Questões de Concurso Público Prefeitura de Natal - RN 2018 para Técnico em Enfermagem do Trabalho

Foram encontradas 60 questões

Q921876 Enfermagem
Um técnico de enfermagem do trabalho, ao estudar as perdas auditivas de origem ocupacional, deparou-se com outros agentes causais que, não somente podem gerar perdas auditivas, independente de exposição ao ruído, mas também, ao interagir com este, podem potencializar os seus efeitos sobre a audição. Percebeu ainda que a utilização do termo “perda auditiva ocupacional”, por ser mais abrangente, aponta o ruído como o agente mais comum, mas não ignora a existência de outros agentes ocupacionais, que têm implicações importantes em termos de diagnóstico e medidas preventivas. De acordo com o Ministério da Saúde (2006), são agentes causais da perda auditiva ocupacional, além do ruído, a exposição
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Q921877 Enfermagem
As dermatoses ocupacionais representam parcela significante das doenças relacionadas ao trabalho. No entanto, sua prevalência configura-se como de avaliação difícil e complexa. A maioria dessas dermatoses não chega às estatísticas e muito menos ao conhecimento dos profissionais especialistas. De acordo com o protocolo de dermatoses ocupacionais do Ministério da Saúde (2006), são causas diretas das dermatoses ocupacionais:
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Q921878 Enfermagem
O Programa Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde, organiza toda a política nacional de vacinação da população brasileira e tem como missão o controle, a erradicação e a eliminação de doenças imunopreveníveis. Nos ambientes de trabalho, diversas doenças infecciosas podem ser transmitidas, configurando-se como doenças relacionadas ao trabalho, conforme Portaria N.º 1.339/GM, de 18 de novembro de 1999. Algumas dessas doenças são imunopreveníveis cujas vacinas fazem parte do calendário de vacinação do adulto, do PNI. Entre essas doenças destacam-se
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Q921879 Enfermagem
A Portaria N o 204, de 17 de fevereiro de 2016, define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional. Entre os acidentes a serem notificados como agravos estão alguns acidentes de trabalho. Com base nessa Portaria, considere os tipos de acidentes apresentados abaixo.
I Acidente de trabalho com exposição a material biológico. II Acidente de trabalho em espaços confinados. III Acidente de trabalho grave, fatal e em crianças e adolescentes. IV Acidente de trabalho grave envolvendo explosivos.
Os tipos de acidentes de trabalho que devem ser notificados, conforme a Portaria Nº 204, são os apresentados nos itens
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Q921880 Enfermagem
A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) Nº 15, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, estabelece os requisitos de boas práticas para o funcionamento dos serviços que realizam o processamento de produtos para a saúde, visando à segurança do paciente e dos profissionais envolvidos. Na seção que trata da Esterilização, essa RDC estabelece:
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Q921881 Enfermagem
Os acidentes com exposição a material biológico devem ser considerados emergências, uma vez que os resultados do tratamento profilático são mais eficientes quando o atendimento e a adoção das medidas pertinentes ocorrem no menor prazo possível após o acidente. Es ses acidentes podem ocorrer com o trabalhador da área da saúde, e condutas devem ser adotadas diante da exposição ocupacional, entre elas, a necessidade de realizar profilaxia pós-exposição de risco (PEP) à infecção pelo vírus da imunodeficiência humana. Ne sses casos, de acordo com o Ministério da Saúde (2017), para maior eficácia da intervenção por PEP, o primeiro atendimento após a exposição ao HIV deve ocorrer o mais precocemente possível, tendo como limite as
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Q921882 Enfermagem
Os resíduos gerados pelos serviços de saúde ocupam lugar de destaque no gerenciamento de resíduos, em decorrência dos imediatos e graves riscos que podem oferecer por apresentarem componentes químicos, biológicos e radioativos. Estes resíduos têm potencial de risco significativo tanto para a saúde ocupacional de quem os manipula, quanto para o meio ambiente, em caso de destinação inadequada. Dessa forma, a ANVISA, por meio da RDC 306/2004, regulamenta a elaboração e implementação do Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), (BRASIL, 2006). Considerando essa RDC, o planejamento do PGRSS deve
