existência desta pequenina aranha que
surgiu presa ao filtro de parede na minha
cozinha. Ela é minúscula e sua teia tão tênue que
nem sequer consigo vê-la. Só sei que a teia
existe porque a aranha não poderia estar
suspensa no ar sem nada em que se apoiasse.
A aranha não é igual à barata nem ao rato, já
que, além do mais, são maiores que ela, têm
outra forma e não produzem teia, que, quase
invisível, é uma armadilha mortal para os insetos.
Foi a aranha quem bolou essa armadilha, quem a
inventou? Se não foi ela, quem foi então? Não
me diga que foi Deus, porque essa é a resposta
que facilmente explica tudo.
A verdade é que não dá para entender, a
existência não tem explicação, e o que não tem
explicação é absurdo. Absurdo para quem,
sensato como eu, quer entendê-la. Já o louco
não busca explicações sensatas. Inventa alguma
tão absurda quanto o próprio universo. Enfim, a
existência é a existência, não precisa de lógica. E
é, por isso mesmo, maravilhosa.
(Ferreira Goulart. Caderno Ilustrado do Jornal Folha de São Paulo. Julho de 2013.)
O texto “Crise de sensatez” trata como
assunto principal:
Q1073932
Português
Texto associado
Crise de sensatez
É possível que o que vou dizer nesta crônica
espante o leitor como espantou a mim, ao pensá-lo. É que nunca o pensara antes, nem supunha
que tal pensamento me ocorresse um dia, a
sério. Foi o seguinte: pensei que é melhor ser
louco que sensato, como sou.
Refiro-me ao louco de fato, não estou usando
de metáfora, como quando se diz “Fulano é
loucão”. Nada disso, falo do cara que ouve vozes
e acredita que o porteiro do prédio sequestra
meninas, mata-as, cozinha-as em grandes
panelas que tem em sua casa e as come. Refiro-me ao sujeito que é pirado mesmo, necessitando
de internações e remédios. Doido varrido.
Mas por que isso, por que achar que ser
doido é melhor do que ser normal?
Simplesmente porque o doido inventa a
existência como lhe apraz, sem dar bola para o
que nós outros chamamos de realidade.
Não é só isso, porém, ou melhor, isso não é
o principal motivo de minha opção preferindo a
loucura à normalidade. A razão mesmo é que a
visão dita normal não explica a realidade,
irredutível a ela.
Por exemplo, alguém é capaz de dizer por
que existe o mundo em vez de nada? Ninguém
sabe a resposta a essa pergunta. E outra: houve
um tempo em que nada existia, antes de haver o
universo? É impossível imaginar um tempo em
que nada existia. Ou seja, a sensatez não explica
a existência e muito menos a não existência.
Veja bem, essas perguntas são feitas por
gente sensata, ou seja, quem as formula é quem
pretende reduzir a existência do mundo a
explicações objetivas e compreensíveis. Quem
não quer entender, não faz perguntas. Isto é, só
os sensatos as fazem; os loucos, não. Se fazem
algumas perguntas, são outras, insensatas, e as
respostas que encontram são mais loucas ainda.
Não consigo impedir que certas perguntas
me perturbem. Por exemplo, o sistema solar mais
próximo da Terra está a uma distância de 4,3
anos-luz, ou seja, a distância que a luz percorre à
velocidade de 300 mil quilômetros por segundo.
Como nenhuma nave pode viajar à velocidade da
luz, porque se desintegraria, viraria luz, jamais
algum habitante da Terra poderá chegar àquele
sistema solar. Mesmo que viajasse a 300 mil
quilômetros por hora, levaria séculos para chegar
lá. O que dizer dos sóis que estão a 1 milhão ou 2 milhões de anos-luz? Ou seja, o universo existe
apenas para ser contemplado por nós, de longe.
Mas é o de menos. Pensa só nisto: o nosso
sistema solar, com todos os planetas que o
constituem, e os satélites e tudo o mais, equivale
a 2% da massa total do Sol, que é uma estrela
de quinta grandeza; quer dizer, não é das
maiores.
Só na Via Láctea, há bilhões de outros sóis
e, no universo, há bilhões de galáxias
infinitamente maiores que a Via Láctea, com
bilhões e bilhões de sóis. Dá para entender isso?
Pode alguém achar que a mente humana é
capaz de explicar um troço como esse, que
excede toda e qualquer possibilidade de
abranger e compreender? Não resta dúvida de
que o universo, por suas incomensuráveis
dimensões, está para além da compreensão
humana. Concorda comigo ou não? Claro que
concorda. Se não concorda, o doido é você.
Mas, tudo bem, esqueça as galáxias e me
explica a existência desta pequenina aranha que
surgiu presa ao filtro de parede na minha
cozinha. Ela é minúscula e sua teia tão tênue que
nem sequer consigo vê-la. Só sei que a teia
existe porque a aranha não poderia estar
suspensa no ar sem nada em que se apoiasse.
A aranha não é igual à barata nem ao rato, já
que, além do mais, são maiores que ela, têm
outra forma e não produzem teia, que, quase
invisível, é uma armadilha mortal para os insetos.
Foi a aranha quem bolou essa armadilha, quem a
inventou? Se não foi ela, quem foi então? Não
me diga que foi Deus, porque essa é a resposta
que facilmente explica tudo.
A verdade é que não dá para entender, a
existência não tem explicação, e o que não tem
explicação é absurdo. Absurdo para quem,
sensato como eu, quer entendê-la. Já o louco
não busca explicações sensatas. Inventa alguma
tão absurda quanto o próprio universo. Enfim, a
existência é a existência, não precisa de lógica. E
é, por isso mesmo, maravilhosa.
(Ferreira Goulart. Caderno Ilustrado do Jornal Folha de São Paulo. Julho de 2013.)
Assinale, a seguir, uma premissa utilizada
pelo narrador para justificar sua predileção
pela loucura.
Q1073933
Português
Texto associado
Crise de sensatez
É possível que o que vou dizer nesta crônica
espante o leitor como espantou a mim, ao pensá-lo. É que nunca o pensara antes, nem supunha
que tal pensamento me ocorresse um dia, a
sério. Foi o seguinte: pensei que é melhor ser
louco que sensato, como sou.
Refiro-me ao louco de fato, não estou usando
de metáfora, como quando se diz “Fulano é
loucão”. Nada disso, falo do cara que ouve vozes
e acredita que o porteiro do prédio sequestra
meninas, mata-as, cozinha-as em grandes
panelas que tem em sua casa e as come. Refiro-me ao sujeito que é pirado mesmo, necessitando
de internações e remédios. Doido varrido.
Mas por que isso, por que achar que ser
doido é melhor do que ser normal?
Simplesmente porque o doido inventa a
existência como lhe apraz, sem dar bola para o
que nós outros chamamos de realidade.
Não é só isso, porém, ou melhor, isso não é
o principal motivo de minha opção preferindo a
loucura à normalidade. A razão mesmo é que a
visão dita normal não explica a realidade,
irredutível a ela.
Por exemplo, alguém é capaz de dizer por
que existe o mundo em vez de nada? Ninguém
sabe a resposta a essa pergunta. E outra: houve
um tempo em que nada existia, antes de haver o
universo? É impossível imaginar um tempo em
que nada existia. Ou seja, a sensatez não explica
a existência e muito menos a não existência.
Veja bem, essas perguntas são feitas por
gente sensata, ou seja, quem as formula é quem
pretende reduzir a existência do mundo a
explicações objetivas e compreensíveis. Quem
não quer entender, não faz perguntas. Isto é, só
os sensatos as fazem; os loucos, não. Se fazem
algumas perguntas, são outras, insensatas, e as
respostas que encontram são mais loucas ainda.
Não consigo impedir que certas perguntas
me perturbem. Por exemplo, o sistema solar mais
próximo da Terra está a uma distância de 4,3
anos-luz, ou seja, a distância que a luz percorre à
velocidade de 300 mil quilômetros por segundo.
Como nenhuma nave pode viajar à velocidade da
luz, porque se desintegraria, viraria luz, jamais
algum habitante da Terra poderá chegar àquele
sistema solar. Mesmo que viajasse a 300 mil
quilômetros por hora, levaria séculos para chegar
lá. O que dizer dos sóis que estão a 1 milhão ou 2 milhões de anos-luz? Ou seja, o universo existe
apenas para ser contemplado por nós, de longe.
Mas é o de menos. Pensa só nisto: o nosso
sistema solar, com todos os planetas que o
constituem, e os satélites e tudo o mais, equivale
a 2% da massa total do Sol, que é uma estrela
de quinta grandeza; quer dizer, não é das
maiores.
Só na Via Láctea, há bilhões de outros sóis
e, no universo, há bilhões de galáxias
infinitamente maiores que a Via Láctea, com
bilhões e bilhões de sóis. Dá para entender isso?
Pode alguém achar que a mente humana é
capaz de explicar um troço como esse, que
excede toda e qualquer possibilidade de
abranger e compreender? Não resta dúvida de
que o universo, por suas incomensuráveis
dimensões, está para além da compreensão
humana. Concorda comigo ou não? Claro que
concorda. Se não concorda, o doido é você.
Mas, tudo bem, esqueça as galáxias e me
explica a existência desta pequenina aranha que
surgiu presa ao filtro de parede na minha
cozinha. Ela é minúscula e sua teia tão tênue que
nem sequer consigo vê-la. Só sei que a teia
existe porque a aranha não poderia estar
suspensa no ar sem nada em que se apoiasse.
A aranha não é igual à barata nem ao rato, já
que, além do mais, são maiores que ela, têm
outra forma e não produzem teia, que, quase
invisível, é uma armadilha mortal para os insetos.
Foi a aranha quem bolou essa armadilha, quem a
inventou? Se não foi ela, quem foi então? Não
me diga que foi Deus, porque essa é a resposta
que facilmente explica tudo.
A verdade é que não dá para entender, a
existência não tem explicação, e o que não tem
explicação é absurdo. Absurdo para quem,
sensato como eu, quer entendê-la. Já o louco
não busca explicações sensatas. Inventa alguma
tão absurda quanto o próprio universo. Enfim, a
existência é a existência, não precisa de lógica. E
é, por isso mesmo, maravilhosa.
(Ferreira Goulart. Caderno Ilustrado do Jornal Folha de São Paulo. Julho de 2013.)
No trecho “É impossível imaginar um tempo
em que nada existia.” (5º§), a expressão
“impossível” pode ser substituída, sem
alteração de sentido, por:
Q1073934
Português
Texto associado
Crise de sensatez
É possível que o que vou dizer nesta crônica
espante o leitor como espantou a mim, ao pensá-lo. É que nunca o pensara antes, nem supunha
que tal pensamento me ocorresse um dia, a
sério. Foi o seguinte: pensei que é melhor ser
louco que sensato, como sou.
Refiro-me ao louco de fato, não estou usando
de metáfora, como quando se diz “Fulano é
loucão”. Nada disso, falo do cara que ouve vozes
e acredita que o porteiro do prédio sequestra
meninas, mata-as, cozinha-as em grandes
panelas que tem em sua casa e as come. Refiro-me ao sujeito que é pirado mesmo, necessitando
de internações e remédios. Doido varrido.
Mas por que isso, por que achar que ser
doido é melhor do que ser normal?
Simplesmente porque o doido inventa a
existência como lhe apraz, sem dar bola para o
que nós outros chamamos de realidade.
Não é só isso, porém, ou melhor, isso não é
o principal motivo de minha opção preferindo a
loucura à normalidade. A razão mesmo é que a
visão dita normal não explica a realidade,
irredutível a ela.
Por exemplo, alguém é capaz de dizer por
que existe o mundo em vez de nada? Ninguém
sabe a resposta a essa pergunta. E outra: houve
um tempo em que nada existia, antes de haver o
universo? É impossível imaginar um tempo em
que nada existia. Ou seja, a sensatez não explica
a existência e muito menos a não existência.
Veja bem, essas perguntas são feitas por
gente sensata, ou seja, quem as formula é quem
pretende reduzir a existência do mundo a
explicações objetivas e compreensíveis. Quem
não quer entender, não faz perguntas. Isto é, só
os sensatos as fazem; os loucos, não. Se fazem
algumas perguntas, são outras, insensatas, e as
respostas que encontram são mais loucas ainda.
Não consigo impedir que certas perguntas
me perturbem. Por exemplo, o sistema solar mais
próximo da Terra está a uma distância de 4,3
anos-luz, ou seja, a distância que a luz percorre à
velocidade de 300 mil quilômetros por segundo.
Como nenhuma nave pode viajar à velocidade da
luz, porque se desintegraria, viraria luz, jamais
algum habitante da Terra poderá chegar àquele
sistema solar. Mesmo que viajasse a 300 mil
quilômetros por hora, levaria séculos para chegar
lá. O que dizer dos sóis que estão a 1 milhão ou 2 milhões de anos-luz? Ou seja, o universo existe
apenas para ser contemplado por nós, de longe.
Mas é o de menos. Pensa só nisto: o nosso
sistema solar, com todos os planetas que o
constituem, e os satélites e tudo o mais, equivale
a 2% da massa total do Sol, que é uma estrela
de quinta grandeza; quer dizer, não é das
maiores.
Só na Via Láctea, há bilhões de outros sóis
e, no universo, há bilhões de galáxias
infinitamente maiores que a Via Láctea, com
bilhões e bilhões de sóis. Dá para entender isso?
Pode alguém achar que a mente humana é
capaz de explicar um troço como esse, que
excede toda e qualquer possibilidade de
abranger e compreender? Não resta dúvida de
que o universo, por suas incomensuráveis
dimensões, está para além da compreensão
humana. Concorda comigo ou não? Claro que
concorda. Se não concorda, o doido é você.
