Questões de Concurso Público Prefeitura de Natal - RN 2018 para Técnico em Enfermagem

Foram encontradas 60 questões

Q903576 Enfermagem

As medidas antropométricas proporcionam informações sobre o estado de saúde do adulto, sobre o padrão de crescimento da criança e significam uma atitude de vigilância. Em relação à estatura/altura/comprimento do ser humano, leia as afirmativas abaixo.


I A verificação do comprimento no horário da manhã normalmente tem valores menores do que se a altura for verificada no horário da tarde. Nesses casos, para minimizar essa variação, deve-se aplicar uma pressão suave para baixo sob o maxilar, atrás das orelhas.

II Na medição da estatura, o recém-nascido deve estar deitado descalço, com queixo encostado no peito, braços sobre o abdome, nádegas e calcanhares em pleno contato com a superfície que apoia o antropômetro e pés levemente afastados; os joelhos não podem ficar juntos nem serem empurrados contra a superfície devido à posição fetal assumida ao nascer.

III Na medição da estatura, o adulto deve estar de pé, ereto, com os braços estendidos ao longo do corpo; os maléolos mediais dos calcanhares se tocando, ombros e nádegas em contato com o antropômetro/parede; cabeça erguida olhando para um ponto fixo na altura dos olhos.

IV Pessoas em cadeira de rodas que não podem ficar de pé de modo ereto podem ter a altura estimada pela medida da extensão dos braços ou da “envergadura”. Nesse caso, deve-se levantar os braços retos (abdução de 90º com o corpo) em ambos os lados, ao nível do ombro, e fazer a medida colocando a fita métrica da ponta do dedo médio direito até a ponta do dedo médio esquerdo, espaço que corresponde, aproximadamente, à altura do paciente.


Dentre as afirmativas, estão corretas

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Q903577 Enfermagem
Um homem com 32 anos de idade, em uso de medicamentos que afetam a frequência cardíaca, está internado na clínica cardiológica de um hospital geral. Ao verificar o pulso radial desse paciente, o técnico de enfermagem identificou frequência e ritmo irregulares. Para obter uma frequência cardíaca mais precisa do paciente, o técnico de enfermagem deverá verificar o pulso
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Q903578 Enfermagem
A hipotensão ortostática é causa frequente de tonturas e quedas em pessoas idosas. Assim, para prevenir esse agravo no idoso é importante identificar a ocorrência dessa alteração. Para tanto, em unidade de saúde ou consultório, o procedimento recomendado é:
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Q903579 Enfermagem
Métodos que avaliam a frequência e a magnitude da hiperglicemia são essenciais no acompanhamento do Diabetes Mellitus, visando ajustes no tratamento. O valor de referência da glicemia depende do estado de jejum. Nesse contexto, a coleta de sangue para medir a glicemia capilar pode ser feita em paciente adulto com sintomas clássicos de h iperglicemia e em pacientes com crise hiperglicêmica que não tenha feito jejum prévio. Também pode ser feito teste glicêmico ao acaso (aleatório). Nesses casos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (2017), para que seja configurada a hiperglicemia, o valor da glicemia capilar deverá ser
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Q903580 Enfermagem
A obesidade é uma condição crônica e um dos fatores de risco mais importantes para as doenças não transmissíveis, como a hipertensão arterial, o diabetes mellitus do tipo II, o acidente vascular cerebral, alguns tipos de câncer e a apneia do sono. Para o rastreamento da obesidade, a avaliação antropométrica que inclui a medida da circunferência abdominal ou da cintura que deve ser realizada utilizando-se fita métrica inelástica e obedecendo-se, entre outros, os seguintes cuidados:
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Q903581 Enfermagem
Uma senhora de 54 anos está internada com hipertensão portal em um hospital geral. No exame físico, o técnico de enfermagem identificou pequenas lesões nos membros superiores, pele com leve icterícia, abdome ascítico e edema nos membros inferiores. A senhora relatou cefaleia, dificuldade para se alimentar por apresentar sangramento gástrico de cor vermelha brilhante em pequena quantidade e desconforto respiratório leve. Devido à ascite volumosa, a paciente encontra-se em repouso no leito e será submetida ao procedimento de paracentese.
A hipertensão portal, relatada no caso, refere-se à pressão aumentada em todo o sistema porta venoso, que resulta da obstrução e/ou aumento do fluxo sanguíneo e da resistência vascular no
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Q903582 Enfermagem
Uma senhora de 54 anos está internada com hipertensão portal em um hospital geral. No exame físico, o técnico de enfermagem identificou pequenas lesões nos membros superiores, pele com leve icterícia, abdome ascítico e edema nos membros inferiores. A senhora relatou cefaleia, dificuldade para se alimentar por apresentar sangramento gástrico de cor vermelha brilhante em pequena quantidade e desconforto respiratório leve. Devido à ascite volumosa, a paciente encontra-se em repouso no leito e será submetida ao procedimento de paracentese.
Antes de a paciente iniciar a paracentese, o técnico de enfermagem deverá orientá-la a
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Q903583 Enfermagem
Um jovem de 22 anos, eutrófico, foi diagnosticado com diabetes mellitus tipo 1 (DM1) e procurou a Unidade Básica de Saúde (UBS) para ser orientado sobre o preparo e a administração de insulina. Na prescrição, o jovem fará uso de duas insulinas no mesmo horário, a insulina de ação intermediária (NPH-N) e a insulina de ação rápida (regular-R).
Considerando esse caso, para o preparo das insulinas, o técnico de enfermagem deve
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Q903584 Enfermagem
Um jovem de 22 anos, eutrófico, foi diagnosticado com diabetes mellitus tipo 1 (DM1) e procurou a Unidade Básica de Saúde (UBS) para ser orientado sobre o preparo e a administração de insulina. Na prescrição, o jovem fará uso de duas insulinas no mesmo horário, a insulina de ação intermediária (NPH-N) e a insulina de ação rápida (regular-R).
No procedimento de administração da insulina por via subcutânea, o técnico de enfermagem
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Q903585 Enfermagem
Um jovem de 22 anos, eutrófico, foi diagnosticado com diabetes mellitus tipo 1 (DM1) e procurou a Unidade Básica de Saúde (UBS) para ser orientado sobre o preparo e a administração de insulina. Na prescrição, o jovem fará uso de duas insulinas no mesmo horário, a insulina de ação intermediária (NPH-N) e a insulina de ação rápida (regular-R).

