Questões de Concurso Público Prefeitura de Maricá - RJ 2018 para Contador

Foram encontradas 10 questões

Q2033794 Português
DOMÍCIO DA GAMA

        Domício da Gama (Domício Afonso Forneiro, adotou do padrinho o Gama), jornalista, diplomata, contista e cronista, nasceu em Maricá, RJ, em 23 de outubro de 1862 e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de novembro de 1925. Foi um dos dez acadêmicos eleitos na sessão de 28 de janeiro de 1897, para completar o quadro de fundadores da Academia. Escolheu Raul Pompeia como patrono, ocupando a cadeira no 33. Foi recebido na sessão de 1º de julho de 1900, por Lúcio de Mendonça.
         Fez estudos preparatórios no Rio de Janeiro e ingressou na Escola Politécnica, mas não chegou a terminar o curso. Seguiu para o estrangeiro em missões diplomáticas. A sua primeira missão foi a de secretário do Serviço de Imigração, e o contato, nessa época, com o Barão do Rio Branco, valeu-lhe ser nomeado secretário da missão Rio Branco para a questão de limites Brasil-Argentina (1893-1895), com a Guiana Francesa (1895-1900) e com a Guiana Inglesa (1900-1901). Foi secretário de Legação na Santa Sé, em 1900, e ministro em Lima, em 1906. Embaixador em missão especial, em 1910, representou o Brasil no centenário da independência da Argentina e nas festas centenárias do Chile. Embaixador do Brasil em Washington, de 1911 a 1918, foi o digno sucessor de Joaquim Nabuco, por escolha do próprio Barão do Rio Branco. Ao celebrar-se a paz europeia de Versalhes, Domício, como ministro das Relações Exteriores, pretendeu representar o Brasil naquela conferência, propósito que suscitou divergências na imprensa brasileira. Convidado para a mesma embaixada, Rui Barbosa recusou, e o chefe da representação brasileira foi, afinal, Epitácio Pessoa, eleito pouco depois, em seguida à morte de Rodrigues Alves, presidente da República. Domício foi substituído na Chancelaria por Azevedo Marques, seguindo como embaixador em Londres, em 1920-21. Foi posto em disponibilidade durante a Presidência Bernardes.
           Em 1919 foi Presidente da Academia Brasileira de Letras, em substituição a Rui Barbosa.
         Domício da Gama era colaborador da Gazeta de Notícias ao tempo de Ferreira de Araújo e, ainda no início da carreira, escreveu contos, crônicas e críticas literárias.

Texto editado.Disponível em:
http://www.academia.org.br/academicos/
domicio-da-gama/biografia. Acesso em: 10 jul.2018.
Na biografia do maricaense, dentre os recursos coesivos apresentados a seguir, aquele que foi utilizado para manter o foco em “Domício da Gama” é:
Alternativas
Q2033795 Português
DOMÍCIO DA GAMA

