Questões de Concurso Público Prefeitura de São José de Piranhas - PB 2016 para Agente Administrativo
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Consideremos como objeto de análise os dois últimos períodos do texto acima exposto:
“O Sindicato dos Médicos do Ceará trabalha para que as Olimpíadas do Descaso terminem. E que o povo tenha, finalmente, motivos para comemorar”.
Podemos afirmar em relação aos itens em destaque que:
I - Para que é um conector que introduz oração adverbial final.
II - O conector para que admite substituição por afim, resultando em: “... trabalha afim de acabar a Olimpíada do descaso”.
III - Finalmente é um advérbio oracional que denuncia a avaliação do autor; logo, é um modalizador.
IV - Finalmente é um advérbio conjuntivo que indica ordenação, correspondendo a “por último”
Estão CORRETAS as afirmações:
Conforme a motivação e a finalidade da comunicação, ao construir os textos, pomos em destaque uma determinada função da linguagem. Leia o texto que segue, extraído de Veja, de 08/06/16, voltando a atenção para esse aspecto.
A TOCHA OLÍMPICA
CHAMA ATENÇÃO
POR ONDE PASSA.
TALVEZ SEJA HORA
DE PASSAR EM
NOSSOS HOSPITAIS.
O Ceará acaba de alcançar uma terrível marca: o segundo estado do país que mais perdeu leitos em hospitais. Uma medalha de prata no precário quadro da saúde no Brasil. Tivemos crescimento da mortalidade hospitalar, o aumento das mortes por doenças diarréicas entre menores de 5 anos e das mortes por dengue, que estão acima da média do país, entre outros graves problemas. O Sindicato dos Médicos do Ceará trabalha para que as Olimpíadas do Descaso terminem. E que o povo tenha, finalmente, motivos para comemorar.
Indique a alternativa que traz a proposição CORRETA:
Seguem dois textos a partirdos quais deverão ser respondidas a questão.
TEXTO (1)
Escola sem partido (Eduardo Varandas Araruna)
Só poderia advir do Senador protestante Magno Malta o projeto de lei n. 193/2016 que inclui entre as diretrizes e bases da educação nacional a malsinada “escola sem partido”. Segundo o texto do projeto, a educação deverá atender a neutralidade política, religiosa e ideológica do Estado vedando expressamente qualquer menção, em ambiente escolar, acerca do que se chama “ideologia do gênero”.
Se for vertido em lei, os professores terão sua autonomia didático-pedagógica ceifada e estarão passíveis de serem representados ao Ministério Público por eventual avaliação crítica ou opinativa da disciplina que lecionam. Na justificativa do projeto, perversamente acusam-se os professores de “bullying” político e ideológico, além de violação de regras contidas no Estatuto da Criança e do Adolescente. Ademais, envolto de cinismo sem medidas, o parlamentar proponente invoca a laicidade do estado para falar de elementos como neutralidade religiosa, impessoalidade e respeito, quando tais atributos nem sempre lhe serviram de norte enquanto agente político.
[...]
Outrossim, além de representar inequívoco retrocesso eis que ressuscita a censura, o referido projeto de lei já nasce maculado de notória inconstitucionalidade, eis que fere de morte o artigo 206, da Constituição Federal, o qual consagra liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber.
Quando não se concorda, na condição de pai ou mãe, com o discurso deste ou daquele professor, a melhor solução será sempre o diálogo em casa e, em último caso, a mudança do estabelecimento de ensino. O sufocamento da arte de transmitir o saber um mundo desprovido de seres pensantes. Certamente, este é o objetivo da “escola sem partido”. [...] (Correio da Paraíba, 24/06/16)
TEXTO (2)
O processo de construção do texto envolve uma série de decisões, entre as quais: o gênero textual; o nível de linguagem; as estruturas oracionais, além do vocabulário. Da observação dos dois textos, constatamos acerca das estratégias empregadas que:
I - Os dois textos convergem quanto à temática abordada e também quanto à função de linguagem – a função expressiva, embora em (1) a função referencial venha mais marcada, já que na exposição do assunto há mais detalhes informativos.
II - Na charge, que mistura crítica e humor, a presença do termo delírios na fala do médico: “ele começou a ter delírios” reflete a criatividade do chargista, pois ao lado do valor denotativo, em referência à “perturbação mental do paciente” temos o valor conotativo, remetendo a uma avaliação do projeto de lei, que seria um projeto sem sentido, impraticável.
III - O advérbio “Certamente”, usado na última frase do artigo, revela uma avaliação positiva do autor em relação ao papel da escola – transmitir o saber.
