Questões de Concurso Público IF-GO 2014 para Técnico em Assuntos Educacionais
Foram encontradas 20 questões
1. Introdução
Qualquer pessoa com conhecimentos básicos de matemática consegue perceber que o valor fechado na compra do What-sApp pelo Facebook simplesmente não bate com o fatura- mento da empresa.19 bilhões de dólares em uma empresa que tem apenas 50 funcionários. O aplicativo possui uma quantidade expressiva de usuários ativos - cerca de 450 mi- lhões por mês - mas não possui um modelo de negócios muito rentável - uma assinatura de apenas um dólar por ano, contando a partir do segundo ano de uso. “O WhatsApp está a caminho de conectar 1 bilhão de pessoas. Os serviços que alcançam essa marca são todos incrivelmente valiosos”, diz Mark Zuckerberg, CEO do Facebook.
2. A Target sabia que uma adolescente estava grávida an-tes mesmo dos pais dela
Duhigg explicou noThe New York Times como a Target - a segunda maior rede varejista dos Estados Unidos - estava utilizando o processo de mineração de dados para entender os hábitos de compra de seus clientes. Para isso, contrataram Andrew Pole, um mestre em economia e estatística, que assumiu o cargo de estatístico em 2002. Em sua base de dados, a empresa mantinha algumas informações dos clientes, como nome, e-mail e um histórico completo de tudo o que compravam em qualquer loja da rede.
Conforme o computador de Pole analisava os dados, ele foi capaz de identificar cerca de 25 produtos que, quando analisados em conjunto, lhe permitiram atribuir a cada cliente uma pontuação de “previsão de gravidez”. Mais importante, ele também poderia estimar a data do parto para dentro de um pequeno intervalo de tempo, assim a Target poderia enviar cupons programados para estágios muito específicos de sua gravidez. A Target então começou a enviar cupons de des- conto de produtos relacionados a bebês para as futuras ma- mães, baseando-se nos padrões de compra identificados pelo software. Um dia, um pai entrou em uma das lojas da rede muito nervoso, solicitando falar com o gerente: “Minha filha recebeu essa carta pelo correio!”, ele disse. “Ela ainda está no colegial e vocês estão enviando seus cupons de desconto de roupas de bebê e berços? Vocês estão tentando incentivá-la a engravidar?”. O gerente não fazia ideia do que o homem estava falando. Ele olhou para a mala direta. Com certeza ela foi dirigida à filha do homem e continha propagan- das de roupas de maternidade, mobília do berçário e fotos de crianças sorridentes. O gerente pediu desculpas e, alguns dias depois, ligou para se desculpar novamente. No telefone, porém, o pai parecia um pouco envergonhado. “Eu tive uma conversa com a minha filha”, disse ele. “Acontece que ocorreram algumas atividades em minha casa das quais eu não estava completamente ciente. Ela deve ter o bebê em agosto. Lhe devo um pedido de desculpas.
3. O Facebook sabe quando você vai começar a namorar
Você não precisa de dados tão precisos como um histórico de compras para identificar padrões e prever acontecimentos. O próprio Facebook divulgou na semana passada que consegue saber quando uma pessoa está prestes a mudar o seu status de relacionamento, apenas cruzando dados sobre suas interações dentro da rede. Não é preciso nem ler as mensagens que você troca via Inbox, basta identificar com quem você anda interagindo, se está postando na timeline dessa pessoa e com qual frequência. Daí surgiu um padrão: quando a troca de mensagens atinge um certo ritmo, significa que você está prestes a assumir um relacionamento público na rede social. Também é possível observar que, uma vez alterado o status, as interações entre timelines tendem a diminuir, porém a presença de palavras positivas como “feliz” e “amor” aumentam consideravelmente.
4. Aplicando mineração de dados no WhatsApp
De todos os serviços que utilizamos, é provável que o Facebook seja aquele que possui a maior quantidade de informa- ções precisas sobre nós. Ele não tenta adivinhar qual o seu cantor ou filme favorito, ele simplesmente sabe. Você forneceu essas informações de boa vontade quando preencheu o seu perfil. A Target conseguiu aumentar alguns bilhões de dólares no seu faturamento anual apenas criando estratégias de venda com base nas informações extraídas da mineração de dados. Mas ela é uma empresa varejista, diferente do Fa- cebook, que não comercializa nenhum produto. A rede de Mark Zuckerberg fatura com a venda de anúncios e, mais im- portante, ganha com a performance desses anúncios. Isso significa que, se ninguém clicar na publicidade que fica ali na barra lateral, quem sai perdendo é o Facebook. Por isso é muito importante que esses anúncios despertem interesse no usuário. Outras empresas também estão de olho nessas preciosas fontes de dados. No ano passado, o Snapchat declinou uma oferta de compra de 3 bilhões de dólares vinda do Facebook. Um mês depois, o Google teria oferecido 4 bilhões de dólares e também levou um “não”. Semana passada foi a vez da Rakuten (uma empresa que funciona como uma espécie de shopping on-line, abrigando várias lojas dentro de um mesmo domínio) fazer uma oferta milionária pelo Viber, um app de VoIP e mensagens instantâneas. O negócio foi fecha- do por 900 milhões de dólares.
5. É o fim da privacidade?
O mesmo risco que você corre hoje ao utilizar serviços on- line, continuará correndo se a compra for concretizada. Não há nenhum motivo novo para se preocupar. Não é como se, agora que o app foi vendido, os funcionários do Facebook fossem vasculhar cada uma de suas mensagens pessoais individualmente; isso é até inviável! O objetivo desses sistemas é analisar blocos gigantescos de dados em busca de padrões comportamentais. Além do mais, veja o caso da Target, que possui lojas físicas além do e-commerce. Ou seja, não foi preciso nem se conectar à internet. A prática de monitorar os “passos” do consumidor com o objetivo de exibir uma vitrine de ofertas mais relevante é muito comum também em sites de e-commerce e de vendas de passagens aéreas, só para citar mais exemplos. Também não sabemos ao certo qual o nível de acesso que o Facebook vai ter a essas mensagens. E, levando em consideração o formato do aplicativo, é improvável que mensagens publicitárias comecem a pipocar em sua conta num futuro próximo. De qualquer forma, para os mais paranoicos, vale ficar atento para o surgimento de anúncios de fraldas e roupas de bebê.
1. Introdução
Qualquer pessoa com conhecimentos básicos de matemática consegue perceber que o valor fechado na compra do What-sApp pelo Facebook simplesmente não bate com o fatura- mento da empresa.19 bilhões de dólares em uma empresa que tem apenas 50 funcionários. O aplicativo possui uma quantidade expressiva de usuários ativos - cerca de 450 mi- lhões por mês - mas não possui um modelo de negócios muito rentável - uma assinatura de apenas um dólar por ano, contando a partir do segundo ano de uso. “O WhatsApp está a caminho de conectar 1 bilhão de pessoas. Os serviços que alcançam essa marca são todos incrivelmente valiosos”, diz Mark Zuckerberg, CEO do Facebook.
2. A Target sabia que uma adolescente estava grávida an-tes mesmo dos pais dela
Duhigg explicou noThe New York Times como a Target - a segunda maior rede varejista dos Estados Unidos - estava utilizando o processo de mineração de dados para entender os hábitos de compra de seus clientes. Para isso, contrataram Andrew Pole, um mestre em economia e estatística, que assumiu o cargo de estatístico em 2002. Em sua base de dados, a empresa mantinha algumas informações dos clientes, como nome, e-mail e um histórico completo de tudo o que compravam em qualquer loja da rede.
Conforme o computador de Pole analisava os dados, ele foi capaz de identificar cerca de 25 produtos que, quando analisados em conjunto, lhe permitiram atribuir a cada cliente uma pontuação de “previsão de gravidez”. Mais importante, ele também poderia estimar a data do parto para dentro de um pequeno intervalo de tempo, assim a Target poderia enviar cupons programados para estágios muito específicos de sua gravidez. A Target então começou a enviar cupons de des- conto de produtos relacionados a bebês para as futuras ma- mães, baseando-se nos padrões de compra identificados pelo software. Um dia, um pai entrou em uma das lojas da rede muito nervoso, solicitando falar com o gerente: “Minha filha recebeu essa carta pelo correio!”, ele disse. “Ela ainda está no colegial e vocês estão enviando seus cupons de desconto de roupas de bebê e berços? Vocês estão tentando incentivá-la a engravidar?”. O gerente não fazia ideia do que o homem estava falando. Ele olhou para a mala direta. Com certeza ela foi dirigida à filha do homem e continha propagan- das de roupas de maternidade, mobília do berçário e fotos de crianças sorridentes. O gerente pediu desculpas e, alguns dias depois, ligou para se desculpar novamente. No telefone, porém, o pai parecia um pouco envergonhado. “Eu tive uma conversa com a minha filha”, disse ele. “Acontece que ocorreram algumas atividades em minha casa das quais eu não estava completamente ciente. Ela deve ter o bebê em agosto. Lhe devo um pedido de desculpas.
3. O Facebook sabe quando você vai começar a namorar
Você não precisa de dados tão precisos como um histórico de compras para identificar padrões e prever acontecimentos. O próprio Facebook divulgou na semana passada que consegue saber quando uma pessoa está prestes a mudar o seu status de relacionamento, apenas cruzando dados sobre suas interações dentro da rede. Não é preciso nem ler as mensagens que você troca via Inbox, basta identificar com quem você anda interagindo, se está postando na timeline dessa pessoa e com qual frequência. Daí surgiu um padrão: quando a troca de mensagens atinge um certo ritmo, significa que você está prestes a assumir um relacionamento público na rede social. Também é possível observar que, uma vez alterado o status, as interações entre timelines tendem a diminuir, porém a presença de palavras positivas como “feliz” e “amor” aumentam consideravelmente.
4. Aplicando mineração de dados no WhatsApp
De todos os serviços que utilizamos, é provável que o Facebook seja aquele que possui a maior quantidade de informa- ções precisas sobre nós. Ele não tenta adivinhar qual o seu cantor ou filme favorito, ele simplesmente sabe. Você forneceu essas informações de boa vontade quando preencheu o seu perfil. A Target conseguiu aumentar alguns bilhões de dólares no seu faturamento anual apenas criando estratégias de venda com base nas informações extraídas da mineração de dados. Mas ela é uma empresa varejista, diferente do Fa- cebook, que não comercializa nenhum produto. A rede de Mark Zuckerberg fatura com a venda de anúncios e, mais im- portante, ganha com a performance desses anúncios. Isso significa que, se ninguém clicar na publicidade que fica ali na barra lateral, quem sai perdendo é o Facebook. Por isso é muito importante que esses anúncios despertem interesse no usuário. Outras empresas também estão de olho nessas preciosas fontes de dados. No ano passado, o Snapchat declinou uma oferta de compra de 3 bilhões de dólares vinda do Facebook. Um mês depois, o Google teria oferecido 4 bilhões de dólares e também levou um “não”. Semana passada foi a vez da Rakuten (uma empresa que funciona como uma espécie de shopping on-line, abrigando várias lojas dentro de um mesmo domínio) fazer uma oferta milionária pelo Viber, um app de VoIP e mensagens instantâneas. O negócio foi fecha- do por 900 milhões de dólares.
5. É o fim da privacidade?
O mesmo risco que você corre hoje ao utilizar serviços on- line, continuará correndo se a compra for concretizada. Não há nenhum motivo novo para se preocupar. Não é como se, agora que o app foi vendido, os funcionários do Facebook fossem vasculhar cada uma de suas mensagens pessoais individualmente; isso é até inviável! O objetivo desses sistemas é analisar blocos gigantescos de dados em busca de padrões comportamentais. Além do mais, veja o caso da Target, que possui lojas físicas além do e-commerce. Ou seja, não foi preciso nem se conectar à internet. A prática de monitorar os “passos” do consumidor com o objetivo de exibir uma vitrine de ofertas mais relevante é muito comum também em sites de e-commerce e de vendas de passagens aéreas, só para citar mais exemplos. Também não sabemos ao certo qual o nível de acesso que o Facebook vai ter a essas mensagens. E, levando em consideração o formato do aplicativo, é improvável que mensagens publicitárias comecem a pipocar em sua conta num futuro próximo. De qualquer forma, para os mais paranoicos, vale ficar atento para o surgimento de anúncios de fraldas e roupas de bebê.
1. Introdução
Qualquer pessoa com conhecimentos básicos de matemática consegue perceber que o valor fechado na compra do What-sApp pelo Facebook simplesmente não bate com o fatura- mento da empresa.19 bilhões de dólares em uma empresa que tem apenas 50 funcionários. O aplicativo possui uma quantidade expressiva de usuários ativos - cerca de 450 mi- lhões por mês - mas não possui um modelo de negócios muito rentável - uma assinatura de apenas um dólar por ano, contando a partir do segundo ano de uso. “O WhatsApp está a caminho de conectar 1 bilhão de pessoas. Os serviços que alcançam essa marca são todos incrivelmente valiosos”, diz Mark Zuckerberg, CEO do Facebook.
2. A Target sabia que uma adolescente estava grávida an-tes mesmo dos pais dela
Duhigg explicou noThe New York Times como a Target - a segunda maior rede varejista dos Estados Unidos - estava utilizando o processo de mineração de dados para entender os hábitos de compra de seus clientes. Para isso, contrataram Andrew Pole, um mestre em economia e estatística, que assumiu o cargo de estatístico em 2002. Em sua base de dados, a empresa mantinha algumas informações dos clientes, como nome, e-mail e um histórico completo de tudo o que compravam em qualquer loja da rede.