        Domício da Gama (Domício Afonso Forneiro, adotou do padrinho o Gama), jornalista, diplomata, contista e cronista, nasceu em Maricá, RJ, em 23 de outubro de 1862 e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de novembro de 1925. Foi um dos dez acadêmicos eleitos na sessão de 28 de janeiro de 1897, para completar o quadro de fundadores da Academia. Escolheu Raul Pompeia como patrono, ocupando a cadeira no 33. Foi recebido na sessão de 1º de julho de 1900, por Lúcio de Mendonça.
         Fez estudos preparatórios no Rio de Janeiro e ingressou na Escola Politécnica, mas não chegou a terminar o curso. Seguiu para o estrangeiro em missões diplomáticas. A sua primeira missão foi a de secretário do Serviço de Imigração, e o contato, nessa época, com o Barão do Rio Branco, valeu-lhe ser nomeado secretário da missão Rio Branco para a questão de limites Brasil-Argentina (1893-1895), com a Guiana Francesa (1895-1900) e com a Guiana Inglesa (1900-1901). Foi secretário de Legação na Santa Sé, em 1900, e ministro em Lima, em 1906. Embaixador em missão especial, em 1910, representou o Brasil no centenário da independência da Argentina e nas festas centenárias do Chile. Embaixador do Brasil em Washington, de 1911 a 1918, foi o digno sucessor de Joaquim Nabuco, por escolha do próprio Barão do Rio Branco. Ao celebrar-se a paz europeia de Versalhes, Domício, como ministro das Relações Exteriores, pretendeu representar o Brasil naquela conferência, propósito que suscitou divergências na imprensa brasileira. Convidado para a mesma embaixada, Rui Barbosa recusou, e o chefe da representação brasileira foi, afinal, Epitácio Pessoa, eleito pouco depois, em seguida à morte de Rodrigues Alves, presidente da República. Domício foi substituído na Chancelaria por Azevedo Marques, seguindo como embaixador em Londres, em 1920-21. Foi posto em disponibilidade durante a Presidência Bernardes.
           Em 1919 foi Presidente da Academia Brasileira de Letras, em substituição a Rui Barbosa.
         Domício da Gama era colaborador da Gazeta de Notícias ao tempo de Ferreira de Araújo e, ainda no início da carreira, escreveu contos, crônicas e críticas literárias.

Texto editado.Disponível em:
http://www.academia.org.br/academicos/
domicio-da-gama/biografia. Acesso em: 10 jul.2018.
No trecho “... pretendeu representar o Brasil naquela conferência, propósito que suscitou divergências na imprensa brasileira” (linhas 29-31), a forma verbal “suscitou” pode ser substituída, sem alterar o sentido, por:
Alternativas
Q2033796 Português
DOMÍCIO DA GAMA

        Domício da Gama (Domício Afonso Forneiro, adotou do padrinho o Gama), jornalista, diplomata, contista e cronista, nasceu em Maricá, RJ, em 23 de outubro de 1862 e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de novembro de 1925. Foi um dos dez acadêmicos eleitos na sessão de 28 de janeiro de 1897, para completar o quadro de fundadores da Academia. Escolheu Raul Pompeia como patrono, ocupando a cadeira no 33. Foi recebido na sessão de 1º de julho de 1900, por Lúcio de Mendonça.
         Fez estudos preparatórios no Rio de Janeiro e ingressou na Escola Politécnica, mas não chegou a terminar o curso. Seguiu para o estrangeiro em missões diplomáticas. A sua primeira missão foi a de secretário do Serviço de Imigração, e o contato, nessa época, com o Barão do Rio Branco, valeu-lhe ser nomeado secretário da missão Rio Branco para a questão de limites Brasil-Argentina (1893-1895), com a Guiana Francesa (1895-1900) e com a Guiana Inglesa (1900-1901). Foi secretário de Legação na Santa Sé, em 1900, e ministro em Lima, em 1906. Embaixador em missão especial, em 1910, representou o Brasil no centenário da independência da Argentina e nas festas centenárias do Chile. Embaixador do Brasil em Washington, de 1911 a 1918, foi o digno sucessor de Joaquim Nabuco, por escolha do próprio Barão do Rio Branco. Ao celebrar-se a paz europeia de Versalhes, Domício, como ministro das Relações Exteriores, pretendeu representar o Brasil naquela conferência, propósito que suscitou divergências na imprensa brasileira. Convidado para a mesma embaixada, Rui Barbosa recusou, e o chefe da representação brasileira foi, afinal, Epitácio Pessoa, eleito pouco depois, em seguida à morte de Rodrigues Alves, presidente da República. Domício foi substituído na Chancelaria por Azevedo Marques, seguindo como embaixador em Londres, em 1920-21. Foi posto em disponibilidade durante a Presidência Bernardes.
           Em 1919 foi Presidente da Academia Brasileira de Letras, em substituição a Rui Barbosa.
         Domício da Gama era colaborador da Gazeta de Notícias ao tempo de Ferreira de Araújo e, ainda no início da carreira, escreveu contos, crônicas e críticas literárias.

