Questões de Concurso Público Câmara de Jucurutu - RN 2018 para Procurador

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Q1330286 Português
Texto para responder a questão.

Cuidado com as palavras!

        As palavras são como as pessoas: nascem, crescem e morrem. Possuem, portanto, uma história que pressupõe, por sua vez, origem, desenvolvimento, uso e desuso, conforme o primado das circunstâncias linguísticas e dos percursos filológicos.
        Não se deve, assim, ser indiferente à trajetória de sua significação. Vezes, retilínea, vezes sinuosa, vezes previsível, vezes
surpreendente; inusitada, insólita, absurda, a semântica é ponto nevrálgico no organismo das palavras. O sentido primeiro, originário, no frescor de suas ressonâncias sensíveis e ideativas, não pode ser esquecido e deve ser sempre recuperado nas instâncias frutíferas do ritual ideológico. A palavra – artefato de linguagem que serve à comunicação – serve também às práticas humanas em ambiência social, política e afetuosa.
Cuidado com as palavras!
Cuidado com sua história, sua geografia, sua arquitetura, seus funcionamentos, virtualidades, sutilezas, falhas e vazios! É preciso sondá-las e, se possível, decifrá-las ,ainda em estado de dicionário, como sugere o poeta. E, como sugere las las o poeta, não nos recusemos à luta com seus sortilégios, mal se rompe a manhã, pois lutar com as palavras é travar uma luta fraterna, na medida em que esta luta nos leva a ocupar o lugar mais adequado e mais correto, isto é, o lugar do humano. Dito de outra forma, o lugar da linguagem, ou seja, “a morada do ser”, como nos ensina o filósofo [...].

BARBOSA FILHO, Hildeberto. Vou por aí! João Pessoa: Ideia, 2015, p. 60.



No terceiro parágrafo do Texto, o autor
I- adverte para as idiossincrasias das palavras em estado de significação. II- apresenta um aspecto intertextual que incita a memória do leitor, sua cultura e um modo interpretativo de interagir com seus conhecimentos de mundo. III- usa os termos em negrito, em “É preciso sondá-las, e, se possível, decifrá-las” [...], sem nenhuma função morfossintática.
Está CORRETO o que se afirma apenas em
Alternativas
Q1330287 Português
Texto para responder a questão

 Assum preto ou anum preto

        Posso estar dizendo uma besteira descomunal, mas irei em frente. Se for besteira mesmo, aparecerão dúzias de críticos e resmas de correções, o que pelo menos me impedirá de continuar repetindo a besteira velhice afora. A besteira se refere à canção clássica de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, “Assum Preto”, com seus versos inesquecíveis: “Tudo em volta é só beleza / céu de abril e a mata em flor /mas assum preto cego dos olhos /não vendo a luz, ai, canta de dor...” Assum preto é o passarinho que não somente é trancado numa gaiola: furam-lhe os olhos para que ele cante de maneira mais sofrida, mais bela. Como não nos lembrarmos dos “bluesmen” cegos do Mississipi? Como não nos lembrarmos dos “castrati” da ópera italiana (a quem arrancavam algo talvez mais estimado do que os globos oculares)?
A história é esta. A besteira é: existe de fato um pássaro chamado “assum” ou “assum preto”? Eu, pelo menos, nunca ouvi falar. Vou logo avisando que minha ignorância de assuntos da Natureza é de proporções enciclopédicas. Mas, foi justamente nas enciclopédias que procurei essa nobre ave – e não a encontro. Não há menção de “Assum” ou “assum preto” na Wikipédia online, bem como no meu “Dicionário Houaiss”.
Há, sim, menção (nessas e em várias outras fontes) a um pássaro chamado “anum preto”. Anum, sim, eu ouço falar desde pequeno, inclusive na expressão levemente ofensiva e brincalhona “bufa de anum” com intenção provocativa [...]

TAVARES, Braulio. A nuvem de hoje. Campina Grande: EDUEPB, 2011, p. 189.
A partir do título do texto , pode-se afirmar II que é visível
( ) uma disjunção exclusiva causada pelo termo “ou”. ( ) uma alternância, ocasionada por palavras que exercem funções estruturalmente idênticas e com o mesmo papel semântico. ( ) uma disjunção inclusiva, em que os elementos se somam.
O preenchimento CORRETO dos parênteses está na alternativa
Alternativas
Q1330288 Português
Texto para responder a questão

 Assum preto ou anum preto

        Posso estar dizendo uma besteira descomunal, mas irei em frente. Se for besteira mesmo, aparecerão dúzias de críticos e resmas de correções, o que pelo menos me impedirá de continuar repetindo a besteira velhice afora. A besteira se refere à canção clássica de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, “Assum Preto”, com seus versos inesquecíveis: “Tudo em volta é só beleza / céu de abril e a mata em flor /mas assum preto cego dos olhos /não vendo a luz, ai, canta de dor...” Assum preto é o passarinho que não somente é trancado numa gaiola: furam-lhe os olhos para que ele cante de maneira mais sofrida, mais bela. Como não nos lembrarmos dos “bluesmen” cegos do Mississipi? Como não nos lembrarmos dos “castrati” da ópera italiana (a quem arrancavam algo talvez mais estimado do que os globos oculares)?
A história é esta. A besteira é: existe de fato um pássaro chamado “assum” ou “assum preto”? Eu, pelo menos, nunca ouvi falar. Vou logo avisando que minha ignorância de assuntos da Natureza é de proporções enciclopédicas. Mas, foi justamente nas enciclopédias que procurei essa nobre ave – e não a encontro. Não há menção de “Assum” ou “assum preto” na Wikipédia online, bem como no meu “Dicionário Houaiss”.
Há, sim, menção (nessas e em várias outras fontes) a um pássaro chamado “anum preto”. Anum, sim, eu ouço falar desde pequeno, inclusive na expressão levemente ofensiva e brincalhona “bufa de anum” com intenção provocativa [...]

