Questões de Concurso Público Prefeitura de Brasília de Minas - MG 2024 para Fonoaudiólogo

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Q3097271 Fonoaudiologia
A timpanometria é utilizada para avaliar o funcionamento e a integridade da orelha média. A timpanometria convencional é realizada com o tom teste de 226Hz. Para lactentes e bebês, a literatura indica o tom com frequência mais alta (1000Hz). Ao realizar a imitanciometria de um paciente com suspeita de otosclerose, encontraram-se os seguintes resultados: Complacência 0,24ml e pressão - 25 daPa.
Partindo da classificação de Jerger (1970) e Jerger e Mauldin (1972), esses dados indicam
Alternativas
Q3097272 Fonoaudiologia
A audiometria é um exame usado para avaliar a capacidade auditiva de uma pessoa. Ele tem a habilidade de ouvir sons em diferentes frequências e intensidades, permitindo identificar perdas auditivas e seu grau.
A Organização Mundial de Saúde (2020) publicou o material intitulado Basic Ear and Hearing Care Resource, no qual utiliza a classificação dos graus de deficiência auditiva revisada, e faz referência a médias de 500Hz, 1000Hz, 2000Hz e 4000Hz. Partindo desse conhecimento, observe atentamente o audiograma a seguir para responder a esta questão.



Imagem associada para resolução da questão



Marque a alternativa que classifica o grau da perda auditiva demonstrada no audiograma, segundo a Organização Mundial de Saúde (2020).
Alternativas
Q3097273 Fonoaudiologia
Os transtornos da comunicação incluem déficits na linguagem, na fala e na comunicação. Fala é a produção expressiva de sons e inclui a articulação, a fluência, a voz e a qualidade da ressonância de um indivíduo. Linguagem inclui a forma, a função e o uso de um sistema convencional de símbolos (isto é, palavras faladas, linguagem de sinais, palavras escritas, figuras), com um conjunto de regras para a comunicação. Comunicação inclui todo comportamento verbal e não verbal (intencional ou não) que influencia o comportamento, as ideias ou as atitudes de outro indivíduo. O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.
Nesse contexto, avalie as assertivas a seguir e a relação proposta entre elas.

I. Criança que apresenta dificuldade em ajustar o comportamento para se adequar a contextos sociais diversos, dificuldade em compartilhar brincadeiras imaginativas ou em fazer amigos e ausência de interesse por pares, entre outros critérios de diagnóstico presentes, pode-se concluir que essa criança possui Transtorno do Espectro do Autismo.

PORQUE

II. Caracteriza-se por sintoma de padrão restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades, conforme manifestado por pelo menos dois sintomas do critério de diagnóstico, atualmente ou por história prévia.

A respeito dessas assertivas, assinale a alternativa CORRETA
Alternativas
Q3097274 Fonoaudiologia
As ações são denominadas intersetoriais quando envolvem a articulação de estratégias entre diferentes setores sociais ou de diferentes políticas públicas, que são necessárias para o enfrentamento de problemas que afetam a sociedade. O fonoaudiólogo lotado em Secretarias de Saúde, por exemplo, tem as unidades educacionais como parte de seu território de atuação, nas quais pode desenvolver atividades de suporte e integração entre as áreas de saúde e educação. São exemplos de ações intersetoriais com interface direta na educação:

I- Visitas itinerantes de monitoramento de ações implementadas junto às unidades escolares, ou de acordo com as demandas levantadas pelas instituições educacionais.

II- Ações voltadas à saúde do trabalhador.

III- Ações da atenção básica voltadas à comunidade escolar (famílias, trabalhadores da educação e educandos), como por exemplo ações de promoção de saúde, matriciamento, entre outras.

IV- Ações em políticas intersetoriais, como o Programa Saúde na Escola.

V- Participação nas instâncias de controle social municipal, estadual ou federal, tanto na área da saúde quanto na educação.


São ações intersetoriais realizadas pelo fonoaudiólogo com interface direta na educação:
Alternativas
Q3097275 Fonoaudiologia
Os estudos recentes consideram que a gagueira apresenta origem multifatorial, fortemente ligada aos fatores genéticos e biológicos, mas não descartam os aspectos psicossociais que envolvem o sujeito. Afirmam, ainda, que não se trata de um distúrbio mental nem comportamental: a gagueira é involuntária.
Nesse contexto, avalie as afirmativas a seguir e a relação proposta entre elas.

I. A gagueira causa ansiedade em relação à fala ou limitações na comunicação efetiva, na participação social ou no desempenho acadêmico ou profissional, individualmente ou em qualquer combinação.

