Questões de Concurso Público UFRN 2019 para Técnico em Enfermagem
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Entre as práticas de segurança na administração de medicamentos, o profissional de enfermagem deve saber trocar os dispositivos intravenosos de acordo com as recomendações da ANVISA (2017). Partindo desse princípio, considere as afirmativas abaixo.
I Considera-se infusão contínua a infusão prolongada e superior a duas horas, com volume e velocidade variáveis. Nesse caso, os equipos não devem ser trocados em intervalos inferiores a 96 horas.
II Infusão intermitente é aquela realizada com intervalo inferior a duas horas. Nesses casos, os equipos deverão ser trocados a cada 24 horas.
III Na nutrição parenteral, deve-se proceder a troca do equipo a cada 72/96 horas.
IV O cateter periférico de teflon deve ter seu uso restrito à coleta de amostra sanguínea e/ou à administração de medicamentos em dose única.
Das afirmativas, estão corretas
A leishmaniose visceral (LV) é uma doença tropical negligenciada de grande relevância no cenário global, afetando preferencialmente populações marginalizadas e contribuindo para perpetuar os ciclos de pobreza e exclusão social. No Brasil, a visão preponderante é de que a transmissão é essencialmente zoonótica, sendo o cão doméstico o principal reservatório no meio urbano e o flebotomíneo Lutzomyia longipalpis o vetor de maior importância epidemiológica. De uma doença restrita às áreas rurais do país, o processo de urbanização da LV, iniciado na década de 1980 e aprofundado nas décadas seguintes, culminou com a instalação definitiva da LV nas grandes cidades brasileiras. Experiências locais bem - sucedidas de controle da LV têm sido largamente suplantadas por observações cotidianas de ocorrência de novos casos em áreas previamente indenes. As notícias mais recentes de ocorrência de casos humanos autóctones em Porto Alegre/RS e Florianópolis/SC são a “ponta do iceberg” de um ciclo de transmissão já estabelecido há anos e os inúmeros esforços para sua contenção apenas confirmam que o processo de disseminação da doença para todo o território nacional parece ser inexorável. Hoje, as ações para redução da letalidade devem ser priorizadas, não só por sua relevância mas também pela maior factibilidade em atingi-la em comparação à redução da transmissão. Nesse sentido, a melhoria no acesso e cuidado ao paciente com LV deve ser um objetivo primordial. A meta de eliminação da LV como problema de saúde pública no Brasil é audaciosa, mas não deve ser considerada inatingível. Entretanto, não se pode perder de vista que essa luta só será bem-sucedida com o fortalecimento do Sistema Único de Saúde e a redução das desigualdades sociais.
Disponível em: https://www.sbmt.org.br/portal/visceral-leishmaniasis-in-brazil-where-are-we-going/. Acesso em: 04 abr. 2019.