Enfoques tradicionais sobre desenvolvimento consideram que a riqueza material pode ser elevada
indefinidamente. O crescimento econômico sempre foi posto como o ideal da maioria das sociedades
que almejam o desenvolvimento. Não há dúvida que o crescimento econômico é um fator importante
para se alcançar esse objetivo, mas nas últimas décadas novos elementos têm questionado a
supremacia desse viés. A crise vivida nos anos de 1980 e o surgimento da questão ecológica
mostraram custos não contabilizados dos processos produtivos e aprofundou-se uma visão crítica à
ideia de que o crescimento econômico seria condição suficiente para o desenvolvimento econômico.
Percebeu-se que o crescimento econômico por si só pode ser extremamente excludente. A partir desse
momento, buscou-se um processo de desenvolvimento que tenha como base um crescimento
econômico qualitativamente distinto, que alie, de forma interdependente ao crescimento econômico,
justiça social e conservação dos recursos naturais. Essa nova visão sobre o desenvolvimento
influenciou também a maneira de pensar o desenvolvimento rural. Essa nova visão de desenvolvimento
ficou conhecida na literatura e no meio político como