Mas, tudo bem, esqueça as galáxias e me
explica a existência desta pequenina aranha que
surgiu presa ao filtro de parede na minha
cozinha. Ela é minúscula e sua teia tão tênue que
nem sequer consigo vê-la. Só sei que a teia
existe porque a aranha não poderia estar
suspensa no ar sem nada em que se apoiasse.
A aranha não é igual à barata nem ao rato, já
que, além do mais, são maiores que ela, têm
outra forma e não produzem teia, que, quase
invisível, é uma armadilha mortal para os insetos.
Foi a aranha quem bolou essa armadilha, quem a
inventou? Se não foi ela, quem foi então? Não
me diga que foi Deus, porque essa é a resposta
que facilmente explica tudo.
A verdade é que não dá para entender, a
existência não tem explicação, e o que não tem
explicação é absurdo. Absurdo para quem,
sensato como eu, quer entendê-la. Já o louco
não busca explicações sensatas. Inventa alguma
tão absurda quanto o próprio universo. Enfim, a
existência é a existência, não precisa de lógica. E
é, por isso mesmo, maravilhosa.
(Ferreira Goulart. Caderno Ilustrado do Jornal Folha de São Paulo. Julho de 2013.)
Considerando o segmento “Já o louco não busca explicações sensatas. Inventa alguma tão absurda quanto o próprio universo.” (12º§), é possível inferir que o narrador expressa uma ideia de:
Q1073935
Português
Texto associado
Crise de sensatez
É possível que o que vou dizer nesta crônica
espante o leitor como espantou a mim, ao pensá-lo. É que nunca o pensara antes, nem supunha
que tal pensamento me ocorresse um dia, a
sério. Foi o seguinte: pensei que é melhor ser
louco que sensato, como sou.
Refiro-me ao louco de fato, não estou usando
de metáfora, como quando se diz “Fulano é
loucão”. Nada disso, falo do cara que ouve vozes
e acredita que o porteiro do prédio sequestra
meninas, mata-as, cozinha-as em grandes
panelas que tem em sua casa e as come. Refiro-me ao sujeito que é pirado mesmo, necessitando
de internações e remédios. Doido varrido.
Mas por que isso, por que achar que ser
doido é melhor do que ser normal?
Simplesmente porque o doido inventa a
existência como lhe apraz, sem dar bola para o
que nós outros chamamos de realidade.
Não é só isso, porém, ou melhor, isso não é
o principal motivo de minha opção preferindo a
loucura à normalidade. A razão mesmo é que a
visão dita normal não explica a realidade,
irredutível a ela.
Por exemplo, alguém é capaz de dizer por
que existe o mundo em vez de nada? Ninguém
sabe a resposta a essa pergunta. E outra: houve
um tempo em que nada existia, antes de haver o
universo? É impossível imaginar um tempo em
que nada existia. Ou seja, a sensatez não explica
a existência e muito menos a não existência.
Veja bem, essas perguntas são feitas por
gente sensata, ou seja, quem as formula é quem
pretende reduzir a existência do mundo a
explicações objetivas e compreensíveis. Quem
não quer entender, não faz perguntas. Isto é, só
os sensatos as fazem; os loucos, não. Se fazem
algumas perguntas, são outras, insensatas, e as
respostas que encontram são mais loucas ainda.
Não consigo impedir que certas perguntas
me perturbem. Por exemplo, o sistema solar mais
próximo da Terra está a uma distância de 4,3
anos-luz, ou seja, a distância que a luz percorre à
velocidade de 300 mil quilômetros por segundo.
Como nenhuma nave pode viajar à velocidade da
luz, porque se desintegraria, viraria luz, jamais
algum habitante da Terra poderá chegar àquele
sistema solar. Mesmo que viajasse a 300 mil
quilômetros por hora, levaria séculos para chegar
lá. O que dizer dos sóis que estão a 1 milhão ou 2 milhões de anos-luz? Ou seja, o universo existe
apenas para ser contemplado por nós, de longe.
Mas é o de menos. Pensa só nisto: o nosso
sistema solar, com todos os planetas que o
constituem, e os satélites e tudo o mais, equivale
a 2% da massa total do Sol, que é uma estrela
de quinta grandeza; quer dizer, não é das
maiores.
Só na Via Láctea, há bilhões de outros sóis
e, no universo, há bilhões de galáxias
infinitamente maiores que a Via Láctea, com
bilhões e bilhões de sóis. Dá para entender isso?
Pode alguém achar que a mente humana é
capaz de explicar um troço como esse, que
excede toda e qualquer possibilidade de
abranger e compreender? Não resta dúvida de
que o universo, por suas incomensuráveis
dimensões, está para além da compreensão
humana. Concorda comigo ou não? Claro que
concorda. Se não concorda, o doido é você.
Mas, tudo bem, esqueça as galáxias e me
explica a existência desta pequenina aranha que
surgiu presa ao filtro de parede na minha
cozinha. Ela é minúscula e sua teia tão tênue que
nem sequer consigo vê-la. Só sei que a teia
existe porque a aranha não poderia estar
suspensa no ar sem nada em que se apoiasse.
A aranha não é igual à barata nem ao rato, já
que, além do mais, são maiores que ela, têm
outra forma e não produzem teia, que, quase
invisível, é uma armadilha mortal para os insetos.
Foi a aranha quem bolou essa armadilha, quem a
inventou? Se não foi ela, quem foi então? Não
me diga que foi Deus, porque essa é a resposta
que facilmente explica tudo.
A verdade é que não dá para entender, a
existência não tem explicação, e o que não tem
explicação é absurdo. Absurdo para quem,
sensato como eu, quer entendê-la. Já o louco
não busca explicações sensatas. Inventa alguma
tão absurda quanto o próprio universo. Enfim, a
existência é a existência, não precisa de lógica. E
é, por isso mesmo, maravilhosa.
(Ferreira Goulart. Caderno Ilustrado do Jornal Folha de São Paulo. Julho de 2013.)
Em “Não consigo impedir que certas
perguntas me perturbem.” (7º§), o termo que
apresenta o significado contrário ao
assinalado anteriormente é:
Q1073936
Português
Texto associado
Crise de sensatez
É possível que o que vou dizer nesta crônica
espante o leitor como espantou a mim, ao pensá-lo. É que nunca o pensara antes, nem supunha
que tal pensamento me ocorresse um dia, a
sério. Foi o seguinte: pensei que é melhor ser
louco que sensato, como sou.
Refiro-me ao louco de fato, não estou usando
de metáfora, como quando se diz “Fulano é
loucão”. Nada disso, falo do cara que ouve vozes
e acredita que o porteiro do prédio sequestra
meninas, mata-as, cozinha-as em grandes
panelas que tem em sua casa e as come. Refiro-me ao sujeito que é pirado mesmo, necessitando
de internações e remédios. Doido varrido.
Mas por que isso, por que achar que ser
doido é melhor do que ser normal?
Simplesmente porque o doido inventa a
existência como lhe apraz, sem dar bola para o
que nós outros chamamos de realidade.