De acordo com a Portaria do Ministério da Saúde nº 2.583, de 2007, as insulinas disponibilizadas pelo SUS são a NPH e a regular. No cuidado ao paciente diabético, a administração e a conservação dessas insulinas é uma das atividades de enfermagem. Sobre essa temática, analise as orientações abaixo.


I A insulina é um produto de boa estabilidade desde que adequadamente conservada, mas, por ser sensível à luz solar direta e a temperaturas muito altas ou muito baixas, deve ser armazenada considerando essas características.

II A insulina, quando congelada e posteriormente descongelada, deve ser utilizada imediatamente, não devendo ser congelada de novo.

III Após aberto, o frasco de insulina pode ser mantido em temperatura ambiente entre 15°C e 30°C ou também em refrigeração, entre 2°C a 8°C, para minimizar a dor no local da injeção.

IV Durante o transporte de longa duração, os frascos de insulina em reserva deverão ser conservados em recipiente de isopor com bastante gelo, ou congelados, e, logo que se chegue ao destino, deverão ser recolocados na geladeira.


Das orientações, estão corretas

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Q903586 Enfermagem
Um rapaz de 19 anos estava se alimentando e apresentou um “engasgo” seguido de respiração ruidosa e tosse silenciosa. Os familiares acionaram o SAMU. Na avaliação da equipe, o rapaz apresentava obstrução grave, mas estava consciente. Iniciou-se, então, a manobra de Heimlich, que orienta, entre outros aspectos, a usar uma mão espalmada sobre a outra e comprimir o abdome em movimentos
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Q903587 Enfermagem

Durante os cuidados no pré-natal, é essencial que o profissional de saúde converse com a gestante sobre as vantagens da amamentação para a mulher, a criança, a família e a comunidade, além de garantir orientações sobre o manejo da amamentação e o preparo das mamas. Em relação às orientações à gestante e ao preparo das mamas para o aleitamento, analise as afirmativas abaixo.


I A amamentação favorece a involução uterina e reduz o risco de hemorragias.

II O aleitamento materno facilita a eliminação do mecônio e diminui a incidência de icterícia no bebê.

III Os banhos de sol nas mamas são indicados por, no mínimo, 30 minutos, até 10 horas da manhã ou após as 15 horas, ou banhos de luz com lâmpadas de 80 watts, a cerca de um palmo de distância das mamas.

IV A expressão do peito (ou ordenha) durante a gestação é indicada para estimular a produção e saída do colostro e fortalecer a pele e a musculatura no entorno das mamas.


