Questões de Concurso Público SUSEP 2006 para Agente Executivo
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I. Finalmente, promover a dor por meio do labor tornou-se até uma dimensão social da própria atividade laborativa.
II. Viver simplesmente a vida passou a ter um custo que a simples atividade laborativa não consegue atender.
III. Com isso, pela tecnologia, até as mais privadas das atividades humanas, como beber e respirar, tornam-se públicas.
IV. Esse mascaramento da atividade laborativa, pela tecnologia, resulta na venda de uma força de trabalho pouco quali?cada.
Estão gramaticalmente corretos e coerentes com a argumentação do texto apenas os itens.
As reformas civilizatórias do capitalismo contemporâneo deixaram de acontecer no Brasil. Assim, sem revoluções e sem reformas consideráveis, o padrão distributivo não seria modi? cado. A ausência de democracia consolidada parece ser a grande razão do conservadorismo e da concentração do poder. Dos mais de cinco séculos de existência, o Brasil não tem 50 anos de regime democrático. É claro que não se pode chamar de democracia o que ocorria durante a fase imperial do século XIX e a República Velha (1889 a 1930). Tratava-se de um regime censitário, capaz de disponibilizar o voto tão-somente para a população masculina que tinha posses e renda, que compreendia cerca de 5% da população. Deve ser lembrado ainda que as eleições não eram secretas. Somente a partir da década de 30 é que o Brasil avançou para consolidar o voto secreto e universal, mesmo que deixando de fora a população analfabeta.
Herdeiro de uma experiência extremamente rica, mas esgotada pelo autoritarismo, o socialismo dos nossos tempos já não pode utilizar os referenciais do passado e ainda não tem referenciais estratégicos para encaminhar seu futuro. Está condenado a sobreviver politicamente por meio de projetos e programas de administração “humanizada” do capitalismo global, o que lhe infunde permanentes crises de identidade e traumáticas experiências de poder conforme a maior ou menor solidez ideológica dos partidos que o representam.
A concepção moderna de Estado tem raízes no pensamento ético de Kant e de Hegel e o apresenta como uma realização da idéia moral, para o primeiro, ou como a substância ética consciente de si mesma, para o segundo. Para esses pensadores, o Estado seria o apogeu do desenvolvimento moral, substituiria a família, e com o direito produzido, racional, imparcial e justo, substituiria a consciência ética dos indivíduos, que, embora reti? cadora da ação humana, se revelaria, na prática, inviável, por ser incoercível.
Na compreensão marxista de Estado, esse é um mecanismo controlador dos cidadãos comuns, das relações de propriedade, do regime de alternância dos seus poderes políticos. É a concepção ideológica e econômica do Estado que determina a concentração de riqueza material e espiritual nas mãos de poucos e condena a maioria da população à pobreza material e a sobreviver sem escolas, sem instrução que lhes possibilite ascensão social e sem educação que lhes permita sair da dependência da elite dominadora. Esse conceito tem caráter trágico e escatológico, pois prega o fim do Estado como único modo de se construir uma sociedade materialmente justa.
Assinale a opção que corresponde a erro de grafia ou de desobediência às regras da norma escrita padrão.
O debate atual sobre a trajetória da economia brasileira ___1___marcado por uma interpretação dominante, que sugere que a retomada do crescimento em patamares mais elevados, a partir do último trimestre de 2005, ___2___ decorrência inevitável de se ter assegurado a estabilidade da in?ação e da dívida pública, ___3___ melhoria das contas externas. Esse quadro de estabilidade renovada e redução da vulnerabilidade externa permitiria o relaxamento da política monetária, ___4___ dinamização da demanda. Ao mesmo tempo, as reformas microeconômicas incentivariam a ampliação da oferta, completando o quadro de estímulo ao crescimento. é foi simultâneo com a permitindo à
O governo Juscelino Kubitschek de Oliveira (1956-61) __1__mudado a ?sionomia do Brasil. A acumulação industrial do Programa de Metas prosseguiu liderada pela industrialização pesada, __2__concentração crescente no espaço paulista, o que provocou vários con? itos entre as burguesias cafeeira e industrial __3__da política de câmbio múltiplo, que prejudicava a primeira e bene?ciava a segunda. O Rio de Janeiro, por sua vez, continuou __4__ centro intelectual do projeto nacional-desenvolvimentista. Os efeitos multiplicadores do Programa de Metas na economia brasileira foram imensos (Jaguaribe, 2003). A atuação dos Grupos de Executivos e do BNDE, as encomendas da Petrobrás à indústria naval e ao setor de bens de capital, a siderurgia, a mineração e a metalurgia em Minas Gerais, os desdobramentos regionais dos projetos da Vale do Rio Doce, a construção de estradas foram centrais ___5___classe industrial brasileira
Consoante a compreensão moderna, o Estado é apresentado como uma criação da razão humana e, __1__, se nos apresenta como um ente ético superior __2__ função é distribuir a justiça entre os cidadãos e consolidar uma instância terrena de ordem e de paz. O Estado __3__ um bem, uma necessidade, e __4__ acima dos con?itos e dos interesses individuais. __5__, o Direito egislado pelo Estado seria racional, genérico, impessoal e eticamente comprometido com o ?m da justiça. Tal é a visão moderna e racionalista do Estado.
Todo o Brasil está sendo testemunha de um clamor generalizado __1__“silêncio dos intelectuais", título de um ciclo de conferências realizadas em várias cidades do Brasil. Evidentemente há uma boa dose de oportunismo em algumas dessas cobranças, feitas por pessoas mais interessadas __2__ atacar o governo que em implantar o reino da moralidade pública, __3__ as críticas contêm no avesso algo de positivo: um reconhecimento da importância do intelectual e mesmo uma indicação implícita dos rumos __4__ deveriam ser seguidos __5__ sua função se tornasse mais e? caz.
A literatura política moderna de? ne o Estado como um conjunto de indivíduos que têm(1) a mesma origem étnica(2), cultural e histórica (povo) e que se estabeleceu em um determinado espaço físico (território) no qual(3) elegeu um governo civil soberano. Nessa de?nição teórica está conjugado(4) os principais elementos da sociedade política organizada denominada de Estado: o povo, o território e o governo soberano. Soberania signi?ca a capacidade que tem o Estado de editar a lei e impor ao povo o seu cumprimento (soberania interna) e ainda fazer-se(5) respeitar no concerto externo das comunidades internacionais (soberania externa)
A Justiça é,(1) antes de tudo,(1) uma preocupação antropológica e ?losó?ca do homem. Resulta da consciência de sua dignidade e da dimensão ontológica do ser humano. Por sua dimensão ética,(2) o homem tem a noção do bem e do mal,(3) da verdade e do erro. É livre, tem livre arbítrio,(4) pois sabe quando está agindo com correção ou com erro. A Justiça nasce, subjetivamente, da verdade humana mais intrínseca,(5) de seu sentimento e de sua re?exão sobre o bem e sobre a verdade na sua relação com os outros homens.
( ) Em todos esses casos, os intelectuais falaram. Nos anos 50, eles foram a voz de uma nação ainda mergulhada nas névoas da consciência ingênua; nos anos 60, a de uma classe social que ainda não podia falar por si mesma; e nos anos 70, a de uma sociedade amordaçada.
( ) Ele não faltou também nos anos 60, quando os intelectuais, de modo geral, se tornaram marxistas e, pelo menos na variante gramsciana do marxismo, se percebiam como a consciência política do proletariado, como seus “intelectuais orgânicos”.
( ) Reconhecimento foi o que não faltou aos intelectuais nos anos 50, quando esses se viam e eram vistos como articuladores teóricos de um grande projeto nacional-desenvolvimentista, e sentiam-se investidos da missão histórica de ajudar a nação a passar do estágio da “consciência ingênua” para o da “consciência crítica”
( ) Não faltou reconhecimento, en?m, nos anos 70, quando os intelectuais passaram a representar a democracia, que entrara em eclipse com o advento do regime militar.