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Q921883 Enfermagem
A prevenção da transmissão de agentes infecciosos nos serviços de saúde envolve diversas medidas de controle e de proteção para trabalhadores e pacientes. Entre essas medidas, estão as precauções baseadas na via de transmissão que são adotadas quando a transmissão não pode ser completamente interrompida adotando-se as precauções padrões isoladamente. No caso da tuberculose, por exemplo, um programa efetivo de controle de infecção pelo bacilo requer a identificação, o isolamento e o tratamento das pessoas com tuberculose ativa. Além da precaução padrão, o tipo de medida a ser seguida no caso de paciente com tuberculose pulmonar bacilífera é a
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Q921884 Enfermagem
Em 2009, a OMS lançou o programa: “SALVE VIDAS: higienize suas mãos”, uma iniciativa que visa garantir um foco contínuo sobre a higiene das mãos nos serviços de saúde. Es se programa fortalece a estratégia “Meus 5 Momentos para a higiene das mãos”, como abordagem-chave para proteger o paciente, o profissional de saúde e o ambiente assistencial contra a propagação de patógenos e, assim, reduzir as infecções relacionadas à assistência à saúde. De acordo com esta estratégia, analise os exemplos de momentos necessários para a higiene das mãos apresentadas abaixo.
I Antes de contato com o paciente, antes da realização de procedimento limpo/asséptico e após risco de exposição a fluidos corporais. II Após contato com o paciente e após contato com as áreas próximas ao paciente. III Antes de contato com o serviço, antes da realização de procedimentos e após o risco de contaminação bacteriana. IV Após contato com medicamentos e após contato com as áreas hospitalares.
A abordagem incentiva os profissionais de saúde a higienizarem suas mãos especificamente nos momentos que constam nos itens
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Q921885 Segurança e Saúde no Trabalho
A área da Saúde e Segurança no Trabalho conta com um importante e valioso instrumento de regulamentação que são as Normas Regulamentadoras (NR), aprovadas pela Portaria N° 3.214 de 08/06/78, do Ministério do Trabalho. De acordo com a NR n0 01, as NR são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos
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Q921886 Enfermagem
Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), previstos na Norma regulamentadora (NR) n0 04, do Ministério do Trabalho, têm a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho e devem ser compostos por médico do trabalho, engenheiro de segurança do trabalho, técnico de segurança do trabalho, enfermeiro do trabalho e auxiliar ou técnico em enfermagem do trabalho, obedecido o Quadro II desta NR. De acordo com o estabelecido no Quadro II da NR 04, a carga horária de dedicação diária desses profissionais no SESMT deve ser:
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Q921887 Enfermagem
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), prevista na Norma Regulamentadora (NR) N 0 05, do Ministério do Trabalho, tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. De acordo com a NR 05, a CIPA será composta por representantes do
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Q921888 Enfermagem
De acordo com a Norma Regulamentadora (NR) N 0 06, do Ministério do Trabalho, considera-se equipamento de proteção individual (EPI) todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. No contexto da aplicação da NR 06, entende -se como equipamento conjugado de proteção individual:
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Q921889 Enfermagem
A Norma Regulamentadora (NR) Nº 09 estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados . Essa NR define os riscos ambientais como os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, têm potencial de acarretar danos à saúde do trabalhador. Segundo essa norma, são considerados agentes físicos:
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Q921890 Enfermagem
Nos serviços de saúde, os riscos biológicos dizem respeito à probabilidade de exposição ocupacional a agentes biológicos, sendo estes os microrganismos, geneticamente modificados ou não; as culturas de células, os parasitas, as toxinas e os príons. Nesses serviços, o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, além do previsto na Norma Regulamentadora No 9, na fase de reconhecimento, a identificação dos riscos biológicos deve seguir
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Q921891 Enfermagem
O texto a seguir serve de referência para responder à questão.

