A química do amor
Embora seja agradável pensar que seguimos o coração, a
verdade é que a ciência tem explicações menos poéticas para as
demandas românticas. Saiba como ela explica as questões
amorosas, resultado de mecanismos puramente fisiológicos, que
envolvem hormônios e receptores cerebrais. E por que nada disso
vai importar quando você estiver apaixonado.
“Os homens devem saber que do cérebro, e só do cérebro,
derivam prazer, alegria, riso e divertimento, assim como tristeza,
pena, dor e medo”.
A frase foi dita por Hipócrates (460-377 a.C.) há milhares de
anos, mas continua certeira. Significa que aquele amor envolto em
corações flutuantes, que foi incessantemente idealizado por
escritores, poetas e cineastas não é bem do jeito que eles pintam.
Esqueça o cupido, a sorte ou mesmo a união sublime e
inexplicável de almas. “Nada é tão ao acaso, nem tão romântico”,
diz Carmita Abdo, psiquiatra coordenadora do Projeto
Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das
Clínicas de São Paulo.
O amor nada mais é do que o resultado de uma complexa
cadeia de reações químicas do cérebro, e existe com o intuito
único de propagar a nossa espécie. Em outras palavras, amamos
porque somos o resultado de um processo evolutivo bem
sucedido: ao entrarmos em uma relação estável, as chances de
criarmos com sucesso nossos descendentes são muito
maiores.[...]
Disponível em:http://veja.abril.com.br/ciencia/a-quimica-do-amor/. Acesso em: 12 jun. 2016.