Questões de Concurso Público Prefeitura de Patos de Minas - MG 2015 para Professor de Educação Básica - História
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“Toda história é a história contemporânea disfarçada.”
(Hobsbawn, 1998.)
“... Assim Hobsbawm se refere à complexa relação dos historiadores com o presente. Trata‐se de um debate antigo, mas sempre retomado: seria possível apreender as particularidades do passado ou a História seria apenas uma projeção do presente? Mas o que é o presente? Como a percepção do presente varia histórica, social e culturalmente? Como o presente é (re)construído? Marc Bloch questionou o que separaria o passado do presente, tais os diferentes aspectos do tempo histórico e de suas durações nas percepções da experiência humanas.”
(Disponível em: http://www.cih2015.eventos.dype.com.br/simposio/view?ID_SIMPOSIO=4.)
A preocupação como a história do tempo presente é o tema central deste trecho do texto do historiador inglês Eric Hobsbawm. Sobre a questão apresentada no enunciado, acerca da ligação intrínseca entre passado e presente na História e o papel do professor em relação a esse paradigma, analise as afirmativas.
I. O procedimento histórico comporta a preocupação com a construção, a historicidade dos conceitos e a contextualização temporal.
II. O passado está incorporado aos nossos conceitos e nos dá um conteúdo concreto, e deve ser reconstruído em função das questões colocadas no presente, manipulando características essenciais do tempo: sucessão, duração simultaneidade.
III. Todo conteúdo é criado, datado, e tem sua história. O objetivo na sala de aula é que a educação histórica, hoje, leve os educandos a memorizarem esses fatos e adquirirem capacidade de repassá‐los com exatidão.
IV. Na sala de aula, o problema da data de nascimento do historiador ou o problema das gerações anteriores atrapalha a questão da credibilidade das fontes históricas. A história atual é mais confiável.
Estão corretas apenas as afirmativas
Leia a entrevista dada pelo coronel e historiador militar Manoel Soriano Neto à revista Verde Oliva, sobre a vinda de D. João VI para o Brasil, feita em 2008.
Qual é, a seu ver, a importância histórica das comemorações do bicentenário da vinda da Corte Portuguesa para o Brasil?
M. S – Comemorações nos trazem à memória fatos históricos superlativos ou simples episódios da vida, que têm valor individual ou coletivo. E celebrar o que é precioso nos leva a pensar e a refletir. Assim, as comemorações do duocentenário da chegada de D. João e sua Corte ao Brasil dão ensejo à relembrança de notáveis marcos de nossa História, dos quais devemos sempre nos orgulhar. Entretanto, tais celebrações seriam de acanhada dimensão se não reavaliarmos a augusta figura do 27º Rei de Portugal, fazendo‐lhe a merecida e imprescindível justiça. Eis a importância maior, dos festejos do presente ano.
E por que D. João VI, em seu entender, é tão injustiçado?
M. S – Infelizmente, de forma leviana, são emitidos juízos desairosos acerca da pessoa de D. João VI, não condizentes com a veracidade histórica e com os tantos e tamanhos serviços por ele prestados ao Brasil, em tempos de paz e de guerra. A nossa historiografia, com raras exceções, denigre esse personagem exponencial da História brasileira e portuguesa, tratando‐o debochadamente, sem levar em conta a Justiça e a Verdade.
(Disponível em: http://opiniaoenoticia.com.br/cultura/a‐chegada‐da‐corte‐portuguesa‐ao‐brasil/.)
Segundo o historiador supracitado, há certa injustiça histórica no que se refere à figura de D. João VI. De fato há controvérsias acerca desse personagem. No entanto, aponta‐se como uma de suas ações, no período de sua estadia no Brasil:
Os sapos
(Manuel Bandeira.)
Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.
Em ronco que aterra,
Berra o sapo‐boi:
– “Meu pai foi à guerra!”
– “Não foi!” – “Foi!” – “Não foi!”
O sapo‐tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: – “Meu cancioneiro
É bem martelado.
Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.
O meu verso é bom.
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.
Vai por cinqüenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A fôrmas a forma.
Clame a saparia
Em críticas céticas:
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas...”
Urra o sapo‐boi:
– “Meu pai foi rei” – “Foi!”
– “Não foi!” – “Foi!” – “Não foi!”
[...]
(BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985.)
