Questões de Concurso Público Prefeitura de Santa Helena - PB 2023 para Professor da Educação Básica II – Português
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TEXTO I
Mau humor crônico é doença e exige tratamento
Mau humor pode ser doença – e grave! Um transtorno mental que se manifesta por meio de uma rabugice que parece eterna. Lembra muito o estado de espírito do Hardy Har Har, a hiena de desenho animado famosa por viver resmungando “Oh dia, oh céu, oh vida, oh azar”.
Distimia é o nome dessa doença. Reconhecida pela medicina nos anos 80, é uma forma crônica de depressão, com sintomas mais leves. “Enquanto a pessoa com depressão grave fica paralisada, quem tem distimia continua tocando a vida, mas está sempre reclamando”, diz o psiquiatra Márcio Bernik, coordenador do Ambulatório de Ansiedade do Hospital das Clínicas (HC).
O distímico só enxerga o lado negativo do mundo e não sente prazer em nada. A diferença entre ele e o resto dos mal-humorados é que os últimos reclamam de um problema, mas param diante da resolução. O distímico reclama até se ganha na loteria. “Não fica feliz, porque começa a pensar em coisas negativas, como ser alvo de assalto ou de sequestro”, diz o psiquiatra Antônio Egídio Nardi, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro. (...)
E, se o mau humor patológico tem remédio, o mau humor “natural” também. Vários fatores interferem no humor. O cheiro, por exemplo, que é capaz de abrir o sorriso no rosto de um trombudo. E mais: ao contrário do que se pensa, o humor melhora com a idade!
KLINGER, Karina. Folha on-line – www.folha.com.br
Tendo em vista as intenções comunicativas do texto I, percebe-se a presença de mais de uma função da linguagem, ou seja, ao lado da referencial, que atende ao objetivo informativo do texto, pode-se identificar uma outra função, a metalinguística, identificada, mormente no parágrafo:
TEXTO I
Mau humor crônico é doença e exige tratamento
Mau humor pode ser doença – e grave! Um transtorno mental que se manifesta por meio de uma rabugice que parece eterna. Lembra muito o estado de espírito do Hardy Har Har, a hiena de desenho animado famosa por viver resmungando “Oh dia, oh céu, oh vida, oh azar”.
Distimia é o nome dessa doença. Reconhecida pela medicina nos anos 80, é uma forma crônica de depressão, com sintomas mais leves. “Enquanto a pessoa com depressão grave fica paralisada, quem tem distimia continua tocando a vida, mas está sempre reclamando”, diz o psiquiatra Márcio Bernik, coordenador do Ambulatório de Ansiedade do Hospital das Clínicas (HC).
O distímico só enxerga o lado negativo do mundo e não sente prazer em nada. A diferença entre ele e o resto dos mal-humorados é que os últimos reclamam de um problema, mas param diante da resolução. O distímico reclama até se ganha na loteria. “Não fica feliz, porque começa a pensar em coisas negativas, como ser alvo de assalto ou de sequestro”, diz o psiquiatra Antônio Egídio Nardi, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro. (...)
E, se o mau humor patológico tem remédio, o mau humor “natural” também. Vários fatores interferem no humor. O cheiro, por exemplo, que é capaz de abrir o sorriso no rosto de um trombudo. E mais: ao contrário do que se pensa, o humor melhora com a idade!
KLINGER, Karina. Folha on-line – www.folha.com.br
No 1º parágrafo, a estrutura verbal “resmungando” encerra uma oração cuja natureza está corretamente apontada na alternativa:
TEXTO II
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor.
CAMÕES, Luis Vaz de. Disponível em: https://www.culturagenial.com/poema-amor-e-chama-que-arde-sem-se-ver-de-luis-vaz-de-camoes/
O poema camoniano centra sua abordagem em uma visão do “Amor”, como temática universal, típica do Classicismo, por meio da contenção lírica; de acordo com a mensagem pretendida pelo eu lírico, essa visão do “Amor” tem por base, principalmente dois recursos estilísticos:
TEXTO II
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor.
CAMÕES, Luis Vaz de. Disponível em: https://www.culturagenial.com/poema-amor-e-chama-que-arde-sem-se-ver-de-luis-vaz-de-camoes/
Ao lado do caráter poético do texto de Camões, quanto a sua organização interna, pode-se encarar o poema como uma espécie de texto:
TEXTO II
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor.
CAMÕES, Luis Vaz de. Disponível em: https://www.culturagenial.com/poema-amor-e-chama-que-arde-sem-se-ver-de-luis-vaz-de-camoes/
Na última estrofe do texto II, o sintagma “amizade” assume o papel sintático de um(a):