Questões de Concurso Público TRE-MS 2007 para Técnico Judiciário - Programação de Sistemas

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Q2252997 Português
   Brasileiro se realiza em arte menor. Com raras exceções aqui e ali na literatura, no teatro ou na música erudita, pouco temos a oferecer ao resto do mundo em matéria de grandes manifestações artísticas. Em compensação, a caricatura ou a canção popular, por exemplo, têm sido superlativas aqui, alcançando uma densidade raramente obtida por nossos melhores artistas plásticos ou compositores sinfônicos. Outras artes, ditas “menores”, desempenham um papel fundamental na cultura brasileira. É o caso da crônica e da telenovela. Gêneros inequivocamente menores e que, no entanto, alcançam níveis de superação artística nem sempre observada em seus congêneres de outros quadrantes do planeta.
   Mas são menores diante do quê? É óbvio que o critério de valoração continua sendo a norma européia: a epopéia, o romance, a sinfonia, as “belas artes” em geral. O movimento é dialético e não pressupõe maniqueísmo. Pois se aqui não se geraram obras como as de Cervantes, Wagner ou Picasso, “lá” também – onde quer que seja esse lugar – nunca floresceu uma canção popular como a nossa que, sem favor, pode compor um elenco com o que de melhor já foi feito em matéria de poesia e de melodia no Brasil.
    Machado de Assis, como de costume, intuiu admiravelmente tudo. No conto “Um homem célebre”, ele nos mostra Pestana, compositor que deseja tornar-se um Mozart mas, desafortunadamente, consegue apenas criar polcas e maxixes de imenso apelo popular. Morre consagrado – mas como autor pop. Aliás, não foi à toa que Caetano Veloso colocou uma frase desse conto na contracapa de Circuladô (1991). Um de nossos grandes artistas “menores” por excelência, Caetano sempre soube refletir a partir das limitações de seu meio, conseguindo às vezes transcendê-lo em verso e prosa. [...]
   O curioso é que o conceito de arte acabou se alastrando para outros campos (e gramados) da sociedade brasileira. É o caso da consagração do futebol como esporte nacional, a partir da década de 30, quando o bate-bola foi adotado pela imprensa carioca, recebendo status de futebol-arte.
  Ainda no terreno das manifestações populares, o ibope de alguns carnavalescos é bastante sintomático: eles são os encenadores da mais vista de todas as nossas óperas, o Carnaval. Quem acompanha a cobertura do evento costuma ouvir o testemunho deliciado de estrangeiros a respeito das imensas “qualidades artísticas” dos desfiles nacionais...
    Seguindo a fórmula clássica de Antonio Candido em Formação da literatura brasileira (“Comparada às grandes, a nossa literatura é pobre e fraca. Mas é ela, e não outra, que nos exprime.”), pode-se arriscar que muito da produção artística brasileira é tímida se comparada com o que é feito em outras paragens. Não temos Shakespeare nem Mozart? Mas temos Nelson Rodrigues, Tom Jobim, Nássara, Cartola – produtores de “miudezas” da mais alta estatura. Afinal são eles, e não outros, que expressam o que somos.

(Adaptado de Leandro Sarmatz. Superinteressante, novembro de 2000, p.106, (Idéias que desafiam o senso comum)
De acordo com o texto,
Alternativas
Q2252998 Português
   Brasileiro se realiza em arte menor. Com raras exceções aqui e ali na literatura, no teatro ou na música erudita, pouco temos a oferecer ao resto do mundo em matéria de grandes manifestações artísticas. Em compensação, a caricatura ou a canção popular, por exemplo, têm sido superlativas aqui, alcançando uma densidade raramente obtida por nossos melhores artistas plásticos ou compositores sinfônicos. Outras artes, ditas “menores”, desempenham um papel fundamental na cultura brasileira. É o caso da crônica e da telenovela. Gêneros inequivocamente menores e que, no entanto, alcançam níveis de superação artística nem sempre observada em seus congêneres de outros quadrantes do planeta.
   Mas são menores diante do quê? É óbvio que o critério de valoração continua sendo a norma européia: a epopéia, o romance, a sinfonia, as “belas artes” em geral. O movimento é dialético e não pressupõe maniqueísmo. Pois se aqui não se geraram obras como as de Cervantes, Wagner ou Picasso, “lá” também – onde quer que seja esse lugar – nunca floresceu uma canção popular como a nossa que, sem favor, pode compor um elenco com o que de melhor já foi feito em matéria de poesia e de melodia no Brasil.
    Machado de Assis, como de costume, intuiu admiravelmente tudo. No conto “Um homem célebre”, ele nos mostra Pestana, compositor que deseja tornar-se um Mozart mas, desafortunadamente, consegue apenas criar polcas e maxixes de imenso apelo popular. Morre consagrado – mas como autor pop. Aliás, não foi à toa que Caetano Veloso colocou uma frase desse conto na contracapa de Circuladô (1991). Um de nossos grandes artistas “menores” por excelência, Caetano sempre soube refletir a partir das limitações de seu meio, conseguindo às vezes transcendê-lo em verso e prosa. [...]
   O curioso é que o conceito de arte acabou se alastrando para outros campos (e gramados) da sociedade brasileira. É o caso da consagração do futebol como esporte nacional, a partir da década de 30, quando o bate-bola foi adotado pela imprensa carioca, recebendo status de futebol-arte.
  Ainda no terreno das manifestações populares, o ibope de alguns carnavalescos é bastante sintomático: eles são os encenadores da mais vista de todas as nossas óperas, o Carnaval. Quem acompanha a cobertura do evento costuma ouvir o testemunho deliciado de estrangeiros a respeito das imensas “qualidades artísticas” dos desfiles nacionais...
    Seguindo a fórmula clássica de Antonio Candido em Formação da literatura brasileira (“Comparada às grandes, a nossa literatura é pobre e fraca. Mas é ela, e não outra, que nos exprime.”), pode-se arriscar que muito da produção artística brasileira é tímida se comparada com o que é feito em outras paragens. Não temos Shakespeare nem Mozart? Mas temos Nelson Rodrigues, Tom Jobim, Nássara, Cartola – produtores de “miudezas” da mais alta estatura. Afinal são eles, e não outros, que expressam o que somos.

(Adaptado de Leandro Sarmatz. Superinteressante, novembro de 2000, p.106, (Idéias que desafiam o senso comum)
Segundo o texto, está correto o que se afirma em:
Alternativas
Q2252999 Português
   Brasileiro se realiza em arte menor. Com raras exceções aqui e ali na literatura, no teatro ou na música erudita, pouco temos a oferecer ao resto do mundo em matéria de grandes manifestações artísticas. Em compensação, a caricatura ou a canção popular, por exemplo, têm sido superlativas aqui, alcançando uma densidade raramente obtida por nossos melhores artistas plásticos ou compositores sinfônicos. Outras artes, ditas “menores”, desempenham um papel fundamental na cultura brasileira. É o caso da crônica e da telenovela. Gêneros inequivocamente menores e que, no entanto, alcançam níveis de superação artística nem sempre observada em seus congêneres de outros quadrantes do planeta.
   Mas são menores diante do quê? É óbvio que o critério de valoração continua sendo a norma européia: a epopéia, o romance, a sinfonia, as “belas artes” em geral. O movimento é dialético e não pressupõe maniqueísmo. Pois se aqui não se geraram obras como as de Cervantes, Wagner ou Picasso, “lá” também – onde quer que seja esse lugar – nunca floresceu uma canção popular como a nossa que, sem favor, pode compor um elenco com o que de melhor já foi feito em matéria de poesia e de melodia no Brasil.
    Machado de Assis, como de costume, intuiu admiravelmente tudo. No conto “Um homem célebre”, ele nos mostra Pestana, compositor que deseja tornar-se um Mozart mas, desafortunadamente, consegue apenas criar polcas e maxixes de imenso apelo popular. Morre consagrado – mas como autor pop. Aliás, não foi à toa que Caetano Veloso colocou uma frase desse conto na contracapa de Circuladô (1991). Um de nossos grandes artistas “menores” por excelência, Caetano sempre soube refletir a partir das limitações de seu meio, conseguindo às vezes transcendê-lo em verso e prosa. [...]
   O curioso é que o conceito de arte acabou se alastrando para outros campos (e gramados) da sociedade brasileira. É o caso da consagração do futebol como esporte nacional, a partir da década de 30, quando o bate-bola foi adotado pela imprensa carioca, recebendo status de futebol-arte.
  Ainda no terreno das manifestações populares, o ibope de alguns carnavalescos é bastante sintomático: eles são os encenadores da mais vista de todas as nossas óperas, o Carnaval. Quem acompanha a cobertura do evento costuma ouvir o testemunho deliciado de estrangeiros a respeito das imensas “qualidades artísticas” dos desfiles nacionais...
    Seguindo a fórmula clássica de Antonio Candido em Formação da literatura brasileira (“Comparada às grandes, a nossa literatura é pobre e fraca. Mas é ela, e não outra, que nos exprime.”), pode-se arriscar que muito da produção artística brasileira é tímida se comparada com o que é feito em outras paragens. Não temos Shakespeare nem Mozart? Mas temos Nelson Rodrigues, Tom Jobim, Nássara, Cartola – produtores de “miudezas” da mais alta estatura. Afinal são eles, e não outros, que expressam o que somos.

