Questões de Concurso Público Prefeitura de Maricá - RJ 2018 para Docente I - História

Foram encontradas 22 questões

Q1701870 História
A Idade Média Central (Séc. XII-XIV) presenciou uma distribuição fundiária sensivelmente diferente da época carolíngia. Nesse contexto a concentração de terras:
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Q1701871 História
Na Idade Média a evolução dos colégios mostrou que, se no início o senso comum aceitava sem dificuldades a mistura das idades, chegou um momento em que surgiu uma repugnância nesse sentido, de início a favor das crianças menores. No entanto, essa separação não se aplicou com o fito de distinguir as crianças dos adultos num regime realmente infanto-juvenil. Desejava-se:
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Q1701873 História
O escritor Ambrósio Fernandes Brandão nos conta uma transação de compra e venda de peças (lotes) de escravos no século XVII:
“[...] vi na capitania de Pernambuco a certo mercador fazer um negócio, (...) o qual foi comprar, para pagar na hora, um lote de escravos de Guiné (africanos) por quantidade de dinheiro e logo no mesmo instante, sem nem mesmo ainda possuí-los, os tornou a vender a um lavrador fiados por certo tempo que não chegava a um ano, com mais de 85 por cento de avanço (lucros).”
O trecho acima deixa evidente a lucratividade obtida com o tráfico de africanos, gerada pela:
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Q1701874 História
Leia o que o cronista colonial Gabriel Soares escreveu em Tratado descritivo do Brasil, de 1587, a respeito da segurança militar de Salvador:
“[...] porque [a cidade] pode ser socorrida por mar e por terra de muita gente portuguesa até a quantia de dois mil homens, de entre os quais podem sair dez mil escravos de peleja, a saber: quatro mil pretos da Guiné e seis mil índios da terra, mui bons flecheiros, que juntos com a gente da cidade, se fará mui arrazoada exército”. (SOUSA, Gabriel Soares de. Tratado descritivo do Brasil, 1587, p.140-141 [adaptado])
O trecho acima deixa evidente que:
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Q1701875 História
“Os índios dessa província são inumeráveis pela terra a dentro, de várias nações e costumes e linguagem e muitos deles são como selvagens e não se lhes pode entender sua língua e há pouco remédio para sua salvação, exceto alguns inocentes ou adultos que se batizam in extremis e se vão para o céu. São de mui pouca capacidade natural, se bem que para sua avaliação têm juízo bastante e não são tão boçais e rudes como por lá se imagina”. (ANCHIETA, José de)
Os jesuítas se notabilizaram pela atuação junto aos nativos da América, e o diferencial desta ordem está na:
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Q1701876 História
A respeito das primeiras tentativas de escrita de uma História do Brasil, ainda em meados do século XIX, observa José Carlos Reis:
“Era preciso criar uma ideia do homem brasileiro, de povo brasileiro, no interior de um projeto de nação brasileira. Sobretudo, era preciso perceber a nação como diferença e continuidade colonial e como continuidade da diferença colonial. Pensou-se o Brasil com o conceito de “raça” e a sociedade brasileira como uma mescla de raças”.
Tal afirmativa está de acordo com um contexto de:
I formulação de teorias científicas europeias, que permitiram a elaboração de interpretações acerca do atraso do país e condição dos habitantes. II apresentação de projetos de organização nacional sem que, contudo, pudesse ser afastada uma visão pessimista acerca do presente e do futuro da nação. III contribuição das ciências para a naturalização das diferenças socioculturais, estabelecendo correlações rígidas entre as leis da natureza e a sociedade. IV avanço dos conhecimentos científicos que promoveriam uma releitura da miscigenação, tornando-a positiva por causa da diversidade biológica.
Os itens corretos são:
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Q1701877 História
“(...) as famílias da elite, muito menos temerosas do que poderia se supor, viam umas nas outras, possíveis aliadas para ‘uma maior participação’, manutenção e manipulação do poder político. Sendo muitos dos envolvidos na administração local portadores de títulos militares, concluímos pela existência de uma relação unívoca entre títulos honoríficos e militares e as elites políticas locais, ou seja, as principais famílias detinham o monopólio do poder local, na câmara e na administração militar das tropas auxiliares e de ordenanças”. (Isis Messias da Silva, Revista Vernáculo, nº 14 - 15 - 16, p. 21–50).