Dentre as afirmativas, estão corretas

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Q903588 Enfermagem
Um recém-nascido, na sala de parto, apresentou parada cardiorrespiratória (PCR), e o médico neonatologista iniciou as manobras de ressuscitação. Essas manobras devem ter como foco inicial a
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Q903589 Enfermagem

Uma mãe procurou a Unidade Básica de Saúde com o filho de 18 meses, o qual apresentava hiperemia conjuntival no olho direito. Após a consulta médica, a mãe procurou a sala de procedimentos da unidade com um colírio e uma pomada oftálmica a serem administrados no filho. Considerando esse caso, leia os procedimentos abaixo.


I Para administrar a medicação oftálmica, a criança deverá ser colocada na posição de decúbito ventral com a cabeça estendida e deve olhar para baixo.

II Se a pomada oftálmica e o colírio forem prescritos para o mesmo horário, deve -se aplicar primeiro o colírio, esperar 3 minutos e, em seguida, a pomada, para permitir que ambos façam efeito.

III Se for administrar colírios, a recomendação é colocar as gotas no canto externo do olho, caso em que o medicamento se acumulará nessa área e fluirá para o ponto lacrimal.


IV Para reduzir as sensações desagradáveis ao administrar medicamento no olho, deve - se aplicar pressão com o dedo no ponto lacrimal, na face interna da pálpebra, por 1 minuto, a fim de impedir a drenagem do medicamento para a nasofaringe.


Sobre os cuidados que o técnico de enfermagem deverá ter na aplicação de colírios e de pomadas oftálmicas, estão corretos os procedimentos

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Q903590 Enfermagem

A diarreia aguda, uma das principais causas de doenças em crianças com idade inferior a 5 anos, é definida como aumento súbito na frequência de evacuações e alteração na consistência das fezes frequentemente causados por um agente infeccioso no trato gastrointestinal. Em relação a essa doença, analise as afirmativas abaixo.


I Um dos sinais utilizados para avaliar o estado de hidratação da criança com diarreia é a prega cutânea. A criança estará hidratada quando a pele volta ao estado anterior entre 2 a 3 segundos, ou seja, rapidamente.

II A criança, no plano A, deverá ser tratada em casa, uma vez que não apresenta sinais de desidratação. Se a criança se alimenta exclusivamente de leite materno, pode-se dar soro, além do leite materno, para prevenir a desidratação.

III No plano B, é usado soro de reidratação oral para tratar crianças desidratadas. Em um período de 4 horas, deve-se administrar, no serviço de saúde, a quantidade recomendada de soro e, após esse período, reavaliar a criança e classificá-la quanto à desidratação.

IV Uma criança com desidratação grave tem como primeira indicação a terapia de reidratação oral por sonda nasogástrica. No caso de uso da sonda, se a criança apresentar vômitos repetidos ou distensão abdominal, a terapia deverá ser suspensa por 30 minutos.


Em relação ao exposto, estão corretas as afirmativas

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Q903591 Enfermagem
As alterações visíveis na pele dos indivíduos idosos são provenientes do próprio processo de envelhecimento cutâneo, da constituição genética, dos fatores ambientais, entre outros. Ao realizar o procedimento de punção venosa no dorso da mão de um idoso, o técnico de enfermagem poderá identificar característica da pele próprias dessa fase, uma dessas características é
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Q903592 Enfermagem
O puerpério corresponde a um momento importante, quando a mulher passa por mudanças biológicas, subjetivas, sociais e familiares. Desse modo, os riscos para o aparecimento de sofrimento mental na puérpera aumentam em face das preocupações, e dos anseios da mulher bem como dos planejamentos realizados por ela. De acordo com o Ministério da Saúde (2013), existe um tipo de sofrimento mental puerperal que causa alteração psíquica leve e transitória. O evento inicia-se entre o 3º e o 4º dias do puerpério, regredindo espontaneamente no período de uma semana a dez dias, e tem como alguns de seus sintomas a flutuação de humor, irritabilidade, fadiga, tristeza, insônia, dificuldade de concentração e ansiedade relacionada ao bebê. Esse tipo de sofrimento mental puerperal é denominado
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Q2058018 Português
Uma ameaça chamada luz visível
 
