Questões de Concurso Público COSANPA 2017 para Encanador

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Q2726959 Português

LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DE 1 A 10.


O substituto da vida


1 Quando meu instrumento de trabalho era a máquina de escrever, eu me

2 sentava a ela, punha uma folha de papel no rolo, escrevia o que tinha de

3 escrever, tirava o papel, lia o que escrevera, aplicava a caneta sobre os

4 xxxxxxxx ou fazia eventuais emendas e, se fosse o caso, batia o texto a limpo.

5 Relia-o para ver se era aquilo mesmo, fechava a máquina, entregava a matéria

6 e ia à vida.

7 Se trabalhasse num jornal, isso incluiria discutir futebol com o pessoal da

8 editoria de esporte, paquerar a diagramadora do caderno de turismo, ir à

9 esquina comer um pastel ou dar uma fugida ao cinema à tarde – em 1968,

10 escapei do "Correio da Manhã", na Lapa, para assistir à primeira sessão de

11 "2001" no dia da estreia, em Copacabana, e voltei maravilhado à Redação para

12 contar a José Lino Grünewald.

13 Se já trabalhasse em casa, ao terminar de escrever eu fechava a

14 máquina e abria um livro, escutava um disco, dava um pulo rapidinho à praia, ia

15 ao Centro da cidade varejar sebos ou fazia uma matinê com uma namorada. Só

16 reabria a máquina no dia seguinte.

17 Hoje, diante do computador, termino de produzir um texto, vou à lista de

18 mensagens para saber quem me escreveu, deleto mensagens inúteis, respondo

19 às que precisam de resposta, eu próprio mando mensagens inúteis, entro em

20 jornais e revistas online, interesso-me por várias matérias e vou abrindo-as uma

21 a uma. Quando me dou conta, já é noite lá fora e não saí da frente da tela.

22 Com o smartphone seria pior ainda. Ele substituiu a caneta, o bloco, a

23 agenda, o telefone, a banca de jornais, a máquina fotográfica, o álbum de fotos,

24 a câmera de cinema, o DVD, o correio, a secretária eletrônica, o relógio de

25 pulso, o despertador, o gravador, o rádio, a TV, o CD, a bússola, os mapas, a

26 vida. É por isto que nem lhe chego perto – temo que ele me substitua também.


Ruy Castro
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2016/01/1725103-o-substituto-davida.shtml?cmpid=compfb. Acesso em: 07 jan. 2016


Léxico:

“2001”: 2001- Uma odisseia no espaço, filme de Stanley Kübrick, lançado no Brasil em 1968.

José Lino Grünewald: poeta, tradutor, crítico de cinema, música popular brasileira e literatura, e jornalista brasileiro.

O texto “O substituto da vida” apresenta características que permitem enquadrá-lo no gênero crônica, pois nele o autor

Alternativas
Q2726960 Português

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O substituto da vida


1 Quando meu instrumento de trabalho era a máquina de escrever, eu me

2 sentava a ela, punha uma folha de papel no rolo, escrevia o que tinha de

3 escrever, tirava o papel, lia o que escrevera, aplicava a caneta sobre os

4 xxxxxxxx ou fazia eventuais emendas e, se fosse o caso, batia o texto a limpo.

5 Relia-o para ver se era aquilo mesmo, fechava a máquina, entregava a matéria

6 e ia à vida.

7 Se trabalhasse num jornal, isso incluiria discutir futebol com o pessoal da

8 editoria de esporte, paquerar a diagramadora do caderno de turismo, ir à

9 esquina comer um pastel ou dar uma fugida ao cinema à tarde – em 1968,

10 escapei do "Correio da Manhã", na Lapa, para assistir à primeira sessão de

11 "2001" no dia da estreia, em Copacabana, e voltei maravilhado à Redação para

12 contar a José Lino Grünewald.

13 Se já trabalhasse em casa, ao terminar de escrever eu fechava a

14 máquina e abria um livro, escutava um disco, dava um pulo rapidinho à praia, ia

15 ao Centro da cidade varejar sebos ou fazia uma matinê com uma namorada. Só

16 reabria a máquina no dia seguinte.

17 Hoje, diante do computador, termino de produzir um texto, vou à lista de

18 mensagens para saber quem me escreveu, deleto mensagens inúteis, respondo

19 às que precisam de resposta, eu próprio mando mensagens inúteis, entro em

20 jornais e revistas online, interesso-me por várias matérias e vou abrindo-as uma

21 a uma. Quando me dou conta, já é noite lá fora e não saí da frente da tela.

22 Com o smartphone seria pior ainda. Ele substituiu a caneta, o bloco, a

23 agenda, o telefone, a banca de jornais, a máquina fotográfica, o álbum de fotos,

24 a câmera de cinema, o DVD, o correio, a secretária eletrônica, o relógio de

25 pulso, o despertador, o gravador, o rádio, a TV, o CD, a bússola, os mapas, a

26 vida. É por isto que nem lhe chego perto – temo que ele me substitua também.


Ruy Castro
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2016/01/1725103-o-substituto-davida.shtml?cmpid=compfb. Acesso em: 07 jan. 2016


Léxico:

“2001”: 2001- Uma odisseia no espaço, filme de Stanley Kübrick, lançado no Brasil em 1968.

José Lino Grünewald: poeta, tradutor, crítico de cinema, música popular brasileira e literatura, e jornalista brasileiro.

Com o título do texto, Ruy Castro refere-se

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Q2726961 Português

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O substituto da vida


1 Quando meu instrumento de trabalho era a máquina de escrever, eu me

2 sentava a ela, punha uma folha de papel no rolo, escrevia o que tinha de

3 escrever, tirava o papel, lia o que escrevera, aplicava a caneta sobre os

4 xxxxxxxx ou fazia eventuais emendas e, se fosse o caso, batia o texto a limpo.

5 Relia-o para ver se era aquilo mesmo, fechava a máquina, entregava a matéria

6 e ia à vida.

7 Se trabalhasse num jornal, isso incluiria discutir futebol com o pessoal da

8 editoria de esporte, paquerar a diagramadora do caderno de turismo, ir à

9 esquina comer um pastel ou dar uma fugida ao cinema à tarde – em 1968,

10 escapei do "Correio da Manhã", na Lapa, para assistir à primeira sessão de

11 "2001" no dia da estreia, em Copacabana, e voltei maravilhado à Redação para

12 contar a José Lino Grünewald.

13 Se já trabalhasse em casa, ao terminar de escrever eu fechava a

14 máquina e abria um livro, escutava um disco, dava um pulo rapidinho à praia, ia

15 ao Centro da cidade varejar sebos ou fazia uma matinê com uma namorada. Só

16 reabria a máquina no dia seguinte.

17 Hoje, diante do computador, termino de produzir um texto, vou à lista de

18 mensagens para saber quem me escreveu, deleto mensagens inúteis, respondo

19 às que precisam de resposta, eu próprio mando mensagens inúteis, entro em

20 jornais e revistas online, interesso-me por várias matérias e vou abrindo-as uma

21 a uma. Quando me dou conta, já é noite lá fora e não saí da frente da tela.

22 Com o smartphone seria pior ainda. Ele substituiu a caneta, o bloco, a

23 agenda, o telefone, a banca de jornais, a máquina fotográfica, o álbum de fotos,

24 a câmera de cinema, o DVD, o correio, a secretária eletrônica, o relógio de

25 pulso, o despertador, o gravador, o rádio, a TV, o CD, a bússola, os mapas, a

26 vida. É por isto que nem lhe chego perto – temo que ele me substitua também.


Ruy Castro
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2016/01/1725103-o-substituto-davida.shtml?cmpid=compfb. Acesso em: 07 jan. 2016


Léxico:

“2001”: 2001- Uma odisseia no espaço, filme de Stanley Kübrick, lançado no Brasil em 1968.

José Lino Grünewald: poeta, tradutor, crítico de cinema, música popular brasileira e literatura, e jornalista brasileiro.

No texto, Ruy Castro, jornalista e escritor, compara dois momentos de sua vida. Os conectores que estabelecem essa comparação são, pela ordem,

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Q2726963 Português

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O substituto da vida


1 Quando meu instrumento de trabalho era a máquina de escrever, eu me

2 sentava a ela, punha uma folha de papel no rolo, escrevia o que tinha de

3 escrever, tirava o papel, lia o que escrevera, aplicava a caneta sobre os

4 xxxxxxxx ou fazia eventuais emendas e, se fosse o caso, batia o texto a limpo.

5 Relia-o para ver se era aquilo mesmo, fechava a máquina, entregava a matéria

6 e ia à vida.

7 Se trabalhasse num jornal, isso incluiria discutir futebol com o pessoal da

8 editoria de esporte, paquerar a diagramadora do caderno de turismo, ir à

9 esquina comer um pastel ou dar uma fugida ao cinema à tarde – em 1968,

10 escapei do "Correio da Manhã", na Lapa, para assistir à primeira sessão de

11 "2001" no dia da estreia, em Copacabana, e voltei maravilhado à Redação para

12 contar a José Lino Grünewald.

13 Se já trabalhasse em casa, ao terminar de escrever eu fechava a

14 máquina e abria um livro, escutava um disco, dava um pulo rapidinho à praia, ia

15 ao Centro da cidade varejar sebos ou fazia uma matinê com uma namorada. Só

16 reabria a máquina no dia seguinte.

17 Hoje, diante do computador, termino de produzir um texto, vou à lista de

18 mensagens para saber quem me escreveu, deleto mensagens inúteis, respondo

19 às que precisam de resposta, eu próprio mando mensagens inúteis, entro em

20 jornais e revistas online, interesso-me por várias matérias e vou abrindo-as uma

21 a uma. Quando me dou conta, já é noite lá fora e não saí da frente da tela.

22 Com o smartphone seria pior ainda. Ele substituiu a caneta, o bloco, a

23 agenda, o telefone, a banca de jornais, a máquina fotográfica, o álbum de fotos,

24 a câmera de cinema, o DVD, o correio, a secretária eletrônica, o relógio de

25 pulso, o despertador, o gravador, o rádio, a TV, o CD, a bússola, os mapas, a

26 vida. É por isto que nem lhe chego perto – temo que ele me substitua também.


Ruy Castro
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2016/01/1725103-o-substituto-davida.shtml?cmpid=compfb. Acesso em: 07 jan. 2016


Léxico:

“2001”: 2001- Uma odisseia no espaço, filme de Stanley Kübrick, lançado no Brasil em 1968.

José Lino Grünewald: poeta, tradutor, crítico de cinema, música popular brasileira e literatura, e jornalista brasileiro.

No final do texto, Ruy Castro dá a entender que as novas tecnologias

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Q2726964 Português

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O substituto da vida


1 Quando meu instrumento de trabalho era a máquina de escrever, eu me

2 sentava a ela, punha uma folha de papel no rolo, escrevia o que tinha de

3 escrever, tirava o papel, lia o que escrevera, aplicava a caneta sobre os

4 xxxxxxxx ou fazia eventuais emendas e, se fosse o caso, batia o texto a limpo.

5 Relia-o para ver se era aquilo mesmo, fechava a máquina, entregava a matéria

6 e ia à vida.

7 Se trabalhasse num jornal, isso incluiria discutir futebol com o pessoal da

8 editoria de esporte, paquerar a diagramadora do caderno de turismo, ir à

9 esquina comer um pastel ou dar uma fugida ao cinema à tarde – em 1968,

10 escapei do "Correio da Manhã", na Lapa, para assistir à primeira sessão de

11 "2001" no dia da estreia, em Copacabana, e voltei maravilhado à Redação para

12 contar a José Lino Grünewald.

13 Se já trabalhasse em casa, ao terminar de escrever eu fechava a

14 máquina e abria um livro, escutava um disco, dava um pulo rapidinho à praia, ia

15 ao Centro da cidade varejar sebos ou fazia uma matinê com uma namorada. Só

16 reabria a máquina no dia seguinte.

17 Hoje, diante do computador, termino de produzir um texto, vou à lista de

18 mensagens para saber quem me escreveu, deleto mensagens inúteis, respondo

19 às que precisam de resposta, eu próprio mando mensagens inúteis, entro em

20 jornais e revistas online, interesso-me por várias matérias e vou abrindo-as uma

21 a uma. Quando me dou conta, já é noite lá fora e não saí da frente da tela.