(Adaptado de Leandro Sarmatz. Superinteressante, novembro de 2000, p.106, (Idéias que desafiam o senso comum)
Um título adequado ao texto seria:
Alternativas
Q2253000 Português
   Brasileiro se realiza em arte menor. Com raras exceções aqui e ali na literatura, no teatro ou na música erudita, pouco temos a oferecer ao resto do mundo em matéria de grandes manifestações artísticas. Em compensação, a caricatura ou a canção popular, por exemplo, têm sido superlativas aqui, alcançando uma densidade raramente obtida por nossos melhores artistas plásticos ou compositores sinfônicos. Outras artes, ditas “menores”, desempenham um papel fundamental na cultura brasileira. É o caso da crônica e da telenovela. Gêneros inequivocamente menores e que, no entanto, alcançam níveis de superação artística nem sempre observada em seus congêneres de outros quadrantes do planeta.
   Mas são menores diante do quê? É óbvio que o critério de valoração continua sendo a norma européia: a epopéia, o romance, a sinfonia, as “belas artes” em geral. O movimento é dialético e não pressupõe maniqueísmo. Pois se aqui não se geraram obras como as de Cervantes, Wagner ou Picasso, “lá” também – onde quer que seja esse lugar – nunca floresceu uma canção popular como a nossa que, sem favor, pode compor um elenco com o que de melhor já foi feito em matéria de poesia e de melodia no Brasil.
    Machado de Assis, como de costume, intuiu admiravelmente tudo. No conto “Um homem célebre”, ele nos mostra Pestana, compositor que deseja tornar-se um Mozart mas, desafortunadamente, consegue apenas criar polcas e maxixes de imenso apelo popular. Morre consagrado – mas como autor pop. Aliás, não foi à toa que Caetano Veloso colocou uma frase desse conto na contracapa de Circuladô (1991). Um de nossos grandes artistas “menores” por excelência, Caetano sempre soube refletir a partir das limitações de seu meio, conseguindo às vezes transcendê-lo em verso e prosa. [...]
   O curioso é que o conceito de arte acabou se alastrando para outros campos (e gramados) da sociedade brasileira. É o caso da consagração do futebol como esporte nacional, a partir da década de 30, quando o bate-bola foi adotado pela imprensa carioca, recebendo status de futebol-arte.
  Ainda no terreno das manifestações populares, o ibope de alguns carnavalescos é bastante sintomático: eles são os encenadores da mais vista de todas as nossas óperas, o Carnaval. Quem acompanha a cobertura do evento costuma ouvir o testemunho deliciado de estrangeiros a respeito das imensas “qualidades artísticas” dos desfiles nacionais...
    Seguindo a fórmula clássica de Antonio Candido em Formação da literatura brasileira (“Comparada às grandes, a nossa literatura é pobre e fraca. Mas é ela, e não outra, que nos exprime.”), pode-se arriscar que muito da produção artística brasileira é tímida se comparada com o que é feito em outras paragens. Não temos Shakespeare nem Mozart? Mas temos Nelson Rodrigues, Tom Jobim, Nássara, Cartola – produtores de “miudezas” da mais alta estatura. Afinal são eles, e não outros, que expressam o que somos.

(Adaptado de Leandro Sarmatz. Superinteressante, novembro de 2000, p.106, (Idéias que desafiam o senso comum)
Mantém-se o sentido original de um segmento do texto, com outras palavras, em:
Alternativas
Q2253001 Português
   Brasileiro se realiza em arte menor. Com raras exceções aqui e ali na literatura, no teatro ou na música erudita, pouco temos a oferecer ao resto do mundo em matéria de grandes manifestações artísticas. Em compensação, a caricatura ou a canção popular, por exemplo, têm sido superlativas aqui, alcançando uma densidade raramente obtida por nossos melhores artistas plásticos ou compositores sinfônicos. Outras artes, ditas “menores”, desempenham um papel fundamental na cultura brasileira. É o caso da crônica e da telenovela. Gêneros inequivocamente menores e que, no entanto, alcançam níveis de superação artística nem sempre observada em seus congêneres de outros quadrantes do planeta.
   Mas são menores diante do quê? É óbvio que o critério de valoração continua sendo a norma européia: a epopéia, o romance, a sinfonia, as “belas artes” em geral. O movimento é dialético e não pressupõe maniqueísmo. Pois se aqui não se geraram obras como as de Cervantes, Wagner ou Picasso, “lá” também – onde quer que seja esse lugar – nunca floresceu uma canção popular como a nossa que, sem favor, pode compor um elenco com o que de melhor já foi feito em matéria de poesia e de melodia no Brasil.
    Machado de Assis, como de costume, intuiu admiravelmente tudo. No conto “Um homem célebre”, ele nos mostra Pestana, compositor que deseja tornar-se um Mozart mas, desafortunadamente, consegue apenas criar polcas e maxixes de imenso apelo popular. Morre consagrado – mas como autor pop. Aliás, não foi à toa que Caetano Veloso colocou uma frase desse conto na contracapa de Circuladô (1991). Um de nossos grandes artistas “menores” por excelência, Caetano sempre soube refletir a partir das limitações de seu meio, conseguindo às vezes transcendê-lo em verso e prosa. [...]
   O curioso é que o conceito de arte acabou se alastrando para outros campos (e gramados) da sociedade brasileira. É o caso da consagração do futebol como esporte nacional, a partir da década de 30, quando o bate-bola foi adotado pela imprensa carioca, recebendo status de futebol-arte.
  Ainda no terreno das manifestações populares, o ibope de alguns carnavalescos é bastante sintomático: eles são os encenadores da mais vista de todas as nossas óperas, o Carnaval. Quem acompanha a cobertura do evento costuma ouvir o testemunho deliciado de estrangeiros a respeito das imensas “qualidades artísticas” dos desfiles nacionais...
    Seguindo a fórmula clássica de Antonio Candido em Formação da literatura brasileira (“Comparada às grandes, a nossa literatura é pobre e fraca. Mas é ela, e não outra, que nos exprime.”), pode-se arriscar que muito da produção artística brasileira é tímida se comparada com o que é feito em outras paragens. Não temos Shakespeare nem Mozart? Mas temos Nelson Rodrigues, Tom Jobim, Nássara, Cartola – produtores de “miudezas” da mais alta estatura. Afinal são eles, e não outros, que expressam o que somos.

(Adaptado de Leandro Sarmatz. Superinteressante, novembro de 2000, p.106, (Idéias que desafiam o senso comum)
A afirmativa INCORRETA, considerando-se o emprego de sinais de pontuação no texto, é: 
Alternativas
Q2253002 Português
   Brasileiro se realiza em arte menor. Com raras exceções aqui e ali na literatura, no teatro ou na música erudita, pouco temos a oferecer ao resto do mundo em matéria de grandes manifestações artísticas. Em compensação, a caricatura ou a canção popular, por exemplo, têm sido superlativas aqui, alcançando uma densidade raramente obtida por nossos melhores artistas plásticos ou compositores sinfônicos. Outras artes, ditas “menores”, desempenham um papel fundamental na cultura brasileira. É o caso da crônica e da telenovela. Gêneros inequivocamente menores e que, no entanto, alcançam níveis de superação artística nem sempre observada em seus congêneres de outros quadrantes do planeta.
   Mas são menores diante do quê? É óbvio que o critério de valoração continua sendo a norma européia: a epopéia, o romance, a sinfonia, as “belas artes” em geral. O movimento é dialético e não pressupõe maniqueísmo. Pois se aqui não se geraram obras como as de Cervantes, Wagner ou Picasso, “lá” também – onde quer que seja esse lugar – nunca floresceu uma canção popular como a nossa que, sem favor, pode compor um elenco com o que de melhor já foi feito em matéria de poesia e de melodia no Brasil.
    Machado de Assis, como de costume, intuiu admiravelmente tudo. No conto “Um homem célebre”, ele nos mostra Pestana, compositor que deseja tornar-se um Mozart mas, desafortunadamente, consegue apenas criar polcas e maxixes de imenso apelo popular. Morre consagrado – mas como autor pop. Aliás, não foi à toa que Caetano Veloso colocou uma frase desse conto na contracapa de Circuladô (1991). Um de nossos grandes artistas “menores” por excelência, Caetano sempre soube refletir a partir das limitações de seu meio, conseguindo às vezes transcendê-lo em verso e prosa. [...]
   O curioso é que o conceito de arte acabou se alastrando para outros campos (e gramados) da sociedade brasileira. É o caso da consagração do futebol como esporte nacional, a partir da década de 30, quando o bate-bola foi adotado pela imprensa carioca, recebendo status de futebol-arte.
  Ainda no terreno das manifestações populares, o ibope de alguns carnavalescos é bastante sintomático: eles são os encenadores da mais vista de todas as nossas óperas, o Carnaval. Quem acompanha a cobertura do evento costuma ouvir o testemunho deliciado de estrangeiros a respeito das imensas “qualidades artísticas” dos desfiles nacionais...
    Seguindo a fórmula clássica de Antonio Candido em Formação da literatura brasileira (“Comparada às grandes, a nossa literatura é pobre e fraca. Mas é ela, e não outra, que nos exprime.”), pode-se arriscar que muito da produção artística brasileira é tímida se comparada com o que é feito em outras paragens. Não temos Shakespeare nem Mozart? Mas temos Nelson Rodrigues, Tom Jobim, Nássara, Cartola – produtores de “miudezas” da mais alta estatura. Afinal são eles, e não outros, que expressam o que somos.