Por Naira Hofmeister e Sílvia Lisboa
   Aquela dose generosa de protetor que você passa antes de se expor ao sol pode não blindar sua pele como esperado. Calma: é para continuar lançando mão do produto, só que um elemento aparentemente oculto despontou nesse enredo e tem gerado preocupação. Ocul to, não. Digamos que ele é bem visível. 
   Uma investigação do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) revela que outro tipo de radiação solar, bem menos estudada e contra a qual a maioria dos filtros não consegue atuar, é capaz de danificar o tecido cutâneo. Trata-se da luz visível, que, como o nome indica, tem ondas que podemos enxergar – ao contrário dos raios UVA e UVB. “Nas células da pele, essa radiação gera lesões que, no longo prazo, podem sofrer uma transformação maligna”, conta o professor da USP e líder da pesquisa Maurício da Silva Baptista. A descoberta, inédita, sobre esse potencial cancerígeno ajudaria a explicar o aumento da incidência de tumores de pele, apesar das fortes campanhas de alerta por aí. “Casos de melanoma, o mais letal dos cânceres de pele, crescem de 3 a 4% a cada ano”, lamenta o médico Hélio Miot, diretor da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Os outros tipos também seguem avançando.
    O estudo da USP desvendou que o efeito prejudicial da luz visível, que corresponde a 45% da energia solar que alcança o corpo, é multiplicado devido à associação com os raios UVA. Combinadas, as duas radiações aumentam, na pele, a produção de lipofuscina, o pigmento do envelhecimento – e isso acontece independentemente da cor da cútis. O inquietante é que hoje não existem filtros solares capazes de interceptar a luz visível. Especialistas afirmam, porém, que não é caso para pânico. “Essa radiação é menos energética e perigosa que a ultravioleta. O UVA, por exemplo, é mil vezes mais potente no que se refere aos danos”, pondera Miot.
     Na escala de preocupação dos experts, sempre figurou no topo a fração UVB. Ela é a mais tóxica à pele, mesmo representando apenas 5% da radiação que atinge o corpo e tendo danos mais restritos às camadas cutâneas superficiais. É o raio solar com maior probabilidade de causar um câncer em médio prazo. “Há 50 anos, se sabe que o UVB promove o envelhecimento e afeta o DNA das células da pele, sem contar que ainda prejudica estruturas dos olhos e favorece a catarata“, contextualiza Miot, que também é professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp). O UVA seria o segundo colocado em termos de lesões, seguido pela luz visível.
     Ainda restam mais perguntas do que respostas quanto aos efeitos dessa radiação – inclusive sua parcela de culpa sobre o câncer de pele. A luz visível, aliás, também vem de lâmpadas, TVs e celulares, só que as fontes artificiais não seriam maléficas à saúde. A versão solar, potencialmente perigosa, é bloqueada com uma barreira física, isto é, roupas, chapéus, óculos escuros e cremes coloridos. “Os filtros solares infantis conferem a proteção necessária contra ela, mas não são utilizados no corpo todo”, observa Baptista.
    A dermatologista Flávia Addor, da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), entidade que reúne os fabricantes, explica que, atualmente, os cremes capazes de barrar a luz visível miram apenas o rosto e foram desenvolvidos para prevenir manchas e marcas do envelhecimento, duas consequências já conhecidas dessa espécie de radiação. “Quem usa é aquela pessoa que precisa tratar esse problema em particular”, nota.
     De fato, ainda não há produtos voltados para o corpo todo e focados em deter as repercussões mais profundas e nefastas na pele, como revelado no trabalho da USP. “Não conheço nenhum composto que atue diretamente contra esse tipo de dano”, diz Flávia. Para suprir essa lacuna, a equipe de Baptista criou e patenteou uma fórmula que utiliza nanotecnologia e um filme finíssimo de melanina para o corpo inteiro contra as três radiações, UVA, UVB e luz visível. Agora o químico busca empresas interessadas em inves tir em sua solução – e já tem encontros marcados com integrantes da indústria.
     Enquanto novos produtos que também nos defendam da luz visível não chegam ao mercado, continua de pé a recomendação de usar sempre o protetor tradicional, maneirar na exposição nos horários de maior incidência do sol e usar, se for o caso, chapéu e camiseta.

