Texto 1
A alienação do trabalhador na era industrial
Assim que as indústrias passaram a dominar o
processo de produção, notamos que a tecnologia empregada
não só determinava a redução dos custos e a ampliação dos
lucros da empresa. Cada vez que novas máquinas eram
criadas, milhares de trabalhadores eram dispensados das
fábricas e aqueles que permaneciam eram designados a
realizar uma mesma ação cada vez mais específica do
processo de produção.
Vivenciando a rotina de uma função que poderia ser
exercida por qualquer outra pessoa e percebendo a existência
de vários desempregados interessados em exercer aquela
mesma função, o operário concordava em receber um baixo
salário pelo seu trabalho. Além disso, devemos destacar que
esse operário não tinha mais ciência de todas as etapas que
envolviam a riqueza que ele produzia. Na verdade, ele nem
mesmo sabia quantificar quantas mercadorias ou qual o valor
dos bens que produziu em uma jornada de trabalho.
É nessa situação específica que a alienação dos
trabalhadores passou a ser reconhecida por aqueles que
estudam o desenvolvimento da sociedade industrial. O
trabalhador não está alienado ao valor da riqueza que produz
devido a uma opção própria. Na verdade, ele se submete a
essa situação por não mais ter acesso aos meios de produção
(no caso, as máquinas) e também por exercer uma tarefa tão
específica que não consegue mais projetar o preciso valor da
riqueza que ele ajuda a criar.
SOUSA, Rainer Gonçalves. A alienação do trabalhador na Era Industrial.
Disponível em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/aalienacao-trabalhador-na-era-industrial.htm>. Acesso em: 19 ago. 2023.
[Adaptado].