A Norma Regulamentadora Nº 32 – NR 32, do Ministério do Trabalho, tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e de assistência à saúde em geral.
De acordo com a NR 32, no que se refere aos quimioterápicos antineoplásicos , compete ao empregador:
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Q921892 Enfermagem
O texto a seguir serve de referência para responder à questão.

A Norma Regulamentadora Nº 32 – NR 32, do Ministério do Trabalho, tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e de assistência à saúde em geral.
No que se refere aos refeitórios dos serviços de saúde, a NR 32 estabelece:
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Q2058018 Português
Uma ameaça chamada luz visível
 
Por Naira Hofmeister e Sílvia Lisboa
   Aquela dose generosa de protetor que você passa antes de se expor ao sol pode não blindar sua pele como esperado. Calma: é para continuar lançando mão do produto, só que um elemento aparentemente oculto despontou nesse enredo e tem gerado preocupação. Ocul to, não. Digamos que ele é bem visível. 
   Uma investigação do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) revela que outro tipo de radiação solar, bem menos estudada e contra a qual a maioria dos filtros não consegue atuar, é capaz de danificar o tecido cutâneo. Trata-se da luz visível, que, como o nome indica, tem ondas que podemos enxergar – ao contrário dos raios UVA e UVB. “Nas células da pele, essa radiação gera lesões que, no longo prazo, podem sofrer uma transformação maligna”, conta o professor da USP e líder da pesquisa Maurício da Silva Baptista. A descoberta, inédita, sobre esse potencial cancerígeno ajudaria a explicar o aumento da incidência de tumores de pele, apesar das fortes campanhas de alerta por aí. “Casos de melanoma, o mais letal dos cânceres de pele, crescem de 3 a 4% a cada ano”, lamenta o médico Hélio Miot, diretor da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Os outros tipos também seguem avançando.
    O estudo da USP desvendou que o efeito prejudicial da luz visível, que corresponde a 45% da energia solar que alcança o corpo, é multiplicado devido à associação com os raios UVA. Combinadas, as duas radiações aumentam, na pele, a produção de lipofuscina, o pigmento do envelhecimento – e isso acontece independentemente da cor da cútis. O inquietante é que hoje não existem filtros solares capazes de interceptar a luz visível. Especialistas afirmam, porém, que não é caso para pânico. “Essa radiação é menos energética e perigosa que a ultravioleta. O UVA, por exemplo, é mil vezes mais potente no que se refere aos danos”, pondera Miot.
     Na escala de preocupação dos experts, sempre figurou no topo a fração UVB. Ela é a mais tóxica à pele, mesmo representando apenas 5% da radiação que atinge o corpo e tendo danos mais restritos às camadas cutâneas superficiais. É o raio solar com maior probabilidade de causar um câncer em médio prazo. “Há 50 anos, se sabe que o UVB promove o envelhecimento e afeta o DNA das células da pele, sem contar que ainda prejudica estruturas dos olhos e favorece a catarata“, contextualiza Miot, que também é professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp). O UVA seria o segundo colocado em termos de lesões, seguido pela luz visível.
     Ainda restam mais perguntas do que respostas quanto aos efeitos dessa radiação – inclusive sua parcela de culpa sobre o câncer de pele. A luz visível, aliás, também vem de lâmpadas, TVs e celulares, só que as fontes artificiais não seriam maléficas à saúde. A versão solar, potencialmente perigosa, é bloqueada com uma barreira física, isto é, roupas, chapéus, óculos escuros e cremes coloridos. “Os filtros solares infantis conferem a proteção necessária contra ela, mas não são utilizados no corpo todo”, observa Baptista.
    A dermatologista Flávia Addor, da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), entidade que reúne os fabricantes, explica que, atualmente, os cremes capazes de barrar a luz visível miram apenas o rosto e foram desenvolvidos para prevenir manchas e marcas do envelhecimento, duas consequências já conhecidas dessa espécie de radiação. “Quem usa é aquela pessoa que precisa tratar esse problema em particular”, nota.
     De fato, ainda não há produtos voltados para o corpo todo e focados em deter as repercussões mais profundas e nefastas na pele, como revelado no trabalho da USP. “Não conheço nenhum composto que atue diretamente contra esse tipo de dano”, diz Flávia. Para suprir essa lacuna, a equipe de Baptista criou e patenteou uma fórmula que utiliza nanotecnologia e um filme finíssimo de melanina para o corpo inteiro contra as três radiações, UVA, UVB e luz visível. Agora o químico busca empresas interessadas em inves tir em sua solução – e já tem encontros marcados com integrantes da indústria.
     Enquanto novos produtos que também nos defendam da luz visível não chegam ao mercado, continua de pé a recomendação de usar sempre o protetor tradicional, maneirar na exposição nos horários de maior incidência do sol e usar, se for o caso, chapéu e camiseta.