PORQUE

II. A gagueira não é passível de ser atribuída a um déficit motor da fala ou sensorial, à disfluência associada à lesão neurológica (por exemplo, acidente vascular cerebral, tumor, trauma) ou a outra condição médica, não sendo mais bem explicada por outro transtorno mental.

A respeito dessas afirmativas, assinale a alternativa CORRETA.
Alternativas
Q3097276 Fonoaudiologia
A paralisia facial é uma condição em que há perda parcial ou total dos movimentos de um lado do rosto devido a uma disfunção no nervo facial (nervo craniano VII). Esse nervo controla os músculos faciais responsáveis por expressões faciais, além de algumas funções relacionadas ao paladar e às lágrimas. Quando ele é afetado, a pessoa pode ter dificuldades para movimentar os músculos de um lado da face, resultando em sorriso assimétrico, dificuldade para fechar um olho e outras alterações.

Caso clínico: Foi solicitado o comparecimento de um fonoaudiólogo no pronto-socorro para avaliar uma paciente de 66 anos, com características de um acidente vascular cerebral (AVC). Ela apresentava leve dificuldade na alimentação, a fala um pouco “arrastada” e mímica facial com diferença perceptível, porém não desfigurante, sincinesia visível, mas não severa, contratura/espasmo hemifacial, em repouso simetria/tônus normais, a testa com movimento leve a moderado, fechamento dos olhos forçado, discreta fraqueza nos lábios ao esforço.

Marque a alternativa que melhor expressa o diagnóstico fonoaudiológico, em relação à mímica facial dessa paciente.
Alternativas
Q3097277 Fonoaudiologia
A disfonia é uma alteração na voz que afeta sua qualidade, intensidade ou frequência, tornando-a rouca, fraca, tremida ou até mesmo inaudível em casos graves. A disfonia ocorre quando há algum problema nas estruturas que produzem a voz, como as cordas vocais, laringe ou o sistema respiratório, e pode ser temporária ou crônica, dependendo da causa.

Caso clínico: Após anamnese e avaliação clínica de uma professora, que trabalha 30h semanais e participa ativamente de um grupo de canto na igreja, com queixas de alterações vocais, identificou-se que não há alinhamento postural adequado entre a cabeça e o corpo; solta o ar expiratório antes de falar; fala na inspiração com incoordenação entre a respiração e a fonação. Apresenta, ainda, tensão generalizada de todo o corpo e da musculatura do aparelho fonador durante a fala, além de usar constantemente intensidade excessivamente reduzida e velocidade de fala aumentada.

Partindo dessa avaliação, qual alternativa apresenta o diagnóstico dessa paciente?
Alternativas
Q3097278 Fonoaudiologia
A dificuldade durante a deglutição – ato de engolir – pode trazer graves consequências à saúde, tendo em vista que os desvios de alimentos ou saliva podem obstruir parcial ou completamente as vias respiratórias. O envelhecimento natural de estruturas envolvidas na deglutição como lábios, língua e bochechas, bem como doenças neurológicas (Parkinson, Alzheimer, Acidente Vascular Cerebral), distrofias musculares e câncer de cabeça e pescoço podem facilitar esses desvios.

Caso clínico: A Sra. Maria Silva, 78 anos, tem hipertensão controlada, diabetes tipo 2, artrite reumatoide, relata: “Estou com dificuldade para engolir, sinto que a comida fica presa na garganta.” Nos últimos seis meses, começou a sentir dificuldades para engolir alimentos sólidos, especialmente carnes e pães. Segundo ela, a comida frequentemente “parece entalar’, e tem que tomar vários goles de água para ajudar a descer. Nas últimas semanas, notou que a dificuldade também se estende a alimentos mais pastosos e, ocasionalmente, até líquidos. Sra. Maria Silva menciona, ainda, que está perdendo peso, pois reduziu a quantidade de comida para evitar o desconforto ao engolir, a voz fica mais rouca após as refeições e que, em alguns momentos, engasga-se com líquidos. Não apresenta dor significativa, mas descreve uma sensação de “peso” na garganta. Não há relatos de tosse ou febre.
Exame físico: peso: 60 kg (perda de 5 kg nos últimos três meses); pressão arterial: 130/80 mmHg; frequência cardíaca: 72 bpm; orofaringe sem sinais de inflamação ou infecção visíveis; ausculta pulmonar normal; sem linfonodos cervicais palpáveis.
Exames complementares:
- Endoscopia digestiva alta: sem sinais de obstrução mecânica ou tumores.
- Videofluoroscopia da deglutição: evidência de lentificação na fase oral da deglutição, com resíduo alimentar na região faríngea e ocasional penetração de líquidos na laringe, sem aspiração.
- Avaliação fonoaudiológica: Identificação de dificuldades no controle motor fino da língua e lábios, além de redução da força e da coordenação na musculatura da deglutição.