Conforme o computador de Pole analisava os dados, ele foi capaz de identificar cerca de 25 produtos que, quando analisados em conjunto, lhe permitiram atribuir a cada cliente uma pontuação de “previsão de gravidez”. Mais importante, ele também poderia estimar a data do parto para dentro de um pequeno intervalo de tempo, assim a Target poderia enviar cupons programados para estágios muito específicos de sua gravidez. A Target então começou a enviar cupons de des- conto de produtos relacionados a bebês para as futuras ma- mães, baseando-se nos padrões de compra identificados pelo software. Um dia, um pai entrou em uma das lojas da rede muito nervoso, solicitando falar com o gerente: “Minha filha recebeu essa carta pelo correio!”, ele disse. “Ela ainda está no colegial e vocês estão enviando seus cupons de desconto de roupas de bebê e berços? Vocês estão tentando incentivá-la a engravidar?”. O gerente não fazia ideia do que o homem estava falando. Ele olhou para a mala direta. Com certeza ela foi dirigida à filha do homem e continha propagan- das de roupas de maternidade, mobília do berçário e fotos de crianças sorridentes. O gerente pediu desculpas e, alguns dias depois, ligou para se desculpar novamente. No telefone, porém, o pai parecia um pouco envergonhado. “Eu tive uma conversa com a minha filha”, disse ele. “Acontece que ocorreram algumas atividades em minha casa das quais eu não estava completamente ciente. Ela deve ter o bebê em agosto. Lhe devo um pedido de desculpas.
3. O Facebook sabe quando você vai começar a namorar
Você não precisa de dados tão precisos como um histórico de compras para identificar padrões e prever acontecimentos. O próprio Facebook divulgou na semana passada que consegue saber quando uma pessoa está prestes a mudar o seu status de relacionamento, apenas cruzando dados sobre suas interações dentro da rede. Não é preciso nem ler as mensagens que você troca via Inbox, basta identificar com quem você anda interagindo, se está postando na timeline dessa pessoa e com qual frequência. Daí surgiu um padrão: quando a troca de mensagens atinge um certo ritmo, significa que você está prestes a assumir um relacionamento público na rede social. Também é possível observar que, uma vez alterado o status, as interações entre timelines tendem a diminuir, porém a presença de palavras positivas como “feliz” e “amor” aumentam consideravelmente.
4. Aplicando mineração de dados no WhatsApp
De todos os serviços que utilizamos, é provável que o Facebook seja aquele que possui a maior quantidade de informa- ções precisas sobre nós. Ele não tenta adivinhar qual o seu cantor ou filme favorito, ele simplesmente sabe. Você forneceu essas informações de boa vontade quando preencheu o seu perfil. A Target conseguiu aumentar alguns bilhões de dólares no seu faturamento anual apenas criando estratégias de venda com base nas informações extraídas da mineração de dados. Mas ela é uma empresa varejista, diferente do Fa- cebook, que não comercializa nenhum produto. A rede de Mark Zuckerberg fatura com a venda de anúncios e, mais im- portante, ganha com a performance desses anúncios. Isso significa que, se ninguém clicar na publicidade que fica ali na barra lateral, quem sai perdendo é o Facebook. Por isso é muito importante que esses anúncios despertem interesse no usuário. Outras empresas também estão de olho nessas preciosas fontes de dados. No ano passado, o Snapchat declinou uma oferta de compra de 3 bilhões de dólares vinda do Facebook. Um mês depois, o Google teria oferecido 4 bilhões de dólares e também levou um “não”. Semana passada foi a vez da Rakuten (uma empresa que funciona como uma espécie de shopping on-line, abrigando várias lojas dentro de um mesmo domínio) fazer uma oferta milionária pelo Viber, um app de VoIP e mensagens instantâneas. O negócio foi fecha- do por 900 milhões de dólares.
5. É o fim da privacidade?
O mesmo risco que você corre hoje ao utilizar serviços on- line, continuará correndo se a compra for concretizada. Não há nenhum motivo novo para se preocupar. Não é como se, agora que o app foi vendido, os funcionários do Facebook fossem vasculhar cada uma de suas mensagens pessoais individualmente; isso é até inviável! O objetivo desses sistemas é analisar blocos gigantescos de dados em busca de padrões comportamentais. Além do mais, veja o caso da Target, que possui lojas físicas além do e-commerce. Ou seja, não foi preciso nem se conectar à internet. A prática de monitorar os “passos” do consumidor com o objetivo de exibir uma vitrine de ofertas mais relevante é muito comum também em sites de e-commerce e de vendas de passagens aéreas, só para citar mais exemplos. Também não sabemos ao certo qual o nível de acesso que o Facebook vai ter a essas mensagens. E, levando em consideração o formato do aplicativo, é improvável que mensagens publicitárias comecem a pipocar em sua conta num futuro próximo. De qualquer forma, para os mais paranoicos, vale ficar atento para o surgimento de anúncios de fraldas e roupas de bebê.
1. Introdução
Qualquer pessoa com conhecimentos básicos de matemática consegue perceber que o valor fechado na compra do What-sApp pelo Facebook simplesmente não bate com o fatura- mento da empresa.19 bilhões de dólares em uma empresa que tem apenas 50 funcionários. O aplicativo possui uma quantidade expressiva de usuários ativos - cerca de 450 mi- lhões por mês - mas não possui um modelo de negócios muito rentável - uma assinatura de apenas um dólar por ano, contando a partir do segundo ano de uso. “O WhatsApp está a caminho de conectar 1 bilhão de pessoas. Os serviços que alcançam essa marca são todos incrivelmente valiosos”, diz Mark Zuckerberg, CEO do Facebook.
2. A Target sabia que uma adolescente estava grávida an-tes mesmo dos pais dela
Duhigg explicou noThe New York Times como a Target - a segunda maior rede varejista dos Estados Unidos - estava utilizando o processo de mineração de dados para entender os hábitos de compra de seus clientes. Para isso, contrataram Andrew Pole, um mestre em economia e estatística, que assumiu o cargo de estatístico em 2002. Em sua base de dados, a empresa mantinha algumas informações dos clientes, como nome, e-mail e um histórico completo de tudo o que compravam em qualquer loja da rede.
Conforme o computador de Pole analisava os dados, ele foi capaz de identificar cerca de 25 produtos que, quando analisados em conjunto, lhe permitiram atribuir a cada cliente uma pontuação de “previsão de gravidez”. Mais importante, ele também poderia estimar a data do parto para dentro de um pequeno intervalo de tempo, assim a Target poderia enviar cupons programados para estágios muito específicos de sua gravidez. A Target então começou a enviar cupons de des- conto de produtos relacionados a bebês para as futuras ma- mães, baseando-se nos padrões de compra identificados pelo software. Um dia, um pai entrou em uma das lojas da rede muito nervoso, solicitando falar com o gerente: “Minha filha recebeu essa carta pelo correio!”, ele disse. “Ela ainda está no colegial e vocês estão enviando seus cupons de desconto de roupas de bebê e berços? Vocês estão tentando incentivá-la a engravidar?”. O gerente não fazia ideia do que o homem estava falando. Ele olhou para a mala direta. Com certeza ela foi dirigida à filha do homem e continha propagan- das de roupas de maternidade, mobília do berçário e fotos de crianças sorridentes. O gerente pediu desculpas e, alguns dias depois, ligou para se desculpar novamente. No telefone, porém, o pai parecia um pouco envergonhado. “Eu tive uma conversa com a minha filha”, disse ele. “Acontece que ocorreram algumas atividades em minha casa das quais eu não estava completamente ciente. Ela deve ter o bebê em agosto. Lhe devo um pedido de desculpas.
3. O Facebook sabe quando você vai começar a namorar
Você não precisa de dados tão precisos como um histórico de compras para identificar padrões e prever acontecimentos. O próprio Facebook divulgou na semana passada que consegue saber quando uma pessoa está prestes a mudar o seu status de relacionamento, apenas cruzando dados sobre suas interações dentro da rede. Não é preciso nem ler as mensagens que você troca via Inbox, basta identificar com quem você anda interagindo, se está postando na timeline dessa pessoa e com qual frequência. Daí surgiu um padrão: quando a troca de mensagens atinge um certo ritmo, significa que você está prestes a assumir um relacionamento público na rede social. Também é possível observar que, uma vez alterado o status, as interações entre timelines tendem a diminuir, porém a presença de palavras positivas como “feliz” e “amor” aumentam consideravelmente.
4. Aplicando mineração de dados no WhatsApp
De todos os serviços que utilizamos, é provável que o Facebook seja aquele que possui a maior quantidade de informa- ções precisas sobre nós. Ele não tenta adivinhar qual o seu cantor ou filme favorito, ele simplesmente sabe. Você forneceu essas informações de boa vontade quando preencheu o seu perfil. A Target conseguiu aumentar alguns bilhões de dólares no seu faturamento anual apenas criando estratégias de venda com base nas informações extraídas da mineração de dados. Mas ela é uma empresa varejista, diferente do Fa- cebook, que não comercializa nenhum produto. A rede de Mark Zuckerberg fatura com a venda de anúncios e, mais im- portante, ganha com a performance desses anúncios. Isso significa que, se ninguém clicar na publicidade que fica ali na barra lateral, quem sai perdendo é o Facebook. Por isso é muito importante que esses anúncios despertem interesse no usuário. Outras empresas também estão de olho nessas preciosas fontes de dados. No ano passado, o Snapchat declinou uma oferta de compra de 3 bilhões de dólares vinda do Facebook. Um mês depois, o Google teria oferecido 4 bilhões de dólares e também levou um “não”. Semana passada foi a vez da Rakuten (uma empresa que funciona como uma espécie de shopping on-line, abrigando várias lojas dentro de um mesmo domínio) fazer uma oferta milionária pelo Viber, um app de VoIP e mensagens instantâneas. O negócio foi fecha- do por 900 milhões de dólares.
5. É o fim da privacidade?
O mesmo risco que você corre hoje ao utilizar serviços on- line, continuará correndo se a compra for concretizada. Não há nenhum motivo novo para se preocupar. Não é como se, agora que o app foi vendido, os funcionários do Facebook fossem vasculhar cada uma de suas mensagens pessoais individualmente; isso é até inviável! O objetivo desses sistemas é analisar blocos gigantescos de dados em busca de padrões comportamentais. Além do mais, veja o caso da Target, que possui lojas físicas além do e-commerce. Ou seja, não foi preciso nem se conectar à internet. A prática de monitorar os “passos” do consumidor com o objetivo de exibir uma vitrine de ofertas mais relevante é muito comum também em sites de e-commerce e de vendas de passagens aéreas, só para citar mais exemplos. Também não sabemos ao certo qual o nível de acesso que o Facebook vai ter a essas mensagens. E, levando em consideração o formato do aplicativo, é improvável que mensagens publicitárias comecem a pipocar em sua conta num futuro próximo. De qualquer forma, para os mais paranoicos, vale ficar atento para o surgimento de anúncios de fraldas e roupas de bebê.
1. Introdução
Qualquer pessoa com conhecimentos básicos de matemática consegue perceber que o valor fechado na compra do What-sApp pelo Facebook simplesmente não bate com o fatura- mento da empresa.19 bilhões de dólares em uma empresa que tem apenas 50 funcionários. O aplicativo possui uma quantidade expressiva de usuários ativos - cerca de 450 mi- lhões por mês - mas não possui um modelo de negócios muito rentável - uma assinatura de apenas um dólar por ano, contando a partir do segundo ano de uso. “O WhatsApp está a caminho de conectar 1 bilhão de pessoas. Os serviços que alcançam essa marca são todos incrivelmente valiosos”, diz Mark Zuckerberg, CEO do Facebook.
2. A Target sabia que uma adolescente estava grávida an-tes mesmo dos pais dela
Duhigg explicou noThe New York Times como a Target - a segunda maior rede varejista dos Estados Unidos - estava utilizando o processo de mineração de dados para entender os hábitos de compra de seus clientes. Para isso, contrataram Andrew Pole, um mestre em economia e estatística, que assumiu o cargo de estatístico em 2002. Em sua base de dados, a empresa mantinha algumas informações dos clientes, como nome, e-mail e um histórico completo de tudo o que compravam em qualquer loja da rede.
Conforme o computador de Pole analisava os dados, ele foi capaz de identificar cerca de 25 produtos que, quando analisados em conjunto, lhe permitiram atribuir a cada cliente uma pontuação de “previsão de gravidez”. Mais importante, ele também poderia estimar a data do parto para dentro de um pequeno intervalo de tempo, assim a Target poderia enviar cupons programados para estágios muito específicos de sua gravidez. A Target então começou a enviar cupons de des- conto de produtos relacionados a bebês para as futuras ma- mães, baseando-se nos padrões de compra identificados pelo software. Um dia, um pai entrou em uma das lojas da rede muito nervoso, solicitando falar com o gerente: “Minha filha recebeu essa carta pelo correio!”, ele disse. “Ela ainda está no colegial e vocês estão enviando seus cupons de desconto de roupas de bebê e berços? Vocês estão tentando incentivá-la a engravidar?”. O gerente não fazia ideia do que o homem estava falando. Ele olhou para a mala direta. Com certeza ela foi dirigida à filha do homem e continha propagan- das de roupas de maternidade, mobília do berçário e fotos de crianças sorridentes. O gerente pediu desculpas e, alguns dias depois, ligou para se desculpar novamente. No telefone, porém, o pai parecia um pouco envergonhado. “Eu tive uma conversa com a minha filha”, disse ele. “Acontece que ocorreram algumas atividades em minha casa das quais eu não estava completamente ciente. Ela deve ter o bebê em agosto. Lhe devo um pedido de desculpas.
