Curitiba registrou quase 3 mil pessoas
feridas no trânsito ao longo de dez meses de
2022. Os dados são do Batalhão de Polícia de
Trânsito (BPTran), da Polícia Militar (PM). Outro
triste número revela que mais de 50 pessoas
morreram em virtude de acidentes, no trânsito da
capital paranaense.
Segundo o relatório obtido pela Tribuna do
Paraná, até o dia 19 de outubro, foram 4.589
colisões em Curitiba, sendo que 2.972 pessoas
tiveram que passar pelo atendimento dos
socorristas. Pelos números, o mês de março foi o
que teve mais batidas, com um total de 546, ou
seja, 17 ocorrências por dia
Para o tenente Lazarotto, do BPTran, os
números apontam que é preciso conscientizar o
motorista para que se respeite a lei e evite
transtornos. “A pandemia não mudou o motorista,
mas é preciso conscientizar as pessoas que
estão conduzindo veículos, para que evitem a
exposição”
Ainda de acordo com o tenente do
BPTran, é possível identificar os acidentes mais
comuns. “No dia a dia, percebemos que o maior
índice de acidentes ocorre em colisões
transversais, ou seja, em cruzamentos. Já os
óbitos têm uma relação com as motocicletas,
talvez pela demanda no serviço de entregas”,
comenta.
Aliás, os números no período mais forte
da pandemia da Covid-19, pouco se alteraram.
Mesmo com os estabelecimentos fechados e com
menos fluxo no trânsito, os acidentes seguiram
matando. Em maio de 2022, foram 376 acidentes
com 280 feridos e 3 mortes. “Não existe um perfil
do motorista, mas percebe-se que o acidente
ocorre geralmente por imprudência, seja pela
falta de prática na direção ou algo que interfere
como álcool ou outro tipo de substância”, diz
Lazarotto.
Comparada a outros capitais que utilizam
a blitz como forma de reprimir o mau motorista,
Curitiba pouco faz nesse sentido. Na opinião do
tenente, a fiscalização realizada na cidade com
operações pontuais, acaba sendo mais eficaz.
A blitz demanda efetivo e estamos
carentes com isso, mesmo com as escolas de
formação de mais agentes, e existe uma
mudança de modalidade. Entendeu-se que contra
o consumo de álcool a blitz não tem muito efeito,
pois as pessoas se comunicam e não passam
pelo local. Os policiais fazem a amostragem e
pegam as pessoas saindo dos bares. Parece que
não existe uma fiscalização, mas é algo mais
pontual”, completou Lazarotto.
Fonte: https://tribunapr.uol.com.br/noticias/curitiba-regiao/acidentes-de-transito-em-curitiba-causam-50-mortes-e-deixam-3-mil-feridos-em-2022/