Questões de Concurso Público Câmara dos Deputados 2007 para Analista Legislativo - Enfermeiro - Enfermagem do Trabalho

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Q2255332 Português
Ciência e esoterismo

   A astrologia é muito mais popular do que a astronomia. Sem dúvida, um número muito maior de pessoas abre um jornal ou uma revista para consultar uma coluna astrológica do que para ler uma coluna sobre astronomia. E a astrologia não está sozinha: numerologia, quiromancia, cartas de tarô, búzios etc. também são extremamente populares.
     Como físico, não cabe a mim tentar explicar o porquê dessa irresistível atração pelo que obviamente está além do que chamamos fenômenos naturais. Mas posso ao menos oferecer uma conjectura. O fascínio pelo esotérico vem justamente de seu aspecto pessoal, privado: você paga a um profissional com conhecimento ou “poderes” esotéricos para que ele fale sobre você, sua vida, seus problemas, seu futuro.
     Por trás desse fascínio pelo “saber” esotérico encontramos nosso próprio desejo de nos situarmos melhor emocional ou profissionalmente em nossas vidas. Nesse sentido, a atração pelo esoterismo força as pessoas a uma auto-reflexão que pode até ser muito importante como veículo de autoconhecimento. Segundo esse ponto de vista, é nossa própria psique, talvez catalisada mas não controlada por poderes ocultos ou sobrenaturais, que nos ajuda a melhorar nossa existência.
     Mas como físico cabe a mim fazer o papel do chato e argumentar contra a crença na existência desses fenômenos no mundo natural. E isso não porque sou “bitolado” ou “inflexível”. Muito pelo contrário, qualquer cientista ficaria imediatamente fascinado pela descoberta de um fenômeno novo, por mais estranho que ele seja. Faz parte de nossa profissão justamente manter a cabeça aberta para o inesperado.
      O problema com o esoterismo é que não temos nenhuma prova concreta, científica, de que esses fenômenos realmente ocorrem. As “provas” que foram oferecidas – fotos, depoimentos pessoais, sessões demonstrativas e compilações estatísticas de dados – misteriosamente se recusam a sobreviver quando testadas em laboratório sob o escrutínio do cientista ou após uma análise quantitativa mais detalhada.

(Marcelo Gleiser, Retalhos cósmicos)
Considere as seguintes afirmações:
I. Depreende-se da leitura do texto que, ao contrário das práticas esotéricas, as práticas científicas atêm-se ao limite do campo dos fenômenos naturais.
II. Não há como negar que a força da nossa psique terá efeito positivo sobre nossa existência se nos submetermos aos poderes da esfera do irracional.
III. "Poderes", "saber" e "provas" vêm entre aspas porque o autor deseja assinalar a impropriedade do sentido com que elas estão empregadas.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em
Alternativas
Q2255333 Português
Ciência e esoterismo

   A astrologia é muito mais popular do que a astronomia. Sem dúvida, um número muito maior de pessoas abre um jornal ou uma revista para consultar uma coluna astrológica do que para ler uma coluna sobre astronomia. E a astrologia não está sozinha: numerologia, quiromancia, cartas de tarô, búzios etc. também são extremamente populares.
     Como físico, não cabe a mim tentar explicar o porquê dessa irresistível atração pelo que obviamente está além do que chamamos fenômenos naturais. Mas posso ao menos oferecer uma conjectura. O fascínio pelo esotérico vem justamente de seu aspecto pessoal, privado: você paga a um profissional com conhecimento ou “poderes” esotéricos para que ele fale sobre você, sua vida, seus problemas, seu futuro.
     Por trás desse fascínio pelo “saber” esotérico encontramos nosso próprio desejo de nos situarmos melhor emocional ou profissionalmente em nossas vidas. Nesse sentido, a atração pelo esoterismo força as pessoas a uma auto-reflexão que pode até ser muito importante como veículo de autoconhecimento. Segundo esse ponto de vista, é nossa própria psique, talvez catalisada mas não controlada por poderes ocultos ou sobrenaturais, que nos ajuda a melhorar nossa existência.
     Mas como físico cabe a mim fazer o papel do chato e argumentar contra a crença na existência desses fenômenos no mundo natural. E isso não porque sou “bitolado” ou “inflexível”. Muito pelo contrário, qualquer cientista ficaria imediatamente fascinado pela descoberta de um fenômeno novo, por mais estranho que ele seja. Faz parte de nossa profissão justamente manter a cabeça aberta para o inesperado.
      O problema com o esoterismo é que não temos nenhuma prova concreta, científica, de que esses fenômenos realmente ocorrem. As “provas” que foram oferecidas – fotos, depoimentos pessoais, sessões demonstrativas e compilações estatísticas de dados – misteriosamente se recusam a sobreviver quando testadas em laboratório sob o escrutínio do cientista ou após uma análise quantitativa mais detalhada.

(Marcelo Gleiser, Retalhos cósmicos)
Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de um segmento do texto em: 
Alternativas
Q2255334 Português
Ciência e esoterismo

   A astrologia é muito mais popular do que a astronomia. Sem dúvida, um número muito maior de pessoas abre um jornal ou uma revista para consultar uma coluna astrológica do que para ler uma coluna sobre astronomia. E a astrologia não está sozinha: numerologia, quiromancia, cartas de tarô, búzios etc. também são extremamente populares.
     Como físico, não cabe a mim tentar explicar o porquê dessa irresistível atração pelo que obviamente está além do que chamamos fenômenos naturais. Mas posso ao menos oferecer uma conjectura. O fascínio pelo esotérico vem justamente de seu aspecto pessoal, privado: você paga a um profissional com conhecimento ou “poderes” esotéricos para que ele fale sobre você, sua vida, seus problemas, seu futuro.
     Por trás desse fascínio pelo “saber” esotérico encontramos nosso próprio desejo de nos situarmos melhor emocional ou profissionalmente em nossas vidas. Nesse sentido, a atração pelo esoterismo força as pessoas a uma auto-reflexão que pode até ser muito importante como veículo de autoconhecimento. Segundo esse ponto de vista, é nossa própria psique, talvez catalisada mas não controlada por poderes ocultos ou sobrenaturais, que nos ajuda a melhorar nossa existência.
     Mas como físico cabe a mim fazer o papel do chato e argumentar contra a crença na existência desses fenômenos no mundo natural. E isso não porque sou “bitolado” ou “inflexível”. Muito pelo contrário, qualquer cientista ficaria imediatamente fascinado pela descoberta de um fenômeno novo, por mais estranho que ele seja. Faz parte de nossa profissão justamente manter a cabeça aberta para o inesperado.
      O problema com o esoterismo é que não temos nenhuma prova concreta, científica, de que esses fenômenos realmente ocorrem. As “provas” que foram oferecidas – fotos, depoimentos pessoais, sessões demonstrativas e compilações estatísticas de dados – misteriosamente se recusam a sobreviver quando testadas em laboratório sob o escrutínio do cientista ou após uma análise quantitativa mais detalhada.

(Marcelo Gleiser, Retalhos cósmicos)
No segundo parágrafo, para dar força ao aspecto pessoal, privado, que vê como causa da atração pelo esoterismo, o autor
Alternativas
Q2255335 Português
Ciência e esoterismo

   A astrologia é muito mais popular do que a astronomia. Sem dúvida, um número muito maior de pessoas abre um jornal ou uma revista para consultar uma coluna astrológica do que para ler uma coluna sobre astronomia. E a astrologia não está sozinha: numerologia, quiromancia, cartas de tarô, búzios etc. também são extremamente populares.
     Como físico, não cabe a mim tentar explicar o porquê dessa irresistível atração pelo que obviamente está além do que chamamos fenômenos naturais. Mas posso ao menos oferecer uma conjectura. O fascínio pelo esotérico vem justamente de seu aspecto pessoal, privado: você paga a um profissional com conhecimento ou “poderes” esotéricos para que ele fale sobre você, sua vida, seus problemas, seu futuro.
     Por trás desse fascínio pelo “saber” esotérico encontramos nosso próprio desejo de nos situarmos melhor emocional ou profissionalmente em nossas vidas. Nesse sentido, a atração pelo esoterismo força as pessoas a uma auto-reflexão que pode até ser muito importante como veículo de autoconhecimento. Segundo esse ponto de vista, é nossa própria psique, talvez catalisada mas não controlada por poderes ocultos ou sobrenaturais, que nos ajuda a melhorar nossa existência.
     Mas como físico cabe a mim fazer o papel do chato e argumentar contra a crença na existência desses fenômenos no mundo natural. E isso não porque sou “bitolado” ou “inflexível”. Muito pelo contrário, qualquer cientista ficaria imediatamente fascinado pela descoberta de um fenômeno novo, por mais estranho que ele seja. Faz parte de nossa profissão justamente manter a cabeça aberta para o inesperado.
      O problema com o esoterismo é que não temos nenhuma prova concreta, científica, de que esses fenômenos realmente ocorrem. As “provas” que foram oferecidas – fotos, depoimentos pessoais, sessões demonstrativas e compilações estatísticas de dados – misteriosamente se recusam a sobreviver quando testadas em laboratório sob o escrutínio do cientista ou após uma análise quantitativa mais detalhada.

(Marcelo Gleiser, Retalhos cósmicos)
Considerando-se o contexto, nos segmentos sublinhados em não cabe a mim tentar explicar e cabe a mim fazer o papel do chato, evidencia-se a ênfase que deseja dar o autor
Alternativas
Q2255336 Português
Ciência e esoterismo

   A astrologia é muito mais popular do que a astronomia. Sem dúvida, um número muito maior de pessoas abre um jornal ou uma revista para consultar uma coluna astrológica do que para ler uma coluna sobre astronomia. E a astrologia não está sozinha: numerologia, quiromancia, cartas de tarô, búzios etc. também são extremamente populares.
     Como físico, não cabe a mim tentar explicar o porquê dessa irresistível atração pelo que obviamente está além do que chamamos fenômenos naturais. Mas posso ao menos oferecer uma conjectura. O fascínio pelo esotérico vem justamente de seu aspecto pessoal, privado: você paga a um profissional com conhecimento ou “poderes” esotéricos para que ele fale sobre você, sua vida, seus problemas, seu futuro.
     Por trás desse fascínio pelo “saber” esotérico encontramos nosso próprio desejo de nos situarmos melhor emocional ou profissionalmente em nossas vidas. Nesse sentido, a atração pelo esoterismo força as pessoas a uma auto-reflexão que pode até ser muito importante como veículo de autoconhecimento. Segundo esse ponto de vista, é nossa própria psique, talvez catalisada mas não controlada por poderes ocultos ou sobrenaturais, que nos ajuda a melhorar nossa existência.
     Mas como físico cabe a mim fazer o papel do chato e argumentar contra a crença na existência desses fenômenos no mundo natural. E isso não porque sou “bitolado” ou “inflexível”. Muito pelo contrário, qualquer cientista ficaria imediatamente fascinado pela descoberta de um fenômeno novo, por mais estranho que ele seja. Faz parte de nossa profissão justamente manter a cabeça aberta para o inesperado.
      O problema com o esoterismo é que não temos nenhuma prova concreta, científica, de que esses fenômenos realmente ocorrem. As “provas” que foram oferecidas – fotos, depoimentos pessoais, sessões demonstrativas e compilações estatísticas de dados – misteriosamente se recusam a sobreviver quando testadas em laboratório sob o escrutínio do cientista ou após uma análise quantitativa mais detalhada.

(Marcelo Gleiser, Retalhos cósmicos)
As normas de concordância verbal encontram-se plenamente atendidas na frase:
Alternativas
Q2255337 Português
Ciência e esoterismo

   A astrologia é muito mais popular do que a astronomia. Sem dúvida, um número muito maior de pessoas abre um jornal ou uma revista para consultar uma coluna astrológica do que para ler uma coluna sobre astronomia. E a astrologia não está sozinha: numerologia, quiromancia, cartas de tarô, búzios etc. também são extremamente populares.
     Como físico, não cabe a mim tentar explicar o porquê dessa irresistível atração pelo que obviamente está além do que chamamos fenômenos naturais. Mas posso ao menos oferecer uma conjectura. O fascínio pelo esotérico vem justamente de seu aspecto pessoal, privado: você paga a um profissional com conhecimento ou “poderes” esotéricos para que ele fale sobre você, sua vida, seus problemas, seu futuro.
     Por trás desse fascínio pelo “saber” esotérico encontramos nosso próprio desejo de nos situarmos melhor emocional ou profissionalmente em nossas vidas. Nesse sentido, a atração pelo esoterismo força as pessoas a uma auto-reflexão que pode até ser muito importante como veículo de autoconhecimento. Segundo esse ponto de vista, é nossa própria psique, talvez catalisada mas não controlada por poderes ocultos ou sobrenaturais, que nos ajuda a melhorar nossa existência.
     Mas como físico cabe a mim fazer o papel do chato e argumentar contra a crença na existência desses fenômenos no mundo natural. E isso não porque sou “bitolado” ou “inflexível”. Muito pelo contrário, qualquer cientista ficaria imediatamente fascinado pela descoberta de um fenômeno novo, por mais estranho que ele seja. Faz parte de nossa profissão justamente manter a cabeça aberta para o inesperado.
      O problema com o esoterismo é que não temos nenhuma prova concreta, científica, de que esses fenômenos realmente ocorrem. As “provas” que foram oferecidas – fotos, depoimentos pessoais, sessões demonstrativas e compilações estatísticas de dados – misteriosamente se recusam a sobreviver quando testadas em laboratório sob o escrutínio do cientista ou após uma análise quantitativa mais detalhada.

(Marcelo Gleiser, Retalhos cósmicos)
Considere as seguintes afirmações:
I. A astrologia é uma prática muito popular. II. As colunas de jornal sobre astrologia são bastante consultadas. III. A astronomia não desperta o mesmo interesse que a astrologia.
Essas afirmações articulam-se numa redação clara, correta e coerente no seguinte período:
Alternativas
Q2255338 Português
Da incoerência de nossas ações

      Não é de espantar, diz um autor antigo, que o acaso tenha tanta força sobre nós, pois por causa dele é que existimos. Quem não orientou sua vida, de um modo geral, em determinado sentido, não pode tampouco dirigir suas ações. Não tendo tido nunca uma linha de conduta, não lhe será possível coordenar e ligar uns aos outros os atos de sua existência. De que serve fazer provisões de tintas se não se sabe que pintar? Ninguém determina do princípio ao fim o caminho que pretende seguir na vida: só nos decidimos por trechos, na medida em que vamos avançando. O arqueiro precisa antes escolher o alvo; só então prepara o arco e a flecha e executa os movimentos necessários; nossas resoluções se perdem porque não temos um objetivo predeterminado. O vento nunca é favorável a quem não tem um porto de chegada previsto. (...)
     Nossa maneira habitual de fazer as coisas está em seguir os nossos impulsos instintivos para a direita ou para a esquerda, para cima ou para baixo, segundo as circunstâncias. Só pensamos no que queremos no próprio instante em que o queremos, e mudamos de vontade como muda de cor o camaleão. O que nos propomos em dado momento, mudamos em seguida e voltamos atrás, e tudo não passa de oscilação e inconstância. “Somos conduzidos como títeres que um fio manobra”, afirmou Horácio. Não vamos, somos levados como os objetos que flutuam, ora devagar, ora com violência, segundo o vento.

(Montaigne, Ensaios
Nossas ações são incoerentes, segundo Montaigne,
Alternativas
Q2255339 Português
Da incoerência de nossas ações

      Não é de espantar, diz um autor antigo, que o acaso tenha tanta força sobre nós, pois por causa dele é que existimos. Quem não orientou sua vida, de um modo geral, em determinado sentido, não pode tampouco dirigir suas ações. Não tendo tido nunca uma linha de conduta, não lhe será possível coordenar e ligar uns aos outros os atos de sua existência. De que serve fazer provisões de tintas se não se sabe que pintar? Ninguém determina do princípio ao fim o caminho que pretende seguir na vida: só nos decidimos por trechos, na medida em que vamos avançando. O arqueiro precisa antes escolher o alvo; só então prepara o arco e a flecha e executa os movimentos necessários; nossas resoluções se perdem porque não temos um objetivo predeterminado. O vento nunca é favorável a quem não tem um porto de chegada previsto. (...)
     Nossa maneira habitual de fazer as coisas está em seguir os nossos impulsos instintivos para a direita ou para a esquerda, para cima ou para baixo, segundo as circunstâncias. Só pensamos no que queremos no próprio instante em que o queremos, e mudamos de vontade como muda de cor o camaleão. O que nos propomos em dado momento, mudamos em seguida e voltamos atrás, e tudo não passa de oscilação e inconstância. “Somos conduzidos como títeres que um fio manobra”, afirmou Horácio. Não vamos, somos levados como os objetos que flutuam, ora devagar, ora com violência, segundo o vento.

(Montaigne, Ensaios
Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de uma expressão ou frase do texto em: 
Alternativas
Q2255340 Português
Da incoerência de nossas ações

      Não é de espantar, diz um autor antigo, que o acaso tenha tanta força sobre nós, pois por causa dele é que existimos. Quem não orientou sua vida, de um modo geral, em determinado sentido, não pode tampouco dirigir suas ações. Não tendo tido nunca uma linha de conduta, não lhe será possível coordenar e ligar uns aos outros os atos de sua existência. De que serve fazer provisões de tintas se não se sabe que pintar? Ninguém determina do princípio ao fim o caminho que pretende seguir na vida: só nos decidimos por trechos, na medida em que vamos avançando. O arqueiro precisa antes escolher o alvo; só então prepara o arco e a flecha e executa os movimentos necessários; nossas resoluções se perdem porque não temos um objetivo predeterminado. O vento nunca é favorável a quem não tem um porto de chegada previsto. (...)
     Nossa maneira habitual de fazer as coisas está em seguir os nossos impulsos instintivos para a direita ou para a esquerda, para cima ou para baixo, segundo as circunstâncias. Só pensamos no que queremos no próprio instante em que o queremos, e mudamos de vontade como muda de cor o camaleão. O que nos propomos em dado momento, mudamos em seguida e voltamos atrás, e tudo não passa de oscilação e inconstância. “Somos conduzidos como títeres que um fio manobra”, afirmou Horácio. Não vamos, somos levados como os objetos que flutuam, ora devagar, ora com violência, segundo o vento.

(Montaigne, Ensaios

"Somos conduzidos como títeres que um fio manobra."

Uma nova e correta redação da frase acima, que preserve o sentido original, está em:

Alternativas
Q2255341 Português
Da incoerência de nossas ações

      Não é de espantar, diz um autor antigo, que o acaso tenha tanta força sobre nós, pois por causa dele é que existimos. Quem não orientou sua vida, de um modo geral, em determinado sentido, não pode tampouco dirigir suas ações. Não tendo tido nunca uma linha de conduta, não lhe será possível coordenar e ligar uns aos outros os atos de sua existência. De que serve fazer provisões de tintas se não se sabe que pintar? Ninguém determina do princípio ao fim o caminho que pretende seguir na vida: só nos decidimos por trechos, na medida em que vamos avançando. O arqueiro precisa antes escolher o alvo; só então prepara o arco e a flecha e executa os movimentos necessários; nossas resoluções se perdem porque não temos um objetivo predeterminado. O vento nunca é favorável a quem não tem um porto de chegada previsto. (...)
     Nossa maneira habitual de fazer as coisas está em seguir os nossos impulsos instintivos para a direita ou para a esquerda, para cima ou para baixo, segundo as circunstâncias. Só pensamos no que queremos no próprio instante em que o queremos, e mudamos de vontade como muda de cor o camaleão. O que nos propomos em dado momento, mudamos em seguida e voltamos atrás, e tudo não passa de oscilação e inconstância. “Somos conduzidos como títeres que um fio manobra”, afirmou Horácio. Não vamos, somos levados como os objetos que flutuam, ora devagar, ora com violência, segundo o vento.

(Montaigne, Ensaios

 Atente para estas duas frases:

O arqueiro precisa antes escolher o alvo.

O arqueiro determina antes a escolha do alvo.

É correto afirmar, em relação a essas frases, que

Alternativas
Q2255342 Português
Da incoerência de nossas ações

      Não é de espantar, diz um autor antigo, que o acaso tenha tanta força sobre nós, pois por causa dele é que existimos. Quem não orientou sua vida, de um modo geral, em determinado sentido, não pode tampouco dirigir suas ações. Não tendo tido nunca uma linha de conduta, não lhe será possível coordenar e ligar uns aos outros os atos de sua existência. De que serve fazer provisões de tintas se não se sabe que pintar? Ninguém determina do princípio ao fim o caminho que pretende seguir na vida: só nos decidimos por trechos, na medida em que vamos avançando. O arqueiro precisa antes escolher o alvo; só então prepara o arco e a flecha e executa os movimentos necessários; nossas resoluções se perdem porque não temos um objetivo predeterminado. O vento nunca é favorável a quem não tem um porto de chegada previsto. (...)
     Nossa maneira habitual de fazer as coisas está em seguir os nossos impulsos instintivos para a direita ou para a esquerda, para cima ou para baixo, segundo as circunstâncias. Só pensamos no que queremos no próprio instante em que o queremos, e mudamos de vontade como muda de cor o camaleão. O que nos propomos em dado momento, mudamos em seguida e voltamos atrás, e tudo não passa de oscilação e inconstância. “Somos conduzidos como títeres que um fio manobra”, afirmou Horácio. Não vamos, somos levados como os objetos que flutuam, ora devagar, ora com violência, segundo o vento.

(Montaigne, Ensaios
O emprego e a grafia de todas as palavras estão corretos na frase:
Alternativas
Q2255343 Português
Da incoerência de nossas ações

      Não é de espantar, diz um autor antigo, que o acaso tenha tanta força sobre nós, pois por causa dele é que existimos. Quem não orientou sua vida, de um modo geral, em determinado sentido, não pode tampouco dirigir suas ações. Não tendo tido nunca uma linha de conduta, não lhe será possível coordenar e ligar uns aos outros os atos de sua existência. De que serve fazer provisões de tintas se não se sabe que pintar? Ninguém determina do princípio ao fim o caminho que pretende seguir na vida: só nos decidimos por trechos, na medida em que vamos avançando. O arqueiro precisa antes escolher o alvo; só então prepara o arco e a flecha e executa os movimentos necessários; nossas resoluções se perdem porque não temos um objetivo predeterminado. O vento nunca é favorável a quem não tem um porto de chegada previsto. (...)
     Nossa maneira habitual de fazer as coisas está em seguir os nossos impulsos instintivos para a direita ou para a esquerda, para cima ou para baixo, segundo as circunstâncias. Só pensamos no que queremos no próprio instante em que o queremos, e mudamos de vontade como muda de cor o camaleão. O que nos propomos em dado momento, mudamos em seguida e voltamos atrás, e tudo não passa de oscilação e inconstância. “Somos conduzidos como títeres que um fio manobra”, afirmou Horácio. Não vamos, somos levados como os objetos que flutuam, ora devagar, ora com violência, segundo o vento.

(Montaigne, Ensaios
As palavras arco e arqueiro
Alternativas
Q2255344 Português
Da incoerência de nossas ações

      Não é de espantar, diz um autor antigo, que o acaso tenha tanta força sobre nós, pois por causa dele é que existimos. Quem não orientou sua vida, de um modo geral, em determinado sentido, não pode tampouco dirigir suas ações. Não tendo tido nunca uma linha de conduta, não lhe será possível coordenar e ligar uns aos outros os atos de sua existência. De que serve fazer provisões de tintas se não se sabe que pintar? Ninguém determina do princípio ao fim o caminho que pretende seguir na vida: só nos decidimos por trechos, na medida em que vamos avançando. O arqueiro precisa antes escolher o alvo; só então prepara o arco e a flecha e executa os movimentos necessários; nossas resoluções se perdem porque não temos um objetivo predeterminado. O vento nunca é favorável a quem não tem um porto de chegada previsto. (...)
     Nossa maneira habitual de fazer as coisas está em seguir os nossos impulsos instintivos para a direita ou para a esquerda, para cima ou para baixo, segundo as circunstâncias. Só pensamos no que queremos no próprio instante em que o queremos, e mudamos de vontade como muda de cor o camaleão. O que nos propomos em dado momento, mudamos em seguida e voltamos atrás, e tudo não passa de oscilação e inconstância. “Somos conduzidos como títeres que um fio manobra”, afirmou Horácio. Não vamos, somos levados como os objetos que flutuam, ora devagar, ora com violência, segundo o vento.

(Montaigne, Ensaios
Está inteiramente adequada a pontuação do seguinte período:
Alternativas
Q2255345 Português
Da incoerência de nossas ações

      Não é de espantar, diz um autor antigo, que o acaso tenha tanta força sobre nós, pois por causa dele é que existimos. Quem não orientou sua vida, de um modo geral, em determinado sentido, não pode tampouco dirigir suas ações. Não tendo tido nunca uma linha de conduta, não lhe será possível coordenar e ligar uns aos outros os atos de sua existência. De que serve fazer provisões de tintas se não se sabe que pintar? Ninguém determina do princípio ao fim o caminho que pretende seguir na vida: só nos decidimos por trechos, na medida em que vamos avançando. O arqueiro precisa antes escolher o alvo; só então prepara o arco e a flecha e executa os movimentos necessários; nossas resoluções se perdem porque não temos um objetivo predeterminado. O vento nunca é favorável a quem não tem um porto de chegada previsto. (...)
     Nossa maneira habitual de fazer as coisas está em seguir os nossos impulsos instintivos para a direita ou para a esquerda, para cima ou para baixo, segundo as circunstâncias. Só pensamos no que queremos no próprio instante em que o queremos, e mudamos de vontade como muda de cor o camaleão. O que nos propomos em dado momento, mudamos em seguida e voltamos atrás, e tudo não passa de oscilação e inconstância. “Somos conduzidos como títeres que um fio manobra”, afirmou Horácio. Não vamos, somos levados como os objetos que flutuam, ora devagar, ora com violência, segundo o vento.

(Montaigne, Ensaios
Na frase mudamos de vontade como muda de cor o camaleão, o autor 
Alternativas
Q2255346 Inglês
Instruções: A questão refere-se ao texto apresentado abaixo.

Atenção: Para responder a questão escolha, dentre as cinco alternativas, aquela que, apropriadamente, completa a oração levando em conta o texto como um todo.


    Malnutrition is directly responsible for 300,000 deaths per year in children younger than 5 years in developing countries and contributes indirectly to over half the deaths in childhood worldwide.

    The adverse effects of malnutrition include physical and developmental manifestations. Poor weight gain and slowing of linear growth occur. Impairment of immunologic functions in these .....(15)..... mimics those observed in children with AIDS, predisposing them to opportunistic and other typical childhood infections. Children who are chronically malnourished exhibit behavioral changes, including irritability, apathy and decreased social responsiveness, anxiety, and attention deficits. In addition, infants and young children who have malnutrition frequently demonstrate developmental delay or permanent cognitive deficits. The degree of delay and deficit depends on the severity and duration of nutritional compromise and the age at which malnutrition occurs. In general, nutritional insults at younger ages will have worse outcomes. .....(16)..... death from malnutrition in the United States is rare, in developing countries, more than 50% of the 10 million deaths each year are either directly or indirectly secondary to malnutrition in children younger than 5 years.

     Children are most vulnerable to the effects of malnutrition in infancy and early childhood. Premature infants have special nutritional needs that are not met with traditional feeding recommendations; they require fortified human milk or specially designed preterm formula until later in infancy. Children are susceptible to malnutrition for differing reasons. During adolescence, self-imposed dietary restrictions contribute to the incidence of nutritional deficiencies.

(Adapted from http://www.emedicine.com/PED/topic1360.htm)
Para responder a questão de número 15 escolha, dentre as cinco alternativas, aquela que, apropriadamente, completa a oração levando em conta o texto como um todo.
Alternativas
Q2255347 Inglês
Instruções: A questão refere-se ao texto apresentado abaixo.

Atenção: Para responder a questão escolha, dentre as cinco alternativas, aquela que, apropriadamente, completa a oração levando em conta o texto como um todo.


    Malnutrition is directly responsible for 300,000 deaths per year in children younger than 5 years in developing countries and contributes indirectly to over half the deaths in childhood worldwide.

    The adverse effects of malnutrition include physical and developmental manifestations. Poor weight gain and slowing of linear growth occur. Impairment of immunologic functions in these .....(15)..... mimics those observed in children with AIDS, predisposing them to opportunistic and other typical childhood infections. Children who are chronically malnourished exhibit behavioral changes, including irritability, apathy and decreased social responsiveness, anxiety, and attention deficits. In addition, infants and young children who have malnutrition frequently demonstrate developmental delay or permanent cognitive deficits. The degree of delay and deficit depends on the severity and duration of nutritional compromise and the age at which malnutrition occurs. In general, nutritional insults at younger ages will have worse outcomes. .....(16)..... death from malnutrition in the United States is rare, in developing countries, more than 50% of the 10 million deaths each year are either directly or indirectly secondary to malnutrition in children younger than 5 years.

     Children are most vulnerable to the effects of malnutrition in infancy and early childhood. Premature infants have special nutritional needs that are not met with traditional feeding recommendations; they require fortified human milk or specially designed preterm formula until later in infancy. Children are susceptible to malnutrition for differing reasons. During adolescence, self-imposed dietary restrictions contribute to the incidence of nutritional deficiencies.

(Adapted from http://www.emedicine.com/PED/topic1360.htm)
Para responder a questão de número 16 escolha, dentre as cinco alternativas, aquela que, apropriadamente, completa a oração levando em conta o texto como um todo.
Alternativas
Q2255348 Inglês
Instruções: A questão refere-se ao texto apresentado abaixo.

Atenção: Para responder a questão escolha, dentre as cinco alternativas, aquela que, apropriadamente, completa a oração levando em conta o texto como um todo.


    Malnutrition is directly responsible for 300,000 deaths per year in children younger than 5 years in developing countries and contributes indirectly to over half the deaths in childhood worldwide.

    The adverse effects of malnutrition include physical and developmental manifestations. Poor weight gain and slowing of linear growth occur. Impairment of immunologic functions in these .....(15)..... mimics those observed in children with AIDS, predisposing them to opportunistic and other typical childhood infections. Children who are chronically malnourished exhibit behavioral changes, including irritability, apathy and decreased social responsiveness, anxiety, and attention deficits. In addition, infants and young children who have malnutrition frequently demonstrate developmental delay or permanent cognitive deficits. The degree of delay and deficit depends on the severity and duration of nutritional compromise and the age at which malnutrition occurs. In general, nutritional insults at younger ages will have worse outcomes. .....(16)..... death from malnutrition in the United States is rare, in developing countries, more than 50% of the 10 million deaths each year are either directly or indirectly secondary to malnutrition in children younger than 5 years.

     Children are most vulnerable to the effects of malnutrition in infancy and early childhood. Premature infants have special nutritional needs that are not met with traditional feeding recommendations; they require fortified human milk or specially designed preterm formula until later in infancy. Children are susceptible to malnutrition for differing reasons. During adolescence, self-imposed dietary restrictions contribute to the incidence of nutritional deficiencies.

(Adapted from http://www.emedicine.com/PED/topic1360.htm)
No texto acima, a melhor tradução para compromise é
Alternativas
Q2255349 Inglês
Instruções: A questão refere-se ao texto apresentado abaixo.

Atenção: Para responder a questão escolha, dentre as cinco alternativas, aquela que, apropriadamente, completa a oração levando em conta o texto como um todo.


    Malnutrition is directly responsible for 300,000 deaths per year in children younger than 5 years in developing countries and contributes indirectly to over half the deaths in childhood worldwide.

    The adverse effects of malnutrition include physical and developmental manifestations. Poor weight gain and slowing of linear growth occur. Impairment of immunologic functions in these .....(15)..... mimics those observed in children with AIDS, predisposing them to opportunistic and other typical childhood infections. Children who are chronically malnourished exhibit behavioral changes, including irritability, apathy and decreased social responsiveness, anxiety, and attention deficits. In addition, infants and young children who have malnutrition frequently demonstrate developmental delay or permanent cognitive deficits. The degree of delay and deficit depends on the severity and duration of nutritional compromise and the age at which malnutrition occurs. In general, nutritional insults at younger ages will have worse outcomes. .....(16)..... death from malnutrition in the United States is rare, in developing countries, more than 50% of the 10 million deaths each year are either directly or indirectly secondary to malnutrition in children younger than 5 years.