Não é só isso, porém, ou melhor, isso não é
o principal motivo de minha opção preferindo a
loucura à normalidade. A razão mesmo é que a
visão dita normal não explica a realidade,
irredutível a ela.
Por exemplo, alguém é capaz de dizer por
que existe o mundo em vez de nada? Ninguém
sabe a resposta a essa pergunta. E outra: houve
um tempo em que nada existia, antes de haver o
universo? É impossível imaginar um tempo em
que nada existia. Ou seja, a sensatez não explica
a existência e muito menos a não existência.
Veja bem, essas perguntas são feitas por
gente sensata, ou seja, quem as formula é quem
pretende reduzir a existência do mundo a
explicações objetivas e compreensíveis. Quem
não quer entender, não faz perguntas. Isto é, só
os sensatos as fazem; os loucos, não. Se fazem
algumas perguntas, são outras, insensatas, e as
respostas que encontram são mais loucas ainda.
Não consigo impedir que certas perguntas
me perturbem. Por exemplo, o sistema solar mais
próximo da Terra está a uma distância de 4,3
anos-luz, ou seja, a distância que a luz percorre à
velocidade de 300 mil quilômetros por segundo.
Como nenhuma nave pode viajar à velocidade da
luz, porque se desintegraria, viraria luz, jamais
algum habitante da Terra poderá chegar àquele
sistema solar. Mesmo que viajasse a 300 mil
quilômetros por hora, levaria séculos para chegar
lá. O que dizer dos sóis que estão a 1 milhão ou 2 milhões de anos-luz? Ou seja, o universo existe
apenas para ser contemplado por nós, de longe.
Mas é o de menos. Pensa só nisto: o nosso
sistema solar, com todos os planetas que o
constituem, e os satélites e tudo o mais, equivale
a 2% da massa total do Sol, que é uma estrela
de quinta grandeza; quer dizer, não é das
maiores.
Só na Via Láctea, há bilhões de outros sóis
e, no universo, há bilhões de galáxias
infinitamente maiores que a Via Láctea, com
bilhões e bilhões de sóis. Dá para entender isso?
Pode alguém achar que a mente humana é
capaz de explicar um troço como esse, que
excede toda e qualquer possibilidade de
abranger e compreender? Não resta dúvida de
que o universo, por suas incomensuráveis
dimensões, está para além da compreensão
humana. Concorda comigo ou não? Claro que
concorda. Se não concorda, o doido é você.
Mas, tudo bem, esqueça as galáxias e me
explica a existência desta pequenina aranha que
surgiu presa ao filtro de parede na minha
cozinha. Ela é minúscula e sua teia tão tênue que
nem sequer consigo vê-la. Só sei que a teia
existe porque a aranha não poderia estar
suspensa no ar sem nada em que se apoiasse.
A aranha não é igual à barata nem ao rato, já
que, além do mais, são maiores que ela, têm
outra forma e não produzem teia, que, quase
invisível, é uma armadilha mortal para os insetos.
Foi a aranha quem bolou essa armadilha, quem a
inventou? Se não foi ela, quem foi então? Não
me diga que foi Deus, porque essa é a resposta
que facilmente explica tudo.
A verdade é que não dá para entender, a
existência não tem explicação, e o que não tem
explicação é absurdo. Absurdo para quem,
sensato como eu, quer entendê-la. Já o louco
não busca explicações sensatas. Inventa alguma
tão absurda quanto o próprio universo. Enfim, a
existência é a existência, não precisa de lógica. E
é, por isso mesmo, maravilhosa.
(Ferreira Goulart. Caderno Ilustrado do Jornal Folha de São Paulo. Julho de 2013.)
No segmento “Não é só isso, porém, ou
melhor, isso não é o principal motivo de
minha opção preferindo a loucura à
normalidade.” (4º§), a expressão destacada
pode ser substituída, sem prejuízo semântico,
por:
Q1073937
Português
Texto associado
Crise de sensatez
É possível que o que vou dizer nesta crônica
espante o leitor como espantou a mim, ao pensá-lo. É que nunca o pensara antes, nem supunha
que tal pensamento me ocorresse um dia, a
sério. Foi o seguinte: pensei que é melhor ser
louco que sensato, como sou.
Refiro-me ao louco de fato, não estou usando
de metáfora, como quando se diz “Fulano é
loucão”. Nada disso, falo do cara que ouve vozes
e acredita que o porteiro do prédio sequestra
meninas, mata-as, cozinha-as em grandes
panelas que tem em sua casa e as come. Refiro-me ao sujeito que é pirado mesmo, necessitando
de internações e remédios. Doido varrido.
Mas por que isso, por que achar que ser
doido é melhor do que ser normal?
Simplesmente porque o doido inventa a
existência como lhe apraz, sem dar bola para o
que nós outros chamamos de realidade.
Não é só isso, porém, ou melhor, isso não é
o principal motivo de minha opção preferindo a
loucura à normalidade. A razão mesmo é que a
visão dita normal não explica a realidade,
irredutível a ela.
Por exemplo, alguém é capaz de dizer por
que existe o mundo em vez de nada? Ninguém
sabe a resposta a essa pergunta. E outra: houve
um tempo em que nada existia, antes de haver o
universo? É impossível imaginar um tempo em
que nada existia. Ou seja, a sensatez não explica
a existência e muito menos a não existência.
Veja bem, essas perguntas são feitas por
gente sensata, ou seja, quem as formula é quem
pretende reduzir a existência do mundo a
explicações objetivas e compreensíveis. Quem
não quer entender, não faz perguntas. Isto é, só
os sensatos as fazem; os loucos, não. Se fazem
algumas perguntas, são outras, insensatas, e as
respostas que encontram são mais loucas ainda.
Não consigo impedir que certas perguntas
me perturbem. Por exemplo, o sistema solar mais
próximo da Terra está a uma distância de 4,3
anos-luz, ou seja, a distância que a luz percorre à
velocidade de 300 mil quilômetros por segundo.
Como nenhuma nave pode viajar à velocidade da
luz, porque se desintegraria, viraria luz, jamais
algum habitante da Terra poderá chegar àquele
sistema solar. Mesmo que viajasse a 300 mil
quilômetros por hora, levaria séculos para chegar
lá. O que dizer dos sóis que estão a 1 milhão ou 2 milhões de anos-luz? Ou seja, o universo existe
apenas para ser contemplado por nós, de longe.
Mas é o de menos. Pensa só nisto: o nosso
sistema solar, com todos os planetas que o
constituem, e os satélites e tudo o mais, equivale
a 2% da massa total do Sol, que é uma estrela
de quinta grandeza; quer dizer, não é das
maiores.
Só na Via Láctea, há bilhões de outros sóis
e, no universo, há bilhões de galáxias
infinitamente maiores que a Via Láctea, com
bilhões e bilhões de sóis. Dá para entender isso?