Texto editado.Disponível em:
http://www.academia.org.br/academicos/
domicio-da-gama/biografia. Acesso em: 10 jul.2018.
Considerando os fragmentos “Foi um dos dez acadêmicos eleitos na sessão de 28 de janeiro de 1897, para completar o quadro de fundadores da Academia” (linhas 5-7) e “Seguiu para o estrangeiro em missões diplomáticas” (linhas 13-14), pode-se afirmar que, em cada ocorrência, a preposição “para” significa, respectivamente: 
Alternativas
Q2033797 Português
DOMÍCIO DA GAMA

        Domício da Gama (Domício Afonso Forneiro, adotou do padrinho o Gama), jornalista, diplomata, contista e cronista, nasceu em Maricá, RJ, em 23 de outubro de 1862 e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de novembro de 1925. Foi um dos dez acadêmicos eleitos na sessão de 28 de janeiro de 1897, para completar o quadro de fundadores da Academia. Escolheu Raul Pompeia como patrono, ocupando a cadeira no 33. Foi recebido na sessão de 1º de julho de 1900, por Lúcio de Mendonça.
         Fez estudos preparatórios no Rio de Janeiro e ingressou na Escola Politécnica, mas não chegou a terminar o curso. Seguiu para o estrangeiro em missões diplomáticas. A sua primeira missão foi a de secretário do Serviço de Imigração, e o contato, nessa época, com o Barão do Rio Branco, valeu-lhe ser nomeado secretário da missão Rio Branco para a questão de limites Brasil-Argentina (1893-1895), com a Guiana Francesa (1895-1900) e com a Guiana Inglesa (1900-1901). Foi secretário de Legação na Santa Sé, em 1900, e ministro em Lima, em 1906. Embaixador em missão especial, em 1910, representou o Brasil no centenário da independência da Argentina e nas festas centenárias do Chile. Embaixador do Brasil em Washington, de 1911 a 1918, foi o digno sucessor de Joaquim Nabuco, por escolha do próprio Barão do Rio Branco. Ao celebrar-se a paz europeia de Versalhes, Domício, como ministro das Relações Exteriores, pretendeu representar o Brasil naquela conferência, propósito que suscitou divergências na imprensa brasileira. Convidado para a mesma embaixada, Rui Barbosa recusou, e o chefe da representação brasileira foi, afinal, Epitácio Pessoa, eleito pouco depois, em seguida à morte de Rodrigues Alves, presidente da República. Domício foi substituído na Chancelaria por Azevedo Marques, seguindo como embaixador em Londres, em 1920-21. Foi posto em disponibilidade durante a Presidência Bernardes.
           Em 1919 foi Presidente da Academia Brasileira de Letras, em substituição a Rui Barbosa.
         Domício da Gama era colaborador da Gazeta de Notícias ao tempo de Ferreira de Araújo e, ainda no início da carreira, escreveu contos, crônicas e críticas literárias.

Texto editado.Disponível em:
http://www.academia.org.br/academicos/
domicio-da-gama/biografia. Acesso em: 10 jul.2018.
O conectivo sublinhado no período “Fez estudos preparatórios no Rio de Janeiro e ingressou na Escola Politécnica, mas não chegou a terminar o curso.” (linhas 11-13) pode ser substituído, sem alterar seu sentido, por:
Alternativas
Q2033798 Português
DOMÍCIO DA GAMA