3. O Facebook sabe quando você vai começar a namorar
Você não precisa de dados tão precisos como um histórico de compras para identificar padrões e prever acontecimentos. O próprio Facebook divulgou na semana passada que consegue saber quando uma pessoa está prestes a mudar o seu status de relacionamento, apenas cruzando dados sobre suas interações dentro da rede. Não é preciso nem ler as mensagens que você troca via Inbox, basta identificar com quem você anda interagindo, se está postando na timeline dessa pessoa e com qual frequência. Daí surgiu um padrão: quando a troca de mensagens atinge um certo ritmo, significa que você está prestes a assumir um relacionamento público na rede social. Também é possível observar que, uma vez alterado o status, as interações entre timelines tendem a diminuir, porém a presença de palavras positivas como “feliz” e “amor” aumentam consideravelmente.
4. Aplicando mineração de dados no WhatsApp
De todos os serviços que utilizamos, é provável que o Facebook seja aquele que possui a maior quantidade de informa- ções precisas sobre nós. Ele não tenta adivinhar qual o seu cantor ou filme favorito, ele simplesmente sabe. Você forneceu essas informações de boa vontade quando preencheu o seu perfil. A Target conseguiu aumentar alguns bilhões de dólares no seu faturamento anual apenas criando estratégias de venda com base nas informações extraídas da mineração de dados. Mas ela é uma empresa varejista, diferente do Fa- cebook, que não comercializa nenhum produto. A rede de Mark Zuckerberg fatura com a venda de anúncios e, mais im- portante, ganha com a performance desses anúncios. Isso significa que, se ninguém clicar na publicidade que fica ali na barra lateral, quem sai perdendo é o Facebook. Por isso é muito importante que esses anúncios despertem interesse no usuário. Outras empresas também estão de olho nessas preciosas fontes de dados. No ano passado, o Snapchat declinou uma oferta de compra de 3 bilhões de dólares vinda do Facebook. Um mês depois, o Google teria oferecido 4 bilhões de dólares e também levou um “não”. Semana passada foi a vez da Rakuten (uma empresa que funciona como uma espécie de shopping on-line, abrigando várias lojas dentro de um mesmo domínio) fazer uma oferta milionária pelo Viber, um app de VoIP e mensagens instantâneas. O negócio foi fecha- do por 900 milhões de dólares.
5. É o fim da privacidade?
O mesmo risco que você corre hoje ao utilizar serviços on- line, continuará correndo se a compra for concretizada. Não há nenhum motivo novo para se preocupar. Não é como se, agora que o app foi vendido, os funcionários do Facebook fossem vasculhar cada uma de suas mensagens pessoais individualmente; isso é até inviável! O objetivo desses sistemas é analisar blocos gigantescos de dados em busca de padrões comportamentais. Além do mais, veja o caso da Target, que possui lojas físicas além do e-commerce. Ou seja, não foi preciso nem se conectar à internet. A prática de monitorar os “passos” do consumidor com o objetivo de exibir uma vitrine de ofertas mais relevante é muito comum também em sites de e-commerce e de vendas de passagens aéreas, só para citar mais exemplos. Também não sabemos ao certo qual o nível de acesso que o Facebook vai ter a essas mensagens. E, levando em consideração o formato do aplicativo, é improvável que mensagens publicitárias comecem a pipocar em sua conta num futuro próximo. De qualquer forma, para os mais paranoicos, vale ficar atento para o surgimento de anúncios de fraldas e roupas de bebê.
1. Introdução
Qualquer pessoa com conhecimentos básicos de matemática consegue perceber que o valor fechado na compra do What-sApp pelo Facebook simplesmente não bate com o fatura- mento da empresa.19 bilhões de dólares em uma empresa que tem apenas 50 funcionários. O aplicativo possui uma quantidade expressiva de usuários ativos - cerca de 450 mi- lhões por mês - mas não possui um modelo de negócios muito rentável - uma assinatura de apenas um dólar por ano, contando a partir do segundo ano de uso. “O WhatsApp está a caminho de conectar 1 bilhão de pessoas. Os serviços que alcançam essa marca são todos incrivelmente valiosos”, diz Mark Zuckerberg, CEO do Facebook.
2. A Target sabia que uma adolescente estava grávida an-tes mesmo dos pais dela
Duhigg explicou noThe New York Times como a Target - a segunda maior rede varejista dos Estados Unidos - estava utilizando o processo de mineração de dados para entender os hábitos de compra de seus clientes. Para isso, contrataram Andrew Pole, um mestre em economia e estatística, que assumiu o cargo de estatístico em 2002. Em sua base de dados, a empresa mantinha algumas informações dos clientes, como nome, e-mail e um histórico completo de tudo o que compravam em qualquer loja da rede.
Conforme o computador de Pole analisava os dados, ele foi capaz de identificar cerca de 25 produtos que, quando analisados em conjunto, lhe permitiram atribuir a cada cliente uma pontuação de “previsão de gravidez”. Mais importante, ele também poderia estimar a data do parto para dentro de um pequeno intervalo de tempo, assim a Target poderia enviar cupons programados para estágios muito específicos de sua gravidez. A Target então começou a enviar cupons de des- conto de produtos relacionados a bebês para as futuras ma- mães, baseando-se nos padrões de compra identificados pelo software. Um dia, um pai entrou em uma das lojas da rede muito nervoso, solicitando falar com o gerente: “Minha filha recebeu essa carta pelo correio!”, ele disse. “Ela ainda está no colegial e vocês estão enviando seus cupons de desconto de roupas de bebê e berços? Vocês estão tentando incentivá-la a engravidar?”. O gerente não fazia ideia do que o homem estava falando. Ele olhou para a mala direta. Com certeza ela foi dirigida à filha do homem e continha propagan- das de roupas de maternidade, mobília do berçário e fotos de crianças sorridentes. O gerente pediu desculpas e, alguns dias depois, ligou para se desculpar novamente. No telefone, porém, o pai parecia um pouco envergonhado. “Eu tive uma conversa com a minha filha”, disse ele. “Acontece que ocorreram algumas atividades em minha casa das quais eu não estava completamente ciente. Ela deve ter o bebê em agosto. Lhe devo um pedido de desculpas.
3. O Facebook sabe quando você vai começar a namorar
Você não precisa de dados tão precisos como um histórico de compras para identificar padrões e prever acontecimentos. O próprio Facebook divulgou na semana passada que consegue saber quando uma pessoa está prestes a mudar o seu status de relacionamento, apenas cruzando dados sobre suas interações dentro da rede. Não é preciso nem ler as mensagens que você troca via Inbox, basta identificar com quem você anda interagindo, se está postando na timeline dessa pessoa e com qual frequência. Daí surgiu um padrão: quando a troca de mensagens atinge um certo ritmo, significa que você está prestes a assumir um relacionamento público na rede social. Também é possível observar que, uma vez alterado o status, as interações entre timelines tendem a diminuir, porém a presença de palavras positivas como “feliz” e “amor” aumentam consideravelmente.
4. Aplicando mineração de dados no WhatsApp
De todos os serviços que utilizamos, é provável que o Facebook seja aquele que possui a maior quantidade de informa- ções precisas sobre nós. Ele não tenta adivinhar qual o seu cantor ou filme favorito, ele simplesmente sabe. Você forneceu essas informações de boa vontade quando preencheu o seu perfil. A Target conseguiu aumentar alguns bilhões de dólares no seu faturamento anual apenas criando estratégias de venda com base nas informações extraídas da mineração de dados. Mas ela é uma empresa varejista, diferente do Fa- cebook, que não comercializa nenhum produto. A rede de Mark Zuckerberg fatura com a venda de anúncios e, mais im- portante, ganha com a performance desses anúncios. Isso significa que, se ninguém clicar na publicidade que fica ali na barra lateral, quem sai perdendo é o Facebook. Por isso é muito importante que esses anúncios despertem interesse no usuário. Outras empresas também estão de olho nessas preciosas fontes de dados. No ano passado, o Snapchat declinou uma oferta de compra de 3 bilhões de dólares vinda do Facebook. Um mês depois, o Google teria oferecido 4 bilhões de dólares e também levou um “não”. Semana passada foi a vez da Rakuten (uma empresa que funciona como uma espécie de shopping on-line, abrigando várias lojas dentro de um mesmo domínio) fazer uma oferta milionária pelo Viber, um app de VoIP e mensagens instantâneas. O negócio foi fecha- do por 900 milhões de dólares.
5. É o fim da privacidade?
O mesmo risco que você corre hoje ao utilizar serviços on- line, continuará correndo se a compra for concretizada. Não há nenhum motivo novo para se preocupar. Não é como se, agora que o app foi vendido, os funcionários do Facebook fossem vasculhar cada uma de suas mensagens pessoais individualmente; isso é até inviável! O objetivo desses sistemas é analisar blocos gigantescos de dados em busca de padrões comportamentais. Além do mais, veja o caso da Target, que possui lojas físicas além do e-commerce. Ou seja, não foi preciso nem se conectar à internet. A prática de monitorar os “passos” do consumidor com o objetivo de exibir uma vitrine de ofertas mais relevante é muito comum também em sites de e-commerce e de vendas de passagens aéreas, só para citar mais exemplos. Também não sabemos ao certo qual o nível de acesso que o Facebook vai ter a essas mensagens. E, levando em consideração o formato do aplicativo, é improvável que mensagens publicitárias comecem a pipocar em sua conta num futuro próximo. De qualquer forma, para os mais paranoicos, vale ficar atento para o surgimento de anúncios de fraldas e roupas de bebê.
1. Introdução
Qualquer pessoa com conhecimentos básicos de matemática consegue perceber que o valor fechado na compra do What-sApp pelo Facebook simplesmente não bate com o fatura- mento da empresa.19 bilhões de dólares em uma empresa que tem apenas 50 funcionários. O aplicativo possui uma quantidade expressiva de usuários ativos - cerca de 450 mi- lhões por mês - mas não possui um modelo de negócios muito rentável - uma assinatura de apenas um dólar por ano, contando a partir do segundo ano de uso. “O WhatsApp está a caminho de conectar 1 bilhão de pessoas. Os serviços que alcançam essa marca são todos incrivelmente valiosos”, diz Mark Zuckerberg, CEO do Facebook.
2. A Target sabia que uma adolescente estava grávida an-tes mesmo dos pais dela
Duhigg explicou noThe New York Times como a Target - a segunda maior rede varejista dos Estados Unidos - estava utilizando o processo de mineração de dados para entender os hábitos de compra de seus clientes. Para isso, contrataram Andrew Pole, um mestre em economia e estatística, que assumiu o cargo de estatístico em 2002. Em sua base de dados, a empresa mantinha algumas informações dos clientes, como nome, e-mail e um histórico completo de tudo o que compravam em qualquer loja da rede.
Conforme o computador de Pole analisava os dados, ele foi capaz de identificar cerca de 25 produtos que, quando analisados em conjunto, lhe permitiram atribuir a cada cliente uma pontuação de “previsão de gravidez”. Mais importante, ele também poderia estimar a data do parto para dentro de um pequeno intervalo de tempo, assim a Target poderia enviar cupons programados para estágios muito específicos de sua gravidez. A Target então começou a enviar cupons de des- conto de produtos relacionados a bebês para as futuras ma- mães, baseando-se nos padrões de compra identificados pelo software. Um dia, um pai entrou em uma das lojas da rede muito nervoso, solicitando falar com o gerente: “Minha filha recebeu essa carta pelo correio!”, ele disse. “Ela ainda está no colegial e vocês estão enviando seus cupons de desconto de roupas de bebê e berços? Vocês estão tentando incentivá-la a engravidar?”. O gerente não fazia ideia do que o homem estava falando. Ele olhou para a mala direta. Com certeza ela foi dirigida à filha do homem e continha propagan- das de roupas de maternidade, mobília do berçário e fotos de crianças sorridentes. O gerente pediu desculpas e, alguns dias depois, ligou para se desculpar novamente. No telefone, porém, o pai parecia um pouco envergonhado. “Eu tive uma conversa com a minha filha”, disse ele. “Acontece que ocorreram algumas atividades em minha casa das quais eu não estava completamente ciente. Ela deve ter o bebê em agosto. Lhe devo um pedido de desculpas.
3. O Facebook sabe quando você vai começar a namorar
Você não precisa de dados tão precisos como um histórico de compras para identificar padrões e prever acontecimentos. O próprio Facebook divulgou na semana passada que consegue saber quando uma pessoa está prestes a mudar o seu status de relacionamento, apenas cruzando dados sobre suas interações dentro da rede. Não é preciso nem ler as mensagens que você troca via Inbox, basta identificar com quem você anda interagindo, se está postando na timeline dessa pessoa e com qual frequência. Daí surgiu um padrão: quando a troca de mensagens atinge um certo ritmo, significa que você está prestes a assumir um relacionamento público na rede social. Também é possível observar que, uma vez alterado o status, as interações entre timelines tendem a diminuir, porém a presença de palavras positivas como “feliz” e “amor” aumentam consideravelmente.