Diante do caso clínico relatado, é possível afirmar que essa paciente apresenta
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Q3097279 Fonoaudiologia
A linguagem nas modalidades oral e escrita, na educação infantil, é uma prática que visa desenvolver a fala e a escrita, e está relacionada à mudança de comportamento da criança. Para desenvolver a oralidade, pode-se: ler histórias e poesias, fazer brincadeiras de palavras, usar rimas e travas línguas, realizar rodas de conversa etc. Para desenvolver a escrita, pode-se: atuar como escrita do que é falado e vivido pela criança, explorar semelhanças e diferenças entre textos escritos, distinguir desenho de escrita, brincar com os sons das palavras dos textos etc.
Caso clínico: João é um menino de 9 anos, estudante do 3º ano do Ensino Fundamental, cujos pais e professores notaram dificuldades persistentes na escrita, para escrever palavras. Desde o início da alfabetização, apresenta dificuldade em escrever palavras, mesmo as que já foram praticadas várias vezes. Apesar de compreender bem a leitura e ter um bom vocabulário falado, ele frequentemente comete erros na forma escrita de palavras simples, troca letras que possuem sons parecidos (como “f” por “v” e “p” por “b”), e omite letras em palavras. Os pais relatam que João não apresenta problemas em outras áreas, como matemática, e tem um desempenho geral razoável nas outras disciplinas. Ele lê fluentemente, mas a escrita ortográfica está abaixo do esperado para a sua idade e ano escolar. A família não tem histórico de dificuldades de aprendizagem, e João não apresenta problemas visuais ou auditivos que possam justificar o quadro e nem déficit visual ou auditivo e as habilidades cognitivas estão adequadas para a idade. 

Resultados das avaliações:
Teste de desempenho escolar (TDE): pontuação abaixo da média em escrita para a idade, especialmente em habilidades de ortografia.
Avaliação fonoaudiológica: identificação de dificuldades específicas na codificação ortográfica e na memória visual para a ortografia das palavras; leitura fluente e boa compreensão.
Avaliação neuropsicológica: memória de curto prazo e habilidades visoespaciais dentro dos parâmetros normais, sem evidências de dificuldades mais amplas de aprendizagem, como dislexia.

Após análise do caso clínico, pode-se concluir que João apresenta
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Q3097280 Fonoaudiologia
A apraxia de fala na infância (AFI) é um distúrbio motor da fala que afeta a capacidade de a criança planejar e programar movimentos articulatórios para produzir a fala de maneira clara e consistente, apesar de não haver problemas musculares ou de compreensão. Esse transtorno é caracterizado por dificuldades em realizar movimentos motores precisos para a fala, mesmo sabendo o que deseja dizer e possuindo força e controle muscular adequado.

Caso clínico: Desde cedo, os pais notaram que a criança não alcançava marcos de desenvolvimento da linguagem esperados. Aos 2 anos, ainda emitia poucas palavras e apresentava dificuldades para articular sons básicos. A criança frequentemente demonstrava frustração ao tentar se comunicar, diminuindo o que compreendia das palavras, mas tinha dificuldades em produzi-las. Na avaliação com o fonoaudiólogo, foi observado que o menino tinha vocabulário expressivamente limitado e que suas tentativas de fala envolviam omissões, distorções e substituições de fonemas. Ao tentar repetir palavras, os erros eram inconsistentes, o que é característico da apraxia de fala.

Nesse contexto, avalie as assertivas a seguir e a relação proposta entre elas.

I. O plano de intervenção incluiu terapia fonoaudiológica intensiva, com foco na prática de fonemas isolados e na combinação de sílabas em palavras. Usou-se uma abordagem baseada na reprodução e sem feedback sensorial para melhorar a consistência e o controle motor da fala. Sessões frequentes foram recomendadas para maximizar a plasticidade neural e o aprendizado motor.

PORQUE

II. Os testes aplicados incluíram o Demonstration Checklist for CAS (checklist de demonstração para apraxia de fala na infância), o qual demonstrou dificuldades em habilidades motoras sequenciais, ritmo da fala e articulações precisas dos sons. A análise mostrou inconsistências nos erros articulatórios, sobretudo em palavras com sílabas mais complexas, além de uma prosódia atípica (melodia da fala). Essa inconsistência e dificuldade em pronunciar sílabas indicam planejamento motor deficiente.

A respeito dessas assertivas, assinale a alternativa CORRETA
Alternativas
Respostas
1: C
2: D
3: B
4: E
5: D
6: A
7: B
8: E
9: C
10: A