Questões de Concurso Público UFJF 2018 para Técnico Especializado em Linguagem de Sinais
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Segundo Gesser (2009), alguns mitos sobre a Libras estão presentes na nossa sociedade. Marque a alternativa CORRETA:
I - A Libras é uma língua artificial, visto que foi construída e estabelecida por um grupo de indivíduos com algum propósito específico.
II – A Libras não é uma língua universal, visto que cada país possui a sua língua de sinais.
III – A Libras é uma língua exclusivamente icônica, visto que é uma língua espaço visual e seus sinais possuem nítida relação da sua forma com seu significado.
Segundo Quadros e Karnopp (2004), os estudos sobre a sintaxe da Libras descrevem as possíveis ordens das palavras que são consideradas gramaticais nessa língua. Segundo esses estudos, marque a alternativa CORRETA:
Analise os itens abaixo e indique (V) para os itens verdadeiros e (F) para os itens falsos, assinalando a alternativa correta.
Conforme Seleskovitch (1980, apud Pagura, 2003), “O estudo da tradução exige que se levem em consideração não apenas a competência linguística do indivíduo que compreende e fala, mas também (...)”
I – suas estratégias pedagógicas no ato interpretativo ( )
II – não discernir os demais elementos cognitivos não-linguísticos ( )
III – sua bagagem cognitiva ( )
IV – sua experiência nos mais diversos contextos de atuação ( )
V– suas capacidades lógicas ( )
Em relação às competências de um profissional tradutor-intérprete, segundo Roberts (1992, apud Quadros, 2004), correlacione a coluna A com a coluna B e marque a alternativa correta.
1 – Competência Técnica;
2 – Competência na Área;
3 – Competência de Transferência;
4 – Competência Bicultural;
5 – Competência Metodológica;
6 – Competência Linguística;
( ) habilidade em usar diferentes modos de interpretação (simultâneo, consecutivo, etc), habilidade para escolher o modo apropriado diante das circunstâncias, habilidade para retransmitir a interpretação, quando necessário, habilidade para encontrar o item lexical e a terminologia adequada avaliando e usando-os com bom senso, habilidade para recordar itens lexicais e terminologias para uso no futuro
( ) habilidade em manipular com as línguas envolvidas no processo de interpretação (habilidades em entender o objetivo da linguagem usada em todas as suas nuanças e habilidade em expressar corretamente, fluentemente e claramente a mesma informação na língua alvo), os intérpretes precisam ter um excelente conhecimento de ambas as línguas envolvidas na interpretação (ter habilidade para distinguir as ideias principais das ideias secundárias e determinar os elos que determinam a coesão do discurso).
( ) habilidade para posicionar-se apropriadamente para interpretar, habilidade para usar microfone e habilidade para interpretar usando fones, quando necessário.
( ) não é qualquer um que conhece duas línguas que tem capacidade para transferir a linguagem de uma língua para a outra; essa competência envolve habilidade para compreender a articulação do significado no discurso da língua fonte, habilidade para interpretar o significado da língua fonte para a língua alvo (sem distorções, adições ou omissões), habilidade para transferir uma mensagem na língua fonte para língua alvo sem influência da língua fonte e habilidade para transferir da língua fonte para língua alvo de forma apropriada do ponto de vista do estilo.
( ) profundo conhecimento das culturas que subjazem as línguas envolvidas no processo de interpretação (conhecimento das crenças, valores, experiências e comportamentos dos utentes da língua fonte e da língua alvo e apreciação das diferenças entre a cultura da língua fonte e a cultura da língua alvo).
( ) conhecimento requerido para compreender o conteúdo de uma
mensagem que está sendo interpretada.
Em Seleskovitch (1978:9) apud Pagura (2003), são apresentados os três estágios que formam o arcabouço básico da Teoria Interpretativa da Tradução:
I – Percepção auditiva de um enunciado linguístico que é portador de significado. Apreensão da língua e compreensão da mensagem por meio de um processo de análise e exegese;
II – Abandono imediato e intencional das palavras e retenção da representação mental da mensagem (conceitos, ideias, etc;);
III – Produção de um novo enunciado na língua-alvo, que deve atender a dois requisitos: deve expressar a mensagem original completa e deve ser voltado para o destinatário.
Ao se observar algumas diferenças entre as produções na língua portuguesa e na língua brasileira de sinais percebem-se uma série de diferenças (QUADROS, 2004; 84):
( ) A língua de sinais é baseada nas experiências visuais das comunidades surdas mediante as interações culturais surdas, enquanto a língua portuguesa constitui-se baseada nos sons;
( ) A língua de sinais utiliza a estrutura tópico-comentário, enquanto a língua portuguesa evita este tipo de construção;
( ) A língua de sinais tem marcações de gênero, enquanto que na língua portuguesa não há essas marcações;
( ) Coisas que são ditas na língua de sinais são ditas usando o mesmo tipo de construção gramatical da língua portuguesa;
( ) A escrita da língua de sinais é alfabética;
( ) A língua de sinais utiliza as referências anafóricas através de pontos estabelecidos no espaço que exclui ambiguidades que são possíveis na língua portuguesa.
Inúmeras vezes as funções/responsabilidades dos professores e dos intérpretes são confundidas. Ora por haver uma linha tênue entre as funções, em sala de aula, ora por desconhecimento das funções/responsabilidades de cada um dos profissionais. Em http://deafmall.net/deafinx/useterp2.html (2002) apud Quadros (2004; 61), foram apresentados alguns elementos sobre o intérprete de língua de sinais em sala de aula:
I – Considerando as questões éticas, os intérpretes devem manter-se neutros e garantirem o direito dos alunos de manter as informações confidenciais;
II – Os intérpretes têm o direito de serem auxiliados pelo professor através da revisão e preparação das aulas que garantem a qualidade da sua atuação durante as aulas;
III – Os intérpretes devem tutorar, acompanhar e realizar atividades gerais extraclasse para os alunos surdos, além de preparar as avaliações e apresentar informações a respeito do desenvolvimento dos alunos.
Pagura (2003) destaca algumas modalidades de interpretação:
I - Modalidade Consecutiva: é aquela que o intérprete escuta um longo trecho do discurso, toma notas e, após a conclusão de um trecho significativo ou do discurso inteiro, assume a palavra e repete todo o discurso na língua alvo, normalmente sua língua materna.
II - Modalidade simultânea: é a mais amplamente utilizada hoje em dia [...] os intérpretes – sempre em duplas – trabalham isolados numa cabine com vidro, de forma a permitir a visão do orador e recebem o discurso por meio de fones de ouvido.
III - Modalidade Intermitente: é muito estudada por pesquisadores da área e amplamente utilizada em eventos de caráter internacional. É vista mais frequentemente em reuniões nas quais o palestrante não fala as duas línguas [...] é comum algumas pessoas confundirem essa modalidade de interpretação com o que os profissionais chamam de consecutiva.
Segundo Rodrigues e Silvério (2011), os intérpretes educacionais devem possuir características e habilidades específicas. Marque a alternativa CORRETA.
I – Ter formação superior específica para atuação enquanto intérprete educacional.
II – Compartilhar, de maneira colaborativa, a função educacional do professor.
III – Saber mediar o processo de ensino/aprendizagem.
IV – Saber tratar a tradução/interpretação entre Língua de Sinais e Língua Portuguesa vinculada aos processos educacionais.
Segundo Quadros (2004), aos intérpretes educacionais é permitido estabelecer funções específicas.
I – Apresentar informações a respeito do desenvolvimento dos alunos.
II – Se preparar para a interpretação das aulas com o auxílio do professor através da revisão e elaboração das aulas.
III – Ter autoridade somente sobre os alunos surdos.
IV – Intermediar as relações entre os professores e os alunos
V – Intermediar as relações entre os colegas surdos e os colegas ouvintes