4. Aplicando mineração de dados no WhatsApp
De todos os serviços que utilizamos, é provável que o Facebook seja aquele que possui a maior quantidade de informa- ções precisas sobre nós. Ele não tenta adivinhar qual o seu cantor ou filme favorito, ele simplesmente sabe. Você forneceu essas informações de boa vontade quando preencheu o seu perfil. A Target conseguiu aumentar alguns bilhões de dólares no seu faturamento anual apenas criando estratégias de venda com base nas informações extraídas da mineração de dados. Mas ela é uma empresa varejista, diferente do Fa- cebook, que não comercializa nenhum produto. A rede de Mark Zuckerberg fatura com a venda de anúncios e, mais im- portante, ganha com a performance desses anúncios. Isso significa que, se ninguém clicar na publicidade que fica ali na barra lateral, quem sai perdendo é o Facebook. Por isso é muito importante que esses anúncios despertem interesse no usuário. Outras empresas também estão de olho nessas preciosas fontes de dados. No ano passado, o Snapchat declinou uma oferta de compra de 3 bilhões de dólares vinda do Facebook. Um mês depois, o Google teria oferecido 4 bilhões de dólares e também levou um “não”. Semana passada foi a vez da Rakuten (uma empresa que funciona como uma espécie de shopping on-line, abrigando várias lojas dentro de um mesmo domínio) fazer uma oferta milionária pelo Viber, um app de VoIP e mensagens instantâneas. O negócio foi fecha- do por 900 milhões de dólares.
5. É o fim da privacidade?
O mesmo risco que você corre hoje ao utilizar serviços on- line, continuará correndo se a compra for concretizada. Não há nenhum motivo novo para se preocupar. Não é como se, agora que o app foi vendido, os funcionários do Facebook fossem vasculhar cada uma de suas mensagens pessoais individualmente; isso é até inviável! O objetivo desses sistemas é analisar blocos gigantescos de dados em busca de padrões comportamentais. Além do mais, veja o caso da Target, que possui lojas físicas além do e-commerce. Ou seja, não foi preciso nem se conectar à internet. A prática de monitorar os “passos” do consumidor com o objetivo de exibir uma vitrine de ofertas mais relevante é muito comum também em sites de e-commerce e de vendas de passagens aéreas, só para citar mais exemplos. Também não sabemos ao certo qual o nível de acesso que o Facebook vai ter a essas mensagens. E, levando em consideração o formato do aplicativo, é improvável que mensagens publicitárias comecem a pipocar em sua conta num futuro próximo. De qualquer forma, para os mais paranoicos, vale ficar atento para o surgimento de anúncios de fraldas e roupas de bebê.
1. Introdução
Qualquer pessoa com conhecimentos básicos de matemática consegue perceber que o valor fechado na compra do What-sApp pelo Facebook simplesmente não bate com o fatura- mento da empresa.19 bilhões de dólares em uma empresa que tem apenas 50 funcionários. O aplicativo possui uma quantidade expressiva de usuários ativos - cerca de 450 mi- lhões por mês - mas não possui um modelo de negócios muito rentável - uma assinatura de apenas um dólar por ano, contando a partir do segundo ano de uso. “O WhatsApp está a caminho de conectar 1 bilhão de pessoas. Os serviços que alcançam essa marca são todos incrivelmente valiosos”, diz Mark Zuckerberg, CEO do Facebook.
2. A Target sabia que uma adolescente estava grávida an-tes mesmo dos pais dela
Duhigg explicou noThe New York Times como a Target - a segunda maior rede varejista dos Estados Unidos - estava utilizando o processo de mineração de dados para entender os hábitos de compra de seus clientes. Para isso, contrataram Andrew Pole, um mestre em economia e estatística, que assumiu o cargo de estatístico em 2002. Em sua base de dados, a empresa mantinha algumas informações dos clientes, como nome, e-mail e um histórico completo de tudo o que compravam em qualquer loja da rede.
Conforme o computador de Pole analisava os dados, ele foi capaz de identificar cerca de 25 produtos que, quando analisados em conjunto, lhe permitiram atribuir a cada cliente uma pontuação de “previsão de gravidez”. Mais importante, ele também poderia estimar a data do parto para dentro de um pequeno intervalo de tempo, assim a Target poderia enviar cupons programados para estágios muito específicos de sua gravidez. A Target então começou a enviar cupons de des- conto de produtos relacionados a bebês para as futuras ma- mães, baseando-se nos padrões de compra identificados pelo software. Um dia, um pai entrou em uma das lojas da rede muito nervoso, solicitando falar com o gerente: “Minha filha recebeu essa carta pelo correio!”, ele disse. “Ela ainda está no colegial e vocês estão enviando seus cupons de desconto de roupas de bebê e berços? Vocês estão tentando incentivá-la a engravidar?”. O gerente não fazia ideia do que o homem estava falando. Ele olhou para a mala direta. Com certeza ela foi dirigida à filha do homem e continha propagan- das de roupas de maternidade, mobília do berçário e fotos de crianças sorridentes. O gerente pediu desculpas e, alguns dias depois, ligou para se desculpar novamente. No telefone, porém, o pai parecia um pouco envergonhado. “Eu tive uma conversa com a minha filha”, disse ele. “Acontece que ocorreram algumas atividades em minha casa das quais eu não estava completamente ciente. Ela deve ter o bebê em agosto. Lhe devo um pedido de desculpas.
3. O Facebook sabe quando você vai começar a namorar
Você não precisa de dados tão precisos como um histórico de compras para identificar padrões e prever acontecimentos. O próprio Facebook divulgou na semana passada que consegue saber quando uma pessoa está prestes a mudar o seu status de relacionamento, apenas cruzando dados sobre suas interações dentro da rede. Não é preciso nem ler as mensagens que você troca via Inbox, basta identificar com quem você anda interagindo, se está postando na timeline dessa pessoa e com qual frequência. Daí surgiu um padrão: quando a troca de mensagens atinge um certo ritmo, significa que você está prestes a assumir um relacionamento público na rede social. Também é possível observar que, uma vez alterado o status, as interações entre timelines tendem a diminuir, porém a presença de palavras positivas como “feliz” e “amor” aumentam consideravelmente.
4. Aplicando mineração de dados no WhatsApp
De todos os serviços que utilizamos, é provável que o Facebook seja aquele que possui a maior quantidade de informa- ções precisas sobre nós. Ele não tenta adivinhar qual o seu cantor ou filme favorito, ele simplesmente sabe. Você forneceu essas informações de boa vontade quando preencheu o seu perfil. A Target conseguiu aumentar alguns bilhões de dólares no seu faturamento anual apenas criando estratégias de venda com base nas informações extraídas da mineração de dados. Mas ela é uma empresa varejista, diferente do Fa- cebook, que não comercializa nenhum produto. A rede de Mark Zuckerberg fatura com a venda de anúncios e, mais im- portante, ganha com a performance desses anúncios. Isso significa que, se ninguém clicar na publicidade que fica ali na barra lateral, quem sai perdendo é o Facebook. Por isso é muito importante que esses anúncios despertem interesse no usuário. Outras empresas também estão de olho nessas preciosas fontes de dados. No ano passado, o Snapchat declinou uma oferta de compra de 3 bilhões de dólares vinda do Facebook. Um mês depois, o Google teria oferecido 4 bilhões de dólares e também levou um “não”. Semana passada foi a vez da Rakuten (uma empresa que funciona como uma espécie de shopping on-line, abrigando várias lojas dentro de um mesmo domínio) fazer uma oferta milionária pelo Viber, um app de VoIP e mensagens instantâneas. O negócio foi fecha- do por 900 milhões de dólares.
5. É o fim da privacidade?
O mesmo risco que você corre hoje ao utilizar serviços on- line, continuará correndo se a compra for concretizada. Não há nenhum motivo novo para se preocupar. Não é como se, agora que o app foi vendido, os funcionários do Facebook fossem vasculhar cada uma de suas mensagens pessoais individualmente; isso é até inviável! O objetivo desses sistemas é analisar blocos gigantescos de dados em busca de padrões comportamentais. Além do mais, veja o caso da Target, que possui lojas físicas além do e-commerce. Ou seja, não foi preciso nem se conectar à internet. A prática de monitorar os “passos” do consumidor com o objetivo de exibir uma vitrine de ofertas mais relevante é muito comum também em sites de e-commerce e de vendas de passagens aéreas, só para citar mais exemplos. Também não sabemos ao certo qual o nível de acesso que o Facebook vai ter a essas mensagens. E, levando em consideração o formato do aplicativo, é improvável que mensagens publicitárias comecem a pipocar em sua conta num futuro próximo. De qualquer forma, para os mais paranoicos, vale ficar atento para o surgimento de anúncios de fraldas e roupas de bebê.
1. Introdução
Qualquer pessoa com conhecimentos básicos de matemática consegue perceber que o valor fechado na compra do What-sApp pelo Facebook simplesmente não bate com o fatura- mento da empresa.19 bilhões de dólares em uma empresa que tem apenas 50 funcionários. O aplicativo possui uma quantidade expressiva de usuários ativos - cerca de 450 mi- lhões por mês - mas não possui um modelo de negócios muito rentável - uma assinatura de apenas um dólar por ano, contando a partir do segundo ano de uso. “O WhatsApp está a caminho de conectar 1 bilhão de pessoas. Os serviços que alcançam essa marca são todos incrivelmente valiosos”, diz Mark Zuckerberg, CEO do Facebook.
2. A Target sabia que uma adolescente estava grávida an-tes mesmo dos pais dela
Duhigg explicou noThe New York Times como a Target - a segunda maior rede varejista dos Estados Unidos - estava utilizando o processo de mineração de dados para entender os hábitos de compra de seus clientes. Para isso, contrataram Andrew Pole, um mestre em economia e estatística, que assumiu o cargo de estatístico em 2002. Em sua base de dados, a empresa mantinha algumas informações dos clientes, como nome, e-mail e um histórico completo de tudo o que compravam em qualquer loja da rede.
Conforme o computador de Pole analisava os dados, ele foi capaz de identificar cerca de 25 produtos que, quando analisados em conjunto, lhe permitiram atribuir a cada cliente uma pontuação de “previsão de gravidez”. Mais importante, ele também poderia estimar a data do parto para dentro de um pequeno intervalo de tempo, assim a Target poderia enviar cupons programados para estágios muito específicos de sua gravidez. A Target então começou a enviar cupons de des- conto de produtos relacionados a bebês para as futuras ma- mães, baseando-se nos padrões de compra identificados pelo software. Um dia, um pai entrou em uma das lojas da rede muito nervoso, solicitando falar com o gerente: “Minha filha recebeu essa carta pelo correio!”, ele disse. “Ela ainda está no colegial e vocês estão enviando seus cupons de desconto de roupas de bebê e berços? Vocês estão tentando incentivá-la a engravidar?”. O gerente não fazia ideia do que o homem estava falando. Ele olhou para a mala direta. Com certeza ela foi dirigida à filha do homem e continha propagan- das de roupas de maternidade, mobília do berçário e fotos de crianças sorridentes. O gerente pediu desculpas e, alguns dias depois, ligou para se desculpar novamente. No telefone, porém, o pai parecia um pouco envergonhado. “Eu tive uma conversa com a minha filha”, disse ele. “Acontece que ocorreram algumas atividades em minha casa das quais eu não estava completamente ciente. Ela deve ter o bebê em agosto. Lhe devo um pedido de desculpas.
3. O Facebook sabe quando você vai começar a namorar
Você não precisa de dados tão precisos como um histórico de compras para identificar padrões e prever acontecimentos. O próprio Facebook divulgou na semana passada que consegue saber quando uma pessoa está prestes a mudar o seu status de relacionamento, apenas cruzando dados sobre suas interações dentro da rede. Não é preciso nem ler as mensagens que você troca via Inbox, basta identificar com quem você anda interagindo, se está postando na timeline dessa pessoa e com qual frequência. Daí surgiu um padrão: quando a troca de mensagens atinge um certo ritmo, significa que você está prestes a assumir um relacionamento público na rede social. Também é possível observar que, uma vez alterado o status, as interações entre timelines tendem a diminuir, porém a presença de palavras positivas como “feliz” e “amor” aumentam consideravelmente.
4. Aplicando mineração de dados no WhatsApp
De todos os serviços que utilizamos, é provável que o Facebook seja aquele que possui a maior quantidade de informa- ções precisas sobre nós. Ele não tenta adivinhar qual o seu cantor ou filme favorito, ele simplesmente sabe. Você forneceu essas informações de boa vontade quando preencheu o seu perfil. A Target conseguiu aumentar alguns bilhões de dólares no seu faturamento anual apenas criando estratégias de venda com base nas informações extraídas da mineração de dados. Mas ela é uma empresa varejista, diferente do Fa- cebook, que não comercializa nenhum produto. A rede de Mark Zuckerberg fatura com a venda de anúncios e, mais im- portante, ganha com a performance desses anúncios. Isso significa que, se ninguém clicar na publicidade que fica ali na barra lateral, quem sai perdendo é o Facebook. Por isso é muito importante que esses anúncios despertem interesse no usuário. Outras empresas também estão de olho nessas preciosas fontes de dados. No ano passado, o Snapchat declinou uma oferta de compra de 3 bilhões de dólares vinda do Facebook. Um mês depois, o Google teria oferecido 4 bilhões de dólares e também levou um “não”. Semana passada foi a vez da Rakuten (uma empresa que funciona como uma espécie de shopping on-line, abrigando várias lojas dentro de um mesmo domínio) fazer uma oferta milionária pelo Viber, um app de VoIP e mensagens instantâneas. O negócio foi fecha- do por 900 milhões de dólares.