O trecho acima traduz:
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Q1701878 História
A Organização Internacional do Trabalho foi criada pela Conferência da Paz, assinada em Versalhes, em junho do ano de 1919, logo após a Primeira Guerra Mundial, e teve como vocação promover a justiça social e, em particular, fazer respeitar os direitos humanos no mundo do trabalho. Desde a sua criação, portanto, a OIT está assente no princípio, inscrito na sua Constituição, de que não pode haver paz universal duradoura sem justiça social. A respeito da OIT, pode-se afirmar que sua criação:
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Q1701879 História
Com base no Plano Cohen, que revelava “instruções da Internacional Comunista para a ação de seus agentes no Brasil”, o presidente Getúlio Vargas solicitou imediatamente ao Congresso autorização para decretar o estado de guerra pelo prazo de 90 dias. A aprovação da medida abriu caminho para:
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Q1701880 História
Em 14 de maio de 1948, um dia antes de expirar a autoridade britânica no seu Mandato na Palestina que já se encontrava em guerra civil, o Estado de Israel declarou-se independente. O que se seguiu foi a:
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Q1701882 História
O ano de 1968 foi um dos mais importantes para a Guerra do Vietnã pois em janeiro foi deflagrada a chamada Ofensiva do Têt sob a liderança, entre outros, da Aliança para a Libertação Nacional. A partir dessa ofensiva ficou evidente que:
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Q1701883 História
“Foi o ano que experimentamos todos os limites, em que as moças começaram a tomar pílulas, que sentamos na Rio Branco, que formos para as portas das fábricas, que redefinimos os padrões de comportamento”. (C. Telles, apud Groppo, 2005, p. 2015).
O ano de 1968 ficou conhecido pela efervescência das ideias por liberdade política (Leste Europeu e América Latina) e liberdade de costumes (Europa ocidental e EUA). No entanto, parte desse movimento se viu derrotado pela:
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Q1701885 História
Em 1988 foi promulgada a atual Constituição brasileira, chamada de Constituição Cidadã pela atribuição de direitos depois de um longo período de ditadura civil-militar. Mas também foi acusada pelo então presidente José Sarney de “tornar o país ingovernável” por causa do(a):
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Q1701886 História
O Programa Nacional de Desestatização (PND), tinha como objetivos concentrar ações e recursos do Estado nas áreas sociais, reduzir a dívida pública, promover ajuste fiscal e retomada de investimentos privados e fortalecer o mercado acionário. Foi implementado:
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Q1701888 História
“A revolta paulista, chamada Revolução Constitucionalista, durou três meses e foi a mais importante guerra civil brasileira do século XX (…) Sua causa era praticamente inatacável: a restauração da legalidade, do governo constitucional.” (CARVALHO, J.M. de, Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, p. 100).
Apesar das características acima, pode-se também afirmar que a Revolução Constitucionalista tinha:
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Q1701889 História
“A melhor indicação das dificuldades em estabelecer um sistema nacional de dominação com base na solução monárquica encontra-se nas rebeliões regenciais. (...) As revoltas podem ser divididas em dois grandes grupos” (José Murilo de Carvalho, Teatro de Sombras, Ed. UFRJ/Relume- Dumará, p. 230)
A opção que apresenta revoltas que NÃO são do período regencial é:
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Q1701891 História
“A construção discursiva remete, portanto, necessariamente, às posições e às propriedades sociais objetivas, exteriores ao discurso, que caracterizam os diferentes grupos, ou classes sociais que constituem o mundo social” (CHARTIER, Roger. Estudos Históricos, 1[13], 1994, p.106.)
No trecho acima, Chartier está fazendo um contraponto a concepções conhecidas como:
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Q1701892 História
Em relação ao movimento abolicionista a historiadora Angela Alonso afirma: “O modo de inserir o ex-cativo na sociedade nacional se bifurcava, então, em programas diferentes. Um visava à sua conversão em cidadão de uma sociedade liberal e capitalista com direitos civis e políticos, e em pequeno proprietário no campo (...). Outro futuro lhe acenava com direitos sociais e o convertia em proletário urbano da sociedade industrial que se anunciava”. (ALONSO, Angela. Flores, votos e balas. Cia das Letras, 2015, p.363)
O desacordo entre abolicionistas só não existia em relação:
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Q1701893 História
“As primeiras vítimas da Revolução Francesa foram os coelhos. Pelotões armado de paus e foices saíam à cata de coelhos e colocavam armadilhas em desafio às leis de caça. Mas os ataques mais espetaculares foram contra os pombais, castelos em miniatura; dali partiam verdadeiras esquadrilhas contra os grãos dos camponeses, voltando em absoluta segurança para suas fortalezas senhoriais. Os camponeses não estavam dispostos a deixar que sua safra se transformasse em alimento para coelhos e pombos e afirmavam ser a ‘vontade geral da nação’ que a caça fosse destruída”. (Adaptado de Simon Schama, Cidadãos: uma crônica da Revolução Francesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 271-272.)
A partir do trecho acima pode-se concluir que no contexto da Revolução de 1789:
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Q1701895 História
A chamada Escola dos Annales é um movimento historiográfico do século XX que se constitui em torno do periódico acadêmico francês Annales d'histoire économique et sociale, tendo se destacado por incorporar métodos das Ciências Sociais à História. Fundada por Lucien Febvre e Marc Bloch em 1929, propunha-se a ir além da visão positivista da história como crônica de acontecimentos, substituindo o tempo breve da história dos acontecimentos pelos processos de longa duração, com o objetivo de tornar inteligíveis a civilização e as mentalidades.
Entre as obras de maior destaque daqueles que compuseram o movimento dos Annales, encontram-se:
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Respostas
1: C
2: B
3: E
4: B
5: D
6: A
7: C
8: C
9: D
10: E
11: A
12: B
13: E
14: A
15: E
16: B
17: A
18: E
19: C
20: D