Disponível em: <https://saude.abril.com.br/bem-estar/um-perigo-chamado-luz-visivel/>.
Acesso em: 01 mar. 2018.[Adaptado]
Prioritariamente, o texto objetiva
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Q2058019 Português
Uma ameaça chamada luz visível
 
Por Naira Hofmeister e Sílvia Lisboa
   Aquela dose generosa de protetor que você passa antes de se expor ao sol pode não blindar sua pele como esperado. Calma: é para continuar lançando mão do produto, só que um elemento aparentemente oculto despontou nesse enredo e tem gerado preocupação. Ocul to, não. Digamos que ele é bem visível. 
   Uma investigação do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) revela que outro tipo de radiação solar, bem menos estudada e contra a qual a maioria dos filtros não consegue atuar, é capaz de danificar o tecido cutâneo. Trata-se da luz visível, que, como o nome indica, tem ondas que podemos enxergar – ao contrário dos raios UVA e UVB. “Nas células da pele, essa radiação gera lesões que, no longo prazo, podem sofrer uma transformação maligna”, conta o professor da USP e líder da pesquisa Maurício da Silva Baptista. A descoberta, inédita, sobre esse potencial cancerígeno ajudaria a explicar o aumento da incidência de tumores de pele, apesar das fortes campanhas de alerta por aí. “Casos de melanoma, o mais letal dos cânceres de pele, crescem de 3 a 4% a cada ano”, lamenta o médico Hélio Miot, diretor da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Os outros tipos também seguem avançando.
    O estudo da USP desvendou que o efeito prejudicial da luz visível, que corresponde a 45% da energia solar que alcança o corpo, é multiplicado devido à associação com os raios UVA. Combinadas, as duas radiações aumentam, na pele, a produção de lipofuscina, o pigmento do envelhecimento – e isso acontece independentemente da cor da cútis. O inquietante é que hoje não existem filtros solares capazes de interceptar a luz visível. Especialistas afirmam, porém, que não é caso para pânico. “Essa radiação é menos energética e perigosa que a ultravioleta. O UVA, por exemplo, é mil vezes mais potente no que se refere aos danos”, pondera Miot.
     Na escala de preocupação dos experts, sempre figurou no topo a fração UVB. Ela é a mais tóxica à pele, mesmo representando apenas 5% da radiação que atinge o corpo e tendo danos mais restritos às camadas cutâneas superficiais. É o raio solar com maior probabilidade de causar um câncer em médio prazo. “Há 50 anos, se sabe que o UVB promove o envelhecimento e afeta o DNA das células da pele, sem contar que ainda prejudica estruturas dos olhos e favorece a catarata“, contextualiza Miot, que também é professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp). O UVA seria o segundo colocado em termos de lesões, seguido pela luz visível.
     Ainda restam mais perguntas do que respostas quanto aos efeitos dessa radiação – inclusive sua parcela de culpa sobre o câncer de pele. A luz visível, aliás, também vem de lâmpadas, TVs e celulares, só que as fontes artificiais não seriam maléficas à saúde. A versão solar, potencialmente perigosa, é bloqueada com uma barreira física, isto é, roupas, chapéus, óculos escuros e cremes coloridos. “Os filtros solares infantis conferem a proteção necessária contra ela, mas não são utilizados no corpo todo”, observa Baptista.
    A dermatologista Flávia Addor, da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), entidade que reúne os fabricantes, explica que, atualmente, os cremes capazes de barrar a luz visível miram apenas o rosto e foram desenvolvidos para prevenir manchas e marcas do envelhecimento, duas consequências já conhecidas dessa espécie de radiação. “Quem usa é aquela pessoa que precisa tratar esse problema em particular”, nota.
     De fato, ainda não há produtos voltados para o corpo todo e focados em deter as repercussões mais profundas e nefastas na pele, como revelado no trabalho da USP. “Não conheço nenhum composto que atue diretamente contra esse tipo de dano”, diz Flávia. Para suprir essa lacuna, a equipe de Baptista criou e patenteou uma fórmula que utiliza nanotecnologia e um filme finíssimo de melanina para o corpo inteiro contra as três radiações, UVA, UVB e luz visível. Agora o químico busca empresas interessadas em inves tir em sua solução – e já tem encontros marcados com integrantes da indústria.
     Enquanto novos produtos que também nos defendam da luz visível não chegam ao mercado, continua de pé a recomendação de usar sempre o protetor tradicional, maneirar na exposição nos horários de maior incidência do sol e usar, se for o caso, chapéu e camiseta.