5. É o fim da privacidade?
O mesmo risco que você corre hoje ao utilizar serviços on- line, continuará correndo se a compra for concretizada. Não há nenhum motivo novo para se preocupar. Não é como se, agora que o app foi vendido, os funcionários do Facebook fossem vasculhar cada uma de suas mensagens pessoais individualmente; isso é até inviável! O objetivo desses sistemas é analisar blocos gigantescos de dados em busca de padrões comportamentais. Além do mais, veja o caso da Target, que possui lojas físicas além do e-commerce. Ou seja, não foi preciso nem se conectar à internet. A prática de monitorar os “passos” do consumidor com o objetivo de exibir uma vitrine de ofertas mais relevante é muito comum também em sites de e-commerce e de vendas de passagens aéreas, só para citar mais exemplos. Também não sabemos ao certo qual o nível de acesso que o Facebook vai ter a essas mensagens. E, levando em consideração o formato do aplicativo, é improvável que mensagens publicitárias comecem a pipocar em sua conta num futuro próximo. De qualquer forma, para os mais paranoicos, vale ficar atento para o surgimento de anúncios de fraldas e roupas de bebê.
1. Introdução
Qualquer pessoa com conhecimentos básicos de matemática consegue perceber que o valor fechado na compra do What-sApp pelo Facebook simplesmente não bate com o fatura- mento da empresa.19 bilhões de dólares em uma empresa que tem apenas 50 funcionários. O aplicativo possui uma quantidade expressiva de usuários ativos - cerca de 450 mi- lhões por mês - mas não possui um modelo de negócios muito rentável - uma assinatura de apenas um dólar por ano, contando a partir do segundo ano de uso. “O WhatsApp está a caminho de conectar 1 bilhão de pessoas. Os serviços que alcançam essa marca são todos incrivelmente valiosos”, diz Mark Zuckerberg, CEO do Facebook.
2. A Target sabia que uma adolescente estava grávida an-tes mesmo dos pais dela
Duhigg explicou noThe New York Times como a Target - a segunda maior rede varejista dos Estados Unidos - estava utilizando o processo de mineração de dados para entender os hábitos de compra de seus clientes. Para isso, contrataram Andrew Pole, um mestre em economia e estatística, que assumiu o cargo de estatístico em 2002. Em sua base de dados, a empresa mantinha algumas informações dos clientes, como nome, e-mail e um histórico completo de tudo o que compravam em qualquer loja da rede.
Conforme o computador de Pole analisava os dados, ele foi capaz de identificar cerca de 25 produtos que, quando analisados em conjunto, lhe permitiram atribuir a cada cliente uma pontuação de “previsão de gravidez”. Mais importante, ele também poderia estimar a data do parto para dentro de um pequeno intervalo de tempo, assim a Target poderia enviar cupons programados para estágios muito específicos de sua gravidez. A Target então começou a enviar cupons de des- conto de produtos relacionados a bebês para as futuras ma- mães, baseando-se nos padrões de compra identificados pelo software. Um dia, um pai entrou em uma das lojas da rede muito nervoso, solicitando falar com o gerente: “Minha filha recebeu essa carta pelo correio!”, ele disse. “Ela ainda está no colegial e vocês estão enviando seus cupons de desconto de roupas de bebê e berços? Vocês estão tentando incentivá-la a engravidar?”. O gerente não fazia ideia do que o homem estava falando. Ele olhou para a mala direta. Com certeza ela foi dirigida à filha do homem e continha propagan- das de roupas de maternidade, mobília do berçário e fotos de crianças sorridentes. O gerente pediu desculpas e, alguns dias depois, ligou para se desculpar novamente. No telefone, porém, o pai parecia um pouco envergonhado. “Eu tive uma conversa com a minha filha”, disse ele. “Acontece que ocorreram algumas atividades em minha casa das quais eu não estava completamente ciente. Ela deve ter o bebê em agosto. Lhe devo um pedido de desculpas.
3. O Facebook sabe quando você vai começar a namorar
Você não precisa de dados tão precisos como um histórico de compras para identificar padrões e prever acontecimentos. O próprio Facebook divulgou na semana passada que consegue saber quando uma pessoa está prestes a mudar o seu status de relacionamento, apenas cruzando dados sobre suas interações dentro da rede. Não é preciso nem ler as mensagens que você troca via Inbox, basta identificar com quem você anda interagindo, se está postando na timeline dessa pessoa e com qual frequência. Daí surgiu um padrão: quando a troca de mensagens atinge um certo ritmo, significa que você está prestes a assumir um relacionamento público na rede social. Também é possível observar que, uma vez alterado o status, as interações entre timelines tendem a diminuir, porém a presença de palavras positivas como “feliz” e “amor” aumentam consideravelmente.
4. Aplicando mineração de dados no WhatsApp
De todos os serviços que utilizamos, é provável que o Facebook seja aquele que possui a maior quantidade de informa- ções precisas sobre nós. Ele não tenta adivinhar qual o seu cantor ou filme favorito, ele simplesmente sabe. Você forneceu essas informações de boa vontade quando preencheu o seu perfil. A Target conseguiu aumentar alguns bilhões de dólares no seu faturamento anual apenas criando estratégias de venda com base nas informações extraídas da mineração de dados. Mas ela é uma empresa varejista, diferente do Fa- cebook, que não comercializa nenhum produto. A rede de Mark Zuckerberg fatura com a venda de anúncios e, mais im- portante, ganha com a performance desses anúncios. Isso significa que, se ninguém clicar na publicidade que fica ali na barra lateral, quem sai perdendo é o Facebook. Por isso é muito importante que esses anúncios despertem interesse no usuário. Outras empresas também estão de olho nessas preciosas fontes de dados. No ano passado, o Snapchat declinou uma oferta de compra de 3 bilhões de dólares vinda do Facebook. Um mês depois, o Google teria oferecido 4 bilhões de dólares e também levou um “não”. Semana passada foi a vez da Rakuten (uma empresa que funciona como uma espécie de shopping on-line, abrigando várias lojas dentro de um mesmo domínio) fazer uma oferta milionária pelo Viber, um app de VoIP e mensagens instantâneas. O negócio foi fecha- do por 900 milhões de dólares.
5. É o fim da privacidade?
O mesmo risco que você corre hoje ao utilizar serviços on- line, continuará correndo se a compra for concretizada. Não há nenhum motivo novo para se preocupar. Não é como se, agora que o app foi vendido, os funcionários do Facebook fossem vasculhar cada uma de suas mensagens pessoais individualmente; isso é até inviável! O objetivo desses sistemas é analisar blocos gigantescos de dados em busca de padrões comportamentais. Além do mais, veja o caso da Target, que possui lojas físicas além do e-commerce. Ou seja, não foi preciso nem se conectar à internet. A prática de monitorar os “passos” do consumidor com o objetivo de exibir uma vitrine de ofertas mais relevante é muito comum também em sites de e-commerce e de vendas de passagens aéreas, só para citar mais exemplos. Também não sabemos ao certo qual o nível de acesso que o Facebook vai ter a essas mensagens. E, levando em consideração o formato do aplicativo, é improvável que mensagens publicitárias comecem a pipocar em sua conta num futuro próximo. De qualquer forma, para os mais paranoicos, vale ficar atento para o surgimento de anúncios de fraldas e roupas de bebê.
Mineração de dados é o processo de explorar grandes quantidades de dados à procura de padrões consistentes
1. Introdução
Qualquer pessoa com conhecimentos básicos de matemática consegue perceber que o valor fechado na compra do What-sApp pelo Facebook simplesmente não bate com o fatura- mento da empresa.19 bilhões de dólares em uma empresa que tem apenas 50 funcionários. O aplicativo possui uma quantidade expressiva de usuários ativos - cerca de 450 mi- lhões por mês - mas não possui um modelo de negócios muito rentável - uma assinatura de apenas um dólar por ano, contando a partir do segundo ano de uso. “O WhatsApp está a caminho de conectar 1 bilhão de pessoas. Os serviços que alcançam essa marca são todos incrivelmente valiosos”, diz Mark Zuckerberg, CEO do Facebook.
2. A Target sabia que uma adolescente estava grávida an-tes mesmo dos pais dela
Duhigg explicou noThe New York Times como a Target - a segunda maior rede varejista dos Estados Unidos - estava utilizando o processo de mineração de dados para entender os hábitos de compra de seus clientes. Para isso, contrataram Andrew Pole, um mestre em economia e estatística, que assumiu o cargo de estatístico em 2002. Em sua base de dados, a empresa mantinha algumas informações dos clientes, como nome, e-mail e um histórico completo de tudo o que compravam em qualquer loja da rede.
Conforme o computador de Pole analisava os dados, ele foi capaz de identificar cerca de 25 produtos que, quando analisados em conjunto, lhe permitiram atribuir a cada cliente uma pontuação de “previsão de gravidez”. Mais importante, ele também poderia estimar a data do parto para dentro de um pequeno intervalo de tempo, assim a Target poderia enviar cupons programados para estágios muito específicos de sua gravidez. A Target então começou a enviar cupons de des- conto de produtos relacionados a bebês para as futuras ma- mães, baseando-se nos padrões de compra identificados pelo software. Um dia, um pai entrou em uma das lojas da rede muito nervoso, solicitando falar com o gerente: “Minha filha recebeu essa carta pelo correio!”, ele disse. “Ela ainda está no colegial e vocês estão enviando seus cupons de desconto de roupas de bebê e berços? Vocês estão tentando incentivá-la a engravidar?”. O gerente não fazia ideia do que o homem estava falando. Ele olhou para a mala direta. Com certeza ela foi dirigida à filha do homem e continha propagan- das de roupas de maternidade, mobília do berçário e fotos de crianças sorridentes. O gerente pediu desculpas e, alguns dias depois, ligou para se desculpar novamente. No telefone, porém, o pai parecia um pouco envergonhado. “Eu tive uma conversa com a minha filha”, disse ele. “Acontece que ocorreram algumas atividades em minha casa das quais eu não estava completamente ciente. Ela deve ter o bebê em agosto. Lhe devo um pedido de desculpas.
3. O Facebook sabe quando você vai começar a namorar
Você não precisa de dados tão precisos como um histórico de compras para identificar padrões e prever acontecimentos. O próprio Facebook divulgou na semana passada que consegue saber quando uma pessoa está prestes a mudar o seu status de relacionamento, apenas cruzando dados sobre suas interações dentro da rede. Não é preciso nem ler as mensagens que você troca via Inbox, basta identificar com quem você anda interagindo, se está postando na timeline dessa pessoa e com qual frequência. Daí surgiu um padrão: quando a troca de mensagens atinge um certo ritmo, significa que você está prestes a assumir um relacionamento público na rede social. Também é possível observar que, uma vez alterado o status, as interações entre timelines tendem a diminuir, porém a presença de palavras positivas como “feliz” e “amor” aumentam consideravelmente.
4. Aplicando mineração de dados no WhatsApp
De todos os serviços que utilizamos, é provável que o Facebook seja aquele que possui a maior quantidade de informa- ções precisas sobre nós. Ele não tenta adivinhar qual o seu cantor ou filme favorito, ele simplesmente sabe. Você forneceu essas informações de boa vontade quando preencheu o seu perfil. A Target conseguiu aumentar alguns bilhões de dólares no seu faturamento anual apenas criando estratégias de venda com base nas informações extraídas da mineração de dados. Mas ela é uma empresa varejista, diferente do Fa- cebook, que não comercializa nenhum produto. A rede de Mark Zuckerberg fatura com a venda de anúncios e, mais im- portante, ganha com a performance desses anúncios. Isso significa que, se ninguém clicar na publicidade que fica ali na barra lateral, quem sai perdendo é o Facebook. Por isso é muito importante que esses anúncios despertem interesse no usuário. Outras empresas também estão de olho nessas preciosas fontes de dados. No ano passado, o Snapchat declinou uma oferta de compra de 3 bilhões de dólares vinda do Facebook. Um mês depois, o Google teria oferecido 4 bilhões de dólares e também levou um “não”. Semana passada foi a vez da Rakuten (uma empresa que funciona como uma espécie de shopping on-line, abrigando várias lojas dentro de um mesmo domínio) fazer uma oferta milionária pelo Viber, um app de VoIP e mensagens instantâneas. O negócio foi fecha- do por 900 milhões de dólares.
5. É o fim da privacidade?