Pode alguém achar que a mente humana é
capaz de explicar um troço como esse, que
excede toda e qualquer possibilidade de
abranger e compreender? Não resta dúvida de
que o universo, por suas incomensuráveis
dimensões, está para além da compreensão
humana. Concorda comigo ou não? Claro que
concorda. Se não concorda, o doido é você.
Mas, tudo bem, esqueça as galáxias e me
explica a existência desta pequenina aranha que
surgiu presa ao filtro de parede na minha
cozinha. Ela é minúscula e sua teia tão tênue que
nem sequer consigo vê-la. Só sei que a teia
existe porque a aranha não poderia estar
suspensa no ar sem nada em que se apoiasse.
A aranha não é igual à barata nem ao rato, já
que, além do mais, são maiores que ela, têm
outra forma e não produzem teia, que, quase
invisível, é uma armadilha mortal para os insetos.
Foi a aranha quem bolou essa armadilha, quem a
inventou? Se não foi ela, quem foi então? Não
me diga que foi Deus, porque essa é a resposta
que facilmente explica tudo.
A verdade é que não dá para entender, a
existência não tem explicação, e o que não tem
explicação é absurdo. Absurdo para quem,
sensato como eu, quer entendê-la. Já o louco
não busca explicações sensatas. Inventa alguma
tão absurda quanto o próprio universo. Enfim, a
existência é a existência, não precisa de lógica. E
é, por isso mesmo, maravilhosa.
(Ferreira Goulart. Caderno Ilustrado do Jornal Folha de São Paulo. Julho de 2013.)
Levando em consideração que o pronome
tem a função de relacionar o substantivo a
uma das três pessoas do discurso (quem
fala, com quem se fala e de quem se fala),
podendo, ainda, indicar a posse de um
objeto ou sua localização, assinale a
associação INDEVIDA.
Q1073938
Português
Texto associado
Crise de sensatez
É possível que o que vou dizer nesta crônica
espante o leitor como espantou a mim, ao pensá-lo. É que nunca o pensara antes, nem supunha
que tal pensamento me ocorresse um dia, a
sério. Foi o seguinte: pensei que é melhor ser
louco que sensato, como sou.
Refiro-me ao louco de fato, não estou usando
de metáfora, como quando se diz “Fulano é
loucão”. Nada disso, falo do cara que ouve vozes
e acredita que o porteiro do prédio sequestra
meninas, mata-as, cozinha-as em grandes
panelas que tem em sua casa e as come. Refiro-me ao sujeito que é pirado mesmo, necessitando
de internações e remédios. Doido varrido.
Mas por que isso, por que achar que ser
doido é melhor do que ser normal?
Simplesmente porque o doido inventa a
existência como lhe apraz, sem dar bola para o
que nós outros chamamos de realidade.
Não é só isso, porém, ou melhor, isso não é
o principal motivo de minha opção preferindo a
loucura à normalidade. A razão mesmo é que a
visão dita normal não explica a realidade,
irredutível a ela.
Por exemplo, alguém é capaz de dizer por
que existe o mundo em vez de nada? Ninguém
sabe a resposta a essa pergunta. E outra: houve
um tempo em que nada existia, antes de haver o
universo? É impossível imaginar um tempo em
que nada existia. Ou seja, a sensatez não explica
a existência e muito menos a não existência.
Veja bem, essas perguntas são feitas por
gente sensata, ou seja, quem as formula é quem
pretende reduzir a existência do mundo a
explicações objetivas e compreensíveis. Quem
não quer entender, não faz perguntas. Isto é, só
os sensatos as fazem; os loucos, não. Se fazem
algumas perguntas, são outras, insensatas, e as
respostas que encontram são mais loucas ainda.
Não consigo impedir que certas perguntas
me perturbem. Por exemplo, o sistema solar mais
próximo da Terra está a uma distância de 4,3
anos-luz, ou seja, a distância que a luz percorre à
velocidade de 300 mil quilômetros por segundo.
Como nenhuma nave pode viajar à velocidade da
luz, porque se desintegraria, viraria luz, jamais
algum habitante da Terra poderá chegar àquele
sistema solar. Mesmo que viajasse a 300 mil
quilômetros por hora, levaria séculos para chegar
lá. O que dizer dos sóis que estão a 1 milhão ou 2 milhões de anos-luz? Ou seja, o universo existe
apenas para ser contemplado por nós, de longe.
Mas é o de menos. Pensa só nisto: o nosso
sistema solar, com todos os planetas que o
constituem, e os satélites e tudo o mais, equivale
a 2% da massa total do Sol, que é uma estrela
de quinta grandeza; quer dizer, não é das
maiores.
Só na Via Láctea, há bilhões de outros sóis
e, no universo, há bilhões de galáxias
infinitamente maiores que a Via Láctea, com
bilhões e bilhões de sóis. Dá para entender isso?
Pode alguém achar que a mente humana é
capaz de explicar um troço como esse, que
excede toda e qualquer possibilidade de
abranger e compreender? Não resta dúvida de
que o universo, por suas incomensuráveis
dimensões, está para além da compreensão
humana. Concorda comigo ou não? Claro que
concorda. Se não concorda, o doido é você.
Mas, tudo bem, esqueça as galáxias e me
explica a existência desta pequenina aranha que
surgiu presa ao filtro de parede na minha
cozinha. Ela é minúscula e sua teia tão tênue que
nem sequer consigo vê-la. Só sei que a teia
existe porque a aranha não poderia estar
suspensa no ar sem nada em que se apoiasse.
A aranha não é igual à barata nem ao rato, já
que, além do mais, são maiores que ela, têm
outra forma e não produzem teia, que, quase
invisível, é uma armadilha mortal para os insetos.
Foi a aranha quem bolou essa armadilha, quem a
inventou? Se não foi ela, quem foi então? Não
me diga que foi Deus, porque essa é a resposta
que facilmente explica tudo.
A verdade é que não dá para entender, a
existência não tem explicação, e o que não tem
explicação é absurdo. Absurdo para quem,
sensato como eu, quer entendê-la. Já o louco
não busca explicações sensatas. Inventa alguma
tão absurda quanto o próprio universo. Enfim, a
existência é a existência, não precisa de lógica. E
é, por isso mesmo, maravilhosa.
(Ferreira Goulart. Caderno Ilustrado do Jornal Folha de São Paulo. Julho de 2013.)
Das afirmativas transcritas do texto, assinale
a que se encontra no sentido figurado.
Q1073939
Português
Texto associado
Crise de sensatez
É possível que o que vou dizer nesta crônica
espante o leitor como espantou a mim, ao pensá-lo. É que nunca o pensara antes, nem supunha
que tal pensamento me ocorresse um dia, a
sério. Foi o seguinte: pensei que é melhor ser
louco que sensato, como sou.
Refiro-me ao louco de fato, não estou usando
de metáfora, como quando se diz “Fulano é
loucão”. Nada disso, falo do cara que ouve vozes
e acredita que o porteiro do prédio sequestra
meninas, mata-as, cozinha-as em grandes
panelas que tem em sua casa e as come. Refiro-me ao sujeito que é pirado mesmo, necessitando
de internações e remédios. Doido varrido.