22 Com o smartphone seria pior ainda. Ele substituiu a caneta, o bloco, a

23 agenda, o telefone, a banca de jornais, a máquina fotográfica, o álbum de fotos,

24 a câmera de cinema, o DVD, o correio, a secretária eletrônica, o relógio de

25 pulso, o despertador, o gravador, o rádio, a TV, o CD, a bússola, os mapas, a

26 vida. É por isto que nem lhe chego perto – temo que ele me substitua também.


Ruy Castro
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2016/01/1725103-o-substituto-davida.shtml?cmpid=compfb. Acesso em: 07 jan. 2016


Léxico:

“2001”: 2001- Uma odisseia no espaço, filme de Stanley Kübrick, lançado no Brasil em 1968.

José Lino Grünewald: poeta, tradutor, crítico de cinema, música popular brasileira e literatura, e jornalista brasileiro.

No trecho “isso incluiria discutir futebol” (l. 7), o pronome destacado refere-se a

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Q2726965 Português

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O substituto da vida


1 Quando meu instrumento de trabalho era a máquina de escrever, eu me

2 sentava a ela, punha uma folha de papel no rolo, escrevia o que tinha de

3 escrever, tirava o papel, lia o que escrevera, aplicava a caneta sobre os

4 xxxxxxxx ou fazia eventuais emendas e, se fosse o caso, batia o texto a limpo.

5 Relia-o para ver se era aquilo mesmo, fechava a máquina, entregava a matéria

6 e ia à vida.

7 Se trabalhasse num jornal, isso incluiria discutir futebol com o pessoal da

8 editoria de esporte, paquerar a diagramadora do caderno de turismo, ir à

9 esquina comer um pastel ou dar uma fugida ao cinema à tarde – em 1968,

10 escapei do "Correio da Manhã", na Lapa, para assistir à primeira sessão de

11 "2001" no dia da estreia, em Copacabana, e voltei maravilhado à Redação para

12 contar a José Lino Grünewald.

13 Se já trabalhasse em casa, ao terminar de escrever eu fechava a

14 máquina e abria um livro, escutava um disco, dava um pulo rapidinho à praia, ia

15 ao Centro da cidade varejar sebos ou fazia uma matinê com uma namorada. Só

16 reabria a máquina no dia seguinte.

17 Hoje, diante do computador, termino de produzir um texto, vou à lista de

18 mensagens para saber quem me escreveu, deleto mensagens inúteis, respondo

19 às que precisam de resposta, eu próprio mando mensagens inúteis, entro em

20 jornais e revistas online, interesso-me por várias matérias e vou abrindo-as uma

21 a uma. Quando me dou conta, já é noite lá fora e não saí da frente da tela.

22 Com o smartphone seria pior ainda. Ele substituiu a caneta, o bloco, a

23 agenda, o telefone, a banca de jornais, a máquina fotográfica, o álbum de fotos,

24 a câmera de cinema, o DVD, o correio, a secretária eletrônica, o relógio de

25 pulso, o despertador, o gravador, o rádio, a TV, o CD, a bússola, os mapas, a

26 vida. É por isto que nem lhe chego perto – temo que ele me substitua também.


Ruy Castro
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2016/01/1725103-o-substituto-davida.shtml?cmpid=compfb. Acesso em: 07 jan. 2016


Léxico:

“2001”: 2001- Uma odisseia no espaço, filme de Stanley Kübrick, lançado no Brasil em 1968.

José Lino Grünewald: poeta, tradutor, crítico de cinema, música popular brasileira e literatura, e jornalista brasileiro.

O enunciado em que a substituição proposta altera o sentido original da palavra/expressão destacada no texto é

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Q2726967 Português

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O substituto da vida


1 Quando meu instrumento de trabalho era a máquina de escrever, eu me

2 sentava a ela, punha uma folha de papel no rolo, escrevia o que tinha de

3 escrever, tirava o papel, lia o que escrevera, aplicava a caneta sobre os

4 xxxxxxxx ou fazia eventuais emendas e, se fosse o caso, batia o texto a limpo.

5 Relia-o para ver se era aquilo mesmo, fechava a máquina, entregava a matéria

6 e ia à vida.

7 Se trabalhasse num jornal, isso incluiria discutir futebol com o pessoal da

8 editoria de esporte, paquerar a diagramadora do caderno de turismo, ir à

9 esquina comer um pastel ou dar uma fugida ao cinema à tarde – em 1968,

10 escapei do "Correio da Manhã", na Lapa, para assistir à primeira sessão de

11 "2001" no dia da estreia, em Copacabana, e voltei maravilhado à Redação para

12 contar a José Lino Grünewald.

13 Se já trabalhasse em casa, ao terminar de escrever eu fechava a

14 máquina e abria um livro, escutava um disco, dava um pulo rapidinho à praia, ia

15 ao Centro da cidade varejar sebos ou fazia uma matinê com uma namorada. Só

16 reabria a máquina no dia seguinte.

17 Hoje, diante do computador, termino de produzir um texto, vou à lista de

18 mensagens para saber quem me escreveu, deleto mensagens inúteis, respondo

19 às que precisam de resposta, eu próprio mando mensagens inúteis, entro em

20 jornais e revistas online, interesso-me por várias matérias e vou abrindo-as uma

21 a uma. Quando me dou conta, já é noite lá fora e não saí da frente da tela.

22 Com o smartphone seria pior ainda. Ele substituiu a caneta, o bloco, a

23 agenda, o telefone, a banca de jornais, a máquina fotográfica, o álbum de fotos,

24 a câmera de cinema, o DVD, o correio, a secretária eletrônica, o relógio de

25 pulso, o despertador, o gravador, o rádio, a TV, o CD, a bússola, os mapas, a

26 vida. É por isto que nem lhe chego perto – temo que ele me substitua também.


Ruy Castro
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2016/01/1725103-o-substituto-davida.shtml?cmpid=compfb. Acesso em: 07 jan. 2016


Léxico:

“2001”: 2001- Uma odisseia no espaço, filme de Stanley Kübrick, lançado no Brasil em 1968.

José Lino Grünewald: poeta, tradutor, crítico de cinema, música popular brasileira e literatura, e jornalista brasileiro.

No primeiro parágrafo do texto (l. 1 a 6), predominam verbos flexionados no modo indicativo e no tempo

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Q2726968 Português

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O substituto da vida


1 Quando meu instrumento de trabalho era a máquina de escrever, eu me

2 sentava a ela, punha uma folha de papel no rolo, escrevia o que tinha de

3 escrever, tirava o papel, lia o que escrevera, aplicava a caneta sobre os

4 xxxxxxxx ou fazia eventuais emendas e, se fosse o caso, batia o texto a limpo.

5 Relia-o para ver se era aquilo mesmo, fechava a máquina, entregava a matéria

6 e ia à vida.

7 Se trabalhasse num jornal, isso incluiria discutir futebol com o pessoal da

8 editoria de esporte, paquerar a diagramadora do caderno de turismo, ir à

9 esquina comer um pastel ou dar uma fugida ao cinema à tarde – em 1968,

10 escapei do "Correio da Manhã", na Lapa, para assistir à primeira sessão de

11 "2001" no dia da estreia, em Copacabana, e voltei maravilhado à Redação para

12 contar a José Lino Grünewald.

13 Se já trabalhasse em casa, ao terminar de escrever eu fechava a

14 máquina e abria um livro, escutava um disco, dava um pulo rapidinho à praia, ia

15 ao Centro da cidade varejar sebos ou fazia uma matinê com uma namorada. Só

16 reabria a máquina no dia seguinte.

17 Hoje, diante do computador, termino de produzir um texto, vou à lista de

18 mensagens para saber quem me escreveu, deleto mensagens inúteis, respondo

19 às que precisam de resposta, eu próprio mando mensagens inúteis, entro em

20 jornais e revistas online, interesso-me por várias matérias e vou abrindo-as uma

21 a uma. Quando me dou conta, já é noite lá fora e não saí da frente da tela.