        Domício da Gama (Domício Afonso Forneiro, adotou do padrinho o Gama), jornalista, diplomata, contista e cronista, nasceu em Maricá, RJ, em 23 de outubro de 1862 e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de novembro de 1925. Foi um dos dez acadêmicos eleitos na sessão de 28 de janeiro de 1897, para completar o quadro de fundadores da Academia. Escolheu Raul Pompeia como patrono, ocupando a cadeira no 33. Foi recebido na sessão de 1º de julho de 1900, por Lúcio de Mendonça.
         Fez estudos preparatórios no Rio de Janeiro e ingressou na Escola Politécnica, mas não chegou a terminar o curso. Seguiu para o estrangeiro em missões diplomáticas. A sua primeira missão foi a de secretário do Serviço de Imigração, e o contato, nessa época, com o Barão do Rio Branco, valeu-lhe ser nomeado secretário da missão Rio Branco para a questão de limites Brasil-Argentina (1893-1895), com a Guiana Francesa (1895-1900) e com a Guiana Inglesa (1900-1901). Foi secretário de Legação na Santa Sé, em 1900, e ministro em Lima, em 1906. Embaixador em missão especial, em 1910, representou o Brasil no centenário da independência da Argentina e nas festas centenárias do Chile. Embaixador do Brasil em Washington, de 1911 a 1918, foi o digno sucessor de Joaquim Nabuco, por escolha do próprio Barão do Rio Branco. Ao celebrar-se a paz europeia de Versalhes, Domício, como ministro das Relações Exteriores, pretendeu representar o Brasil naquela conferência, propósito que suscitou divergências na imprensa brasileira. Convidado para a mesma embaixada, Rui Barbosa recusou, e o chefe da representação brasileira foi, afinal, Epitácio Pessoa, eleito pouco depois, em seguida à morte de Rodrigues Alves, presidente da República. Domício foi substituído na Chancelaria por Azevedo Marques, seguindo como embaixador em Londres, em 1920-21. Foi posto em disponibilidade durante a Presidência Bernardes.
           Em 1919 foi Presidente da Academia Brasileira de Letras, em substituição a Rui Barbosa.
         Domício da Gama era colaborador da Gazeta de Notícias ao tempo de Ferreira de Araújo e, ainda no início da carreira, escreveu contos, crônicas e críticas literárias.

Texto editado.Disponível em:
http://www.academia.org.br/academicos/
domicio-da-gama/biografia. Acesso em: 10 jul.2018.
Na Reforma Ortográfica de 2009, deixou de receber acento gráfico a seguinte palavra:
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Q2033799 Português

CÔNSUL!

Domício da Gama


        No café de Londres, às onze horas da noite. Chove desabridamente. Entre a zoada dos aguaceiros, que lavam a rua, ouvem-se raros passos apressados de transeuntes invisíveis na sombra. A espaços um ronco rápido e surdo, como um rufo de tambor molhado, assinala a passagem de um guarda-chuva por baixo do jorro de uma goteira que transborda. Corre um sopro glacial de tédio e desconforto pelo café profusamente iluminado, em que já pouca gente resta. O silêncio só é quebrado pelo ruído dos talheres e da conversa de três rapazes cavaqueando numa ceia econômica ao fundo. O homem do contador cochila. Sentado a uma mesinha, em frente ao prato vazio, em que um osso descarnado de galinha comemora a passagem de uma canja, está um homem que cisma sobre um jornal.


GAMA, Domício. Apud SANDANELLO, F. B. Domício da Gama e o

impressionismo literário no Brasil. São Luís, MA: EDUFMA, 2017. p. 169

“Sentado a uma mesinha, em frente ao prato vazio, em que um osso descarnado de galinha comemora a passagem de uma canja, está um homem que cisma sobre um jornal.” (linhas 12-15). Pode substituir a expressão sublinhada, sem alteração do sentido: 
Alternativas
Q2033800 Português

CÔNSUL!

Domício da Gama


        No café de Londres, às onze horas da noite. Chove desabridamente. Entre a zoada dos aguaceiros, que lavam a rua, ouvem-se raros passos apressados de transeuntes invisíveis na sombra. A espaços um ronco rápido e surdo, como um rufo de tambor molhado, assinala a passagem de um guarda-chuva por baixo do jorro de uma goteira que transborda. Corre um sopro glacial de tédio e desconforto pelo café profusamente iluminado, em que já pouca gente resta. O silêncio só é quebrado pelo ruído dos talheres e da conversa de três rapazes cavaqueando numa ceia econômica ao fundo. O homem do contador cochila. Sentado a uma mesinha, em frente ao prato vazio, em que um osso descarnado de galinha comemora a passagem de uma canja, está um homem que cisma sobre um jornal.


