Questões de Concurso Público SAD-MS 2021 para Professor - Língua Portuguesa
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Leia os versos do escritor sul-mato-grossense Luciano Serafim, publicados no livro Raiz transeunte:
SER
mais pássaro
menos pedra
mais ponte
menos muro
mais rio
menos lago
mais canto
menos grito
mais gente
menos mito
Leia os versos do escritor sul-mato-grossense Luciano Serafim, publicados no livro Raiz transeunte:
SER
mais pássaro
menos pedra
mais ponte
menos muro
mais rio
menos lago
mais canto
menos grito
mais gente
menos mito
Leia os versos do escritor sul-mato-grossense Luciano Serafim, publicados no livro Raiz transeunte:
SER
mais pássaro
menos pedra
mais ponte
menos muro
mais rio
menos lago
mais canto
menos grito
mais gente
menos mito
As coisas tinham para nós uma desutilidade poética. Nos fundos do quintal era riquíssimo o nosso dessaber. A gente inventou um truque pra fabricar brinquedos com palavras. O truque era só virar bocó. Como dizer: Eu pendurei um bentivi no Sol. O que disse Bugrinha: Por dentro de nossa casa passava um rio inventado. O que nosso avô falou: O olho do gafanhoto é sem princípios. Mano Preto perguntava: Será que fizeram o beija-flor diminuído só para ele voar parado? As distâncias somavam a gente para menos. O pai campeava campeava. A mãe faia velas. Meu irmão cangava sapos. Bugrinha batia com uma vara no corpo do sapo e ele virava uma pedra.
É comum coexistirem sequências tipológicas na construção de um gênero textual. Nesse fragmento, os tipos textuais que se evidenciam na organização temática são:
Na minha vila, a única vila do mundo, as mulheres sonhavam com vestidos novos para saírem. Para serem abraçadas pela felicidade. A mim, quando me deram a saia de rodar, eu me tranquei em casa. Mais que fechada, me apurei invisível, eternamente nocturna. Nasci para cozinha, pano e pranto. Ensinaram-me tanta vergonha em sentir prazer, que acabei sentindo prazer em ter vergonha. Belezas eram para as .mulheres de fora. Elas desencobriam as pernas para maravilhações.[...] Estava tão habituada a não ter motivo, que me enrolei no velho sofá. Olhei a janela e esperei que, como uma doença que passa, a noite passasse. No dia seguinte, as outras chegariam e me falariam do baile, das lembranças cheias de riso matreiro. E nem inveja sentiria. Mais que o dia seguinte, eu espera pela vida seguinte.
A escrita de Mia Couto tem base em histórias de vida com um discurso ideológico e social. Em suas narrativas estão inseridos os costumes moçambicanos, a cultura e outras noções. Considere a leitura do fragmento de "A saia almarrotada" e assinale a alternativa correta em relação à condição feminina, no excerto.
A escrita de Mia Couto tem base em histórias de vida com um discurso ideológico e social. Em suas narrativas estão inseridos os costumes moçambicanos, a cultura e outras noções. Considere a leitura do fragmento de "A saia almarrotada" e assinale a alternativa correta em relação à condição feminina, no excerto.
Em relação à linguagem empregada por Mia Couto, no fragmento de "A saia almarrotada", pode-se afirmar que: