Questões de Concurso Público Prefeitura de São José de Piranhas - PB 2016 para Agente Administrativo
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Texto 1
O texto que segue, um recorte da matéria jornalística” exibida em Veja, 01/06/16, é objeto de estudo da questão.
É O DE SEMPRE
Os traficantes que atuam na região carioca do Porto Maravilha, cartão-postal olímpico, agora achacam empresários da área para não incomodá-los. LESLIE LEITÃO
Julgue as proposições abaixo assinalando-as com (V) verdadeiro e (F) falso:
( ) No subtítulo da matéria, o advérbio AGORA funciona como adjunto adverbial de tempo, situando o achaque como uma prática recente, daí a inferência de que tal ação não ocorria antes.
( ) Dentre as três formas verbais: VINHAM ATUANDO (linha 15), ESTÃO EXIGINDO (linha 22) e COSTUMAMOS MANDAR (linha 27), apenas esta última sinaliza a noção de processo contínuo.
( ) O uso do substantivo RECRUDESCIMENTO (linha 11) bem como da forma verbal VOLTARAM A AGIR (linha 18) permite que se depreenda uma informação pressuposta-a de que, durante um determinado período, teria havido uma diminuição da atividade criminosa.
( ) No período “Os traficantes que atuam na região carioca do Porto Maravilha agora achacam empresários”, a oração adjetiva que atuam na região carioca do Porto Maravilha é de natureza EXPLICATIVA; pois só seria restritiva se em vez de os traficantes se apresentasse uns traficantes.
Indique a alternativa que traz a sequência CORRETA.
Leia atentamente a reportagem divulgada em Veja, de 16/03/16, e em seguida responda:
LUCRANDO COM A TRAGÉDIA
Inquérito revela os meandros do esquema montado por altos dirigentes da Cruz Vermelha do Brasil para se apropriarem de milhões doados a vítimas de grandes desastres. LESLIE LEITÃO
A CRUZ VERMELHA é muitas vezes a única presença autorizada em territórios hostis, assolados por guerras. Gigantesca máquina de ajuda humanitária com atuação em 187 países, a entidade mobiliza sua legião de voluntários e uma azeitada engrenagem de arrecadação de doações sempre que um desastre de grandes proporções se apresenta. No Brasil, a instituição, que já recebeu três prêmios Nobel da Paz, desviou-se dessa tarefa meritória ao ser devorada por um esquema capitaneado pela alta cúpula com um único objetivo: surrupiar dinheiro. Verbas doadas por brasileiros solidários a vítimas de tragédias foram parar no bolso dos chefes do escritório nacional, no Rio de Janeiro.
A partir da denúncia do roubo, feita por VEJA em agosto de 2012, a sede da entidade, em Genebra, e a polícia fluminense conduziram investigações que, agora em fase final, revelam um intricado percurso que envolve contas bancárias, ONGs e contratos de serviços nunca prestados. Total da rapinagem: 18,6 milhões de reais. Diante dos escândalos atuais, parece até pouco, mas são nada menos que 18,6 milhões de reais.
O inquérito conduzido pela Delegacia Fazendária da Polícia Civil do Rio, ao qual foi anexado o relatório da auditoria contratada pela Cruz Vermelha, revelou a trilha das manobras para embolsar recursos liderada pelo presidente do escritório nacional, Walmir Moreira Serra Júnior, e seu vice, Anderson Choucino, ambos afastados depois da denúncia de malversação. [...]Da leitura do texto verificamos que a única proposição verdadeira é indicada na alternativa:
O problema do lugar-comum
Falta de motivação com falta de informação é geralmente a receita do que há de pior num texto: o lugar-comum (também chamado de chavão ou clichê) que tem contaminado boa parte dos textos escritos cotidianamente.
O lugar-comum é aquela afirmação tão batida e repetida que não significa mais nada – tudo que se pode fazer com ela é repeti-la. Na prática da escrita, frequentemente, o chavão acaba sendo útil: encerramos o texto dizendo que não há nada mais belo que o sorriso de uma criança, ou, então que as guerras acabarão quando todos perceberem que só o amor constrói!
O lugar-comum dispensa-nos de pensar ou argumentar. Muitas vezes, ele se resume a uma ordem ao leitor. Em vez de convidar o leitor a seguir um raciocínio ou desdobrar criticamente um ponto de vista, o lugar-comum convida-o simplesmente a obedecer a uma ordem pré- estabelecida e indiscutível.
(Texto adaptado de Oficina de Texto, p. 263)