Dentre as diversas manifestações culturais que compõem os anos 1920 no Brasil, está presente, de forma relevante, a
Semana de Arte Moderna, que ocorreu nos dias 13 (segunda‐feira), 15 (quarta‐feira) e 17 (sexta‐feira) de fevereiro de
1922 no Teatro Municipal de São Paulo. Era o Ano do Centenário da Independência de um País oligárquico. O evento
abalou a elite paulista. Entre os poemas apresentados no segundo dia, está “O Sapo” de Manuel Bandeira. De acordo
com o exposto, é correto identificar essa semana como:
“Um dos importantes passos para a construção do capitalismo foi o processo de colonização da América nos séculos XV e XVI e a neocolonização da África e da Ásia, no século XX. No século XXI, surge o pós‐colonialismo, teoria que busca entender os efeitos políticos e culturais para além do econômico, visando a superação do legado dominante e opressor das nações colonizadoras sobre os países colonizados. Segundo a historiadora Mary Anne Junqueira, a teoria generalizante de dependência econômica como herança colonial já não explica mais a relação do modelo colonial luso‐espanhol, tido como exploratório, e o modelo colonial anglo‐saxão, assentado no povoamento, para explicar os atuais sistemas de desenvolvimento, como sendo processos evolutivos do capital.”
(Soares, 2014.)
Pode‐se dizer que o modo capitalista está assentado no acúmulo de capital e na disparidade social, características profundamente acirradas nos períodos de colonização. No entanto, é correto afirmar que a consolidação do capitalismo, enquanto sistema mundialmente preponderante, não ocorreu efetivamente naquele período e sim
(Disponível em:https://www.peronismo+argentino&biw=1920&bih=935&source=ovo&imgrc= ‐s8u28lj_wjjfM%3A.)
A imagem mostra Evita e à sua esquerda o presidente Juan Domingo Perón que com seu apelo popular, usualmente dirigido aos “descamisados” da nação argentina, ganhou as eleições de 1946. A sua perspectiva política combinava elementos de traço populista e mecanismo de centralização do poder. O poder de intervenção estatal aliado ao notável desenvolvimento econômico trouxe um cenário marcado por algum tempo por baixos preços e altos salários. A respeito desse período conhecido como “Peronismo” na Argentina, analise as afirmativas.
I. O governo dos EUA boicotou o governo de Peron, em razão da simpatia daquele presidente pelos países do eixo na II Guerra Mundial.
II. A sua perspectiva política combinava elementos de traço populista e mecanismo de centralização do poder, atuando diretamente na economia.
III. Elementos paternalistas e nacionalistas de Juan Perón andavam de mãos dadas com um governo liberal que apoiava protestos públicos e tinha um sistema político pluripartidarista.
IV. Com apoio da URSS, através de um golpe, Juan Perón, mesmo sem amplo apoio popular, retomou o poder e governou por mais de 15 anos.
Estão corretas as afirmativas
O trecho a seguir contextualiza o tema tratado na questão. Leia‐o atentamente.
“É lembrado nesta quinta‐feira (06/08/2015) o 70º aniversário do primeiro ataque nuclear da história: quando uma aeronave americana lançou a bomba atômica sobre a cidade japonesa de Hiroshima, em 1945, matando cerca de 140 mil pessoas até o final daquele ano – de um total de 350 mil que viviam ali.”
(Disponívelem:http://www.bbc.com/portuguese/videos_e_fotos/2015/08/150805_hiroshim_70 anos_pai.)
O trecho a seguir contextualiza o tema tratado na questão. Leia‐o atentamente.
“É lembrado nesta quinta‐feira (06/08/2015) o 70º aniversário do primeiro ataque nuclear da história: quando uma aeronave americana lançou a bomba atômica sobre a cidade japonesa de Hiroshima, em 1945, matando cerca de 140 mil pessoas até o final daquele ano – de um total de 350 mil que viviam ali.”
(Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/videos_e_fotos/2015/08/150805_hiroshima_70anos_pai.)
O trecho a seguir contextualiza o tema tratado na questão. Leia‐o atentamente.
“É lembrado nesta quinta‐feira (06/08/2015) o 70º aniversário do primeiro ataque nuclear da história: quando uma aeronave americana lançou a bomba atômica sobre a cidade japonesa de Hiroshima, em 1945, matando cerca de 140 mil pessoas até o final daquele ano – de um total de 350 mil que viviam ali.”
(Disponível em: ttp://www.bbc.com/portuguese/videos_e_fotos/ 2015/08/150805_hiroshima_70anos_pai.)