“Duas características básicas podem ser
identificadas no Plano Real dentro da seqüência de
tentativas de estabilização da economia brasileira,
depois da crise da dívida externa do início da década
de 1980. Uma característica foi a intenção deliberada
de fugir aos movimentos bruscos e do elemento
surpresa que fizeram a glória e o fracasso de seus
antecessores, e que atingiram o paroxismo no Plano
Collor. A segunda característica foi a insistência da
equipe no governo em anunciar o plano como uma
estratégia multifásica de estabilização, da qual a
reforma monetária seria apenas um momento, e não
necessariamente o mais importante. Essas duas
características tinham o objetivo de desarmar os
espíritos dos agentes econômicos, que tinham se
habituado a associar programas de estabilização a
perdas súbitas de direitos.”
(CARNEIRO, Dionísio Dias, MODIANO, Eduardo.
Ajuste interno e desequilíbrio interno: 1980 – 1984.
In: ABREU, Marcelo de Paiva (Org.) A ordem do
progresso: cem anos de política econômica
republicana, 1889 – 1989. Rio de Janeiro: Campus,
1990. p. 323 – 346.)
Sobre o Plano Real, que entrou em vigência no
ano de 1993, durante o governo de Itamar Franco, é
CORRETA afirmar: