Questões de Concurso Público Prefeitura de Pedro Velho - RN 2025 para Terapeuta Ocupacional
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Leia o texto a seguir:
Estudo realizado com 800 pares de gêmeos indica que DNA é o fator que mais influencia no bem-estar de uma pessoa – não o que ela vive durante a vida.
O que mais influi na felicidade de uma pessoa? As experiências que ela tem durante a vida? Ou características previamente escritas em seu código genético? Essa discussão, que mobiliza a ciência há décadas, acaba de ser desequilibrada a favor de um lado: o DNA. Foi o que concluiu um estudo feito pela Universidade de Edimburgo, na Escócia, que analisou 837 pares de gêmeos. Cada par de gêmeos havia sido criado na mesma casa, pelos mesmos pais, e por isso teve experiências parecidas na vida. Metade dos gêmeos era univitelina, ou seja, com DNA idêntico, e a outra metade bivitelina, com DNA diferente. O objetivo do estudo foi comparar univitelinos e bivitelinos, e com isso identificar a influência do DNA sobre determinadas características do ser humano – inclusive de quem não é gêmeo.
Os voluntários responderam a questionários que mediam vários aspectos do bem-estar psicológico, como o grau de autonomia da pessoa e sua capacidade de ter relacionamentos saudáveis. Os gêmeos univitelinos, de DNA igual, tiveram pontuação mais parecida que os bivitelinos – que têm DNA diferentes, mas cresceram no mesmo ambiente. Ou seja: na prática, o DNA influencia mais que o ambiente no grau de felicidade da pessoa. "Houve influências genéticas substanciais em todos os componentes", diz o psicólogo Timothy Bates, autor do estudo. "Já os efeitos do ambiente foram insignificantes". Em suma: cada pessoa tende a um nível natural de felicidade, que já vem programado no seu código genético. Lembre-se disso na próxima vez em que você estiver muito feliz – ou infeliz.
Fonte: Superinteressante, Julho/2012.
Após efetuar a leitura do texto, é correto afirmar que:
I. O estudo realizado com gêmeos univitelinos e bivitelinos sugere que as experiências de vida têm um impacto significativo e indispensável no bem-estar psicológico dos indivíduos.
II. A pesquisa conclui que a genética exerce uma influência preponderante sobre o grau de felicidade, em comparação ao ambiente em que a pessoa é criada.
III. Os gêmeos univitelinos apresentaram pontuações de bem-estar psicológico mais similares entre si do que os gêmeos bivitelinos.
IV. O estudo desconsidera a influência do ambiente na formação do bem-estar psicológico das pessoas.
Leia o texto a seguir:
Das vantagens de ser bobo
O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar no mundo.
O bobo é capaz de ficar sentado, quase sem se mexer por duas horas. Se perguntando por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando."
Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a ideia.
O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não veem.
Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os veem como simples pessoas humanas.
O bobo ganha liberdade e sabedoria para viver.
O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.
Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro.
Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e portanto estar tranquilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado.
O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo nem nota que venceu.
Aviso: não confundir bobos com burros.
Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"
Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!
Os bobos, com suas palhaçadas, devem estar todos no céu.
Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.
O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos.
Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos.
Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham vida.
Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.
Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!
Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas.
É quase impossível evitar excesso de amor que um bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.
Clarice Lispector, a descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.
Com base em sua análise, assinale a alternativa que apresenta uma interpretação correta de um conceito linguístico ou retórico presente no texto:
Identifique a função da linguagem predominante no texto a seguir:
Então escrever é o modo de quem tem a palavra como isca: a palavra pescando o que não é palavra. Quando essa não palavra – a entrelinha – morde a isca, alguma coisa se escreveu. Uma vez que se pescou a entrelinha, poder-se-ia com alívio jogar a palavra fora. Mas aí cessa a analogia: a não palavra, ao morder a isca, incorporoua. O que salva então é ler distraidamente. (Clarice Lispector)
I. O terapeuta ocupacional deve sempre respeitar a autonomia do paciente, porém, em situações em que o paciente apresente comprometimentos cognitivos ou emocionais que limitem sua capacidade de decisão, o profissional pode intervir, desde que respeite o princípio da beneficência. Nesses casos, a intervenção pode incluir a recomendação de medidas que contrariem diretamente os desejos do paciente, considerando o bem-estar e a dignidade como prioridades absolutas, mesmo sem a necessidade de uma avaliação da equipe multiprofissional.
II. A confidencialidade das informações obtidas durante o tratamento é um princípio essencial na prática do terapeuta ocupacional, contudo, pode ser quebrada em casos onde o próprio paciente autoriza formalmente ou em situações de ordem judicial. Além disso, a violação do sigilo pode ocorrer sem o consentimento do paciente, caso o profissional julgue que a situação implica em risco iminente para a vida de terceiros ou para a segurança pública, conforme previsto nos princípios de justiça e proteção da vida.
III. A abordagem biopsicossocial utilizada na Terapia Ocupacional implica que o terapeuta deve considerar não apenas os aspectos físicos e mentais do paciente, mas também as condições sociais e culturais. No entanto, o princípio da justiça obriga que o terapeuta adote intervenções padronizadas para todos os pacientes, independentemente de diferenças socioeconômicas ou culturais, visando garantir a equidade no tratamento.
IV. Em situações de urgência e emergência, quando o terapeuta ocupacional se depara com crises de saúde, como paradas cardíacas ou convulsões, ele pode administrar medicamentos ou realizar intervenções invasivas de acordo com a legislação vigente, desde que tenha formação complementar específica. Essa atuação é justificada pelo princípio da beneficência, que prioriza a preservação da vida do paciente acima de qualquer restrição técnica ou legal.
Assinale a alternativa correta:
I. O controle motor do sistema nervoso central envolve a coordenação de movimentos complexos por meio de vias eferentes, sendo as fibras corticoespinhais responsáveis pela modulação de reflexos espinhais e pelo controle voluntário.
II. A fisiologia do movimento depende diretamente da ativação das placas motoras, que transmitem o impulso nervoso para os músculos esqueléticos, desencadeando a contração muscular através do influxo de cálcio nos túbulos T.
III. No contexto de uma lesão no sistema nervoso periférico, a recuperação funcional pode ser facilitada pela plasticidade cerebral, permitindo a reorganização sináptica no córtex motor e nas vias espinhais secundárias.
IV. A interrupção do arco reflexo espinhal em casos de lesão medular impede completamente a recuperação motora, mesmo com a reabilitação adequada, devido à perda definitiva de condução nervosa.
Quais estão corretas?