O mesmo risco que você corre hoje ao utilizar serviços on- line, continuará correndo se a compra for concretizada. Não há nenhum motivo novo para se preocupar. Não é como se, agora que o app foi vendido, os funcionários do Facebook fossem vasculhar cada uma de suas mensagens pessoais individualmente; isso é até inviável! O objetivo desses sistemas é analisar blocos gigantescos de dados em busca de padrões comportamentais. Além do mais, veja o caso da Target, que possui lojas físicas além do e-commerce. Ou seja, não foi preciso nem se conectar à internet. A prática de monitorar os “passos” do consumidor com o objetivo de exibir uma vitrine de ofertas mais relevante é muito comum também em sites de e-commerce e de vendas de passagens aéreas, só para citar mais exemplos. Também não sabemos ao certo qual o nível de acesso que o Facebook vai ter a essas mensagens. E, levando em consideração o formato do aplicativo, é improvável que mensagens publicitárias comecem a pipocar em sua conta num futuro próximo. De qualquer forma, para os mais paranoicos, vale ficar atento para o surgimento de anúncios de fraldas e roupas de bebê.
Releia o Texto 1 e leia os textos 2 e 3 para responder às questões de 11 a 14.
Mineração de dados é o processo de explorar grandes quantidades de dados à procura de padrões consistentes
1. Introdução
Qualquer pessoa com conhecimentos básicos de matemática consegue perceber que o valor fechado na compra do What-sApp pelo Facebook simplesmente não bate com o fatura- mento da empresa.19 bilhões de dólares em uma empresa que tem apenas 50 funcionários. O aplicativo possui uma quantidade expressiva de usuários ativos - cerca de 450 mi- lhões por mês - mas não possui um modelo de negócios muito rentável - uma assinatura de apenas um dólar por ano, contando a partir do segundo ano de uso. “O WhatsApp está a caminho de conectar 1 bilhão de pessoas. Os serviços que alcançam essa marca são todos incrivelmente valiosos”, diz Mark Zuckerberg, CEO do Facebook.
2. A Target sabia que uma adolescente estava grávida an-tes mesmo dos pais dela
Duhigg explicou noThe New York Times como a Target - a segunda maior rede varejista dos Estados Unidos - estava utilizando o processo de mineração de dados para entender os hábitos de compra de seus clientes. Para isso, contrataram Andrew Pole, um mestre em economia e estatística, que assumiu o cargo de estatístico em 2002. Em sua base de dados, a empresa mantinha algumas informações dos clientes, como nome, e-mail e um histórico completo de tudo o que compravam em qualquer loja da rede.
Conforme o computador de Pole analisava os dados, ele foi capaz de identificar cerca de 25 produtos que, quando analisados em conjunto, lhe permitiram atribuir a cada cliente uma pontuação de “previsão de gravidez”. Mais importante, ele também poderia estimar a data do parto para dentro de um pequeno intervalo de tempo, assim a Target poderia enviar cupons programados para estágios muito específicos de sua gravidez. A Target então começou a enviar cupons de des- conto de produtos relacionados a bebês para as futuras ma- mães, baseando-se nos padrões de compra identificados pelo software. Um dia, um pai entrou em uma das lojas da rede muito nervoso, solicitando falar com o gerente: “Minha filha recebeu essa carta pelo correio!”, ele disse. “Ela ainda está no colegial e vocês estão enviando seus cupons de desconto de roupas de bebê e berços? Vocês estão tentando incentivá-la a engravidar?”. O gerente não fazia ideia do que o homem estava falando. Ele olhou para a mala direta. Com certeza ela foi dirigida à filha do homem e continha propagan- das de roupas de maternidade, mobília do berçário e fotos de crianças sorridentes. O gerente pediu desculpas e, alguns dias depois, ligou para se desculpar novamente. No telefone, porém, o pai parecia um pouco envergonhado. “Eu tive uma conversa com a minha filha”, disse ele. “Acontece que ocorreram algumas atividades em minha casa das quais eu não estava completamente ciente. Ela deve ter o bebê em agosto. Lhe devo um pedido de desculpas.
3. O Facebook sabe quando você vai começar a namorar
Você não precisa de dados tão precisos como um histórico de compras para identificar padrões e prever acontecimentos. O próprio Facebook divulgou na semana passada que consegue saber quando uma pessoa está prestes a mudar o seu status de relacionamento, apenas cruzando dados sobre suas interações dentro da rede. Não é preciso nem ler as mensagens que você troca via Inbox, basta identificar com quem você anda interagindo, se está postando na timeline dessa pessoa e com qual frequência. Daí surgiu um padrão: quando a troca de mensagens atinge um certo ritmo, significa que você está prestes a assumir um relacionamento público na rede social. Também é possível observar que, uma vez alterado o status, as interações entre timelines tendem a diminuir, porém a presença de palavras positivas como “feliz” e “amor” aumentam consideravelmente.
4. Aplicando mineração de dados no WhatsApp
De todos os serviços que utilizamos, é provável que o Facebook seja aquele que possui a maior quantidade de informa- ções precisas sobre nós. Ele não tenta adivinhar qual o seu cantor ou filme favorito, ele simplesmente sabe. Você forneceu essas informações de boa vontade quando preencheu o seu perfil. A Target conseguiu aumentar alguns bilhões de dólares no seu faturamento anual apenas criando estratégias de venda com base nas informações extraídas da mineração de dados. Mas ela é uma empresa varejista, diferente do Fa- cebook, que não comercializa nenhum produto. A rede de Mark Zuckerberg fatura com a venda de anúncios e, mais im- portante, ganha com a performance desses anúncios. Isso significa que, se ninguém clicar na publicidade que fica ali na barra lateral, quem sai perdendo é o Facebook. Por isso é muito importante que esses anúncios despertem interesse no usuário. Outras empresas também estão de olho nessas preciosas fontes de dados. No ano passado, o Snapchat declinou uma oferta de compra de 3 bilhões de dólares vinda do Facebook. Um mês depois, o Google teria oferecido 4 bilhões de dólares e também levou um “não”. Semana passada foi a vez da Rakuten (uma empresa que funciona como uma espécie de shopping on-line, abrigando várias lojas dentro de um mesmo domínio) fazer uma oferta milionária pelo Viber, um app de VoIP e mensagens instantâneas. O negócio foi fecha- do por 900 milhões de dólares.
5. É o fim da privacidade?
O mesmo risco que você corre hoje ao utilizar serviços on- line, continuará correndo se a compra for concretizada. Não há nenhum motivo novo para se preocupar. Não é como se, agora que o app foi vendido, os funcionários do Facebook fossem vasculhar cada uma de suas mensagens pessoais individualmente; isso é até inviável! O objetivo desses sistemas é analisar blocos gigantescos de dados em busca de padrões comportamentais. Além do mais, veja o caso da Target, que possui lojas físicas além do e-commerce. Ou seja, não foi preciso nem se conectar à internet. A prática de monitorar os “passos” do consumidor com o objetivo de exibir uma vitrine de ofertas mais relevante é muito comum também em sites de e-commerce e de vendas de passagens aéreas, só para citar mais exemplos. Também não sabemos ao certo qual o nível de acesso que o Facebook vai ter a essas mensagens. E, levando em consideração o formato do aplicativo, é improvável que mensagens publicitárias comecem a pipocar em sua conta num futuro próximo. De qualquer forma, para os mais paranoicos, vale ficar atento para o surgimento de anúncios de fraldas e roupas de bebê.
Releia o Texto 1 e leia os textos 2 e 3 para responder às questões de 11 a 14.
Mineração de dados é o processo de explorar grandes quantidades de dados à procura de padrões consistentes
1. Introdução
Qualquer pessoa com conhecimentos básicos de matemática consegue perceber que o valor fechado na compra do What-sApp pelo Facebook simplesmente não bate com o fatura- mento da empresa.19 bilhões de dólares em uma empresa que tem apenas 50 funcionários. O aplicativo possui uma quantidade expressiva de usuários ativos - cerca de 450 mi- lhões por mês - mas não possui um modelo de negócios muito rentável - uma assinatura de apenas um dólar por ano, contando a partir do segundo ano de uso. “O WhatsApp está a caminho de conectar 1 bilhão de pessoas. Os serviços que alcançam essa marca são todos incrivelmente valiosos”, diz Mark Zuckerberg, CEO do Facebook.
2. A Target sabia que uma adolescente estava grávida an-tes mesmo dos pais dela
Duhigg explicou noThe New York Times como a Target - a segunda maior rede varejista dos Estados Unidos - estava utilizando o processo de mineração de dados para entender os hábitos de compra de seus clientes. Para isso, contrataram Andrew Pole, um mestre em economia e estatística, que assumiu o cargo de estatístico em 2002. Em sua base de dados, a empresa mantinha algumas informações dos clientes, como nome, e-mail e um histórico completo de tudo o que compravam em qualquer loja da rede.
Conforme o computador de Pole analisava os dados, ele foi capaz de identificar cerca de 25 produtos que, quando analisados em conjunto, lhe permitiram atribuir a cada cliente uma pontuação de “previsão de gravidez”. Mais importante, ele também poderia estimar a data do parto para dentro de um pequeno intervalo de tempo, assim a Target poderia enviar cupons programados para estágios muito específicos de sua gravidez. A Target então começou a enviar cupons de des- conto de produtos relacionados a bebês para as futuras ma- mães, baseando-se nos padrões de compra identificados pelo software. Um dia, um pai entrou em uma das lojas da rede muito nervoso, solicitando falar com o gerente: “Minha filha recebeu essa carta pelo correio!”, ele disse. “Ela ainda está no colegial e vocês estão enviando seus cupons de desconto de roupas de bebê e berços? Vocês estão tentando incentivá-la a engravidar?”. O gerente não fazia ideia do que o homem estava falando. Ele olhou para a mala direta. Com certeza ela foi dirigida à filha do homem e continha propagan- das de roupas de maternidade, mobília do berçário e fotos de crianças sorridentes. O gerente pediu desculpas e, alguns dias depois, ligou para se desculpar novamente. No telefone, porém, o pai parecia um pouco envergonhado. “Eu tive uma conversa com a minha filha”, disse ele. “Acontece que ocorreram algumas atividades em minha casa das quais eu não estava completamente ciente. Ela deve ter o bebê em agosto. Lhe devo um pedido de desculpas.
3. O Facebook sabe quando você vai começar a namorar
Você não precisa de dados tão precisos como um histórico de compras para identificar padrões e prever acontecimentos. O próprio Facebook divulgou na semana passada que consegue saber quando uma pessoa está prestes a mudar o seu status de relacionamento, apenas cruzando dados sobre suas interações dentro da rede. Não é preciso nem ler as mensagens que você troca via Inbox, basta identificar com quem você anda interagindo, se está postando na timeline dessa pessoa e com qual frequência. Daí surgiu um padrão: quando a troca de mensagens atinge um certo ritmo, significa que você está prestes a assumir um relacionamento público na rede social. Também é possível observar que, uma vez alterado o status, as interações entre timelines tendem a diminuir, porém a presença de palavras positivas como “feliz” e “amor” aumentam consideravelmente.
4. Aplicando mineração de dados no WhatsApp
De todos os serviços que utilizamos, é provável que o Facebook seja aquele que possui a maior quantidade de informa- ções precisas sobre nós. Ele não tenta adivinhar qual o seu cantor ou filme favorito, ele simplesmente sabe. Você forneceu essas informações de boa vontade quando preencheu o seu perfil. A Target conseguiu aumentar alguns bilhões de dólares no seu faturamento anual apenas criando estratégias de venda com base nas informações extraídas da mineração de dados. Mas ela é uma empresa varejista, diferente do Fa- cebook, que não comercializa nenhum produto. A rede de Mark Zuckerberg fatura com a venda de anúncios e, mais im- portante, ganha com a performance desses anúncios. Isso significa que, se ninguém clicar na publicidade que fica ali na barra lateral, quem sai perdendo é o Facebook. Por isso é muito importante que esses anúncios despertem interesse no usuário. Outras empresas também estão de olho nessas preciosas fontes de dados. No ano passado, o Snapchat declinou uma oferta de compra de 3 bilhões de dólares vinda do Facebook. Um mês depois, o Google teria oferecido 4 bilhões de dólares e também levou um “não”. Semana passada foi a vez da Rakuten (uma empresa que funciona como uma espécie de shopping on-line, abrigando várias lojas dentro de um mesmo domínio) fazer uma oferta milionária pelo Viber, um app de VoIP e mensagens instantâneas. O negócio foi fecha- do por 900 milhões de dólares.
5. É o fim da privacidade?
O mesmo risco que você corre hoje ao utilizar serviços on- line, continuará correndo se a compra for concretizada. Não há nenhum motivo novo para se preocupar. Não é como se, agora que o app foi vendido, os funcionários do Facebook fossem vasculhar cada uma de suas mensagens pessoais individualmente; isso é até inviável! O objetivo desses sistemas é analisar blocos gigantescos de dados em busca de padrões comportamentais. Além do mais, veja o caso da Target, que possui lojas físicas além do e-commerce. Ou seja, não foi preciso nem se conectar à internet. A prática de monitorar os “passos” do consumidor com o objetivo de exibir uma vitrine de ofertas mais relevante é muito comum também em sites de e-commerce e de vendas de passagens aéreas, só para citar mais exemplos. Também não sabemos ao certo qual o nível de acesso que o Facebook vai ter a essas mensagens. E, levando em consideração o formato do aplicativo, é improvável que mensagens publicitárias comecem a pipocar em sua conta num futuro próximo. De qualquer forma, para os mais paranoicos, vale ficar atento para o surgimento de anúncios de fraldas e roupas de bebê.
Releia o Texto 1 e leia os textos 2 e 3 para responder às questões de 11 a 14.