22 Com o smartphone seria pior ainda. Ele substituiu a caneta, o bloco, a

23 agenda, o telefone, a banca de jornais, a máquina fotográfica, o álbum de fotos,

24 a câmera de cinema, o DVD, o correio, a secretária eletrônica, o relógio de

25 pulso, o despertador, o gravador, o rádio, a TV, o CD, a bússola, os mapas, a

26 vida. É por isto que nem lhe chego perto – temo que ele me substitua também.


Ruy Castro
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2016/01/1725103-o-substituto-davida.shtml?cmpid=compfb. Acesso em: 07 jan. 2016


Léxico:

“2001”: 2001- Uma odisseia no espaço, filme de Stanley Kübrick, lançado no Brasil em 1968.

José Lino Grünewald: poeta, tradutor, crítico de cinema, música popular brasileira e literatura, e jornalista brasileiro.

No enunciado “e voltei maravilhado à Redação” (l. 11), o termo sublinhado tem a função sintática de

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O substituto da vida


1 Quando meu instrumento de trabalho era a máquina de escrever, eu me

2 sentava a ela, punha uma folha de papel no rolo, escrevia o que tinha de

3 escrever, tirava o papel, lia o que escrevera, aplicava a caneta sobre os

4 xxxxxxxx ou fazia eventuais emendas e, se fosse o caso, batia o texto a limpo.

5 Relia-o para ver se era aquilo mesmo, fechava a máquina, entregava a matéria

6 e ia à vida.

7 Se trabalhasse num jornal, isso incluiria discutir futebol com o pessoal da

8 editoria de esporte, paquerar a diagramadora do caderno de turismo, ir à

9 esquina comer um pastel ou dar uma fugida ao cinema à tarde – em 1968,

10 escapei do "Correio da Manhã", na Lapa, para assistir à primeira sessão de

11 "2001" no dia da estreia, em Copacabana, e voltei maravilhado à Redação para

12 contar a José Lino Grünewald.

13 Se já trabalhasse em casa, ao terminar de escrever eu fechava a

14 máquina e abria um livro, escutava um disco, dava um pulo rapidinho à praia, ia

15 ao Centro da cidade varejar sebos ou fazia uma matinê com uma namorada. Só

16 reabria a máquina no dia seguinte.

17 Hoje, diante do computador, termino de produzir um texto, vou à lista de

18 mensagens para saber quem me escreveu, deleto mensagens inúteis, respondo

19 às que precisam de resposta, eu próprio mando mensagens inúteis, entro em

20 jornais e revistas online, interesso-me por várias matérias e vou abrindo-as uma

21 a uma. Quando me dou conta, já é noite lá fora e não saí da frente da tela.

22 Com o smartphone seria pior ainda. Ele substituiu a caneta, o bloco, a

23 agenda, o telefone, a banca de jornais, a máquina fotográfica, o álbum de fotos,

24 a câmera de cinema, o DVD, o correio, a secretária eletrônica, o relógio de

25 pulso, o despertador, o gravador, o rádio, a TV, o CD, a bússola, os mapas, a

26 vida. É por isto que nem lhe chego perto – temo que ele me substitua também.


Ruy Castro
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2016/01/1725103-o-substituto-davida.shtml?cmpid=compfb. Acesso em: 07 jan. 2016


Léxico:

“2001”: 2001- Uma odisseia no espaço, filme de Stanley Kübrick, lançado no Brasil em 1968.

José Lino Grünewald: poeta, tradutor, crítico de cinema, música popular brasileira e literatura, e jornalista brasileiro.

O vocábulo que ilustra o processo de formação de palavras por meio de empréstimo é

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Q2726970 Português

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O substituto da vida


1 Quando meu instrumento de trabalho era a máquina de escrever, eu me

2 sentava a ela, punha uma folha de papel no rolo, escrevia o que tinha de

3 escrever, tirava o papel, lia o que escrevera, aplicava a caneta sobre os

4 xxxxxxxx ou fazia eventuais emendas e, se fosse o caso, batia o texto a limpo.

5 Relia-o para ver se era aquilo mesmo, fechava a máquina, entregava a matéria

6 e ia à vida.

