Questões de Concurso Público CGU 2012 para Analista de Finanças e Controle, prova 1 - Conhecimentos gerais
Foram encontradas 35 questões
questões 4 e 5.
A queda no crescimento da economia no Brasil
I. tem motivos causados pela desvalorização do real: otimismo no mercado americano (depois da crise); nova definição de recessão na zona do euro e a China com desaceleração do mercado.
II. pode ser relacionada a quatro fatores: otimismo no mercado americano, recessão na zona do euro, desaceleração na China e valorização cambial do real.
III. deve-se a acontecimentos internacionais, como a alta das ações americanas, a desindustrialização da China, a queda na zona do euro, com valorização cambial.
Preservando a coerência e a correção gramatical,
questões 4 e 5.
O “jogo” civilizatório da redistribuição melhorou de forma espetacular a inclusão social, ampliou o mercado interno e funcionou muito bem aumentando a demanda global. Infelizmente não acompanhamos o mesmo ritmo e, com a mesma disposição, a ampliação da oferta global. Está esgotado o espaço disponível. O resultado natural é que a diferença entre a demanda e a oferta globais se dissipa, inexoravelmente, em um aumento da inflação interna nos preços dos bens não transacionáveis (os serviços) e externamente, em uma ampliação do déficit em conta corrente. O efeito colateral muito importante desse processo é a imensa valorização da relação câmbio nominal/salário nominal, que é o indicador do câmbio “real”.
(Adaptado de Antonio Delfim Netto, Emergência e Reformas. Carta Capital, 18 de abril de 2012, p. 37)
Inicialmente, é necessário considerar __(1)__ o crescimento da oferta de crédito deve ocorrer sempre de maneira sustentada e sem aumento __(2)__ riscos sistêmicos. A recente crise do subprime nos EUA e os problemas fiscais na zona do euro são evidências claríssimas dos riscos do excesso de alavancagem e da imprudência na concessão de crédito __(3)__ bancos. Medidas do governo para forçar os bancos – públicos ou privados – a __(4)__ mais com taxas artificialmente baixas __(5)__ levar à formação de bolhas no mercado de crédito __(6)__ consequências imprevisíveis para a estabilidade financeira sistêmica.
(Adaptado de Gustavo Loyola, Baixar “spreads” exige medidas sutentáveis. O Estado de São Paulo, 21 de abril de 2012)
Uma mera observação __(1)__olho nu já basta para constatar que parcela relevante do spread está ligada direta ou indiretamente, __(2)__ políticas públicas, sejam tributárias regulatórias ou de outra natureza. Parece, pois, difícil avançar na questão dos spreads, sem que tais políticas sejam, no mínimo, reavaliadas, obviamente não perdendo de vista os legítimos objetivos de cada uma delas.
Por outro lado, o aumento da eficiência do sistema bancário é igualmente relevante para __(3)__ queda dos spreads. Isso sugere que “parte da bola”, pelo menos, está com os bancos, públicos e privados, que devem se tornar cada vez mais eficientes nas funções de intermediários financeiros. Em suma, é necessário um permanente diálogo entre o setor bancário e o governo, com vistas __(4)__ implementação de medidas sustentáveis para redução de spread, objetivo que deve ser atingido sem ameaças __(5)__ estabilidade financeira.
(Adaptado de Gustavo Loyola, Baixar “spreads” exige medidas sutentáveis. O Estado de São Paulo, 21 de abril de 2012)
O principal componente dos juros é a taxa Selic. É referência de custo de captação: ______(1)_______ em títulos públicos, o depositante não aceitará do banco remuneração muito inferior à Selic.
Para o banco, a Selic sinaliza o custo de oportunidade: ________(2)_______ ao Tesouro à taxa Selic, só emprestará a terceiros a juros maior, pois maior é o risco.
(Adaptado de Joca Levy, Juros, demagogia e bravatas. O Estado de São Paulo, 21 de abril de 2012)
A dívida pública brasileira é uma velha herança. ____(A)_____aumentou consideravelmente nos anos 80, ____(B)_____ os juros internacionais subiram muito. Mais de 40 países foram arrastados pela crise da dívida, a partir de 1982. ____(C)____ seus governos foram capazes de reorganizar as contas públicas e de reduzir o peso da dívida. ____(D)____o Brasil continuou prisioneiro do endividamento inflado naquele período e, além disso, permitiu o aumento de seu peso nos anos seguintes. ____(E)____, a carga tributária brasileira é maior que a de todos ou quase todos os países emergentes e até mais pesada que a de algumas economias avançadas, como os EUA e o Japão.
(Adaptado de O Estado de São Paulo, Notas & Informações. 21 de abril de 2012)
É mais do que evidente que a persistente supervalorização do real colocou setores importantes da indústria brasileira “fora do negócio”: primeiro ___(A)___ as importações (chinesas substancialmente, mas com fronteiras abertas aos demais concorrentes), ____(B)____ da produção nacional voltada para o mercado interno; em segundo lugar, ____(C)____ as exportações brasileiras porque bloqueou a capacidade de competição de nossa indústria no exterior, em mercados ____(D)____ tínhamos forte presença. Os regimes democráticos têm uma característica: ____(E)____ pode mobiliza legalmente suas forças na defesa de seus interesses. Não devemos ter ilusões.
(Adaptado de Antonio Delfim Netto, Emergência e Reformas. Carta Capital, 18 de abril de 2012, p. 37)
Deve-se rejeitar o argumento de que(A) uma das causas da baixa competitividade da indústria seja(B) o alto custo do trabalho. Não se combate a perda(C) de competitividade com redução de direitos trabalhistas. Pelo contrário, foi(D) precisamente a elevação(E) dos salários e a crescente formalização do trabalho os fatores responsáveis pelo aumento do poder aquisitivo da população e a ampliação de nosso mercado interno.
(Adaptado de Júlio Miragaya, Desindustrialização e baixo crescimento econômico - Correio Braziliense, 23 de abril de 2012)
A dívida pública mobiliária tem algumas características específicas. No que diz respeito à participação dos indexadores da dívida, continua crescendo a participação dos títulos atrelados à Selic (64,6% do total), ___________ sua alta rentabilidade, segurança e liquidez; enquanto os títulos
prefixados mantêm uma posição em torno de 35,5%. Quanto ao prazo, os títulos emitidos pelo BCB e pelo Tesouro Nacional têm prazo médio de 40,19 meses.
(http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/publicacoes/cartaconjuntura/carta05/7 - acesso em 29/4/2012)
Mudanças mais amplas nas leis materiais e processuais são imprescindíveis. Deve-se mitigar os exageros de leitura do direito de ampla defesa, permitindo a rápida apropriação de garantias, assegurado ao devedor o direito de posterior discussão. Litígios de devedores de má-fé, esmagadora maioria, praticamente desapareceriam. Com maior previsibilidade na execução dos contratos, a queda dos juros seria expressiva.
(Adaptado de Joca Levy, Juros, demagogia e bravatas. O Estado de São Paulo, 21 de abril de 2012)