Texto III
Apesar de alguns cientistas argumentarem que tuitar
pode ser mais difícil de resistir do que cigarros e
álcool, o vício nas redes sociais não está incluído nos
mais recentes manuais de diagnóstico de doenças de
saúde mental.
As redes sociais estão mudando mais rápido do que
os cientistas conseguem acompanhar, e por isso
vários grupos estão tentando estudar comportamentos
compulsivos relacionados ao seu uso - por exemplo,
cientistas holandeses criaram sua própria escala para
identificar um possível vício.
E se o vício em redes sociais realmente existe, seria
um tipo de vício em internet - e essa é uma doença já
classificada. Em 2011, Daria Kuss e Mark Griffiths
da Universidade Trent, de Nottingham (no Reino
Unido), analisaram 43 estudos anteriores sobre o
assunto e concluíram que o vício em rede social é um
problema de saúde mental que "pode" exigir
tratamento profissional.
Eles descobriram que o uso excessivo resultava em
problemas de relacionamentos, pior desempenho
acadêmico e menor participação em comunidades
offline - além de apontar que os mais vulneráveis a se
viciar em redes sociais geralmente eram os
dependentes de álcool, os mais introvertidos e aqueles
que usam as redes sociais para compensar menos
laços na "vida real".
http://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-43205522