     Children are most vulnerable to the effects of malnutrition in infancy and early childhood. Premature infants have special nutritional needs that are not met with traditional feeding recommendations; they require fortified human milk or specially designed preterm formula until later in infancy. Children are susceptible to malnutrition for differing reasons. During adolescence, self-imposed dietary restrictions contribute to the incidence of nutritional deficiencies.

(Adapted from http://www.emedicine.com/PED/topic1360.htm)
 According to the text,
Alternativas
Q2255350 Inglês
Instruções: A questão refere-se ao texto apresentado abaixo.

Atenção: Para responder a questão escolha, dentre as cinco alternativas, aquela que, apropriadamente, completa a oração levando em conta o texto como um todo.


    Malnutrition is directly responsible for 300,000 deaths per year in children younger than 5 years in developing countries and contributes indirectly to over half the deaths in childhood worldwide.

    The adverse effects of malnutrition include physical and developmental manifestations. Poor weight gain and slowing of linear growth occur. Impairment of immunologic functions in these .....(15)..... mimics those observed in children with AIDS, predisposing them to opportunistic and other typical childhood infections. Children who are chronically malnourished exhibit behavioral changes, including irritability, apathy and decreased social responsiveness, anxiety, and attention deficits. In addition, infants and young children who have malnutrition frequently demonstrate developmental delay or permanent cognitive deficits. The degree of delay and deficit depends on the severity and duration of nutritional compromise and the age at which malnutrition occurs. In general, nutritional insults at younger ages will have worse outcomes. .....(16)..... death from malnutrition in the United States is rare, in developing countries, more than 50% of the 10 million deaths each year are either directly or indirectly secondary to malnutrition in children younger than 5 years.

     Children are most vulnerable to the effects of malnutrition in infancy and early childhood. Premature infants have special nutritional needs that are not met with traditional feeding recommendations; they require fortified human milk or specially designed preterm formula until later in infancy. Children are susceptible to malnutrition for differing reasons. During adolescence, self-imposed dietary restrictions contribute to the incidence of nutritional deficiencies.

(Adapted from http://www.emedicine.com/PED/topic1360.htm)
Segundo o texto,
Alternativas
Q2255351 Espanhol
     Al principio del siglo XX es cuando las ciencias biológicas y sociales iniciaron la investigación de los efectos del estrés en la salud del cuerpo y la mente de las personas, aunque su concepto haya nacido en el siglo anterior.
     El término estrés fue introducido por el médico fisiólogo Hans Seyle (1907-1982) y originalmente se refirió a las reacciones inespecíficas del organismo ante estímulos tanto psíquicos como físicos. Tanto el estrés positivo (eustrés) como el negativo (distrés) pueden compartir las mismas reacciones. En el nivel de la emoción, sin embargo, las reacciones del estrés son muy distintas. La persona maneja la situación con la motivación y el estímulo del eustrés; al contrario, el distrés acobarda e intimida a la persona y hace que huya de la situación.
     Los estudios originales de Seyle se hicieron a partir del "síndrome general de adaptación" descrito como la respuesta general de organismos a estímulos "estresantes".
   Las respuestas de adaptación demostraron científicamente la participación de los procesos emocionales y psíquicos en la modulación de las respuestas a estímulos tanto internos como externos y a la posibilidad de desbordamiento de las capacidades de adaptación individuales. Ello llevó al concepto de medicina psicosomática que involucra los procesos mentales y emotivos en la génesis de procesos patológicos orgánicos.
      El estrés es, entonces, la respuesta del organismo a una demanda real o imaginaria, o simplificando aún más, es todo aquello que nos obliga a un cambio.
     Las situaciones estresantes, llamadas estresores, que pueden causar cambio o adaptación son de un espectro enorme, desde la frustración o la angustia al temor que nunca cede. Es decir, la causa del estrés a menudo difiere enormemente.

Adaptado de http://www.monografias.com/trabajos10/estre/estre.shtml - Trabalho enviado por Ivana Bordón e Carlos Durán, Universidad de Mendoza, Mendoza, Argentina.
O termo “sin embargo”, sublinhado na 6a linha do 2a parágrafo, está corretamente traduzido para o português, mantendo o sentido que possui no texto, em
Alternativas
Respostas
1: D
2: E
3: B
4: A
5: D
6: A
7: C
8: D
9: A
10: C
11: A
12: D
13: B
14: A
15: D
16: C
17: B
18: A
19: C
20: E