Inteligência Artificial & Saúde
O diagnóstico médico tem sido auxiliado pelas novas
tecnologias e, mais recentemente, também pela Inteligência
Artificial (IA), subárea da Ciência da Computação, que surgiu na
década de 1950 com o objetivo de criar dispositivos que
reproduzissem e potencializassem o raciocínio humano para
tarefas específicas. Não há consenso na definição de IA, mas
ela pode ser pensada como um meio de entregar mais e
melhores resultados a partir da análise de um grande volume de
dados (big data). Por meio de programas de computador
(softwares), a IA funciona combinando esses dados com
algoritmos e um processamento rápido, muitas vezes resultando
numa interatividade entre homem e máquina.
Assim, os programas aprendem a reconhecer padrões
(visuais, sensoriais e até comportamentais), analisam-nos e
chegam a uma conclusão, ou ajudam o homem em determinada
resolução. Aplicada em diversas áreas – como agricultura,
logística, educação e varejo – também vem se transformando
em grande aliada no campo da saúde.
O chinês Kai-Fu Lee, um dos cientistas da
computação que criou a IA como a conhecemos hoje, como
os robôs, estão mudando o mundo, a forma como amamos, nos
relacionamos, trabalhamos e vivemos (Globolivros, 2019), dá
uma ideia do avanço na área médica: “os principais
pesquisadores dos Estados Unidos, como Andrew Ng e
Sebastian Thrun, demonstraram excelentes algoritmos que
estão no mesmo nível de acerto dos médicos no diagnóstico de
doenças específicas com base em imagens – pneumonia
através de radiografias de tórax e câncer de pele por meio de
fotos”.
Embora relativamente nova – seu uso se difundiu a
partir dos anos 1980 –, no campo da saúde, a IA já é utilizada
no mapeamento de sepse (infecção generalizada), na análise de
material genômico de tumores, no diagnóstico em radiologia, na
avaliação de lesões suspeitas da pele, na cirurgia robótica
assistida, entre outros, dando suporte a decisões médicas.
Fonte: DUQUE, Cristiano. Rede de Câncer. Edição 45, março de 2020.
(adaptado).