7 Se trabalhasse num jornal, isso incluiria discutir futebol com o pessoal da

8 editoria de esporte, paquerar a diagramadora do caderno de turismo, ir à

9 esquina comer um pastel ou dar uma fugida ao cinema à tarde – em 1968,

10 escapei do "Correio da Manhã", na Lapa, para assistir à primeira sessão de

11 "2001" no dia da estreia, em Copacabana, e voltei maravilhado à Redação para

12 contar a José Lino Grünewald.

13 Se já trabalhasse em casa, ao terminar de escrever eu fechava a

14 máquina e abria um livro, escutava um disco, dava um pulo rapidinho à praia, ia

15 ao Centro da cidade varejar sebos ou fazia uma matinê com uma namorada. Só

16 reabria a máquina no dia seguinte.

17 Hoje, diante do computador, termino de produzir um texto, vou à lista de

18 mensagens para saber quem me escreveu, deleto mensagens inúteis, respondo

19 às que precisam de resposta, eu próprio mando mensagens inúteis, entro em

20 jornais e revistas online, interesso-me por várias matérias e vou abrindo-as uma

21 a uma. Quando me dou conta, já é noite lá fora e não saí da frente da tela.

22 Com o smartphone seria pior ainda. Ele substituiu a caneta, o bloco, a

23 agenda, o telefone, a banca de jornais, a máquina fotográfica, o álbum de fotos,

24 a câmera de cinema, o DVD, o correio, a secretária eletrônica, o relógio de

25 pulso, o despertador, o gravador, o rádio, a TV, o CD, a bússola, os mapas, a

26 vida. É por isto que nem lhe chego perto – temo que ele me substitua também.


Ruy Castro
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2016/01/1725103-o-substituto-davida.shtml?cmpid=compfb. Acesso em: 07 jan. 2016


Léxico:

“2001”: 2001- Uma odisseia no espaço, filme de Stanley Kübrick, lançado no Brasil em 1968.

José Lino Grünewald: poeta, tradutor, crítico de cinema, música popular brasileira e literatura, e jornalista brasileiro.

Na passagem “É por isto que nem lhe chego perto” (l. 26), a locução sublinhada indica

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Q2726972 Meio Ambiente

Faz parte da importância de um sistema de abastecimento de água a seguinte alternativa:

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Q2726973 Engenharia Ambiental e Sanitária

Sobre as características de esgotos é incorreto afirmar que

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Q2726974 Engenharia Civil

O sistema de drenagem urbana tem como principal função o escoamento das águas pluviais, portanto, não se pode considerar, neste contexto, que

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Q2726975 Engenharia Ambiental e Sanitária

Sobre a classificação dos resíduos sólidos é correto afirmar que,

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Q2726976 Direito Sanitário

Com base na Lei 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a política federal do saneamento básico, pode ser afirmado que:

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Q2726977 Atualidades

Manifestantes que aderiram à greve geral do dia 28 de abril foram chamados de “vagabundos” e “preguiçosos” pelo prefeito

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Q2726978 Atualidades

No primeiro semestre de 2017, o então Ministro da Educação, Mendonça Filho, anunciou o fim da concessão de bolsas para estudo no exterior do programa

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Q2726979 Atualidades

Em fins de abril, noticiou-se um invento que, após os aprimoramentos necessários, poderá servir para que bebês prematuros tenham um desenvolvimento apropriado. O invento consiste em um

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Q2726980 Atualidades

Em 14 de abril, noticiou-se que o governo dos Estados Unidos da América lançou, em determinada região do Afeganistão, a bomba não nuclear mais potente já utilizada. Devido a seu intenso poder destrutivo, o artefato bélico ficou conhecido como a(o)

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Q2726981 Atualidades

Após uma série de protestos realizados por moradores de Marituba quanto ao aterro sanitário localizado em tal município, a atitude tomada pelo Governo do Pará foi

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Respostas
1: C
2: C
3: D
4: A
5: A
6: D
7: C
8: C
9: B
10: A
11: B
12: D
13: A
14: A
15: C
16: D
17: B
18: D
19: C
20: A