Disponível em: <https://saude.abril.com.br/bem-estar/um-perigo-chamado-luz-visivel/>.
Acesso em: 01 mar. 2018.[Adaptado]
Prioritariamente, o texto objetiva
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Q2058019 Português
Uma ameaça chamada luz visível
 
Por Naira Hofmeister e Sílvia Lisboa
   Aquela dose generosa de protetor que você passa antes de se expor ao sol pode não blindar sua pele como esperado. Calma: é para continuar lançando mão do produto, só que um elemento aparentemente oculto despontou nesse enredo e tem gerado preocupação. Ocul to, não. Digamos que ele é bem visível. 
   Uma investigação do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) revela que outro tipo de radiação solar, bem menos estudada e contra a qual a maioria dos filtros não consegue atuar, é capaz de danificar o tecido cutâneo. Trata-se da luz visível, que, como o nome indica, tem ondas que podemos enxergar – ao contrário dos raios UVA e UVB. “Nas células da pele, essa radiação gera lesões que, no longo prazo, podem sofrer uma transformação maligna”, conta o professor da USP e líder da pesquisa Maurício da Silva Baptista. A descoberta, inédita, sobre esse potencial cancerígeno ajudaria a explicar o aumento da incidência de tumores de pele, apesar das fortes campanhas de alerta por aí. “Casos de melanoma, o mais letal dos cânceres de pele, crescem de 3 a 4% a cada ano”, lamenta o médico Hélio Miot, diretor da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Os outros tipos também seguem avançando.
    O estudo da USP desvendou que o efeito prejudicial da luz visível, que corresponde a 45% da energia solar que alcança o corpo, é multiplicado devido à associação com os raios UVA. Combinadas, as duas radiações aumentam, na pele, a produção de lipofuscina, o pigmento do envelhecimento – e isso acontece independentemente da cor da cútis. O inquietante é que hoje não existem filtros solares capazes de interceptar a luz visível. Especialistas afirmam, porém, que não é caso para pânico. “Essa radiação é menos energética e perigosa que a ultravioleta. O UVA, por exemplo, é mil vezes mais potente no que se refere aos danos”, pondera Miot.
     Na escala de preocupação dos experts, sempre figurou no topo a fração UVB. Ela é a mais tóxica à pele, mesmo representando apenas 5% da radiação que atinge o corpo e tendo danos mais restritos às camadas cutâneas superficiais. É o raio solar com maior probabilidade de causar um câncer em médio prazo. “Há 50 anos, se sabe que o UVB promove o envelhecimento e afeta o DNA das células da pele, sem contar que ainda prejudica estruturas dos olhos e favorece a catarata“, contextualiza Miot, que também é professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp). O UVA seria o segundo colocado em termos de lesões, seguido pela luz visível.
     Ainda restam mais perguntas do que respostas quanto aos efeitos dessa radiação – inclusive sua parcela de culpa sobre o câncer de pele. A luz visível, aliás, também vem de lâmpadas, TVs e celulares, só que as fontes artificiais não seriam maléficas à saúde. A versão solar, potencialmente perigosa, é bloqueada com uma barreira física, isto é, roupas, chapéus, óculos escuros e cremes coloridos. “Os filtros solares infantis conferem a proteção necessária contra ela, mas não são utilizados no corpo todo”, observa Baptista.
    A dermatologista Flávia Addor, da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), entidade que reúne os fabricantes, explica que, atualmente, os cremes capazes de barrar a luz visível miram apenas o rosto e foram desenvolvidos para prevenir manchas e marcas do envelhecimento, duas consequências já conhecidas dessa espécie de radiação. “Quem usa é aquela pessoa que precisa tratar esse problema em particular”, nota.
     De fato, ainda não há produtos voltados para o corpo todo e focados em deter as repercussões mais profundas e nefastas na pele, como revelado no trabalho da USP. “Não conheço nenhum composto que atue diretamente contra esse tipo de dano”, diz Flávia. Para suprir essa lacuna, a equipe de Baptista criou e patenteou uma fórmula que utiliza nanotecnologia e um filme finíssimo de melanina para o corpo inteiro contra as três radiações, UVA, UVB e luz visível. Agora o químico busca empresas interessadas em inves tir em sua solução – e já tem encontros marcados com integrantes da indústria.
     Enquanto novos produtos que também nos defendam da luz visível não chegam ao mercado, continua de pé a recomendação de usar sempre o protetor tradicional, maneirar na exposição nos horários de maior incidência do sol e usar, se for o caso, chapéu e camiseta.

