Questões de Concurso Público TJ-AP 2014 para Analista Judiciário - Área Apoio Especializado - História
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O trabalho do historiador supõe a utilização cuidadosa de certos conceitos, sobretudo daqueles cuja polissemia pode comprometer o entendimento adequado de seus textos. A palavra memória, por exemplo, tem sido objeto de inúmeras críticas e reflexões, que chamam a atenção para a necessidade de maior rigor no seu emprego. Observe as frases abaixo:
I. Para organizar a memória do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, a entidade necessita contratar arquivistas.
II. Nenhum historiador se dispôs a escrever a memória do Sindicato, por falta de documentos.
III. Para conhecer o que se passou, nada como praticar a história oral, que permite o resgate da memória.
IV. A destruição daquele casarão foi uma grande perda para a memória nacional.
A palavra memória foi utilizada nas frases de I a IV, respectivamente, com o sentido de
De acordo com Antoine Prost (Doze lições sobre a História), a História não se define por seu objeto, nem pelos documentos que utiliza. Não existem fatos naturalmente históricos, e o campo dos objetos potencialmente históricos é ilimitado. É o problema formulado que constrói o objeto histórico, que o recorta e delimita. A formulação do problema, por sua vez, supõe um conhecimento mínimo das fontes em potencial. Considere, a partir de tais ponderações, as seguintes frases:
I. O objeto da história e o fato histórico estão nos documentos, cabendo aos historiadores apenas reproduzi-los.
II. Não há leitura definitiva de determinado documento, pois as questões que lhe são postas se modificam.
III. O historiador pode ir aos documentos antes de ter conhecimentos prévios sobre o tema de sua pesquisa.
Está correto o que se afirma em
Em seu famoso ensaio sobre Documento/monumento, Jacques Le Goff usa o termo revolução documental para identificar a ampliação da noção de documento, a partir da década de 1960. Descreve as transformações que tal fenômeno provocou no campo da História e enfatiza, ao mesmo tempo, a necessidade de preservar o dever principal do historiador: a crítica do documento − qualquer que seja ele − enquanto monumento.
Tal ênfase refere-se ao fato de considerar que
Em 1967, durante o governo de Castelo Branco, foi promulgada uma nova Lei de Segurança Nacional, da qual se extraíram os seguintes trechos:
Art. 1° Toda pessoa natural ou jurídica é responsável pela segurança nacional, nos limites definidos em lei. [...]
Art. 3° A segurança nacional compreende, essencialmente, medidas destinadas à preservação da segurança externa e interna, inclusive a prevenção e repressão da guerra psicológica adversa e da guerra revolucionária ou subversiva. [...]
§ 2° A guerra psicológica adversa é o emprego da propaganda, da contrapropaganda e de ações nos campos político, econômico, psicossocial e militar, com a finalidade de influenciar ou provocar opiniões, emoções, atitudes e comportamentos de grupos estrangeiros, inimigos, neutros ou amigos, contra a consecução dos objetivos nacionais.
§ 3° A guerra revolucionária é o conflito interno, geralmente inspirado em uma ideologia ou auxiliado do exterior, que visa à conquista subversiva do poder pelo controle progressivo da Nação.
Pela leitura desse documento, é correto afirmar que a Segurança Nacional era considerada uma responsabilidade