Mas por que isso, por que achar que ser
doido é melhor do que ser normal?
Simplesmente porque o doido inventa a
existência como lhe apraz, sem dar bola para o
que nós outros chamamos de realidade.
Não é só isso, porém, ou melhor, isso não é
o principal motivo de minha opção preferindo a
loucura à normalidade. A razão mesmo é que a
visão dita normal não explica a realidade,
irredutível a ela.
Por exemplo, alguém é capaz de dizer por
que existe o mundo em vez de nada? Ninguém
sabe a resposta a essa pergunta. E outra: houve
um tempo em que nada existia, antes de haver o
universo? É impossível imaginar um tempo em
que nada existia. Ou seja, a sensatez não explica
a existência e muito menos a não existência.
Veja bem, essas perguntas são feitas por
gente sensata, ou seja, quem as formula é quem
pretende reduzir a existência do mundo a
explicações objetivas e compreensíveis. Quem
não quer entender, não faz perguntas. Isto é, só
os sensatos as fazem; os loucos, não. Se fazem
algumas perguntas, são outras, insensatas, e as
respostas que encontram são mais loucas ainda.
Não consigo impedir que certas perguntas
me perturbem. Por exemplo, o sistema solar mais
próximo da Terra está a uma distância de 4,3
anos-luz, ou seja, a distância que a luz percorre à
velocidade de 300 mil quilômetros por segundo.
Como nenhuma nave pode viajar à velocidade da
luz, porque se desintegraria, viraria luz, jamais
algum habitante da Terra poderá chegar àquele
sistema solar. Mesmo que viajasse a 300 mil
quilômetros por hora, levaria séculos para chegar
lá. O que dizer dos sóis que estão a 1 milhão ou 2 milhões de anos-luz? Ou seja, o universo existe
apenas para ser contemplado por nós, de longe.
Mas é o de menos. Pensa só nisto: o nosso
sistema solar, com todos os planetas que o
constituem, e os satélites e tudo o mais, equivale
a 2% da massa total do Sol, que é uma estrela
de quinta grandeza; quer dizer, não é das
maiores.
Só na Via Láctea, há bilhões de outros sóis
e, no universo, há bilhões de galáxias
infinitamente maiores que a Via Láctea, com
bilhões e bilhões de sóis. Dá para entender isso?
Pode alguém achar que a mente humana é
capaz de explicar um troço como esse, que
excede toda e qualquer possibilidade de
abranger e compreender? Não resta dúvida de
que o universo, por suas incomensuráveis
dimensões, está para além da compreensão
humana. Concorda comigo ou não? Claro que
concorda. Se não concorda, o doido é você.
Mas, tudo bem, esqueça as galáxias e me
explica a existência desta pequenina aranha que
surgiu presa ao filtro de parede na minha
cozinha. Ela é minúscula e sua teia tão tênue que
nem sequer consigo vê-la. Só sei que a teia
existe porque a aranha não poderia estar
suspensa no ar sem nada em que se apoiasse.
A aranha não é igual à barata nem ao rato, já
que, além do mais, são maiores que ela, têm
outra forma e não produzem teia, que, quase
invisível, é uma armadilha mortal para os insetos.
Foi a aranha quem bolou essa armadilha, quem a
inventou? Se não foi ela, quem foi então? Não
me diga que foi Deus, porque essa é a resposta
que facilmente explica tudo.
A verdade é que não dá para entender, a
existência não tem explicação, e o que não tem
explicação é absurdo. Absurdo para quem,
sensato como eu, quer entendê-la. Já o louco
não busca explicações sensatas. Inventa alguma
tão absurda quanto o próprio universo. Enfim, a
existência é a existência, não precisa de lógica. E
é, por isso mesmo, maravilhosa.
(Ferreira Goulart. Caderno Ilustrado do Jornal Folha de São Paulo. Julho de 2013.)
Em “Dá para entender isso? Pode alguém
achar que a mente humana é capaz de
explicar um troço como esse, que excede
toda e qualquer possibilidade de abranger e
compreender? (...) Concorda comigo ou
não?” (9º§), o ponto de interrogação tem
como finalidade:
Q1073940
Português
Texto associado
Crise de sensatez
É possível que o que vou dizer nesta crônica
espante o leitor como espantou a mim, ao pensá-lo. É que nunca o pensara antes, nem supunha
que tal pensamento me ocorresse um dia, a
sério. Foi o seguinte: pensei que é melhor ser
louco que sensato, como sou.
Refiro-me ao louco de fato, não estou usando
de metáfora, como quando se diz “Fulano é
loucão”. Nada disso, falo do cara que ouve vozes
e acredita que o porteiro do prédio sequestra
meninas, mata-as, cozinha-as em grandes
panelas que tem em sua casa e as come. Refiro-me ao sujeito que é pirado mesmo, necessitando
de internações e remédios. Doido varrido.
Mas por que isso, por que achar que ser
doido é melhor do que ser normal?
Simplesmente porque o doido inventa a
existência como lhe apraz, sem dar bola para o
que nós outros chamamos de realidade.
Não é só isso, porém, ou melhor, isso não é
o principal motivo de minha opção preferindo a
loucura à normalidade. A razão mesmo é que a
visão dita normal não explica a realidade,
irredutível a ela.
Por exemplo, alguém é capaz de dizer por
que existe o mundo em vez de nada? Ninguém
sabe a resposta a essa pergunta. E outra: houve
um tempo em que nada existia, antes de haver o
universo? É impossível imaginar um tempo em
que nada existia. Ou seja, a sensatez não explica
a existência e muito menos a não existência.
Veja bem, essas perguntas são feitas por
gente sensata, ou seja, quem as formula é quem
pretende reduzir a existência do mundo a
explicações objetivas e compreensíveis. Quem
não quer entender, não faz perguntas. Isto é, só
os sensatos as fazem; os loucos, não. Se fazem
algumas perguntas, são outras, insensatas, e as
respostas que encontram são mais loucas ainda.
Não consigo impedir que certas perguntas
me perturbem. Por exemplo, o sistema solar mais
próximo da Terra está a uma distância de 4,3
anos-luz, ou seja, a distância que a luz percorre à
velocidade de 300 mil quilômetros por segundo.
Como nenhuma nave pode viajar à velocidade da
luz, porque se desintegraria, viraria luz, jamais
algum habitante da Terra poderá chegar àquele
sistema solar. Mesmo que viajasse a 300 mil
quilômetros por hora, levaria séculos para chegar
lá. O que dizer dos sóis que estão a 1 milhão ou 2 milhões de anos-luz? Ou seja, o universo existe
apenas para ser contemplado por nós, de longe.
Mas é o de menos. Pensa só nisto: o nosso
sistema solar, com todos os planetas que o
constituem, e os satélites e tudo o mais, equivale
a 2% da massa total do Sol, que é uma estrela
de quinta grandeza; quer dizer, não é das
maiores.