Disponível em: <https://saude.abril.com.br/bem-estar/um-perigo-chamado-luz-visivel/>.
Acesso em: 01 mar. 2018.[Adaptado]
Em sua relação com o texto, o título
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Q2058020 Português
Uma ameaça chamada luz visível
 
Por Naira Hofmeister e Sílvia Lisboa
   Aquela dose generosa de protetor que você passa antes de se expor ao sol pode não blindar sua pele como esperado. Calma: é para continuar lançando mão do produto, só que um elemento aparentemente oculto despontou nesse enredo e tem gerado preocupação. Ocul to, não. Digamos que ele é bem visível. 
   Uma investigação do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) revela que outro tipo de radiação solar, bem menos estudada e contra a qual a maioria dos filtros não consegue atuar, é capaz de danificar o tecido cutâneo. Trata-se da luz visível, que, como o nome indica, tem ondas que podemos enxergar – ao contrário dos raios UVA e UVB. “Nas células da pele, essa radiação gera lesões que, no longo prazo, podem sofrer uma transformação maligna”, conta o professor da USP e líder da pesquisa Maurício da Silva Baptista. A descoberta, inédita, sobre esse potencial cancerígeno ajudaria a explicar o aumento da incidência de tumores de pele, apesar das fortes campanhas de alerta por aí. “Casos de melanoma, o mais letal dos cânceres de pele, crescem de 3 a 4% a cada ano”, lamenta o médico Hélio Miot, diretor da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Os outros tipos também seguem avançando.
    O estudo da USP desvendou que o efeito prejudicial da luz visível, que corresponde a 45% da energia solar que alcança o corpo, é multiplicado devido à associação com os raios UVA. Combinadas, as duas radiações aumentam, na pele, a produção de lipofuscina, o pigmento do envelhecimento – e isso acontece independentemente da cor da cútis. O inquietante é que hoje não existem filtros solares capazes de interceptar a luz visível. Especialistas afirmam, porém, que não é caso para pânico. “Essa radiação é menos energética e perigosa que a ultravioleta. O UVA, por exemplo, é mil vezes mais potente no que se refere aos danos”, pondera Miot.
     Na escala de preocupação dos experts, sempre figurou no topo a fração UVB. Ela é a mais tóxica à pele, mesmo representando apenas 5% da radiação que atinge o corpo e tendo danos mais restritos às camadas cutâneas superficiais. É o raio solar com maior probabilidade de causar um câncer em médio prazo. “Há 50 anos, se sabe que o UVB promove o envelhecimento e afeta o DNA das células da pele, sem contar que ainda prejudica estruturas dos olhos e favorece a catarata“, contextualiza Miot, que também é professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp). O UVA seria o segundo colocado em termos de lesões, seguido pela luz visível.
     Ainda restam mais perguntas do que respostas quanto aos efeitos dessa radiação – inclusive sua parcela de culpa sobre o câncer de pele. A luz visível, aliás, também vem de lâmpadas, TVs e celulares, só que as fontes artificiais não seriam maléficas à saúde. A versão solar, potencialmente perigosa, é bloqueada com uma barreira física, isto é, roupas, chapéus, óculos escuros e cremes coloridos. “Os filtros solares infantis conferem a proteção necessária contra ela, mas não são utilizados no corpo todo”, observa Baptista.
    A dermatologista Flávia Addor, da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), entidade que reúne os fabricantes, explica que, atualmente, os cremes capazes de barrar a luz visível miram apenas o rosto e foram desenvolvidos para prevenir manchas e marcas do envelhecimento, duas consequências já conhecidas dessa espécie de radiação. “Quem usa é aquela pessoa que precisa tratar esse problema em particular”, nota.
     De fato, ainda não há produtos voltados para o corpo todo e focados em deter as repercussões mais profundas e nefastas na pele, como revelado no trabalho da USP. “Não conheço nenhum composto que atue diretamente contra esse tipo de dano”, diz Flávia. Para suprir essa lacuna, a equipe de Baptista criou e patenteou uma fórmula que utiliza nanotecnologia e um filme finíssimo de melanina para o corpo inteiro contra as três radiações, UVA, UVB e luz visível. Agora o químico busca empresas interessadas em inves tir em sua solução – e já tem encontros marcados com integrantes da indústria.
     Enquanto novos produtos que também nos defendam da luz visível não chegam ao mercado, continua de pé a recomendação de usar sempre o protetor tradicional, maneirar na exposição nos horários de maior incidência do sol e usar, se for o caso, chapéu e camiseta.

Disponível em: <https://saude.abril.com.br/bem-estar/um-perigo-chamado-luz-visivel/>.
Acesso em: 01 mar. 2018.[Adaptado]
Com base na leitura do texto, depreende-se que 
Alternativas
Respostas
21: C
22: D
23: C
24: D
25: D
26: C
27: A
28: D
29: B
30: B
31: B
32: A
33: B
34: C
35: C
36: A
37: A
38: D
39: A
40: B