Questões de Concurso Público Prefeitura de Itambé - PE 2024 para Monitor
Foram encontradas 10 questões
Leia o texto abaixo:
TEXTO I:
molhar as plantas
tudo tem barulho de mar
enceradeira isopor carro
em movimento aerosol
espirro pistola moeda
telha bombardeio cigarro
queimando pia degradê
cãimbra inseto monge
sua vizinha o futuro
tem barulho de mar
na camiseta no quadro
chinelo aeroporto gaiola
panela caverna birita
beijo tem biblioteca
também um curió bola
de chiclete sobretudo
um dinossauro alado
tem mar de todo tipo
de barulho e dentro
de cada mar um ralo
entupido de cabelos.
Fonte: Bruna Beber, Rua da Padaria (2013).
Com base no texto fornecido, responda:
Qual das alternativas abaixo melhor descreve a
função predominante da linguagem neste texto?
Observe a tirinha e depois indique a opção correta da questão:
Fonte:https://i.pinimg.com/564x/6b/c5/89/6bc589d7bf3d304cd3f890c954a36c31.jpg
Observe a tirinha e depois indique a opção correta da questão:
Fonte:https://i.pinimg.com/564x/6b/c5/89/6bc589d7bf3d304cd3f890c954a36c31.jpg
Leia o texto abaixo e responda a quesão a seguir:
Texto 1
"É difícil saber qual é nossa primeira recordação. Lembro distintamente o dia em que completei três anos. Lembro-me de quanto me senti importante. Tomávamos o chá no jardim — uma parte do jardim em que, anos mais tarde, uma rede balançava, suspensa entre duas árvores. A mesa estava repleta de doces, o bolo de aniversário era coberto de glacê e exibia as tradicionais velas. Três Velas. E uma excitante ocorrência — uma minúscula aranha vermelha, tão pequena que eu mal podia enxergá-la, surgira correndo pela toalha. E minha mãe dissera: “É uma aranha que dá sorte, Agatha, um bom augúrio para seu aniversário...”
Texto 2:
"A lebre vivia zombando da tartaruga, porque ela andava muito devagar. Um dia, cansada das humilhações da lebre, a tartaruga propôs-lhe uma corrida entre as duas. A lebre achou a ideia ridícula, porque tinha a certeza que ganharia, e aceitou o desafio rindo: — Aceito o desafio, lebre. Com essa, vou me divertir ainda mais da sua lerdeza."
Texto 3:
"Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía “as reinações de Narizinho”, de Monteiro Lobato.
Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.
Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam. No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo.
Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscálo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.
Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do “dia seguinte” com ela ia se repetir com meu coração batendo.
E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia
que era tempo indefinido, enquanto o fel não
escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a
adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes
adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito:
como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando
danadamente que eu sofra."
Leia o texto abaixo e responda a quesão a seguir:
Texto 1
"É difícil saber qual é nossa primeira recordação. Lembro distintamente o dia em que completei três anos. Lembro-me de quanto me senti importante. Tomávamos o chá no jardim — uma parte do jardim em que, anos mais tarde, uma rede balançava, suspensa entre duas árvores. A mesa estava repleta de doces, o bolo de aniversário era coberto de glacê e exibia as tradicionais velas. Três Velas. E uma excitante ocorrência — uma minúscula aranha vermelha, tão pequena que eu mal podia enxergá-la, surgira correndo pela toalha. E minha mãe dissera: “É uma aranha que dá sorte, Agatha, um bom augúrio para seu aniversário...”
Texto 2:
"A lebre vivia zombando da tartaruga, porque ela andava muito devagar. Um dia, cansada das humilhações da lebre, a tartaruga propôs-lhe uma corrida entre as duas. A lebre achou a ideia ridícula, porque tinha a certeza que ganharia, e aceitou o desafio rindo: — Aceito o desafio, lebre. Com essa, vou me divertir ainda mais da sua lerdeza."
Texto 3:
"Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía “as reinações de Narizinho”, de Monteiro Lobato.
Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.
Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam. No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo.
Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscálo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.
Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do “dia seguinte” com ela ia se repetir com meu coração batendo.
E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia
que era tempo indefinido, enquanto o fel não
escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a
adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes
adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito:
como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando
danadamente que eu sofra."