(Adaptado de Leandro Sarmatz. Superinteressante, novembro de 2000, p.106, (Idéias que desafiam o senso comum)

... “lá” também ... (2o parágrafo)

É correto afirmar que “” retoma, considerando-se o contexto, a expressão:

Alternativas
Q2253003 Português
   Brasileiro se realiza em arte menor. Com raras exceções aqui e ali na literatura, no teatro ou na música erudita, pouco temos a oferecer ao resto do mundo em matéria de grandes manifestações artísticas. Em compensação, a caricatura ou a canção popular, por exemplo, têm sido superlativas aqui, alcançando uma densidade raramente obtida por nossos melhores artistas plásticos ou compositores sinfônicos. Outras artes, ditas “menores”, desempenham um papel fundamental na cultura brasileira. É o caso da crônica e da telenovela. Gêneros inequivocamente menores e que, no entanto, alcançam níveis de superação artística nem sempre observada em seus congêneres de outros quadrantes do planeta.
   Mas são menores diante do quê? É óbvio que o critério de valoração continua sendo a norma européia: a epopéia, o romance, a sinfonia, as “belas artes” em geral. O movimento é dialético e não pressupõe maniqueísmo. Pois se aqui não se geraram obras como as de Cervantes, Wagner ou Picasso, “lá” também – onde quer que seja esse lugar – nunca floresceu uma canção popular como a nossa que, sem favor, pode compor um elenco com o que de melhor já foi feito em matéria de poesia e de melodia no Brasil.
    Machado de Assis, como de costume, intuiu admiravelmente tudo. No conto “Um homem célebre”, ele nos mostra Pestana, compositor que deseja tornar-se um Mozart mas, desafortunadamente, consegue apenas criar polcas e maxixes de imenso apelo popular. Morre consagrado – mas como autor pop. Aliás, não foi à toa que Caetano Veloso colocou uma frase desse conto na contracapa de Circuladô (1991). Um de nossos grandes artistas “menores” por excelência, Caetano sempre soube refletir a partir das limitações de seu meio, conseguindo às vezes transcendê-lo em verso e prosa. [...]
   O curioso é que o conceito de arte acabou se alastrando para outros campos (e gramados) da sociedade brasileira. É o caso da consagração do futebol como esporte nacional, a partir da década de 30, quando o bate-bola foi adotado pela imprensa carioca, recebendo status de futebol-arte.
  Ainda no terreno das manifestações populares, o ibope de alguns carnavalescos é bastante sintomático: eles são os encenadores da mais vista de todas as nossas óperas, o Carnaval. Quem acompanha a cobertura do evento costuma ouvir o testemunho deliciado de estrangeiros a respeito das imensas “qualidades artísticas” dos desfiles nacionais...
    Seguindo a fórmula clássica de Antonio Candido em Formação da literatura brasileira (“Comparada às grandes, a nossa literatura é pobre e fraca. Mas é ela, e não outra, que nos exprime.”), pode-se arriscar que muito da produção artística brasileira é tímida se comparada com o que é feito em outras paragens. Não temos Shakespeare nem Mozart? Mas temos Nelson Rodrigues, Tom Jobim, Nássara, Cartola – produtores de “miudezas” da mais alta estatura. Afinal são eles, e não outros, que expressam o que somos.

