“Três pontos foram então apresentados como base do
programa: 1) uma reforma fiscal com o objetivo de
permitir uma reversão das contas do setor público da
ordem de 10% do PIB, objetivando-se uma conversão
de um déficit operacional previsto para 8% do PIB em
um superávit operacional de 2% do PIB; 2) uma
reforma monetária destinada a acabar com a moeda
indexada, seguida por um bloqueio ao acesso a cerca de 80% dos ativos financeiros do setor privado. Tal
indisponibilidade, que resultou em um controle direto
do Banco Central sobre um montante de quase 51
bilhões de dólares ao final de março (mais do que o
dobro do valor dos títulos federais fora do banco)
visava impedir que a massa de recursos financeiros
líquidos em poder do setor privado pudesse dirigir-se
para os ativos reais, durante o período de transição da
economia para taxas mais baixas de inflação; 3) o
anúncio de uma política de rendas, a partir da
instauração de congelamento imediato de preços e
salários, depois de uma modesta correção em alguns
preços públicos, e uma regra para o reajuste de preços
e salários, destinada a impedir que as pressões
inflacionárias acumuladas no período anterior, que
continha expectativas explosivas, viessem a
prejudicar o andamento do programa.”
Fonte: www.fgv.br
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