Mineração de dados é o processo de explorar grandes quantidades de dados à procura de padrões consistentes
1. Introdução
Qualquer pessoa com conhecimentos básicos de matemática consegue perceber que o valor fechado na compra do What-sApp pelo Facebook simplesmente não bate com o fatura- mento da empresa.19 bilhões de dólares em uma empresa que tem apenas 50 funcionários. O aplicativo possui uma quantidade expressiva de usuários ativos - cerca de 450 mi- lhões por mês - mas não possui um modelo de negócios muito rentável - uma assinatura de apenas um dólar por ano, contando a partir do segundo ano de uso. “O WhatsApp está a caminho de conectar 1 bilhão de pessoas. Os serviços que alcançam essa marca são todos incrivelmente valiosos”, diz Mark Zuckerberg, CEO do Facebook.
2. A Target sabia que uma adolescente estava grávida an-tes mesmo dos pais dela
Duhigg explicou noThe New York Times como a Target - a segunda maior rede varejista dos Estados Unidos - estava utilizando o processo de mineração de dados para entender os hábitos de compra de seus clientes. Para isso, contrataram Andrew Pole, um mestre em economia e estatística, que assumiu o cargo de estatístico em 2002. Em sua base de dados, a empresa mantinha algumas informações dos clientes, como nome, e-mail e um histórico completo de tudo o que compravam em qualquer loja da rede.
Conforme o computador de Pole analisava os dados, ele foi capaz de identificar cerca de 25 produtos que, quando analisados em conjunto, lhe permitiram atribuir a cada cliente uma pontuação de “previsão de gravidez”. Mais importante, ele também poderia estimar a data do parto para dentro de um pequeno intervalo de tempo, assim a Target poderia enviar cupons programados para estágios muito específicos de sua gravidez. A Target então começou a enviar cupons de des- conto de produtos relacionados a bebês para as futuras ma- mães, baseando-se nos padrões de compra identificados pelo software. Um dia, um pai entrou em uma das lojas da rede muito nervoso, solicitando falar com o gerente: “Minha filha recebeu essa carta pelo correio!”, ele disse. “Ela ainda está no colegial e vocês estão enviando seus cupons de desconto de roupas de bebê e berços? Vocês estão tentando incentivá-la a engravidar?”. O gerente não fazia ideia do que o homem estava falando. Ele olhou para a mala direta. Com certeza ela foi dirigida à filha do homem e continha propagan- das de roupas de maternidade, mobília do berçário e fotos de crianças sorridentes. O gerente pediu desculpas e, alguns dias depois, ligou para se desculpar novamente. No telefone, porém, o pai parecia um pouco envergonhado. “Eu tive uma conversa com a minha filha”, disse ele. “Acontece que ocorreram algumas atividades em minha casa das quais eu não estava completamente ciente. Ela deve ter o bebê em agosto. Lhe devo um pedido de desculpas.
3. O Facebook sabe quando você vai começar a namorar
Você não precisa de dados tão precisos como um histórico de compras para identificar padrões e prever acontecimentos. O próprio Facebook divulgou na semana passada que consegue saber quando uma pessoa está prestes a mudar o seu status de relacionamento, apenas cruzando dados sobre suas interações dentro da rede. Não é preciso nem ler as mensagens que você troca via Inbox, basta identificar com quem você anda interagindo, se está postando na timeline dessa pessoa e com qual frequência. Daí surgiu um padrão: quando a troca de mensagens atinge um certo ritmo, significa que você está prestes a assumir um relacionamento público na rede social. Também é possível observar que, uma vez alterado o status, as interações entre timelines tendem a diminuir, porém a presença de palavras positivas como “feliz” e “amor” aumentam consideravelmente.
4. Aplicando mineração de dados no WhatsApp
De todos os serviços que utilizamos, é provável que o Facebook seja aquele que possui a maior quantidade de informa- ções precisas sobre nós. Ele não tenta adivinhar qual o seu cantor ou filme favorito, ele simplesmente sabe. Você forneceu essas informações de boa vontade quando preencheu o seu perfil. A Target conseguiu aumentar alguns bilhões de dólares no seu faturamento anual apenas criando estratégias de venda com base nas informações extraídas da mineração de dados. Mas ela é uma empresa varejista, diferente do Fa- cebook, que não comercializa nenhum produto. A rede de Mark Zuckerberg fatura com a venda de anúncios e, mais im- portante, ganha com a performance desses anúncios. Isso significa que, se ninguém clicar na publicidade que fica ali na barra lateral, quem sai perdendo é o Facebook. Por isso é muito importante que esses anúncios despertem interesse no usuário. Outras empresas também estão de olho nessas preciosas fontes de dados. No ano passado, o Snapchat declinou uma oferta de compra de 3 bilhões de dólares vinda do Facebook. Um mês depois, o Google teria oferecido 4 bilhões de dólares e também levou um “não”. Semana passada foi a vez da Rakuten (uma empresa que funciona como uma espécie de shopping on-line, abrigando várias lojas dentro de um mesmo domínio) fazer uma oferta milionária pelo Viber, um app de VoIP e mensagens instantâneas. O negócio foi fecha- do por 900 milhões de dólares.
5. É o fim da privacidade?
O mesmo risco que você corre hoje ao utilizar serviços on- line, continuará correndo se a compra for concretizada. Não há nenhum motivo novo para se preocupar. Não é como se, agora que o app foi vendido, os funcionários do Facebook fossem vasculhar cada uma de suas mensagens pessoais individualmente; isso é até inviável! O objetivo desses sistemas é analisar blocos gigantescos de dados em busca de padrões comportamentais. Além do mais, veja o caso da Target, que possui lojas físicas além do e-commerce. Ou seja, não foi preciso nem se conectar à internet. A prática de monitorar os “passos” do consumidor com o objetivo de exibir uma vitrine de ofertas mais relevante é muito comum também em sites de e-commerce e de vendas de passagens aéreas, só para citar mais exemplos. Também não sabemos ao certo qual o nível de acesso que o Facebook vai ter a essas mensagens. E, levando em consideração o formato do aplicativo, é improvável que mensagens publicitárias comecem a pipocar em sua conta num futuro próximo. De qualquer forma, para os mais paranoicos, vale ficar atento para o surgimento de anúncios de fraldas e roupas de bebê.
Releia o Texto 1 e leia os textos 2 e 3 para responder às questões de 11 a 14.
Mas são os usuários da internet que passam o maior tempo "logados", revela Ibope
A televisão é o meio preferido de comunicação dos brasileiros (76,4%), seguido da internet (13,1%). Os dados fazem parte da Pesquisa brasileira de mídia 2014 - Hábitos de consumo de mídia pela população brasileira, divulgada nesta sexta-feira (7) pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República.
Segundo a pesquisa, apesar de os usuários de internet passarem mais tempo navegando que os telespectadores passam assistindo a programas na TV, o alcance da televisão é muito maior que o da web nos lares brasileiros: só 3% dos entrevistados disseram não assistir nunca à televisão. No caso da internet, 53% dos entrevistados afirmaram não ter o hábito de acessar a rede mundial de computadores.
De acordo com a sondagem, de segunda a sexta-feira, os internautas ficam, em média, três horas e 39 minutos na internet, enquanto os telespectadores passam três horas e 29 mi- nutos vendo TV. Os que ouvem rádio nesse período dedicam três horas e sete minutos a esse hábito e os que leem jornais impressos, uma hora e cinco minutos.
Ainda segundo a pesquisa, enquanto 21% dos entrevistados com renda familiar de até um salário mínimo acessam a rede semanalmente, o índice sobe para 75% entre os que têm renda superior a cinco salários mínimos.
Os mais escolarizados também levam vantagem: 87% dos entrevistados com nível superior disseram que têm acesso à internet pelo menos uma vez por semana. Por outro lado, só 8% dos entrevistados que cursaram até a 4ª série acessam a rede mundial de computadores ao menos uma vez por semana.
Mídia impressa
Outro dado da pesquisa revela que 75% dos entrevistados nunca leem jornais e 85% nunca leem qualquer revista. Apenas 6% dos brasileiros entrevistados disseram ler jornais diariamente. Mesmo em baixa, o jornal impresso é o veículo apontado como de maior credibilidade: 53% das pessoas consultadas responderam que confiam sempre, ou muitas vezes, nos jornais.
A pesquisa foi realizada com o objetivo de saber por quais meios de comunicação o brasileiro se informa e também para subsidiar a elaboração da política de comunicação do governo federal. O Ibope Inteligência ouviu 18.312 pessoas em 848 municípios entre os dias 12 de outubro e 6 de novembro do ano passado. O levantamento custou R$ 2,4 milhões. (Da redação, com Agência Brasil)
Mas são os usuários da internet que passam o maior tempo "logados", revela Ibope
A televisão é o meio preferido de comunicação dos brasileiros (76,4%), seguido da internet (13,1%). Os dados fazem parte da Pesquisa brasileira de mídia 2014 - Hábitos de consumo de mídia pela população brasileira, divulgada nesta sexta-feira (7) pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República.
Segundo a pesquisa, apesar de os usuários de internet passarem mais tempo navegando que os telespectadores passam assistindo a programas na TV, o alcance da televisão é muito maior que o da web nos lares brasileiros: só 3% dos entrevistados disseram não assistir nunca à televisão. No caso da internet, 53% dos entrevistados afirmaram não ter o hábito de acessar a rede mundial de computadores.
De acordo com a sondagem, de segunda a sexta-feira, os internautas ficam, em média, três horas e 39 minutos na internet, enquanto os telespectadores passam três horas e 29 mi- nutos vendo TV. Os que ouvem rádio nesse período dedicam três horas e sete minutos a esse hábito e os que leem jornais impressos, uma hora e cinco minutos.
Ainda segundo a pesquisa, enquanto 21% dos entrevistados com renda familiar de até um salário mínimo acessam a rede semanalmente, o índice sobe para 75% entre os que têm renda superior a cinco salários mínimos.
Os mais escolarizados também levam vantagem: 87% dos entrevistados com nível superior disseram que têm acesso à internet pelo menos uma vez por semana. Por outro lado, só 8% dos entrevistados que cursaram até a 4ª série acessam a rede mundial de computadores ao menos uma vez por semana.
Mídia impressa
Outro dado da pesquisa revela que 75% dos entrevistados nunca leem jornais e 85% nunca leem qualquer revista. Apenas 6% dos brasileiros entrevistados disseram ler jornais diariamente. Mesmo em baixa, o jornal impresso é o veículo apontado como de maior credibilidade: 53% das pessoas consultadas responderam que confiam sempre, ou muitas vezes, nos jornais.
A pesquisa foi realizada com o objetivo de saber por quais meios de comunicação o brasileiro se informa e também para subsidiar a elaboração da política de comunicação do governo federal. O Ibope Inteligência ouviu 18.312 pessoas em 848 municípios entre os dias 12 de outubro e 6 de novembro do ano passado. O levantamento custou R$ 2,4 milhões. (Da redação, com Agência Brasil)
Mas são os usuários da internet que passam o maior tempo "logados", revela Ibope
A televisão é o meio preferido de comunicação dos brasileiros (76,4%), seguido da internet (13,1%). Os dados fazem parte da Pesquisa brasileira de mídia 2014 - Hábitos de consumo de mídia pela população brasileira, divulgada nesta sexta-feira (7) pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República.
Segundo a pesquisa, apesar de os usuários de internet passarem mais tempo navegando que os telespectadores passam assistindo a programas na TV, o alcance da televisão é muito maior que o da web nos lares brasileiros: só 3% dos entrevistados disseram não assistir nunca à televisão. No caso da internet, 53% dos entrevistados afirmaram não ter o hábito de acessar a rede mundial de computadores.
De acordo com a sondagem, de segunda a sexta-feira, os internautas ficam, em média, três horas e 39 minutos na internet, enquanto os telespectadores passam três horas e 29 mi- nutos vendo TV. Os que ouvem rádio nesse período dedicam três horas e sete minutos a esse hábito e os que leem jornais impressos, uma hora e cinco minutos.
Ainda segundo a pesquisa, enquanto 21% dos entrevistados com renda familiar de até um salário mínimo acessam a rede semanalmente, o índice sobe para 75% entre os que têm renda superior a cinco salários mínimos.
Os mais escolarizados também levam vantagem: 87% dos entrevistados com nível superior disseram que têm acesso à internet pelo menos uma vez por semana. Por outro lado, só 8% dos entrevistados que cursaram até a 4ª série acessam a rede mundial de computadores ao menos uma vez por semana.
Mídia impressa
Outro dado da pesquisa revela que 75% dos entrevistados nunca leem jornais e 85% nunca leem qualquer revista. Apenas 6% dos brasileiros entrevistados disseram ler jornais diariamente. Mesmo em baixa, o jornal impresso é o veículo apontado como de maior credibilidade: 53% das pessoas consultadas responderam que confiam sempre, ou muitas vezes, nos jornais.
A pesquisa foi realizada com o objetivo de saber por quais meios de comunicação o brasileiro se informa e também para subsidiar a elaboração da política de comunicação do governo federal. O Ibope Inteligência ouviu 18.312 pessoas em 848 municípios entre os dias 12 de outubro e 6 de novembro do ano passado. O levantamento custou R$ 2,4 milhões. (Da redação, com Agência Brasil)
Mas são os usuários da internet que passam o maior tempo "logados", revela Ibope
A televisão é o meio preferido de comunicação dos brasileiros (76,4%), seguido da internet (13,1%). Os dados fazem parte da Pesquisa brasileira de mídia 2014 - Hábitos de consumo de mídia pela população brasileira, divulgada nesta sexta-feira (7) pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República.
