A Europa se fixa em Asimov para regular as
máquinas autônomas
O acidente de um carro autônomo da Uber em
19 de março, com o atropelamento e morte de
um pedestre que cruzava a rua empurrando sua
bicicleta em Tempe (Arizona, EUA), voltou a trazer
à tona uma questão crucial sobre os robôs: a
responsabilidade. A União Europeia quer antecipar-se a um futuro próximo, no qual as máquinas terão
um peso fundamental nos acontecimentos, não
só trágicos, mas também sociais, econômicos e
políticos.
O Parlamento Europeu, em suas recomendações à
Comissão para que regulamente o direito civil sobre
a robótica, estabeleceu algumas premissas básicas
colocadas já em meados do século passado por
Isaac Asimov, o visionário cientista de origem russa,
que faleceu em Nova York em 1992:
1. Um robô não causará danos a um ser humano
nem permitirá que, por inação, este sofra danos
2. Um robô obedecerá às ordens que receber de
um ser humano, a não ser que as ordens entrem
em conflito com a primeira lei
3. Um robô protegerá sua própria existência na
medida em que dita proteção não entre em conflito
com as leis primeira e segunda.
Estas leis se resumem em uma denominada 0:
“Um robô não causará danos à humanidade nem
permitirá que, por inação, esta sofra danos”.
(Trecho. Raúl Limón. El País Brasil. 4 de maio de
2018. Disponível em: https://brasil.elpais.com/
brasil/2018/04/24/tecnologia/1524562104_998276.
html)