TAVARES, Braulio. A nuvem de hoje. Campina Grande: EDUEPB, 2011, p. 189.
Verifica-se no texto marcas de subjetividade, comprovadas
I- pelo emprego da primeira pessoa do discurso. II- pelas flexões verbais e usos pronominais reiterados. III- pela alusão ao pássaro “anum preto”.
Está CORRETO o que se afirma apenas em
Alternativas
Q1330289 Português
Texto para responder a questão

 Assum preto ou anum preto

        Posso estar dizendo uma besteira descomunal, mas irei em frente. Se for besteira mesmo, aparecerão dúzias de críticos e resmas de correções, o que pelo menos me impedirá de continuar repetindo a besteira velhice afora. A besteira se refere à canção clássica de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, “Assum Preto”, com seus versos inesquecíveis: “Tudo em volta é só beleza / céu de abril e a mata em flor /mas assum preto cego dos olhos /não vendo a luz, ai, canta de dor...” Assum preto é o passarinho que não somente é trancado numa gaiola: furam-lhe os olhos para que ele cante de maneira mais sofrida, mais bela. Como não nos lembrarmos dos “bluesmen” cegos do Mississipi? Como não nos lembrarmos dos “castrati” da ópera italiana (a quem arrancavam algo talvez mais estimado do que os globos oculares)?
A história é esta. A besteira é: existe de fato um pássaro chamado “assum” ou “assum preto”? Eu, pelo menos, nunca ouvi falar. Vou logo avisando que minha ignorância de assuntos da Natureza é de proporções enciclopédicas. Mas, foi justamente nas enciclopédias que procurei essa nobre ave – e não a encontro. Não há menção de “Assum” ou “assum preto” na Wikipédia online, bem como no meu “Dicionário Houaiss”.
Há, sim, menção (nessas e em várias outras fontes) a um pássaro chamado “anum preto”. Anum, sim, eu ouço falar desde pequeno, inclusive na expressão levemente ofensiva e brincalhona “bufa de anum” com intenção provocativa [...]

TAVARES, Braulio. A nuvem de hoje. Campina Grande: EDUEPB, 2011, p. 189.
A crônica se baseia em um questionamento. Marque a alternativa que indica procedimentos argumentativos, que justificam a compreensão do autor sobre o fato.
Alternativas
Q1330291 Português
Texto para responder a questão

 Assum preto ou anum preto

        Posso estar dizendo uma besteira descomunal, mas irei em frente. Se for besteira mesmo, aparecerão dúzias de críticos e resmas de correções, o que pelo menos me impedirá de continuar repetindo a besteira velhice afora. A besteira se refere à canção clássica de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, “Assum Preto”, com seus versos inesquecíveis: “Tudo em volta é só beleza / céu de abril e a mata em flor /mas assum preto cego dos olhos /não vendo a luz, ai, canta de dor...” Assum preto é o passarinho que não somente é trancado numa gaiola: furam-lhe os olhos para que ele cante de maneira mais sofrida, mais bela. Como não nos lembrarmos dos “bluesmen” cegos do Mississipi? Como não nos lembrarmos dos “castrati” da ópera italiana (a quem arrancavam algo talvez mais estimado do que os globos oculares)?
A história é esta. A besteira é: existe de fato um pássaro chamado “assum” ou “assum preto”? Eu, pelo menos, nunca ouvi falar. Vou logo avisando que minha ignorância de assuntos da Natureza é de proporções enciclopédicas. Mas, foi justamente nas enciclopédias que procurei essa nobre ave – e não a encontro. Não há menção de “Assum” ou “assum preto” na Wikipédia online, bem como no meu “Dicionário Houaiss”.
Há, sim, menção (nessas e em várias outras fontes) a um pássaro chamado “anum preto”. Anum, sim, eu ouço falar desde pequeno, inclusive na expressão levemente ofensiva e brincalhona “bufa de anum” com intenção provocativa [...]

TAVARES, Braulio. A nuvem de hoje. Campina Grande: EDUEPB, 2011, p. 189.
Sobre o enunciado “Há, sim, menção (nessas e em várias outras fontes) a um pássaro chamado 'anum preto'”, pode-se afirmar:
( ) O verbo “Há” pode ser substituído pela flexão verbal “existir”, sem prejudicar o sentido no contexto da enunciação. ( ) A substituição do termo “Há” por “existir” não altera as funções sintáticas das palavras no enunciado. ( ) O termo “nessas” estabelece coesão referencial com outro elemento do universo textual.
O preenchimento CORRETO dos parênteses está na alternativa
Alternativas
Respostas
6: A
7: B
8: B
9: E
10: E