(Adaptado de Leandro Sarmatz. Superinteressante, novembro de 2000, p.106, (Idéias que desafiam o senso comum)

... desempenham um papel fundamental na cultura brasileira. (1o parágrafo)

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado acima está na frase:

Alternativas
Q2253004 Português
   Brasileiro se realiza em arte menor. Com raras exceções aqui e ali na literatura, no teatro ou na música erudita, pouco temos a oferecer ao resto do mundo em matéria de grandes manifestações artísticas. Em compensação, a caricatura ou a canção popular, por exemplo, têm sido superlativas aqui, alcançando uma densidade raramente obtida por nossos melhores artistas plásticos ou compositores sinfônicos. Outras artes, ditas “menores”, desempenham um papel fundamental na cultura brasileira. É o caso da crônica e da telenovela. Gêneros inequivocamente menores e que, no entanto, alcançam níveis de superação artística nem sempre observada em seus congêneres de outros quadrantes do planeta.
   Mas são menores diante do quê? É óbvio que o critério de valoração continua sendo a norma européia: a epopéia, o romance, a sinfonia, as “belas artes” em geral. O movimento é dialético e não pressupõe maniqueísmo. Pois se aqui não se geraram obras como as de Cervantes, Wagner ou Picasso, “lá” também – onde quer que seja esse lugar – nunca floresceu uma canção popular como a nossa que, sem favor, pode compor um elenco com o que de melhor já foi feito em matéria de poesia e de melodia no Brasil.
    Machado de Assis, como de costume, intuiu admiravelmente tudo. No conto “Um homem célebre”, ele nos mostra Pestana, compositor que deseja tornar-se um Mozart mas, desafortunadamente, consegue apenas criar polcas e maxixes de imenso apelo popular. Morre consagrado – mas como autor pop. Aliás, não foi à toa que Caetano Veloso colocou uma frase desse conto na contracapa de Circuladô (1991). Um de nossos grandes artistas “menores” por excelência, Caetano sempre soube refletir a partir das limitações de seu meio, conseguindo às vezes transcendê-lo em verso e prosa. [...]
   O curioso é que o conceito de arte acabou se alastrando para outros campos (e gramados) da sociedade brasileira. É o caso da consagração do futebol como esporte nacional, a partir da década de 30, quando o bate-bola foi adotado pela imprensa carioca, recebendo status de futebol-arte.
  Ainda no terreno das manifestações populares, o ibope de alguns carnavalescos é bastante sintomático: eles são os encenadores da mais vista de todas as nossas óperas, o Carnaval. Quem acompanha a cobertura do evento costuma ouvir o testemunho deliciado de estrangeiros a respeito das imensas “qualidades artísticas” dos desfiles nacionais...
    Seguindo a fórmula clássica de Antonio Candido em Formação da literatura brasileira (“Comparada às grandes, a nossa literatura é pobre e fraca. Mas é ela, e não outra, que nos exprime.”), pode-se arriscar que muito da produção artística brasileira é tímida se comparada com o que é feito em outras paragens. Não temos Shakespeare nem Mozart? Mas temos Nelson Rodrigues, Tom Jobim, Nássara, Cartola – produtores de “miudezas” da mais alta estatura. Afinal são eles, e não outros, que expressam o que somos.

(Adaptado de Leandro Sarmatz. Superinteressante, novembro de 2000, p.106, (Idéias que desafiam o senso comum)

Pois se aqui não se geraram obras... (2o parágrafo)

A forma verbal correta, de sentido idêntico ao da forma grifada acima é:

Alternativas
Q2253005 Português
A forma verbal que, além de corretamente flexionada, indica fato passado anterior a outro, também passado, está grifada na frase:
Alternativas
Q2253006 Português

Proprietários de terras abandonam certas áreas ao longo do tempo.

A vegetação pode regenerar-se nas áreas abandonadas.

A extensão do processo de recuperação depende de vários fatores.

O uso anterior da terra tem influência no processo de recuperação.

As frases acima articulam-se em um único período com clareza, correção e lógica, da seguinte maneira: 

Alternativas
Respostas
1: D
2: B
3: A
4: D
5: E
6: C
7: D
8: B
9: C
10: A