Questões de Concurso Público METRÔ-SP 2008 para Analista Treinee - Administração de Empresas
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I. O emprego de aspas indica tratar-se de reprodução exata de palavras alheias, introduzidas no texto.
II. Trata-se de um argumento que pode justificar a inclusão de figuras ficcionais ao lado de pessoas reais na mostra sobre os heróis.
III. Tem seu sentido contestado pelo exemplo do menino de Santa Catarina cuja atitude demonstrou que a realidade ainda supera a ficção.
Está correto o que se afirma SOMENTE em
As aspas em "heróis" assinalam
O segmento grifado acima aparece, com outras palavras, mas sem alterar o sentido original, em:
O verbo que apresenta o mesmo tipo de regência que o do grifado acima está na frase:
O segmento grifado acima pode ser corretamente substituído, sem alteração do sentido original, por:
O pronome grifado acima substitui corretamente, considerando- se o contexto, a expressão:
I. Livros de auto-ajuda correspondem, atualmente, a manuais de instrução, destinados a orientar as pessoas a superarem os desafios que permeiam as relações humanas no mundo moderno.
II. Empresas modernas só podem obter resultados satisfatórios no desempenho profissional dos funcionários se adotarem as regras divulgadas em livros de auto-ajuda e em palestras específicas.
III. Os meios de comunicação transmitem com eficácia comprovada as normas necessárias para facilitar a enorme complexidade das relações de trabalho numa empresa moderna.
De acordo com o texto, está correto o que se afirma em
A frase transcrita acima
O segmento acima grifado evidencia, no contexto,
O mesmo tipo de exigência existente na relação entre as palavras grifadas acima está em:
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o do grifado acima está na frase:
As lacunas da frase acima estão corretamente preenchidas, respectivamente, por:
Adotar regras tornou-se questão de sobrevivência num mundo cada vez mais complexo.
É necessário saber escolher as regras que trazem bons resultados.
As frases acima articulam-se em um único período, com clareza, correção e lógica, da seguinte maneira:
melhor do que os franceses para cultuar a sua História, bem
apresentada na Biblioteca François Mitterrand, em Paris, com a
exposição sobre os heróis, denominada De Aquiles a Zidane.
Curioso o título da mostra, a indicar o surgimento de um novo
modelo de herói. Na exposição se percorre uma longa trajetória,
que vai dos heróis gregos, como Aquiles, um bravo, corajoso,
impiedoso combatente, que preferiu a vida breve gloriosa a uma
vida longa obscurecida, até as figuras de gibi e televisão, como
Superman e Homem-Aranha, para finalizar com uma celebridade
do contagiante futebol. Dos pés de Aquiles, seu único ponto
fraco, aos pés de Zidane, seu ponto forte.
Sendo o herói de hoje efêmero, que tem seu rápido
momento de glória registrado pela mídia para ser logo
esquecido, teve-se de recorrer, para marcar o herói dos tempos
atuais, às figuras imaginárias do Superman, do Homem-Aranha,
consagradas nas revistas e nas telas de cinema ou televisão.
Como diz Michela Marzano sobre a morte espetáculo, "as fronteiras
entre a ficção e realidade são cada vez mais vagas". Os
heróis de hoje não são de carne e osso, são super-heróis indestrutíveis
de um espetáculo de divertimento, mas que podem
confundir-se com o real, como fez o garoto de Santa Catarina
que, vestido de Homem-Aranha, penetrou nas chamas e retirou
a menininha do berço incendiado.
Mas a mostra rememora os heróis franceses a serem
cultuados e seguidos. Os heróis são símbolos nacionais ou
religiosos cujos prodígios se caracterizam pela bravura, pela
temeridade, pela renúncia, pelo idealismo. Põem acima do
próprio instinto de conservação a busca do bem coletivo. O
herói ressalta-se por sua vontade de vencer, pela força do
caráter, pela grandeza de alma, pela elevada virtude, que o faz
enfrentar sobranceiramente a morte. [...]
Lembrei o exemplo de mártires que, sem desprezo pela
morte, a enfrentaram com estoicismo, alimentados por suas
crenças em luta corajosa para a eliminação da injustiça e a
transformação da sociedade em benefício de todos. Não foram
estes homens combatentes de grandes feitos militares, portadores
de estratagemas ou forças invencíveis. Foram pessoas
comuns, que tiveram destino diverso das demais por aceitarem
enfrentar os perigos em nome de uma causa, com a virtude da
renúncia aos próprios interesses. São heróis, não super-heróis
ou celebridades, como os "heróis" de hoje.
Nós, brasileiros, também temos exemplos de heróis de
carne e osso, em nossa História, que morreram na luta por suas
crenças. Lembro três: Zumbi, Frei Caneca e Marçal de Souza
Tupã-Y. Malgrado existam estes exemplos, dentre outros,
assusta a resposta colhida em pesquisa feita, por internet, entre
60 mil brasileiros, a quem se indagou qual a figura mais importante
de nossa História. A resposta majoritária foi, num leque de
opções, o próprio povo brasileiro. Tal indica que deixamos de
ter modelos, valores a serem perseguidos. Perdeu-se a
memória.
(Adaptado de Miguel Reale Júnior. O Estado de S. Paulo, A2, 1
de dezembro de 2007)