Só na Via Láctea, há bilhões de outros sóis
e, no universo, há bilhões de galáxias
infinitamente maiores que a Via Láctea, com
bilhões e bilhões de sóis. Dá para entender isso?
Pode alguém achar que a mente humana é
capaz de explicar um troço como esse, que
excede toda e qualquer possibilidade de
abranger e compreender? Não resta dúvida de
que o universo, por suas incomensuráveis
dimensões, está para além da compreensão
humana. Concorda comigo ou não? Claro que
concorda. Se não concorda, o doido é você.
Mas, tudo bem, esqueça as galáxias e me
explica a existência desta pequenina aranha que
surgiu presa ao filtro de parede na minha
cozinha. Ela é minúscula e sua teia tão tênue que
nem sequer consigo vê-la. Só sei que a teia
existe porque a aranha não poderia estar
suspensa no ar sem nada em que se apoiasse.
A aranha não é igual à barata nem ao rato, já
que, além do mais, são maiores que ela, têm
outra forma e não produzem teia, que, quase
invisível, é uma armadilha mortal para os insetos.
Foi a aranha quem bolou essa armadilha, quem a
inventou? Se não foi ela, quem foi então? Não
me diga que foi Deus, porque essa é a resposta
que facilmente explica tudo.
A verdade é que não dá para entender, a
existência não tem explicação, e o que não tem
explicação é absurdo. Absurdo para quem,
sensato como eu, quer entendê-la. Já o louco
não busca explicações sensatas. Inventa alguma
tão absurda quanto o próprio universo. Enfim, a
existência é a existência, não precisa de lógica. E
é, por isso mesmo, maravilhosa.
(Ferreira Goulart. Caderno Ilustrado do Jornal Folha de São Paulo. Julho de 2013.)
No trecho “Pensa só nisto: o nosso sistema
solar, com todos os planetas que o
constituem, e os satélites e tudo o mais,
equivale a 2% da massa total do Sol, que é uma estrela de quinta grandeza; quer dizer,
não é das maiores.” (8º§), os dois-pontos
foram empregados para:
Q1073941
Português
Texto associado
Crise de sensatez
É possível que o que vou dizer nesta crônica
espante o leitor como espantou a mim, ao pensá-lo. É que nunca o pensara antes, nem supunha
que tal pensamento me ocorresse um dia, a
sério. Foi o seguinte: pensei que é melhor ser
louco que sensato, como sou.
Refiro-me ao louco de fato, não estou usando
de metáfora, como quando se diz “Fulano é
loucão”. Nada disso, falo do cara que ouve vozes
e acredita que o porteiro do prédio sequestra
meninas, mata-as, cozinha-as em grandes
panelas que tem em sua casa e as come. Refiro-me ao sujeito que é pirado mesmo, necessitando
de internações e remédios. Doido varrido.
Mas por que isso, por que achar que ser
doido é melhor do que ser normal?
Simplesmente porque o doido inventa a
existência como lhe apraz, sem dar bola para o
que nós outros chamamos de realidade.
Não é só isso, porém, ou melhor, isso não é
o principal motivo de minha opção preferindo a
loucura à normalidade. A razão mesmo é que a
visão dita normal não explica a realidade,
irredutível a ela.
Por exemplo, alguém é capaz de dizer por
que existe o mundo em vez de nada? Ninguém
sabe a resposta a essa pergunta. E outra: houve
um tempo em que nada existia, antes de haver o
universo? É impossível imaginar um tempo em
que nada existia. Ou seja, a sensatez não explica
a existência e muito menos a não existência.
Veja bem, essas perguntas são feitas por
gente sensata, ou seja, quem as formula é quem
pretende reduzir a existência do mundo a
explicações objetivas e compreensíveis. Quem
não quer entender, não faz perguntas. Isto é, só
os sensatos as fazem; os loucos, não. Se fazem
algumas perguntas, são outras, insensatas, e as
respostas que encontram são mais loucas ainda.
Não consigo impedir que certas perguntas
me perturbem. Por exemplo, o sistema solar mais
próximo da Terra está a uma distância de 4,3
anos-luz, ou seja, a distância que a luz percorre à
velocidade de 300 mil quilômetros por segundo.
Como nenhuma nave pode viajar à velocidade da
luz, porque se desintegraria, viraria luz, jamais
algum habitante da Terra poderá chegar àquele
sistema solar. Mesmo que viajasse a 300 mil
quilômetros por hora, levaria séculos para chegar
lá. O que dizer dos sóis que estão a 1 milhão ou 2 milhões de anos-luz? Ou seja, o universo existe
apenas para ser contemplado por nós, de longe.
Mas é o de menos. Pensa só nisto: o nosso
sistema solar, com todos os planetas que o
constituem, e os satélites e tudo o mais, equivale
a 2% da massa total do Sol, que é uma estrela
de quinta grandeza; quer dizer, não é das
maiores.
Só na Via Láctea, há bilhões de outros sóis
e, no universo, há bilhões de galáxias
infinitamente maiores que a Via Láctea, com
bilhões e bilhões de sóis. Dá para entender isso?
Pode alguém achar que a mente humana é
capaz de explicar um troço como esse, que
excede toda e qualquer possibilidade de
abranger e compreender? Não resta dúvida de
que o universo, por suas incomensuráveis
dimensões, está para além da compreensão
humana. Concorda comigo ou não? Claro que
concorda. Se não concorda, o doido é você.
Mas, tudo bem, esqueça as galáxias e me
explica a existência desta pequenina aranha que
surgiu presa ao filtro de parede na minha
cozinha. Ela é minúscula e sua teia tão tênue que
nem sequer consigo vê-la. Só sei que a teia
existe porque a aranha não poderia estar
suspensa no ar sem nada em que se apoiasse.
A aranha não é igual à barata nem ao rato, já
que, além do mais, são maiores que ela, têm
outra forma e não produzem teia, que, quase
invisível, é uma armadilha mortal para os insetos.
Foi a aranha quem bolou essa armadilha, quem a
inventou? Se não foi ela, quem foi então? Não
me diga que foi Deus, porque essa é a resposta
que facilmente explica tudo.
A verdade é que não dá para entender, a
existência não tem explicação, e o que não tem
explicação é absurdo. Absurdo para quem,
sensato como eu, quer entendê-la. Já o louco
não busca explicações sensatas. Inventa alguma
tão absurda quanto o próprio universo. Enfim, a
existência é a existência, não precisa de lógica. E
é, por isso mesmo, maravilhosa.
(Ferreira Goulart. Caderno Ilustrado do Jornal Folha de São Paulo. Julho de 2013.)
Assinale a alternativa INADEQUADA quanto à
classificação morfológica das palavras
destacadas.
Q1073942
Português
Texto associado
Crise de sensatez
É possível que o que vou dizer nesta crônica
espante o leitor como espantou a mim, ao pensá-lo. É que nunca o pensara antes, nem supunha
que tal pensamento me ocorresse um dia, a
sério. Foi o seguinte: pensei que é melhor ser
louco que sensato, como sou.