Disponível em: <https://saude.abril.com.br/bem-estar/um-perigo-chamado-luz-visivel/>.
Acesso em: 01 mar. 2018.[Adaptado]
Em sua relação com o texto, o título
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Q2058020 Português
Uma ameaça chamada luz visível
 
Por Naira Hofmeister e Sílvia Lisboa
   Aquela dose generosa de protetor que você passa antes de se expor ao sol pode não blindar sua pele como esperado. Calma: é para continuar lançando mão do produto, só que um elemento aparentemente oculto despontou nesse enredo e tem gerado preocupação. Ocul to, não. Digamos que ele é bem visível. 
   Uma investigação do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) revela que outro tipo de radiação solar, bem menos estudada e contra a qual a maioria dos filtros não consegue atuar, é capaz de danificar o tecido cutâneo. Trata-se da luz visível, que, como o nome indica, tem ondas que podemos enxergar – ao contrário dos raios UVA e UVB. “Nas células da pele, essa radiação gera lesões que, no longo prazo, podem sofrer uma transformação maligna”, conta o professor da USP e líder da pesquisa Maurício da Silva Baptista. A descoberta, inédita, sobre esse potencial cancerígeno ajudaria a explicar o aumento da incidência de tumores de pele, apesar das fortes campanhas de alerta por aí. “Casos de melanoma, o mais letal dos cânceres de pele, crescem de 3 a 4% a cada ano”, lamenta o médico Hélio Miot, diretor da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Os outros tipos também seguem avançando.
    O estudo da USP desvendou que o efeito prejudicial da luz visível, que corresponde a 45% da energia solar que alcança o corpo, é multiplicado devido à associação com os raios UVA. Combinadas, as duas radiações aumentam, na pele, a produção de lipofuscina, o pigmento do envelhecimento – e isso acontece independentemente da cor da cútis. O inquietante é que hoje não existem filtros solares capazes de interceptar a luz visível. Especialistas afirmam, porém, que não é caso para pânico. “Essa radiação é menos energética e perigosa que a ultravioleta. O UVA, por exemplo, é mil vezes mais potente no que se refere aos danos”, pondera Miot.
     Na escala de preocupação dos experts, sempre figurou no topo a fração UVB. Ela é a mais tóxica à pele, mesmo representando apenas 5% da radiação que atinge o corpo e tendo danos mais restritos às camadas cutâneas superficiais. É o raio solar com maior probabilidade de causar um câncer em médio prazo. “Há 50 anos, se sabe que o UVB promove o envelhecimento e afeta o DNA das células da pele, sem contar que ainda prejudica estruturas dos olhos e favorece a catarata“, contextualiza Miot, que também é professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp). O UVA seria o segundo colocado em termos de lesões, seguido pela luz visível.
     Ainda restam mais perguntas do que respostas quanto aos efeitos dessa radiação – inclusive sua parcela de culpa sobre o câncer de pele. A luz visível, aliás, também vem de lâmpadas, TVs e celulares, só que as fontes artificiais não seriam maléficas à saúde. A versão solar, potencialmente perigosa, é bloqueada com uma barreira física, isto é, roupas, chapéus, óculos escuros e cremes coloridos. “Os filtros solares infantis conferem a proteção necessária contra ela, mas não são utilizados no corpo todo”, observa Baptista.
    A dermatologista Flávia Addor, da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), entidade que reúne os fabricantes, explica que, atualmente, os cremes capazes de barrar a luz visível miram apenas o rosto e foram desenvolvidos para prevenir manchas e marcas do envelhecimento, duas consequências já conhecidas dessa espécie de radiação. “Quem usa é aquela pessoa que precisa tratar esse problema em particular”, nota.
     De fato, ainda não há produtos voltados para o corpo todo e focados em deter as repercussões mais profundas e nefastas na pele, como revelado no trabalho da USP. “Não conheço nenhum composto que atue diretamente contra esse tipo de dano”, diz Flávia. Para suprir essa lacuna, a equipe de Baptista criou e patenteou uma fórmula que utiliza nanotecnologia e um filme finíssimo de melanina para o corpo inteiro contra as três radiações, UVA, UVB e luz visível. Agora o químico busca empresas interessadas em inves tir em sua solução – e já tem encontros marcados com integrantes da indústria.
     Enquanto novos produtos que também nos defendam da luz visível não chegam ao mercado, continua de pé a recomendação de usar sempre o protetor tradicional, maneirar na exposição nos horários de maior incidência do sol e usar, se for o caso, chapéu e camiseta.

Disponível em: <https://saude.abril.com.br/bem-estar/um-perigo-chamado-luz-visivel/>.
Acesso em: 01 mar. 2018.[Adaptado]
Com base na leitura do texto, depreende-se que 
Alternativas
Respostas
21: A
22: C
23: D
24: B
25: A
26: C
27: C
28: D
29: D
30: B
31: C
32: D
33: B
34: A
35: B
36: C
37: B
38: D
39: A
40: B