GAMA, Domício. Apud SANDANELLO, F. B. Domício da Gama e o

impressionismo literário no Brasil. São Luís, MA: EDUFMA, 2017. p. 169

No trecho do conto de Domício da Gama, são características da predominância do tipo textual descritivo:
Alternativas
Q2033801 Português

CÔNSUL!

Domício da Gama


        No café de Londres, às onze horas da noite. Chove desabridamente. Entre a zoada dos aguaceiros, que lavam a rua, ouvem-se raros passos apressados de transeuntes invisíveis na sombra. A espaços um ronco rápido e surdo, como um rufo de tambor molhado, assinala a passagem de um guarda-chuva por baixo do jorro de uma goteira que transborda. Corre um sopro glacial de tédio e desconforto pelo café profusamente iluminado, em que já pouca gente resta. O silêncio só é quebrado pelo ruído dos talheres e da conversa de três rapazes cavaqueando numa ceia econômica ao fundo. O homem do contador cochila. Sentado a uma mesinha, em frente ao prato vazio, em que um osso descarnado de galinha comemora a passagem de uma canja, está um homem que cisma sobre um jornal.


GAMA, Domício. Apud SANDANELLO, F. B. Domício da Gama e o

impressionismo literário no Brasil. São Luís, MA: EDUFMA, 2017. p. 169

Em “Entre a zoada dos aguaceiros, que lavam a rua, ouvem-se raros passos apressados de transeuntes invisíveis na sombra” (linhas 2-4), a oração sublinhada:
Alternativas
Q2033802 Português

CÔNSUL!

Domício da Gama


        No café de Londres, às onze horas da noite. Chove desabridamente. Entre a zoada dos aguaceiros, que lavam a rua, ouvem-se raros passos apressados de transeuntes invisíveis na sombra. A espaços um ronco rápido e surdo, como um rufo de tambor molhado, assinala a passagem de um guarda-chuva por baixo do jorro de uma goteira que transborda. Corre um sopro glacial de tédio e desconforto pelo café profusamente iluminado, em que já pouca gente resta. O silêncio só é quebrado pelo ruído dos talheres e da conversa de três rapazes cavaqueando numa ceia econômica ao fundo. O homem do contador cochila. Sentado a uma mesinha, em frente ao prato vazio, em que um osso descarnado de galinha comemora a passagem de uma canja, está um homem que cisma sobre um jornal.


GAMA, Domício. Apud SANDANELLO, F. B. Domício da Gama e o

impressionismo literário no Brasil. São Luís, MA: EDUFMA, 2017. p. 169

Em “...ouvem-se raros passos apressados de transeuntes invisíveis na sombra” (linhas 3-4), o verbo ouvir está no plural para:
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Q2033803 Português

CÔNSUL!

Domício da Gama


        No café de Londres, às onze horas da noite. Chove desabridamente. Entre a zoada dos aguaceiros, que lavam a rua, ouvem-se raros passos apressados de transeuntes invisíveis na sombra. A espaços um ronco rápido e surdo, como um rufo de tambor molhado, assinala a passagem de um guarda-chuva por baixo do jorro de uma goteira que transborda. Corre um sopro glacial de tédio e desconforto pelo café profusamente iluminado, em que já pouca gente resta. O silêncio só é quebrado pelo ruído dos talheres e da conversa de três rapazes cavaqueando numa ceia econômica ao fundo. O homem do contador cochila. Sentado a uma mesinha, em frente ao prato vazio, em que um osso descarnado de galinha comemora a passagem de uma canja, está um homem que cisma sobre um jornal.


GAMA, Domício. Apud SANDANELLO, F. B. Domício da Gama e o

impressionismo literário no Brasil. São Luís, MA: EDUFMA, 2017. p. 169

“A espaços um ronco rápido e surdo, como um rufo de tambor molhado, assinala a passagem de um guarda-chuva por baixo do jorro de uma goteira que transborda.” (linhas 4-7). A expressão sublinhada é classificada como: 
Alternativas
Respostas
1: B
2: E
3: D
4: B
5: E
6: B
7: A
8: C
9: E
10: D