Segundo a pesquisa, apesar de os usuários de internet passarem mais tempo navegando que os telespectadores passam assistindo a programas na TV, o alcance da televisão é muito maior que o da web nos lares brasileiros: só 3% dos entrevistados disseram não assistir nunca à televisão. No caso da internet, 53% dos entrevistados afirmaram não ter o hábito de acessar a rede mundial de computadores.
De acordo com a sondagem, de segunda a sexta-feira, os internautas ficam, em média, três horas e 39 minutos na internet, enquanto os telespectadores passam três horas e 29 mi- nutos vendo TV. Os que ouvem rádio nesse período dedicam três horas e sete minutos a esse hábito e os que leem jornais impressos, uma hora e cinco minutos.
Ainda segundo a pesquisa, enquanto 21% dos entrevistados com renda familiar de até um salário mínimo acessam a rede semanalmente, o índice sobe para 75% entre os que têm renda superior a cinco salários mínimos.
Os mais escolarizados também levam vantagem: 87% dos entrevistados com nível superior disseram que têm acesso à internet pelo menos uma vez por semana. Por outro lado, só 8% dos entrevistados que cursaram até a 4ª série acessam a rede mundial de computadores ao menos uma vez por semana.
Mídia impressa
Outro dado da pesquisa revela que 75% dos entrevistados nunca leem jornais e 85% nunca leem qualquer revista. Apenas 6% dos brasileiros entrevistados disseram ler jornais diariamente. Mesmo em baixa, o jornal impresso é o veículo apontado como de maior credibilidade: 53% das pessoas consultadas responderam que confiam sempre, ou muitas vezes, nos jornais.
A pesquisa foi realizada com o objetivo de saber por quais meios de comunicação o brasileiro se informa e também para subsidiar a elaboração da política de comunicação do governo federal. O Ibope Inteligência ouviu 18.312 pessoas em 848 municípios entre os dias 12 de outubro e 6 de novembro do ano passado. O levantamento custou R$ 2,4 milhões. (Da redação, com Agência Brasil)
Mas são os usuários da internet que passam o maior tempo "logados", revela Ibope
A televisão é o meio preferido de comunicação dos brasileiros (76,4%), seguido da internet (13,1%). Os dados fazem parte da Pesquisa brasileira de mídia 2014 - Hábitos de consumo de mídia pela população brasileira, divulgada nesta sexta-feira (7) pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República.
Segundo a pesquisa, apesar de os usuários de internet passarem mais tempo navegando que os telespectadores passam assistindo a programas na TV, o alcance da televisão é muito maior que o da web nos lares brasileiros: só 3% dos entrevistados disseram não assistir nunca à televisão. No caso da internet, 53% dos entrevistados afirmaram não ter o hábito de acessar a rede mundial de computadores.
De acordo com a sondagem, de segunda a sexta-feira, os internautas ficam, em média, três horas e 39 minutos na internet, enquanto os telespectadores passam três horas e 29 mi- nutos vendo TV. Os que ouvem rádio nesse período dedicam três horas e sete minutos a esse hábito e os que leem jornais impressos, uma hora e cinco minutos.
Ainda segundo a pesquisa, enquanto 21% dos entrevistados com renda familiar de até um salário mínimo acessam a rede semanalmente, o índice sobe para 75% entre os que têm renda superior a cinco salários mínimos.
Os mais escolarizados também levam vantagem: 87% dos entrevistados com nível superior disseram que têm acesso à internet pelo menos uma vez por semana. Por outro lado, só 8% dos entrevistados que cursaram até a 4ª série acessam a rede mundial de computadores ao menos uma vez por semana.
Mídia impressa
Outro dado da pesquisa revela que 75% dos entrevistados nunca leem jornais e 85% nunca leem qualquer revista. Apenas 6% dos brasileiros entrevistados disseram ler jornais diariamente. Mesmo em baixa, o jornal impresso é o veículo apontado como de maior credibilidade: 53% das pessoas consultadas responderam que confiam sempre, ou muitas vezes, nos jornais.
A pesquisa foi realizada com o objetivo de saber por quais meios de comunicação o brasileiro se informa e também para subsidiar a elaboração da política de comunicação do governo federal. O Ibope Inteligência ouviu 18.312 pessoas em 848 municípios entre os dias 12 de outubro e 6 de novembro do ano passado. O levantamento custou R$ 2,4 milhões. (Da redação, com Agência Brasil)
O potencial do WhatsApp para o uso em mineração de dados.
1. Introdução
Qualquer pessoa com conhecimentos básicos de matemática consegue perceber que o valor fechado na compra do What-sApp pelo Facebook simplesmente não bate com o fatura- mento da empresa.19 bilhões de dólares em uma empresa que tem apenas 50 funcionários. O aplicativo possui uma quantidade expressiva de usuários ativos - cerca de 450 mi- lhões por mês - mas não possui um modelo de negócios muito rentável - uma assinatura de apenas um dólar por ano, contando a partir do segundo ano de uso. “O WhatsApp está a caminho de conectar 1 bilhão de pessoas. Os serviços que alcançam essa marca são todos incrivelmente valiosos", diz Mark Zuckerberg, CEO do Facebook.
2. A Target sabia que uma adolescente estava grávida an-tes mesmo dos pais dela
Duhigg explicou noThe New York Times como a Target - a segunda maior rede varejista dos Estados Unidos - estava utilizando o processo de mineração de dados para entender os hábitos de compra de seus clientes. Para isso, contrataram Andrew Pole, um mestre em economia e estatística, que assumiu o cargo de estatístico em 2002. Em sua base de dados, a empresa mantinha algumas informações dos clientes, como nome, e-mail e um histórico completo de tudo o que compravam em qualquer loja da rede.
Conforme o computador de Pole analisava os dados, ele foi capaz de identificar cerca de 25 produtos que, quando analisados em conjunto, lhe permitiram atribuir a cada cliente uma pontuação de “previsão de gravidez". Mais importante, ele também poderia estimar a data do parto para dentro de um pequeno intervalo de tempo, assim a Target poderia enviar cupons programados para estágios muito específicos de sua gravidez. A Target então começou a enviar cupons de des- conto de produtos relacionados a bebês para as futuras ma- mães, baseando-se nos padrões de compra identificados pelo software. Um dia, um pai entrou em uma das lojas da rede muito nervoso, solicitando falar com o gerente: “Minha filha recebeu essa carta pelo correio!", ele disse. “Ela ainda está no colegial e vocês estão enviando seus cupons de desconto de roupas de bebê e berços? Vocês estão tentando incentivá-la a engravidar?". O gerente não fazia ideia do que o homem estava falando. Ele olhou para a mala direta. Com certeza ela foi dirigida à filha do homem e continha propagan- das de roupas de maternidade, mobília do berçário e fotos de crianças sorridentes. O gerente pediu desculpas e, alguns dias depois, ligou para se desculpar novamente. No telefone, porém, o pai parecia um pouco envergonhado. “Eu tive uma conversa com a minha filha", disse ele. “Acontece que ocorreram algumas atividades em minha casa das quais eu não estava completamente ciente. Ela deve ter o bebê em agosto. Lhe devo um pedido de desculpas.
3. O Facebook sabe quando você vai começar a namorar
Você não precisa de dados tão precisos como um histórico de compras para identificar padrões e prever acontecimentos. O próprio Facebook divulgou na semana passada que consegue saber quando uma pessoa está prestes a mudar o seu status de relacionamento, apenas cruzando dados sobre suas interações dentro da rede. Não é preciso nem ler as mensagens que você troca via Inbox, basta identificar com quem você anda interagindo, se está postando na timeline dessa pessoa e com qual frequência. Daí surgiu um padrão: quando a troca de mensagens atinge um certo ritmo, significa que você está prestes a assumir um relacionamento público na rede social. Também é possível observar que, uma vez alterado o status, as interações entre timelines tendem a diminuir, porém a presença de palavras positivas como “feliz" e “amor" aumentam consideravelmente.
4. Aplicando mineração de dados no WhatsApp
De todos os serviços que utilizamos, é provável que o Facebook seja aquele que possui a maior quantidade de informa- ções precisas sobre nós. Ele não tenta adivinhar qual o seu cantor ou filme favorito, ele simplesmente sabe. Você forneceu essas informações de boa vontade quando preencheu o seu perfil. A Target conseguiu aumentar alguns bilhões de dólares no seu faturamento anual apenas criando estratégias de venda com base nas informações extraídas da mineração de dados. Mas ela é uma empresa varejista, diferente do Fa- cebook, que não comercializa nenhum produto. A rede de Mark Zuckerberg fatura com a venda de anúncios e, mais im- portante, ganha com a performance desses anúncios. Isso significa que, se ninguém clicar na publicidade que fica ali na barra lateral, quem sai perdendo é o Facebook. Por isso é muito importante que esses anúncios despertem interesse no usuário. Outras empresas também estão de olho nessas preciosas fontes de dados. No ano passado, o Snapchat declinou uma oferta de compra de 3 bilhões de dólares vinda do Facebook. Um mês depois, o Google teria oferecido 4 bilhões de dólares e também levou um “não". Semana passada foi a vez da Rakuten (uma empresa que funciona como uma espécie de shopping on-line, abrigando várias lojas dentro de um mesmo domínio) fazer uma oferta milionária pelo Viber, um app de VoIP e mensagens instantâneas. O negócio foi fecha- do por 900 milhões de dólares.
5. É o fim da privacidade?
O mesmo risco que você corre hoje ao utilizar serviços on- line, continuará correndo se a compra for concretizada. Não há nenhum motivo novo para se preocupar. Não é como se, agora que o app foi vendido, os funcionários do Facebook fossem vasculhar cada uma de suas mensagens pessoais individualmente; isso é até inviável! O objetivo desses sistemas é analisar blocos gigantescos de dados em busca de padrões comportamentais. Além do mais, veja o caso da Target, que possui lojas físicas além do e-commerce. Ou seja, não foi preciso nem se conectar à internet. A prática de monitorar os “passos" do consumidor com o objetivo de exibir uma vitrine de ofertas mais relevante é muito comum também em sites de e-commerce e de vendas de passagens aéreas, só para citar mais exemplos. Também não sabemos ao certo qual o nível de acesso que o Facebook vai ter a essas mensagens. E, levando em consideração o formato do aplicativo, é improvável que mensagens publicitárias comecem a pipocar em sua conta num futuro próximo. De qualquer forma, para os mais paranoicos, vale ficar atento para o surgimento de anúncios de fraldas e roupas de bebê.
Mas são os usuários da internet que passam o maior tempo "logados", revela Ibope
A televisão é o meio preferido de comunicação dos brasileiros (76,4%), seguido da internet (13,1%). Os dados fazem parte da Pesquisa brasileira de mídia 2014 - Hábitos de consumo de mídia pela população brasileira, divulgada nesta sexta-feira (7) pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República.
Segundo a pesquisa, apesar de os usuários de internet passarem mais tempo navegando que os telespectadores passam assistindo a programas na TV, o alcance da televisão é muito maior que o da web nos lares brasileiros: só 3% dos entrevistados disseram não assistir nunca à televisão. No caso da internet, 53% dos entrevistados afirmaram não ter o hábito de acessar a rede mundial de computadores.
De acordo com a sondagem, de segunda a sexta-feira, os internautas ficam, em média, três horas e 39 minutos na internet, enquanto os telespectadores passam três horas e 29 mi- nutos vendo TV. Os que ouvem rádio nesse período dedicam três horas e sete minutos a esse hábito e os que leem jornais impressos, uma hora e cinco minutos.
Ainda segundo a pesquisa, enquanto 21% dos entrevistados com renda familiar de até um salário mínimo acessam a rede semanalmente, o índice sobe para 75% entre os que têm renda superior a cinco salários mínimos.
Os mais escolarizados também levam vantagem: 87% dos entrevistados com nível superior disseram que têm acesso à internet pelo menos uma vez por semana. Por outro lado, só 8% dos entrevistados que cursaram até a 4ª série acessam a rede mundial de computadores ao menos uma vez por semana.
Mídia impressa
Outro dado da pesquisa revela que 75% dos entrevistados nunca leem jornais e 85% nunca leem qualquer revista. Apenas 6% dos brasileiros entrevistados disseram ler jornais diariamente. Mesmo em baixa, o jornal impresso é o veículo apontado como de maior credibilidade: 53% das pessoas consultadas responderam que confiam sempre, ou muitas vezes, nos jornais.
A pesquisa foi realizada com o objetivo de saber por quais meios de comunicação o brasileiro se informa e também para subsidiar a elaboração da política de comunicação do governo federal. O Ibope Inteligência ouviu 18.312 pessoas em 848 municípios entre os dias 12 de outubro e 6 de novembro do ano passado. O levantamento custou R$ 2,4 milhões. (Da redação, com Agência Brasil)
Relacionando os objetivos da mineração de dados e da in- vasão da privacidade das pessoas na web, abordado no Texto 1, com os resultados das pesquisas apresentados no Texto 4, conclui-se que, no Brasil,