IV - Nas estruturas oracionais “acusam-se os professores de Bullying político e ideológico” e “Quando não se concorda com o discurso deste ou daquele professor, a solução será o diálogo”, a partícula SE tem a mesma função sintática: índice de indeterminação do sujeito.
V - Dizer “O referido projeto já nasce maculado pela inconstitucionalidade” significa o mesmo que “O referido projeto já nasce acusado de ser inconstitucional”. Ou seja, maculado e acusado são vocábulos semanticamente correspondentes.
Está(ão) CORRETA(S) apenas:
Seguem dois textos a partirdos quais deverão ser respondidas a questão.
TEXTO (1)
Escola sem partido (Eduardo Varandas Araruna)
Só poderia advir do Senador protestante Magno Malta o projeto de lei n. 193/2016 que inclui entre as diretrizes e bases da educação nacional a malsinada “escola sem partido”. Segundo o texto do projeto, a educação deverá atender a neutralidade política, religiosa e ideológica do Estado vedando expressamente qualquer menção, em ambiente escolar, acerca do que se chama “ideologia do gênero”.
Se for vertido em lei, os professores terão sua autonomia didático-pedagógica ceifada e estarão passíveis de serem representados ao Ministério Público por eventual avaliação crítica ou opinativa da disciplina que lecionam. Na justificativa do projeto, perversamente acusam-se os professores de “bullying” político e ideológico, além de violação de regras contidas no Estatuto da Criança e do Adolescente. Ademais, envolto de cinismo sem medidas, o parlamentar proponente invoca a laicidade do estado para falar de elementos como neutralidade religiosa, impessoalidade e respeito, quando tais atributos nem sempre lhe serviram de norte enquanto agente político.
[...]
Outrossim, além de representar inequívoco retrocesso eis que ressuscita a censura, o referido projeto de lei já nasce maculado de notória inconstitucionalidade, eis que fere de morte o artigo 206, da Constituição Federal, o qual consagra liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber.
Quando não se concorda, na condição de pai ou mãe, com o discurso deste ou daquele professor, a melhor solução será sempre o diálogo em casa e, em último caso, a mudança do estabelecimento de ensino. O sufocamento da arte de transmitir o saber um mundo desprovido de seres pensantes. Certamente, este é o objetivo da “escola sem partido”. [...] (Correio da Paraíba, 24/06/16)
TEXTO (2)
Na sequência, apresentamos comentários a respeito das relações semânticas expressas entre as orações que formam o artigo.
( ) A oração “Se for vertido em lei”, que inicia o 2º parágrafo da matéria “Escola sem partido”,pode ser assim parafraseada: “Ao ser vertido em lei, os professores terão sua autonomia didático-pedagógica ceifada”, sem qualquer alteração de sentido.
( ) O conector eis que empregado no 3º parágrafo do texto pode ser substituído por se, por estabelecer relação de condicionalidade, obtendo-se: “[...] além de representar inequívoco retrocesso se ressuscitar a censura, o referido projeto de lei já nasce maculado de notória inconstitucionalidade, se fere de morte o artigo 206, da Constituição Federal.
( ) A oração em itálico no período: “Se não se concorda, na condição de pai ou mãe, como o discurso deste ou daquele professor, a melhor solução será sempre o diálogo em casa” tem sentido equivalente à oração introduzida pelo quando, no 4º parágrafo do texto.
( ) No período “O parlamentar invoca a laicidade do estado para falar de elementos como neutralidade religiosa, impessoalidade e respeito, quando tais nem sempre lhe serviram de norte enquanto agente político”, o conector quando foi usado com valor de oposição, acrescido ao sentido temporal.
Assinale a alternativa que traz a classificação CORRETA das proposições como falsas ou verdadeiras.
O problema do lugar-comum
Falta de motivação com falta de informação é geralmente a receita do que há de pior num texto: o lugar-comum (também chamado de chavão ou clichê) que tem contaminado boa parte dos textos escritos cotidianamente.
O lugar-comum é aquela afirmação tão batida e repetida que não significa mais nada – tudo que se pode fazer com ela é repeti-la. Na prática da escrita, frequentemente, o chavão acaba sendo útil: encerramos o texto dizendo que não há nada mais belo que o sorriso de uma criança, ou, então que as guerras acabarão quando todos perceberem que só o amor constrói!
O lugar-comum dispensa-nos de pensar ou argumentar. Muitas vezes, ele se resume a uma ordem ao leitor. Em vez de convidar o leitor a seguir um raciocínio ou desdobrar criticamente um ponto de vista, o lugar-comum convida-o simplesmente a obedecer a uma ordem pré- estabelecida e indiscutível.
(Texto adaptado de Oficina de Texto, p. 263)