Refiro-me ao louco de fato, não estou usando
de metáfora, como quando se diz “Fulano é
loucão”. Nada disso, falo do cara que ouve vozes
e acredita que o porteiro do prédio sequestra
meninas, mata-as, cozinha-as em grandes
panelas que tem em sua casa e as come. Refiro-me ao sujeito que é pirado mesmo, necessitando
de internações e remédios. Doido varrido.
Mas por que isso, por que achar que ser
doido é melhor do que ser normal?
Simplesmente porque o doido inventa a
existência como lhe apraz, sem dar bola para o
que nós outros chamamos de realidade.
Não é só isso, porém, ou melhor, isso não é
o principal motivo de minha opção preferindo a
loucura à normalidade. A razão mesmo é que a
visão dita normal não explica a realidade,
irredutível a ela.
Por exemplo, alguém é capaz de dizer por
que existe o mundo em vez de nada? Ninguém
sabe a resposta a essa pergunta. E outra: houve
um tempo em que nada existia, antes de haver o
universo? É impossível imaginar um tempo em
que nada existia. Ou seja, a sensatez não explica
a existência e muito menos a não existência.
Veja bem, essas perguntas são feitas por
gente sensata, ou seja, quem as formula é quem
pretende reduzir a existência do mundo a
explicações objetivas e compreensíveis. Quem
não quer entender, não faz perguntas. Isto é, só
os sensatos as fazem; os loucos, não. Se fazem
algumas perguntas, são outras, insensatas, e as
respostas que encontram são mais loucas ainda.
Não consigo impedir que certas perguntas
me perturbem. Por exemplo, o sistema solar mais
próximo da Terra está a uma distância de 4,3
anos-luz, ou seja, a distância que a luz percorre à
velocidade de 300 mil quilômetros por segundo.
Como nenhuma nave pode viajar à velocidade da
luz, porque se desintegraria, viraria luz, jamais
algum habitante da Terra poderá chegar àquele
sistema solar. Mesmo que viajasse a 300 mil
quilômetros por hora, levaria séculos para chegar
lá. O que dizer dos sóis que estão a 1 milhão ou 2 milhões de anos-luz? Ou seja, o universo existe
apenas para ser contemplado por nós, de longe.
Mas é o de menos. Pensa só nisto: o nosso
sistema solar, com todos os planetas que o
constituem, e os satélites e tudo o mais, equivale
a 2% da massa total do Sol, que é uma estrela
de quinta grandeza; quer dizer, não é das
maiores.
Só na Via Láctea, há bilhões de outros sóis
e, no universo, há bilhões de galáxias
infinitamente maiores que a Via Láctea, com
bilhões e bilhões de sóis. Dá para entender isso?
Pode alguém achar que a mente humana é
capaz de explicar um troço como esse, que
excede toda e qualquer possibilidade de
abranger e compreender? Não resta dúvida de
que o universo, por suas incomensuráveis
dimensões, está para além da compreensão
humana. Concorda comigo ou não? Claro que
concorda. Se não concorda, o doido é você.
Mas, tudo bem, esqueça as galáxias e me
explica a existência desta pequenina aranha que
surgiu presa ao filtro de parede na minha
cozinha. Ela é minúscula e sua teia tão tênue que
nem sequer consigo vê-la. Só sei que a teia
existe porque a aranha não poderia estar
suspensa no ar sem nada em que se apoiasse.
A aranha não é igual à barata nem ao rato, já
que, além do mais, são maiores que ela, têm
outra forma e não produzem teia, que, quase
invisível, é uma armadilha mortal para os insetos.
Foi a aranha quem bolou essa armadilha, quem a
inventou? Se não foi ela, quem foi então? Não
me diga que foi Deus, porque essa é a resposta
que facilmente explica tudo.
A verdade é que não dá para entender, a
existência não tem explicação, e o que não tem
explicação é absurdo. Absurdo para quem,
sensato como eu, quer entendê-la. Já o louco
não busca explicações sensatas. Inventa alguma
tão absurda quanto o próprio universo. Enfim, a
existência é a existência, não precisa de lógica. E
é, por isso mesmo, maravilhosa.
(Ferreira Goulart. Caderno Ilustrado do Jornal Folha de São Paulo. Julho de 2013.)
Em “Não é só isso, porém, ou melhor, isso
não é o principal motivo de minha opção
preferindo a loucura à normalidade.” (4º§), o
acento indicativo foi devidamente aplicado. Tal
fato NÃO ocorre em:
Q1073943
Matemática
Em um torneio de futsal, se uma equipe
vencer todas as partidas disputadas, ela
somará 130 pontos. No fim do torneio a
equipe “Alfa” acumulou 95 pontos. Qual foi o
percentual de aproveitamento da equipe
neste torneio?
Q1073944
Matemática
Em uma escola trabalham 28 professores.
Entre tais professores, 25% sabem jogar
xadrez. Qual é o número de professores
desta escola que NÃO sabem jogar xadrez?
Q1073945
Matemática
Se a soma de dois números é 266, e a
diferença entre o maior e o menor é 42, qual
é o maior destes números?
Q1073946
Matemática
Em uma fábrica de brinquedos, 16 operários
produzem 320 brinquedos por dia. Quantos
operários com a mesma qualificação dos
primeiros, são necessários para produzir 780
brinquedos por dia?
Q1073947
Matemática
A média dos salários de doze funcionários de
uma loja de R$ 1.680,00. Se forem
contratados mais três funcionários, com
salários de R$ 1.300,00; R$ 1430,00; e,
R$1.500,00, qual será a nova média salarial
da loja?
Q1073948
Matemática
Camila foi em uma agência bancária e
constatou que a atendente leva, em média, 8
minutos para atender 3 clientes. Quanto
tempo esta atendente levará para atender os
36 clientes que estão na fila?
Q1073949
Raciocínio Lógico
Lucas trabalha como recepcionista de um
hotel. Em seus horários vagos, ele gosta de
inventar problemas de lógica matemática
para desenvolver o seu raciocínio. Certo dia
ele reorganizou o quadro de chaves dos
quartos e pediu para um colega de trabalho
descobrir qual seria o número X da última
chave, que seria dado por uma sequência.
Qual é o número X da última chave?
Qual é o número X da última chave?
Q1073950
Matemática
Júlia realizou um conjunto de avaliações em
um processo seletivo para ingresso em uma
empresa, obtendo os resultados apresentados
na tabela a seguir:
Avaliação Nota Prova Escrita 6,4 Redação 7,0 Prova prática 8,1 Prova de Títulos 7,3
Considerando que a nota final nesse processo seletivo consiste na média das notas conseguidas em cada avaliação, qual foi a nota final de Júlia?
Avaliação Nota Prova Escrita 6,4 Redação 7,0 Prova prática 8,1 Prova de Títulos 7,3
Considerando que a nota final nesse processo seletivo consiste na média das notas conseguidas em cada avaliação, qual foi a nota final de Júlia?